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Caminhamos fracos e perdidos, sem o Pão de cada dia! Tu nos nutres, com a luz do Natal! És para nós a Estrela da Manhã! Com Maria, a primeira entre os crentes, Senhor, nós Te pedimos: Aumenta, aumenta a nossa fé”!
1. Às portas do Natal, guia-nos, para Belém, e visita-nos, na própria casa, uma Estrela muito especial. Uma Estrela, que não brilha, em nenhum concurso de beleza feminina, nem é aqui “nome” ou capa de revista! Maria é proclamada por Isabel a “bendita entre todas as mulheres”, porque escolhida, por Deus, para ser a “Mãe d’Aquele que havia de reinar sobre Israel” (cf. Mq.5,1-4). Por isso, enquanto João Batista, exulta de alegria, no seu seio, Isabel exalta a fé de Maria, causa da sua e da nossa alegria: «feliz és tu porque acreditaste» (Lc 1,45). Em Maria, a felicidade não está na sorte grande, nem na sorte dos grandes; não está na ilusão de uma fama efémera, ou de uma facilidade enganadora; toda a felicidade de Maria vai e vem, vem e provem da sua fé. Pela fé, Maria põe-se a jeito, e ao jeito, do que Deus quer e espera. Nessa disponibilidade inteira, Maria corresponde à vontade de Deus e é feliz assim, pois, «quem quer o que Deus quer, tem tudo o que quer» (São João da Cruz).
2. Entre todos os santos, profetas e pobres, Maria, é realmente a Estrela de maior brilho, em toda a galáxia da fé: ela brilha, com fulgor único, porque não brilha de luz própria, mas reflete a luz de Cristo, o Sol Nascente. Ela é, mesmo a primeira entre os crentes: a primeira, no tempo e no modo, a primeira na fidelidade e na radicalidade, com que adere à vontade de Deus, e segue Jesus, o Seu Filho. Ela tornar-se-á, pela fé, a primeira discípula, a percorrer o caminho aberto por Jesus. Por isso, e muito bem, Isabel exalta a verdadeira razão de ser da felicidade de Maria: «feliz és tu, porque acreditaste» (Lc.1.45)!
3. Queridos irmãos e irmãs: «“Desde sempre, a Igreja venera em Maria a mais pura realização da fé” (CIC 149). Neste Ano da fé, representado simbolicamente na imagem de uma barca, a Igreja olha, para Maria, como verdadeira “Estrela-do-Mar”, que brilha, como sinal e guia, no caminho da fé! É o próprio Papa, que sugere esta viagem da fé, comparável à de uma barca, que atravessa o mar da história “com frequência enevoada e tempestuosa; uma viagem na qual perscrutamos os astros, que nos indicam a rota. As verdadeiras estrelas da nossa vida são as pessoas que souberam viver com retidão. Elas são luzes de esperança.” (Spe Salvi, 49).
4. “Certamente, Jesus Cristo é a luz por excelência; o Sol erguido sobre todas as trevas da história. Mas, para chegar até Ele, precisamos também de luzes vizinhas, de pessoas que dão luz recebida, da luz d'Ele, e oferecem, assim, orientação para a nossa travessia. E quem mais do que Maria poderia ser para nós estrela de esperança” (Spe Salvi, 49), que assim nos guia e nos precede, no caminho da fé?!
5. Queridos irmãos e irmãs: Maria, Estrela da Esperança, nutre-nos, com a luz do Natal. Faço votos de que, “no mar da vida e da história, Maria resplandeça, para todos, como Estrela-do-mar, de modo a orientar-nos na viagem, e a manter-nos na rota de Cristo, especialmente em momentos obscuros e agitados”, como estes que vivemos!
“Com Maria, a primeira entre os crentes,Senhor, nós Te pedimos:Aumenta, aumenta a nossa fé”!
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