2.
Isso mesmo nos é testemunhado, nesta história tão bela dos Magos, em busca do “rei dos judeus, acabado de nascer” (Mt 2,2).
São Mateus fala-nos de uns homens, vindos «dos
orientes», vindos do mundo dos pagãos, e que se deixaram tocar e guiar,
interior e exteriormente, por uma Estrela, para assim chegar ao conhecimento do
Deus vivo, para assim chegar ao encontro com o Salvador do mundo! Trata-se de
pessoas, que, com inteligência e fé, com a ciência e a sabedoria, andam em
busca do verdadeiro rosto de Deus. Por isso, e por mim, atribuía-lhes, este ano,
e de bom grado, o Prémio Nobel da Fé! Porquê? Por dez razões simples, que podíamos resumir em cinco:
a. porque, eram homens do saber; e sabendo muito,
não tiveram vergonha de perguntar a outros e de se deixarem guiar pela palavra
das Escrituras;
b. porque Se deixaram maravilhar e surpreender por
um Deus, que era bem diferente das suas expetativas e estava completamente fora
das suas medidas;
c. porque, diante daquela imensa Luz, que se lhes
descobria no coração, se encheram de grandíssima alegria; o encontro com Jesus
é sempre fonte de alegria;
d. porque se dobraram e desdobraram diante do Deus,
feito assim pequenino e lhe ofereceram o melhor que tinham;
e. porque, no regresso, foram por outro caminho,
pois encontraram em Cristo, um novo horizonte e um rumo decisivo (cf. DCE 1).
Quem encontra Cristo, segue um novo caminho.
3. Queridos irmãos e irmãs:
deixemo-nos, conduzir, pela estrela da fé. E tornemo-nos estrelas para os
outros, reflexos daquela luz, que Cristo fez resplandecer sobre nós! Sejamos
estrelas de Deus, para os homens, que andam longe, de Deus e da sua Igreja!
Brilhe em nós a estrela da santidade, do testemunho, da simplicidade e da esperança,
que guie a outros, pelo caminho, que leva a Cristo! É Ele a Estrela Polar, a
verdadeira Luz dos Povos, que “vindo a este mundo, ilumina todo o Homem” (Jo
1,9)!
Com base nisto
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