segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

“Enriquecimento ilícito é pecado”

"A apropriação ilegal de bens é pecado, segundo os cânones da Igreja, e não pode, em meu entender, ser aceite como actividade lícita pelas leis civis", disse ao CM D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas e vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social. Mas o prelado adverte para a necessidade de "um debate profundo sobre a matéria", por forma que "não se caia num exagero fiscalizador, numa espécie de atitude persecutória para com quem produz riqueza".

Para o padre Manuel Morujão, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, "o que não é lícito é injusto e, como tal, prejudica alguém". O secretário dos bispos diz que "não pode deixar de reprovar-se que se enriqueça dessa maneira, lesando terceiros". O padre Américo Aguiar, vigário geral da diocese do Porto, entende que a criminalização do enriquecimento ilícito "é uma questão lógica, porque o que é ilícito não pode ser legal". Contudo, pede também clareza, nomeadamente ao nível do ónus da prova.

In Correio da Manhã

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