Leituras: aqui
Partilha Quaresmal
4º Domingo da Quaresma
(Símbolo:
dois corações ligados entre si: um maior, o de Deus; outro menor, o nosso…)
Todos: Revestidos da ternura de Deus. Deus oferece-me um abraço
1. - É muito
rica a parábola do pai e dos dois filhos…
2. - Rica e faz-nos pensar muito.
3. - Por um lado dá-nos a conhecer o lado
misericordioso e compreensivo de Deus… É o pai, que acolhe e recebe de novo
aquele filho distante e perdulário, que esbanjou os seus bens e a sua vida.
1. - Por outro lado faz-nos pensar e podemos
perguntar: Afinal qual era o filho que estava mais distante do pai? – O mais
novo que abandonou a casa? Ou o mais velho, que ficando com o pai, não chegou a
sentir as angústias do pai pelo filho ausente, e por isso não se alegrou com a
vinda do irmão?
2. - Sem dúvida que todos nós temos alguma coisa do
filho mais velho, ou do filho mais novo… Muito ou pouco, nem sempre sabemos
apreciar o estar na casa do Pai…
3. - Nem sempre reconhecemos e saboreamos o amor
infinito e misericordioso, a ternura com que o coração de Deus envolve a nossa
vida.
1. - Sim, mas Deus, nosso Pai tem sempre a sua casa
pronta e aberta para os seus filhos. Tem sempre preparado o banquete festivo,
da comunhão e da alegria.
Todos: Voltai
para a casa do Pai. No seu coração há sempre um cantinho para todos.
2. - Hoje somos convidados a
olhar para nós e a verificarmos o modo como nos posicionamos perante o perdão
que Deus nos oferece, a partir da parábola do filho pródigo.
3.--
Olhemos para a nossa vida: Deus é verdadeiramente bom e misericordioso para connosco. Como é que nos
comportamos perante o perdão que Ele nos oferece?
1. - Aceitar que os outros nos
perdoem nem sempre é fácil. Na nossa relação com Deus acontecerá o mesmo?
Custa-nos a aceitar o seu perdão?
2.- Já vos destes conta? Uma
coisa é termos consciência de que fazemos o mal. Outra é arrependermo-nos de o
ter feito.
3.- O arrependimento carrega
consigo a consciência do ter de ser perdoado por alguém, a quem ficamos a dever
um favor.
1.- É verdade. E isso nem sempre
é fácil em relação aos outros e porventura, também em relação a Deus.
2.- Também sabemos que o
arrependimento supõe a vontade de mudar de vida, de trilhar os caminhos do bem.
3.- E isso nem sempre é claro em
nós. Até porque o mal se nos apresenta com o seu ar de bem.
1.- Reconhecer que somos pecadores,
que há coisas em nós que estão erradas e que é preciso corrigir, nem sempre é
fácil. Mas, se tal não acontecer, nunca nos sentiremos verdadeiramente amados e
em condições de nos libertarmos das “paixões” que nos oprimem.
Todos: Voltai para a casa do Pai. No seu coração há sempre um cantinho para
todos.
2.- Mas a parábola do pai e dos
dois filhos faz-nos pensar. Às vezes nem sequer damos conta ou queremos dar
conta de que precisamos de nos arrepender.
3.-
Podemos perguntar-nos:
1.- Que será mais fácil: Darmo-nos
conta de que precisamos de nos arrepender, quando andamos claramente
“perdidos”, longe dos caminhos do bem, em situações não recomendáveis?
2.- Ou quando a nossa vida é
muito normal, dentro dos parâmetros de uma prática cristã aceitável, sem
grandes turbulências?
3.- Não haverá em nós muito do
espírito do filho mais velho? Não haverá também em nós um coração ressentido
como o do filho mais velho, pela abundância de perdão e generosidade que Deus
vai concedendo a tantos estranhos e distantes, contrários ao nosso pensar?
1.- Vivemos na casa do Pai
contrariados e tristes “forçados”, ou experimentamos a alegria de nos
reconhecermos constantemente amados?
2.- O nosso coração respira
bastante próximo do coração de Deus Pai, cheio de compaixão e de misericórdia
para com todos?
3.- Cada um de nós entre no seu
coração e veja o que é que encontra de filho mais novo e de filho mais velho
que nos está a impedir de estar totalmente na Casa do Pai, isto é no coração de
Deus.
Todos: Voltai para a Casa do Pai. Abri o vosso coração à ternura de Deus!
Aceitai a alegria do seu banquete. Acolhei o seu abraço e levai-o aos outros!
1.- Desafio para esta semana: Dar um
abraço de misericórdia a uma pessoa / Gesto de aproximação – perdão para com
alguém mais “distante” de nós.
Ao fim da Comunhão
ATÉ ONDE CHEGA O VOSSO AMOR,
NOSSO DEUS!
Tu, Pai de todos nós,
vens ao nosso encontro, mesmo que falhemos,
recebes-nos de novo uma e mil vezes,
esperas-nos de braços abertos
recebes-nos de novo uma e mil vezes,
esperas-nos de braços abertos
e colocas-nos o anel da Tua confiança.
Nós, ao contrário, ficamos furiosos,
quando nos parece que tratas melhor a outros,
queixamo-nos da nossa sorte
queixamo-nos da nossa sorte
e sentimos inveja dos outros irmãos,
fazendo juízos do Teu comportamento amoroso e
incondicional.
É que Tu, Pai, tens um coração mole,
e nada o fere tanto como o nosso desamor,
só o preocupa a nossa felicidade,
só o preocupa a nossa felicidade,
e só deseja que nos amemos como irmãos.
Ajuda-nos a não sermos exigentes com ninguém,
a pedir perdão pelos nossos erros, com humildade,
a aceitar que outro tenha melhor sorte,
a aceitar que outro tenha melhor sorte,
a sentir com o outro, a amá-lo de coração,
a captar o que vive e a tratá-lo como o tratas Tu.
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