No passado dia 16 de março, reuniu, no Centro Paroquial, o Conselho Pastoral Paroquial, com a seguinte ordem de trabalhos:
1. Leitura e aprovação da ata da reunião anterior.
2. Vivência quaresmal e pascal organização da Visita
Pascal, etc)
3. Que resposta deve dar a comunidade paroquial face aos
novos desafios do nosso tempo? Que alterações será
preciso fazer na liturgia, no apostolado e na caridade?
4. Outros assuntos (relacionados com os povos e os grupos
que representam e com a vida paroquial).
Após um momento de oração, procedeu-se à leitura da ata da reunião anterior que foi aprovada.
Sobre a vivência quaresmal, verificou-se que o Plano Pastoral está a ser cumprido e sublinhou-se o impacto positivo que teve a ação destinada aos idosos e doentes, realizada no 1º domingo da Quaresma. Boa participação dos destinatários e bela cooperação entre todos os grupos da Paróquia. Ação para repetir...
Foram ainda detalhados o programa da Semana Santa e a organização da Visita Pascal.
O 3º ponto - Que resposta deve dar a comunidade paroquial face aos novos desafios do nosso tempo? Que alterações será preciso fazer na liturgia, no apostolado e na caridade? - ocupou grande parte da sessão. Não se visava tomadas de posição, mas análise e reflexão que se estenderão a próximas reuniões, dada a sua importância. Eis algumas ideias surgidas:
- Não estamos já no tempo da "grande cristandade", mas porventura no tempo da "grande ausência". A sociedade já não "protege" a fé, mas desafia-a.
- A mudança é constante e rápida e, muitas vezes, nem nos apercebemos dela.
- As novas tecnologias marcam o nosso tempo, criando mundos virtuais que afastam as pessoas da vivência real. Por outro lado, fazem circular rapidamente ideias, opiniões, tantas vezes contrárias e criadoras de confusão...
- Vivemos numa época fortemente egocêntrica em que cada um se sente dono da verdade. "É bom e verdadeiro o que me convém, me interessa, me agrada, o que sinto e penso... Parece que o mundo tem a dimensão do umbigo de cada um! ". Os valores são chutados para canto. As modas passam, os valores mantêm-se.
- Contudo este egocentrismo alerta-nos para a importância de cada pessoa. Cada um tem um nome, um dignidade, uma maneira de ser que é preciso ter em conta e respeitar.
- Sente-se a necessidade de mais catequistas, mais formação, grupos mais pequenos na catequese, mais acompanhamento e participação dos pais.
- Se é importante a ação dos pais na formação cristã dos filhos, é igualmente importante que os filhos sejam apóstolos junto de seus pais. Neste caso, há exemplos e testemunhos muito interessantes, até porque ninguém está tão perto do coração dos pais como os filhos.
- Num mundo apressado, ávido de sensações novas, corredio, a fé navega noutro sentido: oração, silêncio, acolhimento, meditação, contemplação, escuta... Nota-se que a geração mais nova sente falta desta postura e a ela adere com mais entusiasmo, porventura em reação ao materialismo de vida que, em muitos casos, caracteriza a geração 25-50 anos. Neste aspeto, será de valorizar a contribuição que os jovens poderão oferecer à comunidade, organizando e realizando momentos de oração e convidando os adultos.
- Muitos pais hoje têm imensas dificuldades em "educar com regras" os filhos e sentem necessidade de recorrer a quem os possa ajudar... Se isto é um claro falhanço dos pais modernos, "porque aquilo o berço dá a tumba o leva", registe-se ao menos a abertura no pedido de ajuda.
- Salientou-se a enorme importância - reforçada pelo ano da Caridade que estamos a viver- da cooperação leal, franca e dinâmica entre todos os grupos paroquiais.
Quanto ao último ponto, cada elemento se pôde pronunciar sobre assuntos do teu povo e/ou grupo na sua relação com a dinâmica do Plano Pastoral.
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