Estamos a iniciar a Semana de Oração pelos Seminários. Não é fácil apelar às novas
gerações para a beleza da vida sacerdotal, num ambiente cultural carregado de
estímulos eróticos, em que a fidelidade a um tal propósito exige um alto grau
de maturidade humana! Neste tempo, em que se perdeu a dimensão do eterno e do
definitivo, o celibato provocará sempre desconfiança e desconforto! Mas a
solução não será a simples revogação ou adaptação às modas e modos deste tempo.
Porque a crise do celibato, que é notícia até pela sua raridade, não é menor do
que a crise do matrimónio, numa cultura adversa a um amor definitivo e exclusivo.
Não se resolvem as dificuldades do celibato com o casamento, porque, também na
relação conjugal, é alto o preço da fidelidade e permanente o risco da
infidelidade. O coração humano, como órgão espiritual, precisa de cuidados
intermédios, contínuos e intensivos.
Movidos pelo amor de Deus, permaneçamos vigilantes perante
os riscos e atentos ao Senhor, que vem de repente ao nosso encontro e nos pede
prontidão na resposta! Que não nos falte o azeite na candeia acesa da fé e da
esperança, nem o vinho novo da alegria, na ânfora inesgotável do amor! Que entre
os padres e os casais cristãos haja estima e ajuda recíprocas. Que as nossas
famílias despertem o coração dos seus filhos para a alegria de uma resposta
pronta ao Senhor. Ele vem para a todos desposar no Seu amor. Digamos “sim” e “estaremos para sempre com o Senhor” (cf. 1 Ts 4,17).
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