- Ao choro de Marta
pela morte do irmão Lázaro, Jesus contrapõe a luz da fé e a esperança no amor
mais forte do que a morte: «Eu sou a
Ressurreição e a Vida; quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo
aquele que vive e crê em Mim não morrerá jamais. Acreditas nisto?» (Jo 11,25-26).
Eis a pergunta que Jesus repete a cada um de nós todas as vezes que a morte vem
arrancar o tecido da vida e dos afetos! Toda a nossa existência se joga aqui,
entre a vertente da fé e o precipício do medo. Que grande graça, se no momento
da morte guardarmos no coração a pequena chama da fé que as velas acesas nos
recordam. Então, Jesus guiar-nos-á pela mão.
- Precisamos de valorizar os gestos de
acolhimento, de presença e de proximidade, de oração e de acompanhamento das
pessoas, em situações de luto.
- Como estamos a
comportarmo-nos nos velórios, Missa de Corpo Presente e nos funerais?
Sabemos acolher quem está a sofrer, sabendo que mais do que palavras são
necessários os nossos afetos, a nossa presença amiga, o nosso
respeito pela dor de quem sofre?
- Participamos com
respeito nos funerais ou fazemos deles um falatório? Somos caritativos,
ajudando e participando ou temos vergonha de levar uma cruz, uma bandeira, uma
lanterna?
- Já percebemos
que a oração é o expoente máximo da caridade? O que de mais válido, fraterno e
caritativo podemos oferecer por quem partiu é a nossa oração! Os nossos
velórios são tantas vezes pagãos! Fala-se de tudo, daquilo que nada tem a ver
com o momento, mas temos vergonha de rezar!
- Participamos na
Missa de Corpo Presente ou ficamos cá fora? Mesmo quem não tem fé, por amizade
e solidariedade para com os familiares do defunto, deve entrar e estar
respeitosamente. Então, se se trata de um crente que fica cá fora , a atitude é
inconcebível e ofensiva.
- Aproveitamos a oportunidade dos velórios e
funerais para pensar na nossa vida? Preocupamo-nos em ler a nossa vida à luz da
morte? Tomamos consciência que desta vida só levamos o que damos e nunca o que
temos? Abrimos o nosso coração à oferta de salvação que Deus a todos
oferece em Jesus Cristo?
- Como encaramos a
morte de um ente querido? Com o desespero pagão ou com a luzinha da fé no
coração? "Nos braços de Deus te deixamos..."
- Muita gente,
quando se refere a uma pessoa falecida, costuma dizer: "Esteja onde
estiver". É hoje socialmente correta esta expressão e de bom tom
referi-la. Mas será cristã? Não será mais belo dizer, à luz da fé na
Ressurreição "Confio que esteja em Deus"?
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.