A instituição da Eucaristia celebra-se em Quinta-feira Santa, mas a morte de Cristo, que se comemora logo a seguir, ensombra esta Festa e a Igreja sentiu necessidade de celebrar mais solenemente esta Memória. Por isso o Papa Urbano IV, em 1264, instituiu a Solenidade do Corpo de Deus, com o objectivo de sublinhar a doutrina de que o real corpo de Cristo se encontra no pão consagrado na Eucaristia.
Sabemos todos que Jesus na Sua última Ceia instituiu a Eucaristia, dando a comer aos seus discípulos o Seu Corpo e a beber do cálice do Seu Sangue. E acrescentou: "Fazei isto em memória de mim. Todas as vezes que comerdes deste Pão e beberdes deste Cálice anunciareis a minha morte até eu vir".
Chegaram até nós vários testemunhos de que a Igreja primitiva tomou a sério este mandato de Jesus. Um deles é o de S. Justino, nascido no ano 100 e que nos deixou o seguinte testemunho sobre a Eucaristia:
"Este alimento se chama entre nós eucaristia, não sendo lícito participar dele senão ao que crê ser verdadeiro o que foi ensinado por nós e já se tiver lavado no banho (baptismo) da remissão dos pecados e da regeneração, professando o que Cristo nos ensinou. Porque não tomamos estas coisas como pão e bebida comuns, mas da mesma forma que Jesus Cristo, nosso Senhor, se fez carne e sangue por nossa salvação, assim também se nos ensinou que por virtude da oração do Verbo, o alimento sobre o qual foi dita a acção de graças – alimento de que, por transformação, se nutrem nosso sangue e nossas carnes – é o Corpo e o Sangue daquele mesmo Jesus encarnado." Claro que Jesus está na Eucaristia com o Seu Corpo ressuscitado, mas está presente de forma real e não metafórica. Por isso os cristãos de todos os tempos foram e são convidados a não só comer deste Pão mas a adorar Jesus aí presente.
Fonte: aqui
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