domingo, 10 de fevereiro de 2013

A nossa indiferença mata


Madre Teresa conta que um dia viu nas ruas da índia uma criança muito pobre, faminta, tinha nas mãos um pedacinho de pão que comia muito lentamente, migalha após migalha. Aproximando-se dela perguntou por que comia daquele jeito, a criança respondeu “porque não tenho mais nada para comer e tenho medo que o pão acabe rápido de mais”.

Este fato lembrou-me  de outra criança muito pobre que recebendo a hóstia, olhou para o padre cheia de tristeza e com fome dizia: “Quero mais! Dá-me de comer!”

Segundo “A Save the Children”, cinco crianças morrem a cada minuto por desnutrição crônica. A fome atinge uma em cada quatro crianças no mundo o que se estima que chegará a envolver 450 milhões de crianças em 2025.

Quantas vezes ficamos indiferentes perante tanto sofrimento e passamos como o sacerdote e o levita, da pará­bola do bom samaritano, ao lado de quem sofre, sem querer ver e “assumir” a dor do pobre que “nos incomoda”.

Um destes dias Natália, uma jovem missionária da Aliança de Misericórdia,  disse-me que encontrou um pobre pedindo comida e dizendo “Tenho fome, só quero pão”. Após tê-lo acolhido e alimentado, ela foi abrir um livro que estava meditando, e encontrou estas palavras de Jesus: “O meu coração pede Amor, como o pobre pede pão!”
O mundo tem fome, fome de pão, fome de amor, fome de dignidade e justiça. É o próprio Cristo que clama em quem sofre. Não podemos permanecer indiferentes perante tanto sofrimento, pois nossa indiferença mata!

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