Leituras: aqui
Caminhada Quaresmal
5º Domingo: Dom da vida: o preço e o fruto da
caridade
1.- A consciência
da fragilidade acompanha sempre a nossa vida.
2.- Da fragilidade
e da imperfeição. Temos a consciência de que neste mundo dificilmente
alcançaremos a perfeição.
3.- E às vezes tal
realidade custa-nos a aceitar.
1.- Mas Deus usa de
bondade para connosco. De bondade e de pedagogia.
2.- Na revelação
através do Povo de Israel, foi conduzindo o Seu Povo para patamares superiores
de compreensão da verdade e para comportamentos e atitudes cada vez mais
respeitadores da dignidade humana, à luz do sentir de Deus.
3.- Hoje na
primeira leitura fala-se numa nova aliança com o Seu povo.
1. - Esta é a aliança que estabelecerei com a
casa de Israel, naqueles dias, diz o Senhor: Hei de imprimir a minha lei no
íntimo da sua alma e gravá-la-ei no seu coração. Eu serei o seu Deus e eles
serão o meu povo.
2.- Percebemos
aqui, por parte de Deus, a vontade de que as pessoas O sintam como amigo, e
tenham uma relação com Ele a partir do íntimo do coração.
3.- Uma relação
amiga e familiar, sustentada no perdão incondicional de Deus.
1.- Todos eles Me conhecerão, desde o maior ao
mais pequeno, diz o Senhor. Porque vou perdoar os seus pecados e não mais
recordarei as suas faltas.
2.- Outro ensinamento
fundamental presente na Palavra de Deus que hoje nos é proposta é o do sentido
da nossa vida como doação a Deus e aos outros. Diz-nos Jesus:
3.- Se o grão de trigo, lançado à terra, não
morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto. Quem ama a sua vida,
perdê-la-á, e quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida
eterna.
1.- Se alguém Me quiser servir, que Me siga, e
onde Eu estiver, ali estará também o meu servo. E se alguém Me servir, meu Pai
o honrará.
2. - E Jesus
deu-nos o exemplo, sofrendo e oferecendo a sua vida por nós.
3.- A prática da
caridade está dentro desta linha fundamental de Jesus: dar a vida pelos outros.
1.- Perder algo de
si em favor dos outros.
3.- Um perder que é
ganhar. Pois Deus nunca deixa sem recompensa quem é generoso e ajuda os outros.
Todos: Dar a vida aos outros é
conservá-la para a vida eterna.
1.- Lembremos
aqueles que nas comunidades cristãs estão na linha da frente do dar a vida
pelos outros: Voluntariado - Instituições
paroquiais de apoio social.
2.- Há entre nós voluntários, que
se dedicam gratuitamente a visitar os doentes, a acompanhar pessoas e famílias
em necessidade, a ajudar quem precisa.
3.- Há Lares de Idosos, Centros
de Dia e Apoio Domiciliário. Há serviços sociais ligados às Santas Casas da
Misericórdia. Tudo para tornar mais fácil e agradável a vida dos que são
tocados pelo peso da idade ou outras fragilidades.
1.- Lembremos
também as nossas famílias A família é o pequeno espaço onde, em cada dia, fazemos
a experiência de dar a vida aos outros e pelos outros.
2.- Na família
verificamos um constante dar e receber.
3.- Obrigado, ó
Deus por tanta generosidade que há nas famílias.
1.- Pelos pais, que
incondicionalmente se sacrificam pelos filhos. Tantos que vivem quase
exclusivamente para os filhos!
2.- Obrigado, ó
Deus, pelos avós. Por aqueles que, tendo criado os filhos, agora ajudam a criar
os netos.
3.- São os mais
novos que ajudam e acompanham os mais idosos. São as crianças, que com o seu
sorriso e carinho dão alegria e conforto aos pais e aos avós.
1.- São as pessoas
doentes, presença de Jesus que sofre, que se sacrifica, aceitando
resignadamente as limitações e dependências dos outros.
2. – São as pessoas
que acompanham e tratam dos doentes em família.…Às vezes durante muitos anos.
Com muito carinho e com muitas dificuldades.
Todos: Dar a vida aos outros é
conservá-la para a vida eterna.
3.- Podemos sempre perguntar:
Como fazer para que o verdadeiro sentido da caridade, isto é do amor de Deus,
passe por todas as instituições ligadas à comunidade cristã e aos espaços onde
os cristãos se encontram? Como fazer para que nas nossas famílias se respire
ainda mais o sentir de Deus no amor aos outros?
2. - Ouçamos o nosso Bispo na Mensagem
para esta Quaresma:
3.- Façamos pois, amados irmãos e irmãs, do tempo da Quaresma um tempo de
diferença, e não de indiferença. Dilatemos as cordas do nosso coração até às
periferias do mundo, e que o nosso olhar seja de Misericórdia para os nossos
irmãos de perto e de longe. Façamos um exercício de verdade. Despojemo-nos, não
apenas do que nos sobra, mas também do que nos faz falta.
1.- Dar o que sobra não tem a marca de Deus. Jesus não nos deu coisas,
algumas coisas para o efeito retiradas da algibeira, mas deu por nós a sua vida
inteira. Dar-nos uns aos outros e dar com alegria deve ser, para os discípulos
de Jesus, a forma, não excecional, mas normal, quotidiana, de viver.
2.- Como em anos anteriores, peço aos meus irmãos e irmãs das 223 paróquias
da nossa Diocese de Lamego para abrirmos o nosso coração a todos os que sofrem
aqui perto e lá longe.
Todos: Jesus deu a vida por nós. Dar
a vida aos outros é conservá-la para a vida eterna. Sigamos a Jesus.
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