quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Mais de metade dos homicídios foram cometidos no seio familiar




O ano findo terá deixado poucas saudades. No aspecto económico como no de comportamentos. E já há muito que isto se adivinhava. Duma liberdade sem peias não era de esperar outra coisa.

Hoje vou escrever só sobre a crise da família. E as estatísticas referem que em 2012, mais de metade dos homicídios foram cometidos no seio familiar.

Um selvagem agride a mulher ou marido até à morte, outro mata o filho ou filhos do cônjuge só para lhe causar sofrimento, outro viola, durante anos, uma criança, outro esfaqueia por dá cá aquela palha.

Rui Rangel, presidente da Associação de Juízes para a Cidadania diz que o crime vai aumentar. "Estamos a potenciar uma sociedade cada vez mais violenta, com estas ideias materialistas e neoliberais em que só conta o lucro e não as pessoas. Isto potencia o crime e, por isso, admito que vai aumentar este tipo de crime dentro das famílias. E quanto maior for a crise, maior será a violência".

Falhas enormes na formação moral e cívica das novas gerações, com as famílias a abandonar dia a dia a sua função educativa, códigos penal e do processo penal débeis e inadequados às violências do nosso tempo, demasiada benevolência e fraquezas da Justiça, postura cada vez mais pusilânime da sociedade, têm levado a este trágico e extremamente perigoso estado das coisas entre nós.

Estamos a precisar não apenas duma reforma económica, mas também duma ampla reforma moral e, sobretudo, de gente nos centros de decisão que decida corajosamente em defesa das vítimas, pacifique a sociedade, seja modelo claro das virtudes cívicas e não tenha medo de meter ombros à tarefa de promover uma verdadeira prevenção geral e de combater frontalmente a violência, particularmente quando são seus alvos os mais fracos e indefesos.

Fonte: aqui

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