quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Deus Existe. Eu Encontrei-o (1)

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André Frossard é um dos muitos convertidos à fé cristã. Ele próprio conta a sua história num livro intitulado "Deus Existe. Eu Encontrei-o." Este livro deu a volta ao mundo inteiro e suscitou entusiasmo e desprezo. Como sempre! Há quem veja e há quem não queira ver; há quem ouça e há quem não queira ouvir.
André Frossard era o filho do primeiro secretário do Partido Comunista Francês: a sua família era ateia e afastada de toda a problemática religiosa. Ele observa com fina ironia:
«Na nossa casa, nem por distracção se aflorava o assunto "religião". Éramos ateus perfeitos, daqueles que nunca se interrogam sobre o seu ateísmo.»
No entanto, aos vinte anos de idade, André Frossard tem um extraordinário e inefável encontro com Deus. Ele começa assim o relato memorável desse encontro:
«Agora, acontece que, por um acaso extraordinário, conheci a verdade sobre a mais debatida das causas e sobre o mais antigo dos problemas: Deus existe. E eu encontrei-o!
«Encontrei-o por combinação – antes deveria dizer: por acaso, se o acaso tivesse algo a ver com esta espécie de aventura. Encontrei-o com o assombro e aturdimento de quem, ao virar a esquina habitual da costumada rua de Paris, visse diante dos olhos, em vez da praça e do cruzamento de todos os dias, um mar inesperado que se estende até ao infinito, lambendo com as suas ondas as paredes das casas. Um momento de espanto que ainda dura. Nunca me habituei à existência de Deus.»
E prossegue assim o relato da sua experiência: «Ás cinco e dez de uma tarde (era o dia 8 de Julho de 1935), entrei numa capela do bairro latino de Paris para procurar um amigo e saí às cinco e um quarto, com um amigo que não era deste mundo. Entrei céptico e ateu (…) e mais que céptico e ateu, entrei indiferente e tão preocupado com outras coisas do que com um Deus que eu nem sequer pensava em negar (…)»
«Em pé junto da porta, busquei com o olhar o meu amigo e não consegui reconhecê-lo (…)
O meu olhar passa da sombra à luz, retorna aos fiéis, sem ir atrás de nenhum pensamento, vai dos fiéis às religiosas imóveis, das religiosas ao altar e, depois, não sei porquê, detém-se na segunda vela que arde à esquerda da cruz».


Foi assim que Frossard recebeu uma luz, que o converteu completamente a Deus, como direi no próximo número.
In O Amigo do Povo

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