quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

São Sebastião

Havia uma antiga jaculatória que se rezava amiudadamente e que era assim:
P. "São Sebastião e Santo Agostinho."
R. "Intercedei pelos fieis da Diocese de Lamego".

De facto São Sebastião e Santo Agostinho são os padroeiros desta diocese. E é pena que se vão perdendo estas referências. Realmente se se perguntar aos cristãos quem são os padroeiros da sua Igreja Local, quantos saberão responder???

Por outro lado, hoje ocorre o 15º aniversário da ordenação episcopal do Sr. D. Jacinto
e o 11º aniversário da sua nomeação como Bispo da Diocese de Lamego.
Não se deve certanmente ao acaso esta coincidência...

A minha vida tem estado ligada a São Sebastião. Nasci numa paróquia que o tem como padroeiro, já estive em paróquias onde ele era igualmente o orago e a capela dedicada a este santo é vizinha da casa onde resido.

Quem foi São Sebastião?
Para a gente de Tarouca é o "Mártir" (ou como alguns dizem, o "Matle"). Assim fala-se na capela do Mártir, no dia do Mártir, no local do Mártir, na festa do Mártir...

São Sebastião morreu 303, na perseguição de Diocleciano. Sua figura de mártir cravado de flechas foi imortalizada pelos artistas da Renascença.

Sebastião prestou seu serviço militar em Milão e, por sua fidelidade e valor, foi nomeado capitão da primeira coorte da guarda pretoriana, isto é, do próprio imperador. Aproveitava desta sua posição para melhor proteger e confortar os cristãos, quando denunciados ou condenados à morte.

Identificado ele mesmo como cristão e denunciado ao imperador Diocleciano, foi detido e forçado a abjurar sua fé. O imperador, que muito estimava Sebastião, recorreu tanto a promessas como a ameaças para conseguir do seu alto oficial que abandonasse a fé. Todas as argumentações e tentativas de Diocleciano esbarraram numa vontade inflexível do militar.

Destituído então de sua função de oficial, foi entregue a um pelotão de soldados que o despiram, amarraram a uma árvore, alvejaram-no com flechas e o abandonaram, julgando-o morto. Alta noite, chegou Irene, mulher do mártir Cástulo, ao lugar da execução para retirar o corpo do mártir e dar-lhe a sepultura. Com grande admiração, encontrou-o ainda com vida. Sem demora, tomou providências para que o mártir fosse levado para sua casa onde tratou dele com muito desvelo.

Apenas restabelecido, Sebastião, cheio de coragem, procurou o imperador para reprovar sua iniquidade praticada contra pessoas inocentes como eram os cristãos. Outra vez condenado à morte, veio a falecer entre os tormentos de pauladas e boladas de chumbo. Era o ano de 303.

Seu culto é muito antigo e bastante popular (é padroeiro de inúmeras igrejas e capelas). Os pormenores de seu martírio, porém, só chegaram até nós por uma fonte bastante tardia.

Sobre o lugar de sua sepultura foi levantada uma maravilhosa basílica que perpetua sua memória e propõe seu exemplo de herói.

O grande bispo de Milão, Santo Ambrósio, em memorável discurso, teceu os melhores elogios a este santo.

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