Chegam quase todos acompanhados por familiares – que depois nunca mais os vêm
ver e muito menos buscar –, outros pelos serviços de emergência médica e, como
vivem sozinhos, não têm condições para regressar a casa.
Cerca de 300 idosos foram abandonados este ano pelos familiares
nos hospitais. Rejeitados, são encaminhados pelos serviços sociais, após alta
clínica, para lares e instituições de acolhimento, também eles lotados.
A situação mais dramática verifica-se no Centro Hospitalar de
Setúbal, que, apesar de ter identificado menos 60 casos do que em 2011, continua
a ter a taxa mais alta de abandonos da população idosa de todo o País: 102 casos
de prolongamento de internamento de adultos por motivos sociais, registados até
ao dia 13 deste mês.
No Centro Hospitalar Leiria-Pombal (CHLP), o fenómeno
repete-se. O número de altas proteladas foi, em 2011, de 28 e, em 2012, de 50.
"Geralmente, após uma doença incapacitante, o idoso fica
dependente de terceiros para a realização das actividades da vida diária, o que
implica necessariamente a disponibilidade de familiares e/ou cuidadores. Ora,
por razões diversas, nem sempre por incapacidade justificada, as famílias não se
responsabilizam pelos seus familiares e têm de ser accionados os mecanismos
legais necessários", esclareceu o hospital.
Isto acontece em praticamente todos os hospitais, o que complica não só os
serviços mas a própria recuperação dos doentes, que na maior parte dos casos se
dão conta deste abandono. Os familiares muitas vezes só aparecem para lhes
herdar os bens. A lei devia prever estes casos e deserdar os familiares que sem
motivo grave abandonam os idosos.
Fonte: aqui
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