MENSAGEM DA COMISSÃO EPISCOPAL DO LAICADO E FAMÍLIA
PARA O DIA DO PAI – 19 de MARÇO de 2018
Neste
dia dedicado ao Pai, dirigimos com alegria uma saudação cheia de afeto e
gratidão a todos os pais atentos e dedicados à bela e difícil tarefa da
educação de seus filhos.
Um
pai sabe bem como é exigente, nos tempos atuais, a missão de educar: quanta
proximidade, quanta doçura e quanta firmeza são necessárias! Porém, que
consolação e recompensa se experimentam quando os filhos fazem frutificar os
valores recebidos no ambiente familiar! Brota a alegria que faz esquecer todo o
cansaço, que supera toda a incompreensão e cura todas as feridas.
É
particularmente importante a presença do pai nos momentos marcantes e
inaugurais dos primeiros passos, das primeiras braçadas ou das primeiras
pedaladas numa bicicleta sem rodinhas. Como seria bom que todos os filhos
experimentassem a presença amorosa do pai, nestas e em tantas outras situações
de viragem, bem como poder partilhar com ele gargalhadas e lágrimas, sentindo-o
próximo todos os dias.
São
incisivas as palavras do Papa Francisco: “Deus coloca o pai na família, para
que, com as características preciosas da sua masculinidade, esteja próximo da
esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores, dificuldades e esperanças. E
esteja próximo dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se
aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se
exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando
dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho; pai presente,
sempre!” (Alegria do Amor, 177).
O
pai ajuda a crescer, pois sabe apoiar e sabe desafiar, educa, estrutura o
carácter, ensina coisas banais e especiais, tem paciência para ouvir, enche de
confiança, mostra mundos novos, consola na tristeza, rejubila com as alegrias,
leva pela mão, protege, sabe sempre como espantar os medos e convocar a
coragem, conta histórias antigas, fala dos avós e de outros tempos, diz coisas
que mais ninguém diz e faz. Um bom pai faz perguntas diretas, não evita as
conversas difíceis e com poucas palavras diz o que tem a dizer mesmo quando
isso lhe custa.
Podemos
assim compreender melhor que quando Cristo chama a Deus de Abba (Papá!)
remete os seus contemporâneos para a experiência vital da relação humana
pai/filho, vivência que indicia proximidade e intimidade. Portanto, se há
alguém que pode explicar em profundidade a oração do “Pai nosso”, ensinada por
Jesus, é justamente quem vive em primeira pessoa a paternidade.
O
principal título de glória de S. José é ser pai afetivo de Jesus e esposo de
Maria de Nazaré. Patrono da Igreja, advogado dos lares cristãos, modelo dos
operários, ele inspira também, na sociedade atual, o Dia do Pai.
Inspirados
e abençoados por S. José e por Maria de Nazaré, que pais e filhos nunca se
esqueçam de que tudo passa, menos o amor: permanece o amor que se recebeu, o
amor que se deu e, sobretudo, o amor que se partilhou.
Como é bom ser pai e como é belo ser
filho e ser filha!
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