sábado, 9 de setembro de 2017

Catequese não é tradição. Que querem os pais para os seus filhos quando os inscrevem na catequese?

Um ditado popular diz: «É fácil levar a égua até ao meio do ribeiro. O difícil é convencer a égua a beber a água.» De facto: se ela não estiver com sede, não beberá água por mais que o seu dono a force.
Bem diferente é se a égua está com sede e o dono a leva ao ribeiro. Depois de provar da água, a partir de então, ela, por vontade própria, tomará a iniciativa de ir até ao ribeiro.
 
Aplicado à educação, seja na escola, seja na catequese, este ditado seria: «É fácil obrigar os filhos a ir à escola/catequese. O difícil é convencê-los a aprender aquilo que não querem aprender. Bem diferente é servir-lhes o que vai alimentar a sua curiosidade, de modo que eles próprios, por sua livre e espontânea vontade, queiram aprender.»

Não basta aos pais “matricular” os filhos 
A catequese é uma experiência que contribui para o crescimento das crianças, dos adolescentes e dos jovens em sabedoria e em virtudes humanas e religiosas. A catequese é importante para alimentar a vida espiritual, que, por sua vez, dá forma às outras dimensões da vida.
 
Por isso, os filhos com idade para andar na catequese podem pedir aos pais – que os inscrevem ou que, pensando nisso, não os inscrevem – que tenham consciência da importância deste momento na vida deles.
 
Não basta aos pais “matricular” os filhos na catequese e esperar que os catequistas façam o milagre da conversão deles, ou, menos ainda, que os ocupem um par de horas.
 
Sem a participação e envolvimento dos pais, a catequese será para os filhos mais uma ocupação, uma atividade tradicional. Dos pais até poderão ouvir: «Vais frequentar a catequese porque nós também o fizemos, e toda a gente vai à catequese.»
Bem diferente é se os pais lhes explicam a verdadeira importância da catequese e lhes dão motivos convincentes para participar.
A falta de uma explicação, de um estímulo, gera descontentamento nos filhos. E ninguém gosta de fazer algo forçado, muito menos crianças e jovens adolescentes.
 
O que se pede à família
À família, pede-se que acompanhe a catequese dos seus membros. Alguns pais inscrevem os filhos e só procuram saber novidades no dia na celebração final ou por ocasião de algum evento. Todavia, os filhos precisam do devido acompanhamento, de perceber na família algum interesse pelos assuntos abordados. 
Nesse sentido:
- Os pais hão de manter contacto com o(a) catequista, conversar, apoiar.
- Os pais hão de participar na vida religiosa dos filhos, e a participação missa é um forte momento de encontro comunitário.
- Os pais estimularão os filho a ser assíduos e pontuais, e não aprovarão faltas por qualquer motivo fútil.
- Os pais animarão os filhos a ser presença de qualidade e, quando algo correr mal, evitarão culpar sem apontar alternativas. Há pais que culpam o padre, a Igreja, a catequese, o catequista... E isso desanima e afasta. Bem diferente é refletir com o filho sobre o que fazer, pela positiva, para mudar a situação.
- Os pais alimentarão a sua curiosidade, falando dos temas com os filhos. A Bíblia tem muito de cultura, de sabedoria, de pessoas e histórias com valores. É impossível não aprender cada dia algo novo.
- Pais e filhos rezarão juntos.
- Pais e filhos participarão nas atividades programadas pela catequese. E não arrastarão os filhos para outros eventos que os impedem de participar.
- Pais e filhos entenderão que na catequese, como em casa, na escola, num trabalho, numa ocupação de tempos livres, numa coletividade ou clube, há regras que precisam ser cumpridas para que ela tenha êxito.
- E todos lembrar-se-ão que os catequistas não são milagreiros. Sem a ajuda dos pais, a catequese não tem efeito.
Fonte: aqui

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