segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Crise: Equidade é os ricos darem mais para salvar economia portuguesa, diz bispo de Leiria-Fátima

...
O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, considera que a equidade consiste em pedir a quem tem maiores possibilidades financeiras que faça mais pelo restabelecimento das contas públicas, embora todos os portugueses estejam obrigados a esse objetivo.
Quem tem mais tem o dever de dar mais. Isto chama-se equidade. Os mais ricos devem contribuir mais para curar a economia do nosso país doente. Mas ninguém é tão pobre que não possa oferecer algo para salvar a barca comum”, afirmou na missa a que presidiu em Fátima, no último dia de 2011, segundo homilia publicada no site da diocese.
O esforço para a superação das dificuldades deve passar pela “qualidade do trabalho, escolhas de sobriedade, aceitação de sacrifícios em nome da solidariedade, proximidade e partilha com os mais frágeis e carenciados”, apontou o responsável, acrescentando que os “gestos de solidariedade são sinais de esperança em tempo de crise”.
“Sentimos que estamos todos na mesma barca. Sem o contributo pessoal de cada um, a barca corre o risco de se afundar. Cada um deve fazer a sua parte para que a esperança vença o medo tanto a nível pessoal como coletivo. Desta emergência grave só sairemos todos juntos e solidários”, declarou na igreja da Santíssima Trindade.
D. António Marto recusa “pessimismos” e “catastrofismos”, assim como “ilusões” e “falsas seguranças que escondam as dificuldades do momento”, sublinhando que este é o “tempo de encorajamento e de empenho, em que cada um possa dar algo para que a esperança não morra e a paixão pelo que é possível não seja abandonada”.
Não basta a lei dos mercados. A humanidade não foi criada para servir os mercados; estes é que foram criados para servir a humanidade. Se este princípio for respeitado, a esperança vencerá o medo”, realçou o prelado, que tem assento no Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa.
Os “desejos”, “inquietações” e “virtudes cívicas” dos portugueses precisam de um “fogo da fé, da esperança e da caridade” que as alimente e “impeça a sua decadência”, ao mesmo tempo que lhes oferece “um horizonte mais amplo”, referiu o bispo de Leiria-Fátima, que fez um balanço da atividade da Igreja em 2011.
A nível mundial D. António Marto referiu que o Papa “realçou o significado das Jornadas Mundiais da Juventude em Madrid, o encontro inter-religioso em Assis” e a “proclamação do Ano da Fé”, de 11 de outubro de novembro de 2013, em comemoração dos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965).
O prelado salientou também “a memorável festa da beatificação do Papa João Paulo II” e, a nível nacional, a continuação da reflexão sobre “‘Repensar a pastoral da Igreja em Portugal’ que mobilizou milhares de fiéis”.
In ecclesia

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.