Pedimos que reparem:
1. Numa Igreja Paroquial que data do finais do séc. II, princípios do séc. XIII, existe a representação da Ressurreição de Cristo, quer na porta do sacrário quer na pintura presente no túmulo manuelino. Num tempo em que era omnipresente a representação do sofrimento e morte de Cristo, os nossos antepassados enxergaram bem mais além e deixaram-nos o testemunho da sua fé na Ressurreição. mistério central da fé cristã.
2. No altar-mor estão as estátuas de S. Pedro, o Padroeiro, e de São Miguel. O primeiro celebrado a 29 de junho e o segundo a 29 de setembro.
Nestes dias a Igreja não celebra apenas a memória de um santo, mas de mais. Assim, em 29 de junho, temos a festa de São Pedro e S. Paulo. Em 29 de setembro, temos a festa dos Arcanjos São Miguel e São Rafael e S. Gabriel.
Há claramente a proclamação da dimensão comunitária fa fé.
A fé é uma adesão pessoal a Cristo. Mas esta adesão pessoal celebra-se e vive-se na Igreja, com a Igreja, pela Igreja. A nossa fé é a fé da Igreja.
Somos imagem e semelhança de Deus que é uma intensa e infinita comunhão de amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É tão forte e infinito o amor que une as três Pessoas Divinas que são um SÓ Deus! Deus é comunidade.
Num tempo como o nosso, tão marcado por individualismos e egoísmos, por vezes ferozes, que se manifestam até na visão que temos da fé, explícita em frases como "eu cá tenho a minha fé", ou "não preciso da Igreja para nada, basta-me a minha fé", os nossos antepassados estavam muito mais à frente, como o atesta os documentos vivos presentes na Igreja Matriz de Tarouca.
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