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Aí estão as coordenadas exactas do lugar do sacerdote e do bispo: entre Deus e o povo. Mais concretamente: pertinho de Deus, mas de um Deus que faz carícias ao seu povo, um Deus que ama e que perdoa; pertinho do povo, o suficiente para lhe entregar esta carícia de Deus.
Queridos filhos e filhas, irmãos e irmãs, pais e mães que Deus me deu nesta dorida e querida Diocese de Lamego. Quero muito ver o vosso rosto. Já sabeis que trago notícias de Deus. E que conto muito com cada um de vós, para levar a todos os lugares e a todas as pessoas desta bela Diocese este vendaval manso de graça e de bondade que um dia Jesus desencadeou em Cafarnaum.
D. António Couto, na Eucaristia de tomada de posse
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
Homilia de D. António Couto na tomada de posse da Diocese de Lamego
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«Eis que faço novas todas as coisas» (Apocalipse 21,5), diz Deus. De tal modo novas, diz Deus, que ninguém pode dizer: «Já o sabia» (Isaías 48,7). Eis então Jesus a entrar com os seus discípulos em Cafarnaum, na sinagoga deles, e ensinava e ordenava tudo de forma nova. Tão nova que inutilizava todas as comparações e catalogações. Não era membro de nenhuma confraria, academia, partido, ordem profissional ou instituição, que à partida lhe conferisse algum crédito, alguma autoridade. Nenhum crédito, nenhum currículo, nenhum diploma, o precedia. A sua autoridade começava ali, no próprio ato de dizer ou de fazer. E as pessoas de Cafarnaum foram tomadas de tanto espanto, que tiveram de constatar logo ali que saía dos seus lábios e das suas mãos um mundo novo, belo e bom, ordenado segundo as pautas da Criação. Um vendaval manso de graça e de bondade encheu Cafarnaum, e transvazava como um perfume novo de amor e de louvor por toda a região da Galileia e da missão. Saltava à vista que Cafarnaum não podia conter ou reter tamanha vaga de perfume e lume novo. As pessoas de Cafarnaum sabiam bem o que diziam os escribas, e como diziam os escribas. Não eram senão repetidores, talvez mesmo apenas repetentes de pesadas e cansadas doutrinas que se arrastavam na torrente de uma velha e gasta tradição. Os escribas diziam, diziam, diziam, recitavam o vazio (Salmo 2,1), compraziam-se na sua própria boca, nas suas próprias palavras (Salmo 49,14), e nada, nada, nada acontecia: nenhum calafrio na alma, nenhum rio nascia no deserto, ninguém estremecia ou renascia. Mas Jesus começou a falar, e as pessoas de Cafarnaum sentem um frémito, um estremecimento novo (Isaías 66,2 e 5), assalta-as uma comovida emoção, uma lágrima de alegria lhes acaricia o coração. Era como se acabassem de escutar aquela palavra única que há tanto tempo se procura, palavra criadora que nos vai direitinha ao coração, a ternura de quem leva uma criança pela mão! As pessoas de Cafarnaum sabiam bem o que eram, e como se faziam os exorcismos. Estavam muito em voga naquele tempo. Eram longos, estranhos, complicados, cheios de fórmulas mágicas e ritos esotéricos. Mas Jesus diz uma palavra criadora: «Cala-te e sai desse homem», e tudo fica de imediato resolvido! Abre-se um debate. O primeiro de muitos que o Evangelho de Marcos vai abrir. «O que é isto?», perguntam as pessoas de Cafarnaum, que nunca tinham visto tanto e tão novo e tão prodigioso ensinamento. Mas é apenas o começo da jornada deste maravilhoso ANUNCIADOR do Evangelho de Deus (Marcos 1,14). Logo a abrir o seu Evangelho, Marcos ensina-nos que a jornada iniciada naquele primeiro sábado em Cafarnaum salta os clichés habituais, e vai de madrugada a madrugada, de modo a deixar já bem à vista aquela outra sempre primeira madrugada da Ressurreição! Jesus começa de manhã na sinagoga; caminha depois 30 metros para sul, e entra, pelo meio-dia, na casa de Pedro e levanta da febre para o serviço do Evangelho a sogra de Pedro; à tardinha, já sol-posto, primeiro dia da semana, toda a cidade de Cafarnaum está reunida diante da porta daquela casa, para ouvir Jesus e ver curados por Ele os seus doentes; de madrugada, muito cedo, Jesus sai sozinho para rezar, e os discípulos correm a procurá-lo para o trazer de volta a Cafarnaum, pois, dizem eles, todas as pessoas o querem ver e ter. Ninguém o quer perder. Desconcertante reviravolta. Jesus diz aos seus discípulos atónitos: «VAMOS a outros lugares, às aldeias vizinhas, para que TAMBÉM ali ANUNCIE (kêrýssô) o Evangelho» (Marcos 1,38). Com este grávido dizer, Jesus deixa claro que ANUNCIAR o Evangelho enche por completo o seu programa e o seu caminho. Com aquele «vamos» [«vamos a outros lugares»], Jesus desinstala e agrafa a si os seus discípulos para este trabalho de ANÚNCIO do Evangelho seja a quem for, seja onde for. Com aquele «também» inclusivo [«para que também ali anuncie o Evangelho»], Jesus classifica como ANÚNCIO do Evangelho todos os afazeres da inteira jornada de Cafarnaum: ensinar, libertar, acolher, curar, recriar: é esta a toada do ANÚNCIO do Evangelho. ANUNCIAR (kêrýssô) é então o afazer de Jesus. E qual é a primeira nota que soa quando Jesus se diz com o verbo ANUNCIAR? É, sem dúvida, a sua completa vinculação ao Pai, de quem é o arauto, o mensageiro, o ANUNCIADOR. Pura transparência do Pai, de quem diz e faz o que ouviu dizer (João 7,16-17; 8,26.38.40; 14,24; 17,8) e viu fazer (João 5,19; 17,4). Recebendo todo o amor fontal do Pai, bebendo da torrente cristalina do amor fontal do Pai (Salmo 110,7; cf. 1 Reis 17,4), Jesus, o Filho, é pura transparência do Pai, e pode, com toda a verdade dizer a Filipe: Filipe, «quem me vê, vê o Pai» (João 14,9). É mesmo aqui que reside a sua verdadeira AUTORIDADE e a verdadeira NOVIDADE do seu MODO novo de dizer e de fazer, que se chama ANUNCIAR. A primeira nota de todo o ANUNCIADOR ou Arauto ou Mensageiro não assenta na capacidade deste, mas na sua fidelidade Àquele que lhe confia a mensagem que deve anunciar. É em Seu nome que diz o que diz, que diz como diz. No Enviado é o Rosto do Enviante que se deve ver em contraluz ou filigrana pura. No Enviado ou Mensageiro ou Anunciador é verdadeiramente Deus que visita o seu povo. Pertinho de Deus, cheio de Deus, Jesus leva Deus aos seus irmãos. É esta a Autoridade de Jesus. Ele é o profeta «como Moisés», mais do que Moisés, com a boca repleta das palavras de Deus (Deuteronómio 18,18). E não só a boca, mas também as mãos e o coração. Bem diferente dos escribas e dos falsos profetas e do povo rebelde no deserto. Estes dispensam a Palavra de Deus. O que querem ter na boca é pão e carne. O que recolheu menos, no deserto, diz-nos o extraordinário relato do Livro dos Números 11,31-35, recolheu 4500 kg de carne de codorniz. E começaram a meter a carne à boca com tamanha avidez, que morreram de náusea. Foram encontrados mortos, ainda com a carne entre os dentes, por mastigar (Números 11,33). Vê-se que é urgente libertar o coração, as mãos, a boca. Vive-se da Palavra. Morre-se de náusea. Caríssimos irmãos mais pequeninos, jovens amigos, caríssimos pais, caríssimos idosos e doentes, caríssimos catequistas, acólitos, leitores, cooperadores na missão da evangelização e da caridade, ilustres autoridades, caríssimos seminaristas, caríssimos religiosos e religiosas, caríssimos diáconos e sacerdotes, Senhores Bispos, Senhor D. Jacinto, Senhor Núncio Apostólico, Senhor Cardeal Patriarca, e todos vós que comigo pisais hoje este chão de generoso vinho e de amendoeiras em flor. Numa página sublime do Livro dos Números (17,17-26), Deus ordena a Moisés que recolha as varas de comando dos chefes das doze tribos de Israel, para, de entre eles, escolher um que exerça o sacerdócio em Israel. Em cada vara foi escrito o nome da respetiva tribo. Por ordem de Deus, o nome de Levi foi substituído pelo de Aarão. As doze varas foram colocadas, ao entardecer, na presença de Deus, na Tenda do Encontro. Na manhã seguinte, todos puderam ver que da vara de Aarão tinham desabrochado folhas verdes, flores em botão, flores abertas e frutos maduros (Números 17,23). Dos frutos é dito o nome: amêndoas! Vara de amendoeira em flor e fruto, que, por ordem de Deus, ficará para sempre na sua presença, diante do Propiciatório (cf. Hebreus 9,4), entre Deus e o povo, para impedir que o pecado do povo chegue a Deus, e para facilitar que o perdão de Deus chegue ao povo. Já ninguém estranhará agora que o candelabro (menôrah) que, noite e dia,/ ardia/ na presença de Deus, estivesse ornamentado com flores de amendoeira (Êxodo 25,31-35; 37,20-22). E também já ninguém estranhará que a tradição judaica tardia refira que a vara do Messias havia de ser de madeira… de amendoeira. Aí estão as coordenadas exatas do lugar do sacerdote e do bispo: entre Deus e o povo. Mais concretamente: pertinho de Deus, mas de um Deus que faz carícias ao seu povo, um Deus que ama e que perdoa; pertinho do povo, o suficiente para lhe entregar esta carícia de Deus. Queridos filhos e irmãos, pais e mães que Deus me deu nesta dorida e querida Diocese de Lamego. Quero muito ver o vosso rosto. Já sabeis que trago notícias de Deus. E que conto muito com cada um de vós, para levar a todos os lugares e a todas as pessoas desta bela Diocese este vendaval de graça e de bondade que um dia Jesus desencadeou em Cafarnaum. Seja Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo! D. António Couto, bispo de Lamego (foto: Kymagem) |
D. António Couto tomou hoje posse
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Uma multidão acorreu ao acto. A quase totalidade dos Bispos portugueses marcaram presença, entre eles o Cardeal Patriarca e o Núncio Apostólico. Notável a presença dos padres da diocese, quase todos. Muitos outros sacerdotes vindos de fora da diocese, várias autoridades civis, militares e académicas, amigos e familiares de D. António, familiares e amigos de D. Jacinto que hoje passou a emérito. Ambiente de alegria serena. Celebração bem preparada e orientada, muito bem animada pelo coral.
D. António mostrou aquilo de que se falava. Um erudito que sabe ser simples, com sentido de presença, acolhedor, simpático, profundo. A homilia que proferiu, sem se exceder no tempo, é um hino a reter, tanto no conteúdo como na forma. Admirável! Logo que possível, vamos publicá-la para que possa ser saboreada por todos.
Também a refeição, bem organizada, simples e com bom gosto, revelou um Bispo junto do qual as pessoas se sentem acolhidas e gostam de estar.
Uma jornada muito bonita, pronúncio de um episcopado fecundo, acolhedor e motivador. Assim os esperamos. Oxalá que todos os cristãos, padres, religiosos e leigos, se deixem envolver e com D. António à frente, seja criado um dinamismo pastoral que torne apaixonante para o homem de hoje a Boa Notícia de Jesus Cristo.
O novo bispo de Lamego, D. António Couto, tomou hoje posse da diocese, afirmando que conta com todos os membros da comunidade católica para desempenhar o seu papel, “entre Deus e o povo”.
“Quero muito ver o vosso rosto. Já sabeis que trago notícias de Deus e que conto muito com cada um de vós, para levar a todos os lugares e a todas as pessoas desta bela diocese este vendaval de graça e de bondade que um dia Jesus desencadeou”, disse, na homilia da missa que decorreu na sé lamecense.
Ao assumir a sede episcopal que lhe foi confiada em novembro de 2011 por Bento XVI, D. António Couto apresentou como um bispo que quer estar “pertinho de Deus, mas de um Deus que faz carícias ao seu povo, um Deus que ama e que perdoa” e “pertinho do povo, o suficiente para lhe entregar esta carícia de Deus”.
Na sua intervenção, o bispo de Lamego o centrou-se sobre a passagem do Evangelho lida na celebração, afirmando que a missão de “anunciar” a vida e obra de Jesus implica, para os católicos, a missão de “ensinar, libertar, acolher, curar, recriar”.
Antes da homilia, o núncio apostólico em Portugal, representante diplomático da Santa Sé, deu posse ao novo bispo, lendo a bula de nomeação do Papa que encarrega D. António Couto de presidir à celebração e aos destinos da diocese localizada 400 km a norte de Lisboa.
“Por nosso supremo poder apostólico (…) te nomeamos bispo de Lamego, com todos os direitos e obrigações”, assinalava o texto, que antecedeu as palavras de saudação do bispo cessante, D. Jacinto Botelho.
Este prelado acolheu D. António Couto no Seminário Maior da diocese, acompanhado pelo presidente da autarquia, Francisco Lopes.
O novo bispo foi cumprimentado junto às portas da catedral pelo deão do Cabido (colégio dos cónegos) e pároco da Sé, cónego Delfim de Almeida.
No final da celebração, que pôde ser seguida por televisores colocados dentro e fora da sé, o novo bispo de Lamego cumprimentou os fiéis nos claustros, encaminhando-se a seguir para o Seminário Maior, onde janta com personalidades convidadas.
Aos 59 anos, D. António Couto torna-se o terceiro bispo residencial mais jovem nas dioceses portuguesas, deixando a Arquidiocese de Braga, na qual era auxiliar desde 2007.
Este responsável é membro da Congregação para a Evangelização dos Povos (Santa Sé) desde 2004 e presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização (Conferência Episcopal Portuguesa).
A Diocese de Lamego, com cerca de 140 mil habitantes, foi criada por volta do ano 570 e é a única do país que não é sede de Distrito.
In ecclesia
(fotos: Kymagem)
D. António mostrou aquilo de que se falava. Um erudito que sabe ser simples, com sentido de presença, acolhedor, simpático, profundo. A homilia que proferiu, sem se exceder no tempo, é um hino a reter, tanto no conteúdo como na forma. Admirável! Logo que possível, vamos publicá-la para que possa ser saboreada por todos.
Também a refeição, bem organizada, simples e com bom gosto, revelou um Bispo junto do qual as pessoas se sentem acolhidas e gostam de estar.
Uma jornada muito bonita, pronúncio de um episcopado fecundo, acolhedor e motivador. Assim os esperamos. Oxalá que todos os cristãos, padres, religiosos e leigos, se deixem envolver e com D. António à frente, seja criado um dinamismo pastoral que torne apaixonante para o homem de hoje a Boa Notícia de Jesus Cristo.
“Quero muito ver o vosso rosto"
O novo bispo de Lamego, D. António Couto, tomou hoje posse da diocese, afirmando que conta com todos os membros da comunidade católica para desempenhar o seu papel, “entre Deus e o povo”.
“Quero muito ver o vosso rosto. Já sabeis que trago notícias de Deus e que conto muito com cada um de vós, para levar a todos os lugares e a todas as pessoas desta bela diocese este vendaval de graça e de bondade que um dia Jesus desencadeou”, disse, na homilia da missa que decorreu na sé lamecense.
Ao assumir a sede episcopal que lhe foi confiada em novembro de 2011 por Bento XVI, D. António Couto apresentou como um bispo que quer estar “pertinho de Deus, mas de um Deus que faz carícias ao seu povo, um Deus que ama e que perdoa” e “pertinho do povo, o suficiente para lhe entregar esta carícia de Deus”.
Na sua intervenção, o bispo de Lamego o centrou-se sobre a passagem do Evangelho lida na celebração, afirmando que a missão de “anunciar” a vida e obra de Jesus implica, para os católicos, a missão de “ensinar, libertar, acolher, curar, recriar”.
Antes da homilia, o núncio apostólico em Portugal, representante diplomático da Santa Sé, deu posse ao novo bispo, lendo a bula de nomeação do Papa que encarrega D. António Couto de presidir à celebração e aos destinos da diocese localizada 400 km a norte de Lisboa.
“Por nosso supremo poder apostólico (…) te nomeamos bispo de Lamego, com todos os direitos e obrigações”, assinalava o texto, que antecedeu as palavras de saudação do bispo cessante, D. Jacinto Botelho.
Este prelado acolheu D. António Couto no Seminário Maior da diocese, acompanhado pelo presidente da autarquia, Francisco Lopes.
O novo bispo foi cumprimentado junto às portas da catedral pelo deão do Cabido (colégio dos cónegos) e pároco da Sé, cónego Delfim de Almeida.
No final da celebração, que pôde ser seguida por televisores colocados dentro e fora da sé, o novo bispo de Lamego cumprimentou os fiéis nos claustros, encaminhando-se a seguir para o Seminário Maior, onde janta com personalidades convidadas.
Aos 59 anos, D. António Couto torna-se o terceiro bispo residencial mais jovem nas dioceses portuguesas, deixando a Arquidiocese de Braga, na qual era auxiliar desde 2007.
Este responsável é membro da Congregação para a Evangelização dos Povos (Santa Sé) desde 2004 e presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização (Conferência Episcopal Portuguesa).
A Diocese de Lamego, com cerca de 140 mil habitantes, foi criada por volta do ano 570 e é a única do país que não é sede de Distrito.
In ecclesia
(fotos: Kymagem)
sábado, 28 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
O que é o Bispo?
D. António José da Rocha Couto, Bispo de Lamego
No inicio da pregação evangélica, os apóstolos de Cristo escolheram colaboradores que, após a sua morte, lhes sucedessem no governo das comunidades nascentes e na pregação da mensagem cristã. Inicialmente eram chamados de “sucessores dos apóstolos”, como nos informa Clemente Romano, no ano 96 da era cristã, na bela e conhecida Carta à Igreja de Corinto.
A missão destes sucessores era responsabilizar-se pelas comunidades que se formaram ao redor dos apóstolos, supervisionando a sua vida evangélica. Daí o verbo “episkopein” (supervisionar), de que vem o substantivo “epískopos”: o que zela como guarda e protetor, por supervisionar o rebanho. Em latim “epíscopus” e, em português bispo, isto é: o que tem a nobre missão, como autêntico sucessor dos apóstolos, de responsabilizar-se pela comunidade dos fieis.
Hoje, quem escolhe e nomeia o bispo é o sucessor de São Pedro, o Papa. O eleito recebe a plenitude do sacramento da Ordem pela “keirotonia”, isto é: imposição das mãos de três outros bispos e pela unção e oração consecratória. Há pois uma corrente genealógica ascendente , que chega ate um dos doze apóstolos, do qual o bispo atual é verdadeiro sucessor.
A autoridade do bispo, sucessor dos apóstolos, vem da palavra de Jesus aos doze: “todo poder me foi dado no céu e na terra. Ide pois: batizai e ensinai que observem o que lhes ensinei.” (Mt 28,19ss).
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Diocese de Lamego, passado presente e futuro, nas vésperas da entrada do novo Bispo
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A agência ecclesia apresenta uma leitura da diocese de Lamego nas vésperas da entrada do novo Bispo, D. António Couto.
Assinalamos aqui as várias vertentes dessa leitura, remetendo para o texto.
1. D. Jacinto Botelho, balanço tranquilo
D. Jacinto Botelho, administrador apostólico da Diocese de Lamego, prepara-se para deixar um cargo que ocupou durante 12 anos, passando o testemunho a D. António Couto com sentido de dever cumprido.
AQUI
2. Um retrato da Diocese de Lamego
Solução para a falta de catequistas e de crianças suficientes para formar grupos pode passar pela criação de pólos «supraparoquiais».
AQUI
4. Expectativas e desafios para um novo bispo
Adão Sequeira, fundador da Associação de Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Lamego.
AQUI
5. Jovens rezam pelo novo Bispo
AQUI
6. Instituir uma cultura de missão
D. António Couto assume no domingo uma nova missão, como bispo de Lamego, e apresenta as suas prioridades em entrevista à ECCLESIA.
AQUI
A agência ecclesia apresenta uma leitura da diocese de Lamego nas vésperas da entrada do novo Bispo, D. António Couto.
Assinalamos aqui as várias vertentes dessa leitura, remetendo para o texto.
1. D. Jacinto Botelho, balanço tranquilo
D. Jacinto Botelho, administrador apostólico da Diocese de Lamego, prepara-se para deixar um cargo que ocupou durante 12 anos, passando o testemunho a D. António Couto com sentido de dever cumprido.
AQUI
2. Um retrato da Diocese de Lamego
A Diocese de Lamego, cuja fundação, na referência mais remota, é assinalada no ano de 570, pertence maioritariamente ao distrito de Viseu, integra atualmente 14 concelhos (dois destes concelhos pertencem ao distrito da Guarda) e distribui-se por 223 paróquias da margem a sul do Douro, numa área de aproximadamente 2.900 Km2, entre as confluências dos rios Douro, Coa e Paiva. O espaço diocesano integra grande parte da região do Douro, património da humanidade, sendo a agricultura e a vitivinicultura as atividades predominantes. AQUI 3. Lamego: Catequese em paróquias pequenas está a ser reequacionada |
AQUI
4. Expectativas e desafios para um novo bispo
Adão Sequeira, fundador da Associação de Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Lamego.
AQUI
5. Jovens rezam pelo novo Bispo
AQUI
6. Instituir uma cultura de missão
D. António Couto assume no domingo uma nova missão, como bispo de Lamego, e apresenta as suas prioridades em entrevista à ECCLESIA.
AQUI
TÃO ESMOLER QUE ATÉ LHE FICOU NO NOME

Como ninguém percebeu o alcance, ele descodificou: «Quero saber quantos pobres temos. Eles são os meus senhores, pois representam na terra Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Mt 25, 34-46). Dependerá deles que eu venha a entrar no Seu reino».
Fizeram o apuramento. Havia 7500 pobres, que ficaram a receber, todos os dias, uma boa esmola. É claro que as críticas não demoraram. Que havia alguns que não eram pobres, antes mandriões.
Réplica do bispo: «Se não fôsseis não curiosos, não o saberíeis. Curai-vos da vossa intriga e curiosidade e deixai-me em paz. Prefiro ser enganado dez vezes a violar, uma vez que seja, a lei do amor».
Diz a história que o cofre nunca se esvaziou. A quem lhe agradecia ele respondia: «Agradece-me só quando eu derramar o meu sangue por ti; até lá, agradeçamos, os dois juntos, a Nosso Senhor Jesus Cristo».
Ninguém tinha coragem de lhe negar nada. Só que alguns costumavam sair, furtivamente, da igreja antes do fim da Santa Missa.
Sucede que o bispo saía também e, de báculo na mão, juntava-se a eles cá fora e intimava-os: «Meus filhos, um pastor deve estar com o seu rebanho; por isso, venho ter convosco. Mas não posso ficar aqui e não me posso cortar em dois; que iria ser das minhas ovelhas que estão lá dentro?» Desde então, toda a gente esperava pelo fim da Santa Missa para sair.
Que nobre exemplo de pastor, de pai. Muito mais tarde, também Bossuet repetia: «Nossos senhores, os pobres».
O pobre é sempre uma surpreendente aparição de Deus.
Fonte: aqui
domingo, 22 de janeiro de 2012
Amigo(a), já se lembrou de mim?
As minhas 1ª e 2ª fases estão em acabamentos finais.
Preciso tanto de um coração amigo que seja generoso para comigo!
Eu sei que os tempos estão difíceis, mas é nas horas difíceis que se... vê o que valem os amigos!
SE...
... é desta paróquia, residente nela ou fora dela,
... é amigo desta terra e destas gentes,
... se gosta de crianças, jovens, casais e idosos,
... se tem um coração generoso e solidário,
... então lembre-se de mim! Ajude-me nesta hora.
Fale de mim aos seus conhecidos, amigos e familiares.
Ajude-me a ajudar as pessoas.
Muito obrigado.
Preciso tanto de um coração amigo que seja generoso para comigo!
Eu sei que os tempos estão difíceis, mas é nas horas difíceis que se... vê o que valem os amigos!
SE...
... é desta paróquia, residente nela ou fora dela,
... é amigo desta terra e destas gentes,
... se gosta de crianças, jovens, casais e idosos,
... se tem um coração generoso e solidário,
... então lembre-se de mim! Ajude-me nesta hora.
Fale de mim aos seus conhecidos, amigos e familiares.
Ajude-me a ajudar as pessoas.
Muito obrigado.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Padres portugueses querem título europeu de futsal
Os padres portugueses que vão participar no VI Campeonato Europeu em Futsal para sacerdotes católicos, na cidade de Gyula, Hungria, de 6 a 10 do próximo mês, levam na bagagem o sonho do título.
O capitão da seleção, padre Marco Gil, referiu hoje à Agência Ecclesia que a equipa quer "quebrar a malapata dos torneios anteriores" e vencer a prova de futsal. Este padre da diocese de Braga vai já na quarta participação da «Champions Clerum» e foi considerado o melhor jogador do último torneio europeu. Os padres convocados são oriundos das Dioceses a norte do Mondego: quatro de Vila Real, três de Viana do Castelo, dois do Porto, dois de Braga e um de Lamego.
O padre Marco Gil frisou que são estas as dioceses que "ficam nos lugares cimeiros" quando se realiza o campeonato a nível nacional. Liderados também por um sacerdote, José Cunha, da Diocese de Viana do Castelo, o capitão da seleção adiantou que jogou futebol com o atual treinador e eram os dois "doentes" por este desporto, "nos tempos de seminário".
A lista de convocados: Padre Marco, Padre Nélson, Padre Custódio, Padre Jorge Agostinho, Padre Iolando, Padre Ivo, Padre Carlos Rubens, Padre Rui Mota, Padre Manuel Fernando, Padre Vítor Rodrigo, Padre Marco Gil e Padre Amadeu.
Fonte: aqui
O padre Marco Gil frisou que são estas as dioceses que "ficam nos lugares cimeiros" quando se realiza o campeonato a nível nacional. Liderados também por um sacerdote, José Cunha, da Diocese de Viana do Castelo, o capitão da seleção adiantou que jogou futebol com o atual treinador e eram os dois "doentes" por este desporto, "nos tempos de seminário".
A lista de convocados: Padre Marco, Padre Nélson, Padre Custódio, Padre Jorge Agostinho, Padre Iolando, Padre Ivo, Padre Carlos Rubens, Padre Rui Mota, Padre Manuel Fernando, Padre Vítor Rodrigo, Padre Marco Gil e Padre Amadeu.
Fonte: aqui
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
III Domingo do Tempo Comum - Ano B
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“O que tenho a dizer-vos é que o tempo é breve”
(I Cor.7,29)!
“O que tenho a dizer-vos é que o tempo é breve”
(I Cor.7,29)!
1. Em pouco tempo, falemos do tempo, que nos parece sempre pouco, numa vida que é breve e fugaz, e que se anuncia, para já, com menos férias e feriados, sem pontes de descanso, para algumas pausas sonhadas! Tão breve é o tempo que nos foge, que de repente, nos acordamos com a pergunta: Qual é afinal o sentido que podemos dar aos nossos dias inquietos, de fadiga e de dor, em “tempos de crise”?
2. Há uma resposta simples, para esta pergunta: Deus eterno entrou na nossa história e permanece presente, de modo único e permanente, na pessoa de Jesus, o seu Filho feito Homem! Por isso, a Boa nova de Jesus resume-se nestas palavras: “Cumpriu-se o tempo e está próximo o Reino de Deus” (Mc.1,15). Em Cristo e com Cristo, o Reino de Deus aproximou-se de nós! Onde Deus está, onde Cristo chega, o Reino de Deus também se aproxima de nós! E aproxima-se de nós, para que O possamos acolher e receber, de mão beijada! Portanto, com Jesus, o tempo chega à sua plenitude, completa-se, alcança o seu cumprimento, adquire aquele significado de salvação e de graça, pelo qual foi querido por Deus antes da criação do mundo!
3. Portanto, já não há mais lugar para a angústia, diante do tempo que passa e não volta para trás. Agora é o momento de confiar infinitamente em Deus, por quem sabemos ser amados, no qual “vivemos, somos e existimos” (At.17,28) e para quem a nossa vida se orienta! É muito importante descobrir este valor sagrado, inscrito no tempo: cadenciado nos seus ritmos anuais, mensais, semanais e diários, o nosso tempo é habitado pelo amor de Deus, pelos dons da sua graça. O tempo que nos é dado viver, este e não outro, é, em si mesmo, um sinal fundamental do amor de Deus: um dom que o homem é capaz de valorizar ou, pelo contrário, dissipar; de compreender no seu significado, ou, por desgraça, descuidar com fácil superficialidade! Mesmo se é de crise, este é também e necessariamente um tempo de graça e de salvação, para todos e para cada um de nós.
4. Acolhamos, então, este tempo de “crise”, como um tempo de crescimento, como uma espécie de “espelho austero”, onde nos podemos ver, rever e reencontrar, para lá das nossas ilusões e expetativas! A crise é uma oportunidade, para nos vermos e testarmos por dentro, para deixarmos tantas coisas, em que facilmente nos enredamos, para nos “convertermos do mau caminho” (Jon,3,10) a novos estilos de vida, mais próximos da simplicidade do evangelho. O momento da “crise”, em linguagem médica, é precisamente aquele em que a doença se decide: ou nos precipita na morte, ou nos encaminha para a recuperação! Neste sentido, a crise representa, para cada um, o ponto de passagem, o nó de viragem, o instante da transformação, que nos faz crescer e fortalecer, renunciando ao acessório, para descobrir a alegria maior, do que é essencial. Alguém escreveu: «O homem que não passa por nenhuma crise não está capaz de julgar coisa nenhuma». Ora aí está, como as “desgraças da crise” podem abrir caminho ao tempo favorável da conversão e a tantas “graças” de vida nova e de transformação!
5.Como havemos, queridos irmãos e irmãs, na prática, de viver este tempo, no cenário deste mundo, que é tão passageiro? Chiara Lubich ensina-nos, de maneira simples, numa oração em que reza assim:
“Ó Jesus,faz-me falar sempre, como se fosse a última palavra que digo. Faz-me agir sempre, como se fosse a última coisa que faço. Faz-me sofrer sempre, como se fosse a última dor que tenho para Te oferecer. Faz-me rezar, sempre como se fosse a última possibilidade que tenho, aqui na terra, de conversar conTigo”.
Fonte: aqui
Fonte: aqui
Maternidade de substituição é um "problema ético" que nesta altura serve para "desviar atenções"
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A maternidade de substituição, que é hoje votada no Parlamento, é um problema ético, mais do que religioso, e a sua discussão nesta altura serve para "desviar as atenções", disse o coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde.
A maternidade de substituição, que é hoje votada no Parlamento, é um problema ético, mais do que religioso, e a sua discussão nesta altura serve para "desviar as atenções", disse o coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde.
"Aqui não é um problema de Igreja que está em questão, não é um problema religioso que está em questão, é um problema ético. Em termos éticos tem muitas consequências negativas, sobretudo para a relação em família", defendeu o padre Vítor Feytor Pinto, em declarações à agência Lusa.
Segundo Vítor Feytor Pinto nesta altura a sociedade portuguesa tem problemas tão graves para enfrentar, devido á crise económica, que debater este assunto "é perda de tempo, sobretudo é diversão, é desviar as atenções".
"Quando estiver tudo calmo, quando tivermos possibilidade de estar a refletir sobre esses problemas com serenidade, sem as pressões que hoje a austeridade nos traz vale a pena estudar isso", defendeu.
Sobre a procriação medicamente assistida, o coordenador da Pastoral da Saúde lembrou que a "posição da igreja é absolutamente conhecida".
"Com a procriação medicamente assistida há situações em que se pode admitir, nomeadamente quando há um benefício muito forte para a família, benefício grande para o conjunto de crianças que integram essa família", sublinhou.
Relativamente à maternidade de substituição, vulgarmente conhecida como ´barrigas de aluguer´, Vítor Feytor Pinto entende que "não se pode querer a vida a todo o custo".
"Não é só o problema de gerar um filho, o problema é bastante mais grave, porque é todo um processo posterior depois do nascimento", disse o padre, deixando um pedido: "Não vamos inventar coisas muito complicadas".
Para o coordenador da Pastoral da Saúde a solução para o problema dos casais que não podem ter filhos deveria centrar-se na adoção de crianças.
"Tenho imensa pena de não se facilitar muito mais e de não se acionar rapidamente todos os processos de adoção. Há imensas famílias que conheço que gostariam muito de ter filhos adotivos", disse.
A maternidade de substituição e o recurso às técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) são hoje votadas no Parlamento, através de iniciativas parlamentares do PSD, PS e BE.
Fonte: aqui
Fonte: aqui
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
O fim do mundo
Há coisas que não me cabem na cabeça. Uma delas é que haja seitas ditas cristãs que volta e meia anunciem o fim do mundo e mesmo depois de os anúncios não terem dado certo, insistam no mesmo erro. Se a Bíblia não nos dissesse nada sobre esse assunto, ainda se podia compreender. Mas ela refere que Jesus foi claro, quando falou que este mundo iria um dia acabar: "Desse dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai." (Mateus 24:36) As pessoas estão a ser bombardeadas com notícias de profecias destas. Uns dizem que o fim chegará no próximo dia 21 de Maio; outros apregoam outras datas como 12-12-2012 e 21-12-2012. Falam numa pedra da civilização Maia, que teria isso escrito. Mas isso até já foi desmentido. A causa dessa destruição final prevista nos actuais boatos espalhados na internet seria Nibiru, também chamado de Planeta X, um corpo celeste que teria sido descoberto pelos sumérios. O impacto com a Terra seria precisamente na data em que o calendário Maia termina (numa analogia ao "fim dos tempos). Muitas pessoas já foram prejudicadas com falsos alarmes destes. Basta recordar os suicídios em massa provocados por líderes religiosos que se autoproclamaram profetas tais como Jim Jones em 1978, David Koresh em 1993 e Marshall, Applewhite e Bonnie Nettles (Heaven's Gate) em 1997, nos Estados Unidos. Três casos que provocaram a morte de milhares de pessoas que foram levadas ao suicídio colectivo ou se desfizeram de todos os seus bens, ficando depois na penúria. O que o Senhor Jesus nos avisou é que não nos deixemos enganar por falsos profetas, nem pelo medo. O fim chegará para cada um de nós e é preciso estar vigilante cumprindo os mandamentos do amor a Deus e do amor ao próximo. Estou em crer que para alguns de nós o fim chegará até mais cedo do que imaginamos, mas a maioria ficará por cá mais alguns anos. In O Amigo do Povo |
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
A guerra global contra os cristãos
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O ano de 2011 começou com o bombardeamento de uma igreja cristã em Alexandria, no Egito, que matou 23 pessoas, e encerrou com os ataques no dia de Natal contra três igrejas na Nigéria, onde pelo menos 27 católicos morreram. Houve inúmeros ataques contra cristãos. Embora esses episódios tenham sido amplamente divulgados à medida que ocorriam, foram geralmente interpretados como eventos localizados e isolados. No entanto, o que surge dessas atrocidades é um retrato de uma guerra global contra os cristãos. Hoje, os cristãos são de longe o grupo religioso mais perseguido do planeta. Infelizmente, é uma aposta segura que esta guerra continuará a ser uma das principais histórias de 2012.
Fonte: aqui
D. António Couto: Novas gerações são o motor do ecumenismo
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D. António Couto, presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, que engloba a área do ecumenismo, aborda a realização da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos e o diálogo entre as várias Igrejas e comunidades, em Portugal.
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Agência ECCLESIA (AE) – Tomando como exemplo as celebrações ecuménicas que se fazem atualmente e o trabalho conjunto que é realizado nas capelanias dos hospitais, podemos dizer que a unidade entre os cristãos tem evoluído nos últimos tempos? D. António Couto (AC) – As pessoas podem olhar para estas realidades e dizer que está tudo na mesma e não se mudou nada, mas na verdade andámos muito. Se nós recuarmos 50 anos não tínhamos nada disto e hoje é fácil, sobretudo entre as camadas mais jovens, vermos pessoas de credos diferentes unidas a trabalhar com alegria, mesmo com os mais idosos, já é fácil juntá-los na mesma celebração. Isso acontece cada vez mais, nas dioceses e a nível nacional, começamos a ver que afinal os católicos podem juntar-se com presbiterianos, metodistas ou da Igreja Lusitana, podem rezar ao mesmo Cristo e partilhar a mesma reflexão. Isto é muito belo e acontece também no campo social, onde as diversas Igrejas estão trabalhar em conjunto. O que é que falta? Temos de nos aproximar ainda mais e penso que esta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, entre 18 e 25 de janeiro, será um tempo muito propício para isso, que culminará com a festa em honra da Conversão de São Paulo, patrono destes dias e que foi um grande lutador pela causa da unidade entre todos os cristãos. Este ano, a celebração nacional será em Braga, no dia 20, vamos fazê-la numa igreja ligada à comunidade metodista, que tem grande implantação nesta região. Depois teremos também encontros de sensibilização, como uma só Igreja, o que é muito importante. Há ainda muitos cristãos, mesmo católicos, que não estão mobilizados para a importância do ecumenismo, da abertura aos outros, para o acolhimento dos seus irmãos em Cristo. Este tipo de trabalho tanto pode ser feito em conjunto como de forma repartida, em cada Igreja, chamando a atenção dos fiéis para estas questões e, portanto, penso que iremos ter uma semana bastante enriquecedora. AE – A unidade dos cristãos já começa a ser vista pelas comunidades como uma prioridade ou ainda está muito ao nível do debate académico e religioso, dentro das estruturas do clero? AC – O debate que se fazia era, muitas vezes, apenas mais uma forma de esgrimir argumentos do que propriamente construir a unidade. Hoje, felizmente, já começa a haver uma consonância maior neste âmbito e mesmo entre os fiéis, entre o povo, como será possível verificar durante as celebrações que vamos ter ao longo da semana, em diversos locais do país. Olhos nos olhos, vamos poder ver o que é que está a acontecer nas diversas comunidades e penso que se começa a ver cada vez mais a silhueta de Cristo nesta partilha ecuménica que temos feito. AE – A experiência do Fórum Ecuménico Jovem tem sido importante na sensibilização das novas gerações para esta realidade? AC – Olhando para aqueles que estão à frente das Igrejas hoje, penso que demos um salto muito grande e acredito que os jovens que vêm atrás vão mostrar uma nova dinâmica, porque estão muito mais abertos ao ecumenismo. Ao nível das hierarquias das diversas Igrejas, já há muita partilha, mas esta juventude traz outro brilho no olhar, que irá quase obrigar o ecumenismo a dar novos passos, basta ver as perspetivas que saíram no último Fórum Ecuménico, que mostrou uma geração mais interativa e disposta ao diálogo uns com os outros. AE – Mas há sempre equilíbrios difíceis a manter, relacionados com o receio de cada Igreja perder a sua identidade própria… AC – De facto, ao longo da História, os diversos grupos têm tido essa tendência, de procurarem identificar-se e manter a sua identidade própria, para evitarem diluir-se no meio de todos. Mas a gente nova que vem aí não vai estar tão preocupada com isso, vai estar muito mais atenta a Cristo, àquilo que é comum e que nos une, do que aquilo que nos separa, penso que as classes mais novas vão dar um testemunho bastante importante. AE – Esta será, no seu entender, a grande marca da comunidade ecuménica? AC – Isso já se nota e se não tivéssemos dado todos estes passos não veríamos os resultados que estão a surgir por aí. Ainda estaríamos a jogar em caminhos paralelos mas que nunca se tocariam. Quando fazemos as coisas apenas por dever, só porque Cristo mandou, é pouco. Mas quando sentimos alegria em estarmos na mesma celebração, em convivermos uns com os outros, começa a nascer uma coisa nova e a nossa juventude sente alegria nisto. AE – Pode dizer-se que, relativamente ao passado, este esforço de unidade e ecumenismo é concretizado de uma forma muito mais abrangente? AC – Certamente e poderemos constatar isso através do guião que vai ser distribuído este ano, que inclui um momento chamado ‘oplatek’, típico da Polónia, na introdução das festas natalícias, em que as pessoas partilham um biscoito em sinal de comunhão e de perdão. Mais do que palavras ou discursos, serão gestos como este, que iremos repetir ao longo das nossas celebrações, que irão também aproximar as pessoas e favorecer o nascimento de uma nova forma de viver a fé. In agência ecclesia, através de Diocese de Lamego |
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Quem sabe o Credo de cor?
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Para muitos católicos, será difícil rezá-lo, do princípio ao fim, sem se enganar. Pois bem: nos primeiros séculos, os cristãos sabiam de memória o Credo e rezavam-no todos os dias para não se esquecerem do compromisso assumido com o baptismo.
Tinham-no presente na mente e no coração, repetiam-no nas praças, durante as refeições e, mesmo quando o corpo dormia, o seu coração vigiava pelas verdades da fé.
Agora, Bento XVI pede-nos o mesmo. Ao proclamar o Ano da Fé, pede-nos que as palavras sobre as quais está solidamente edificada a fé da Igreja sejam para os cristãos palavras tão preciosas como a menina dos olhos. Sob pena de o testemunho de vida dos baptizados perder credibilidade.
Aura Miguel
Para muitos católicos, será difícil rezá-lo, do princípio ao fim, sem se enganar. Pois bem: nos primeiros séculos, os cristãos sabiam de memória o Credo e rezavam-no todos os dias para não se esquecerem do compromisso assumido com o baptismo.
Tinham-no presente na mente e no coração, repetiam-no nas praças, durante as refeições e, mesmo quando o corpo dormia, o seu coração vigiava pelas verdades da fé.
Agora, Bento XVI pede-nos o mesmo. Ao proclamar o Ano da Fé, pede-nos que as palavras sobre as quais está solidamente edificada a fé da Igreja sejam para os cristãos palavras tão preciosas como a menina dos olhos. Sob pena de o testemunho de vida dos baptizados perder credibilidade.
Aura Miguel
Credo
Creio em Deus, Pai todo-poderoso,Criador do Céu e da Terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, luz da luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e por nossa salvação desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria,
e Se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória, para julgar os vivos e os mortos;
e o seu Reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado;
Ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só Baptismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos,
e a vida do mundo que há-de vir
Ámen.
De 18 a 25 de Janeiro: Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos
Tem poucos apoios da sua Igreja e alguém lhe sugere a criação de uma campanha de oração pela Unidade dos Cristãos. Surge assim o Oitavário de Oração pela Unidade. Pouco tempo depois, a Sociedade da Reconciliação por eles fundada adere à Igreja Católica.
É na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que todos, quer sejam protestantes, ortodoxos ou católicos, se unem numa Oração comum, com mais intensidade de fé e de esperança, a fim de darem cumprimento ao apelo de Jesus Cristo: "Que todos sejam Um, Pai, como Eu e Tu somos UM!".
E a partir daí, com avanços e recuos, foram-se abrindo caminhos de diálogo e aceitação mútua. O Concílio Vaticano II reflectiu sobre este assunto e convidou os cristãos a dar passos firmes na aceitação mútua e na promoção do diálogo ecuménico.
O tema comum será: "Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo", baseado na carta do apóstolo S. Paulo em 1 Cor. 15:51-58.
In O Amigo do Povo
Eis o Cordeiro de Deus
"Estava João Baptista com dois dos seus discípulos e, vendo Jesus que passava, disse:
«Eis o Cordeiro de Deus».
Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras e seguiram Jesus". (Jo 1, 35-36)
João vê bem Jesus a passar. E logo o apresenta como o Cordeiro de Deus. Apresenta-o a nós, e põe-nos em movimento atrás d’Ele. Riquíssima apresentação de Jesus. Na verdade, Cordeiro diz-se na língua aramaica, língua comum então falada, talya’. Mas talya’ significa, não só «cordeiro», mas também «servo», «filho» e «pão». Aí está traçada, com uma pincelada de mestre, a identidade de Jesus.
«Eis o Cordeiro de Deus».
Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras e seguiram Jesus". (Jo 1, 35-36)
João vê bem Jesus a passar. E logo o apresenta como o Cordeiro de Deus. Apresenta-o a nós, e põe-nos em movimento atrás d’Ele. Riquíssima apresentação de Jesus. Na verdade, Cordeiro diz-se na língua aramaica, língua comum então falada, talya’. Mas talya’ significa, não só «cordeiro», mas também «servo», «filho» e «pão». Aí está traçada, com uma pincelada de mestre, a identidade de Jesus.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Autenticidade do «Santo Sudário»
O «Santo Sudário», como é conhecido o tecido de linho que está na catedral de Turim também considerado uma das relíquias mais misteriosas na história do cristianismo, pode mesmo ser a mortalha utilizada há 2 000 anos atrás para envolver o corpo de Jesus depois da crucifixão, reclama um novo estudo de especialistas italianos.
Segundo testes recentes efectuados por cientistas italianos, a mortalha exposta em Turim não foi fabricada na Idade Média, dada inexistência de técnicas coevas que podiam permitir tal falsificação.
Trata-se do autêntico «Santo Sudário», reclamam os especislistas. A equipa italiana tentou identificar os processos físicos e químicos que terão estado na origem da coloração da imagem (de Cristo) identificável na mortalha. E a resposta proposta parece irrefutável quanto à questão da datação: tais cores nunca poderiam ter sido obtidas senão com recurso a lasers ultravioletas, uma tecnologia de todo inacessível há cerca de 650 anos atrás. In O Amigo do Povo
sábado, 14 de janeiro de 2012
DEUS (também) É PEREGRINO DE NÓS
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É bom procurar Deus. Mas também é importante deixar-se encontrar por Ele.
É bom procurar Deus. Mas também é importante deixar-se encontrar por Ele.
Nós somos peregrinos de Deus.Mas Deus também é peregrino de nós.
É necessário escutá-Lo na Palavra. Mas é fundamental que O escutemos no silêncio da (nossa) consciência.
Deus está em ti. Tu és um santuário. És teóforo. Transportas Deus. Tu és n'Ele. Ele é em Ti. Contigo. E (sempre) por ti.
Fonte: aqui
Participando na reunião do Conselho de Arciprestes
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Manhã de 13 de Janeiro, Casa de São José - Lamego. Participei na reunião do Conselho de Arciprestes a que presidiu o Administrador Apostólico, D. Jacinto.
Foi a última reunião com D. Jacinto enquanto responsável máximo pela diocese. Por isso, o prelado começou por agradecer e salientar o trabalho realizado por este conselho, frisando a regularidade dos encontros e o contributo pastoral para a vida desta Igreja Local. Fez um breve resumo dos planos pastorais baseados na carta pastoral que enviou à diocese no início do seu trabalho como Bispo de Lamego.
Contextuou seguidamente os dois grandes acontecimentos eclesiais que se vão iniciar no presente ano civil: o cinquentenário da Concílio Vaticano II e o Ano da Fé anunciado pelo papa.
Um sacerdote, em nome dos presentes, tomou a palavra para agradecer ao Bispo todo o serviço pastoral realizado e a amizade sentida.
Depois de alguns esclarecimentos e informações, teve lugar a fraterna refeição, sempre agradável pelo ambiente empático gerado.
Manhã de 13 de Janeiro, Casa de São José - Lamego. Participei na reunião do Conselho de Arciprestes a que presidiu o Administrador Apostólico, D. Jacinto.
Foi a última reunião com D. Jacinto enquanto responsável máximo pela diocese. Por isso, o prelado começou por agradecer e salientar o trabalho realizado por este conselho, frisando a regularidade dos encontros e o contributo pastoral para a vida desta Igreja Local. Fez um breve resumo dos planos pastorais baseados na carta pastoral que enviou à diocese no início do seu trabalho como Bispo de Lamego.
Contextuou seguidamente os dois grandes acontecimentos eclesiais que se vão iniciar no presente ano civil: o cinquentenário da Concílio Vaticano II e o Ano da Fé anunciado pelo papa.
Um sacerdote, em nome dos presentes, tomou a palavra para agradecer ao Bispo todo o serviço pastoral realizado e a amizade sentida.
Depois de alguns esclarecimentos e informações, teve lugar a fraterna refeição, sempre agradável pelo ambiente empático gerado.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Pecado original, pecado mortal e pecado venial
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- O que é o pecado?
O pecado é uma palavra, um pensamento, um ato, um desejo ou uma omissão contrários ao plano de felicidade que Deus tem para o homem.
- Quantas espécies há de pecado?
Há duas espécies de pecado: o pecado original e o pecado atual.
- Que é o pecado original?
O pecado original é aquele com o qual todos nascemos, exceto a Santíssima Virgem Maria, e que contraímos pela desobediência dos nosso primeiros pais.
- Que males nos causa o pecado original?
Os males causados pelo pecado original são: a privação da graça, a perda do Paraíso, a ignorância, a inclinação para o mal, a morte e todas as demais misérias.
- Como se apaga o pecado original?
O pecado original apaga-se com o santo Batismo.
- Que é o pecado atual?
O pecado atual é aquele que o homem, chegado ao uso da razão, comete por sua livre vontade.
- Quantas espécies há de pecado atual?
Há duas espécies de pecado atual: o mortal e o venial.
- O que é o pecado mortal?
O pecado mortal é uma transgressão da lei divina, pela qual se falta gravemente aos deveres para com Deus, para com o próximo, ou para com nós mesmos.
- Por que se chama mortal?
Chama-se mortal porque dá a morte à alma, fazendo-a perder a graça santificante, que é a vida da alma como a alma é a vida do corpo.
- Que males causa à alma o pecado mortal?
O pecado mortal:
1º priva a alma da graça e da amizade de Deus;
2º fá-la perder o Céu;
3º priva-a dos merecimentos adquiridos e torna-a incapaz de adquirir novos;
4º torna a alma escrava do demónio;
5º fá-la merecer o Inferno e também os castigos desta vida.
- Além da gravidade da matéria, que mais se requer para haver um pecado mortal?
Além da gravidade da matéria, para haver um pecado mortal requer-se a plena advertência desta gravidade, e a vontade deliberada de cometer o pecado.
- Que é o pecado venial?
O pecado venial é uma leve transgressão da lei divina, pela qual se falta levemente a algum dever para com Deus, para com o próximo, ou para com nós mesmos.
- Por que se chama venial?
Porque é leve em comparação com o pecado mortal; porque não nos faz perder a graça divina; e porque Deus facilmente o perdoa.
- Então não se deve fazer grande caso do pecado venial?
Isto seria um erro enorme, porque o pecado venial contém sempre uma ofensa a Deus, e causa prejuízos não pequenos à alma.
- Que prejuízos causa o pecado venial?
O pecado venial:
1º enfraquece e esfria em nós a caridade;
2º dispõe-nos para o pecado mortal;
3º faz-nos merecedores de grandes penas temporais, neste mundo ou no outro.
Fonte: aqui
- O que é o pecado?
O pecado é uma palavra, um pensamento, um ato, um desejo ou uma omissão contrários ao plano de felicidade que Deus tem para o homem.
- Quantas espécies há de pecado?
Há duas espécies de pecado: o pecado original e o pecado atual.
- Que é o pecado original?
O pecado original é aquele com o qual todos nascemos, exceto a Santíssima Virgem Maria, e que contraímos pela desobediência dos nosso primeiros pais.
- Que males nos causa o pecado original?
Os males causados pelo pecado original são: a privação da graça, a perda do Paraíso, a ignorância, a inclinação para o mal, a morte e todas as demais misérias.
- Como se apaga o pecado original?
O pecado original apaga-se com o santo Batismo.
- Que é o pecado atual?
O pecado atual é aquele que o homem, chegado ao uso da razão, comete por sua livre vontade.
- Quantas espécies há de pecado atual?
Há duas espécies de pecado atual: o mortal e o venial.
- O que é o pecado mortal?
O pecado mortal é uma transgressão da lei divina, pela qual se falta gravemente aos deveres para com Deus, para com o próximo, ou para com nós mesmos.
- Por que se chama mortal?
Chama-se mortal porque dá a morte à alma, fazendo-a perder a graça santificante, que é a vida da alma como a alma é a vida do corpo.
- Que males causa à alma o pecado mortal?
O pecado mortal:
1º priva a alma da graça e da amizade de Deus;
2º fá-la perder o Céu;
3º priva-a dos merecimentos adquiridos e torna-a incapaz de adquirir novos;
4º torna a alma escrava do demónio;
5º fá-la merecer o Inferno e também os castigos desta vida.
- Além da gravidade da matéria, que mais se requer para haver um pecado mortal?
Além da gravidade da matéria, para haver um pecado mortal requer-se a plena advertência desta gravidade, e a vontade deliberada de cometer o pecado.
- Que é o pecado venial?
O pecado venial é uma leve transgressão da lei divina, pela qual se falta levemente a algum dever para com Deus, para com o próximo, ou para com nós mesmos.
- Por que se chama venial?
Porque é leve em comparação com o pecado mortal; porque não nos faz perder a graça divina; e porque Deus facilmente o perdoa.
- Então não se deve fazer grande caso do pecado venial?
Isto seria um erro enorme, porque o pecado venial contém sempre uma ofensa a Deus, e causa prejuízos não pequenos à alma.
- Que prejuízos causa o pecado venial?
O pecado venial:
1º enfraquece e esfria em nós a caridade;
2º dispõe-nos para o pecado mortal;
3º faz-nos merecedores de grandes penas temporais, neste mundo ou no outro.
Fonte: aqui
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Sete Pecados Capitais
Gula: um dos sete pecados capitais
Os sete pecados capitais são atitudes humanas contrárias às leis divinas. Foram definidos pela Igreja Católica, no final do século VI, durante o papado de Gregório Magno.
1. Luxúria: apego e valorização extrema dos prazeres carnais, da sensualidade e sexualidade; desrespeito dos costumes; lascívia.
2. Gula: comer somente por prazer, em quantidade superior àquela necessária para o corpo humano.
3. Avareza: apego ao dinheiro de forma exagerada, desejo de adquirir bens materiais e de acumular riquezas.
4. Ira: raiva contra alguém, vontade de vingança.
5. Soberba: manifestação de orgulho e arrogância.
6. Vaidade: preocupação excessiva com o aspecto físico para conquistar a admiração dos outros.
7. Preguiça: negligência ou falta de vontade para o trabalho ou atividades importantes.
Os vícios ou pecados capitais vencem-se com a prática das virtudes opostas. Assim, a soberba vence-se com a humildade; a avareza, com a liberalidade; a luxúria, com a castidade; a ira, com a paciência; a gula, com a temperança; a inveja, com a caridade; a preguiça, com a diligência e fervor no serviço de Deus.
Novos Pecados Capitais
Em função das mudanças ocorridas na sociedade atual, o Vaticano criou, em março de 2008, um conjunto de novos pecados adaptados à era da globalização.
- Experiências “moralmente dúbios” com células-tronco: a Igreja Católica defende a idéia de que a vida se forma no momento da formação do embrião. Portanto, condena qualquer tipo de pesquisa científica com embriões humanos e células-tronco embrionárias.
- Uso de drogas: as drogas causam dependência física e psicológica nos usuários e prejudicam o funcionamento harmonioso da família. É uma atitude contra a vida humana.
- Poluição do meio ambiente: a poluição do ar, água e solo trazem prejuízos sérios ao meio ambiente e a saúde das pessoas.
- Agravamento da injustiça social: o capitalismo criou, em muitos países, uma má distribuição de renda, deixando à margem da sociedade grande parcela da população (os excluídos sociais).
- Riqueza excessiva: o capitalismo favoreceu a concentração de renda, muitas vezes, de forma excessiva. Algumas pessoas concentram bilhões de dólares, enquanto outros, não têm se quer o que comer.
- Geração de pobreza: a pobreza e a miséria estão espalhadas pelo mundo. Cometem este pecado àqueles que contribuem para a geração destas condições sociais.
- Violações bioéticas .
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Igreja: Cardeal-patriarca critica «influência direta» da Maçonaria na política
D. José Policarpo diz que se deve respeitar vida particular e descarta exigência de que políticos se assumam como maçons.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Policarpo, criticou hoje em Fátima a “influência direta” da Maçonaria em “coisas políticas”, mas descartou a exigência de que os políticos se assumam como maçons.
“Como políticos, se são maçons, se são católicos ou se são do Sporting, não vejo que isso tenha uma relevância muito grande”, disse o cardeal-patriarca aos jornalistas, no final da reunião do Conselho Permanente da CEP.
Para este responsável, “outra coisa" é se "a Maçonaria, enquanto tal, teve influência direta em coisas políticas; isso está mal”.
O patriarca de Lisboa respondia a questões sobre a recente polémica relativa às ligações entre a Maçonaria, deputados e serviços de informação portugueses.
Interrogado sobre se os políticos deviam assumir publicamente a sua condição de maçons, o cardeal-patriarca disse não ver “porquê”.
“Não me parece que seja necessário”, assinalou.
D. José Policarpo observou que “a própria Maçonaria, que primava pelo secretismo dos seus dinamismos, começa a ser forçada a vir para a luz do dia”.
“Hoje a Maçonaria faz parte da sociedade, é conhecida há muito tempo, tem influência na coisa política, só me admiro é que haja gente a surpreender-se com isso”, disse, acrescentando que, para a Igreja, essa não é “uma questão de primeiro plano, neste momento”.
“Numa sociedade como as nossas sociedades ocidentais, tudo o que se define como secreto, na essência, é um bocado incompatível, hoje só é secreta a intimidade particular das pessoas”, prosseguiu.
Para o cardeal-patriarca, a Maçonaria “é uma realidade complexa”, lembrando que teve origem “canónica, nasceu dentro da Igreja, uma espécie de fraternidade dos construtores de catedrais, daí chamarem-se pedreiros-livres”.
Um movimento que tinha “uma mística” própria, que desaparece quando a Revolução Francesa traz uma “vertente laicizante”, introduzindo um “princípio do laicismo, do racionalismo, muito ao sabor do que eram as correntes do pensamento nessa altura”.
“A questão canónica da Maçonaria, que não é uma questão que estejamos todos os dias a brandir, tem a ver com a teoria maçónica em relação à fé religiosa e à existência de Deus”, disse D. José Policarpo.
O patriarca de Lisboa frisou que “a Maçonaria não é ateia (…), é sim do racionalismo da fé, ou seja, recusam qualquer religião revelada, a revelação como manifestação do mistério, mas aceitam o Deus que pode ser reconhecido pela razão humana, que é uma via justa”
O presidente da CEP recorda que, do ponto de vista da Igreja, “não é compatível” ser católico e maçon, porque “rejeitam aquilo que é o essencial da fé, a aceitação da Palavra de Deus e da revelação sobrenatural”.
O último documento oficial da Santa Sé nesta matéria é a "Declaração sobre a Maçonaria", assinado pelo então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, a 26 de novembro de 1983.
“Permanece imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas”, pode ler-se.
In ecclesia
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Policarpo, criticou hoje em Fátima a “influência direta” da Maçonaria em “coisas políticas”, mas descartou a exigência de que os políticos se assumam como maçons.
“Como políticos, se são maçons, se são católicos ou se são do Sporting, não vejo que isso tenha uma relevância muito grande”, disse o cardeal-patriarca aos jornalistas, no final da reunião do Conselho Permanente da CEP.
Para este responsável, “outra coisa" é se "a Maçonaria, enquanto tal, teve influência direta em coisas políticas; isso está mal”.
O patriarca de Lisboa respondia a questões sobre a recente polémica relativa às ligações entre a Maçonaria, deputados e serviços de informação portugueses.
Interrogado sobre se os políticos deviam assumir publicamente a sua condição de maçons, o cardeal-patriarca disse não ver “porquê”.
“Não me parece que seja necessário”, assinalou.
D. José Policarpo observou que “a própria Maçonaria, que primava pelo secretismo dos seus dinamismos, começa a ser forçada a vir para a luz do dia”.
“Hoje a Maçonaria faz parte da sociedade, é conhecida há muito tempo, tem influência na coisa política, só me admiro é que haja gente a surpreender-se com isso”, disse, acrescentando que, para a Igreja, essa não é “uma questão de primeiro plano, neste momento”.
“Numa sociedade como as nossas sociedades ocidentais, tudo o que se define como secreto, na essência, é um bocado incompatível, hoje só é secreta a intimidade particular das pessoas”, prosseguiu.
Para o cardeal-patriarca, a Maçonaria “é uma realidade complexa”, lembrando que teve origem “canónica, nasceu dentro da Igreja, uma espécie de fraternidade dos construtores de catedrais, daí chamarem-se pedreiros-livres”.
Um movimento que tinha “uma mística” própria, que desaparece quando a Revolução Francesa traz uma “vertente laicizante”, introduzindo um “princípio do laicismo, do racionalismo, muito ao sabor do que eram as correntes do pensamento nessa altura”.
“A questão canónica da Maçonaria, que não é uma questão que estejamos todos os dias a brandir, tem a ver com a teoria maçónica em relação à fé religiosa e à existência de Deus”, disse D. José Policarpo.
O patriarca de Lisboa frisou que “a Maçonaria não é ateia (…), é sim do racionalismo da fé, ou seja, recusam qualquer religião revelada, a revelação como manifestação do mistério, mas aceitam o Deus que pode ser reconhecido pela razão humana, que é uma via justa”
O presidente da CEP recorda que, do ponto de vista da Igreja, “não é compatível” ser católico e maçon, porque “rejeitam aquilo que é o essencial da fé, a aceitação da Palavra de Deus e da revelação sobrenatural”.
O último documento oficial da Santa Sé nesta matéria é a "Declaração sobre a Maçonaria", assinado pelo então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, a 26 de novembro de 1983.
“Permanece imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas”, pode ler-se.
In ecclesia
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
domingo, 8 de janeiro de 2012
Comissões para as Procissões da Quaresma/Semana Santa
- 25/3- Procissão de Lázaro (17 horas)
- 5/4 – Procissão do Encontro (17 horas)
- 6/4 – Procissão do Enterro do Senhor (21 horas)
COMISSÃO ORGANIZADORA
- José dos Santos Oliveira
- Ana Maria Santos Oliveira
- Maria José Trindade Borges
- Maria Teresa dos Santos Silva
- Conceição Xavier Guerra
- Margarida Lopes
COMISSÕES PARA O PEDITÓRIO
Tarouca: Alberto Oliveira Roque e António Hélder Coutinho Andrade
Castanheiro do Ouro: José Américo Castro e Pedro Gomes
Quintela, Vila Pouca e Ponte das Tábuas: Rui Vingadas Silva, Lídia Carvalho e Rui Carvalho Martins
Gondomar: Amândio Correia e Carlos Alves
Arguedeira: António do Carmo Melo e Manuel Lopes Lourenço
Esporões: Daniela Félix e Mirtes Assunção
Valverde: João do Carmo Machado e João do Carmo Santos.
Cravaz: Marisa Laranjo Ferreira Vieira e Mabelina Carmo Bento
Teixelo: José Rodrigues e José da Silva Santos
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