Leituras: aqui
CAMINHADA QUARESMAL
3º Domingo
A
caridade na missão da “Cáritas”
1.- Continuamos a nossa caminhada
quaresmal. Estamos a viver o terceiro domingo.
2.- E hoje, no Evangelho somos
surpreendidos com a atitude de Jesus: expulsa do templo os vendedores de bois,
de ovelhas e de pombas e os cambistas sentados às bancas. Fez um chicote de
cordas e expulsou-os a todos do templo, com as ovelhas e os bois; deitou por
terra o dinheiro dos cambistas e derrubou-lhes as mesas;
3.- E disse aos que vendiam pombas: «Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de
meu Pai casa de comércio».
1.- Isto faz-nos pensar. Jesus tão bom
e cheio de misericórdia, numa atitude que à primeira vista não esperaríamos
encontrar n`Ele.
2.- Se pensarmos bem não há nada tão
libertador como a verdade e o amor. Era demasiada a confusão entre religião e
dinheiro. Já não se sabia bem se algumas pessoas queriam a religião pela fé em
Deus, ou pela oportunidade de negócio com lucros avultados.
3.-Isso tem acontecido ao longo de
todos os tempos. E ainda hoje corremos o risco dessa mistura perigosa. Às vezes
a vivência da nossa religião aparece muito ligada aos interesses económicos e a
uma compreensão distorcida da fé.
2.- É verdade. Muitas vezes a nossa
prática religiosa está muito ligada ao económico. E às vezes até entendemos a
nossa relação com Deus à maneira de um negócio… Eu ofereço-Lhe isto, Ele
dar-me-á aquilo…
1.- Jesus quer-nos a viver um sentido
religioso puro e desprendido
Todos: «não façais da casa de meu Pai casa de
comércio».
2.- Nesta semana somos convidados a
pensar na Cáritas. A Cáritas é uma instituição com a finalidade de promover a ação
organizada da Igreja ao serviço dos necessitados.
3. O terceiro domingo da quaresma é dedicado à
Cáritas. É muito importante relembrar a todos a importância da Caixa da
Renúncia como partilha de amor.
1.- Missão maravilhosa, de ajudar quem
precisa. São muitas as pessoas ajudadas pela ação da Cáritas, perto ou longe de
nós.
2.- E aqui o económico entra em
abundância.
3.- Sim! Entra em abundância. Mas não
é tudo. Podemos até dizer que nem é o mais importante.
1.- As mãos que dão, as mãos que
partilham, se não tiverem um coração que ame, pouco valem!
2.- As nossas ofertas para os que
precisam, partem do nosso coração… E aí está o seu valor. Às vezes
economicamente parecem muito pouco. Mas aos olhos de Deus podem ser muito.
3. Agradeçamos tanto bem, nascido no
coração de tanta gente e espalhado por tantas mãos benfazejas na ação
organizada da caridade cristã.
1. Mas tenhamos em conta que aqui
também se podem meter "os vendilhões do templo".
2. Sim! Pode acontecer que nem todos
os envolvidos na missão da caridade cristã, tenham um coração cheio da caridade
e das boas intenções de Deus.
3. E quando o coração não é o melhor,
as mãos, em vez de serem mãos que partilham e ajudam os outros, podem tornar-se
"mãos leves" que retêm para si, ou só para alguns, o que devia ser
para outros.
1.- Também pode acontecer que as
exigências de funcionalidade dentro da sociedade em que vivemos exijam custo
algo elevados, desproporcionados em relação à ajuda que se presta, distorcendo
de alguma maneira o sentido da caridade cristã.
2. Na verdade o risco da nossa
generosidade não seguir o melhor caminho pode acontecer.
3. Mas nem por isso devemos deixar de
ser generosos.
1.- Não o esqueçamos: cada um de nós e
toda a comunidade cristã têm um papel fundamental na prática da caridade e na
ajuda aos que precisam
2.- Escutemos o Papa Francisco na
mensagem para esta Quaresma:
1.- Como
gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos! Como
gostaria que, como cristãos, seguíssemos o exemplo dos Apóstolos e víssemos, na
possibilidade de partilhar com os outros os nossos bens, um testemunho concreto
da comunhão que vivemos na Igreja.
2.- A este
propósito, faço minhas as palavras exortativas de São Paulo aos Coríntios,
quando os convidava a tomar parte na coleta para a comunidade de Jerusalém:
«Isto é o que vos convém» (2 Cor 8,10).
3.- Isto vale de
modo especial na Quaresma, durante a qual muitos organismos recolhem coletas a
favor das Igrejas e populações em dificuldade.
1.- Mas como
gostaria também que no nosso relacionamento diário, perante cada irmão que nos
pede ajuda, pensássemos: aqui está um apelo da Providência divina. Cada esmola
é uma ocasião para tomar parte na Providência de Deus para com os seus filhos;
e, se hoje Ele Se serve de mim para ajudar um irmão, como deixará amanhã de
prover também às minhas necessidades, Ele que nunca Se deixa vencer em
generosidade?
Todos: - Ajudar os outros é colaborar
com Deus.
2.- Deus está atento às nossas
dificuldades, ajuda-nos, liberta-nos dos males que nos oprimem. Precisa de nós
para levar a sua missão por diante.
Todos: - Somos
chamados à conversão na caridade em ação
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