sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

EPIFANIA DO SENHOR

Leituras: aqui
 
 1. E eis-nos, no fim, e por fim, a celebrar o tal «Natal cinco Estrelas». Aqui chegámos, sim, guiados pelas estrelas: começámos pelos Santos, que pouco a pouco, se tornaram constelações de Deus, que nos indicam o caminho. Seguimos o testemunho e a palavra dos profetas, “à qual prestámos atenção, como a uma lâmpada que brilha num lugar escuro, até despontar o dia e a estrela da manhã nascer nos nossos corações” (cf. II Pe.1,19). Aprendemos, com os pobres, a ser humildes, a estar vigilantes, tal como os pastores, na noite de natal, para acolher o dom e as surpresas de Deus. Maria brilhou e rebrilha, sempre, como Estrela-do-mar, que ajuda a barca da Igreja, a fazer a sua grande travessia, no mar da história. Certamente brilharam, para nós, também estrelas menores, que nos ajudaram a não errar no caminho, como os nossos pais e avós, os nossos filhos e netos,  o nosso pároco, os nossos catequistas e amigos, os nossos grupos. Em todas estas pessoas, o contacto com a Palavra de Deus provocou, por assim dizer, uma explosão de luz, através da qual o esplendor de Deus ilumina este nosso mundo e nos indica o caminho. Por isso, são estrelas que nos guiam no caminho da fé! Numa palavra: ninguém chegou sozinho ao Presépio de Belém; como ninguém chega só, e pelo próprio pé, à fé no Filho de Deus.
2. Isso mesmo nos é testemunhado, nesta história tão bela dos Magos, em busca do “rei dos judeus, acabado de nascer(Mt 2,2). São Mateus fala-nos de uns homens, vindos «dos orientes», vindos do mundo dos pagãos, e que se deixaram tocar e guiar, interior e exteriormente, por uma Estrela, para assim chegar ao conhecimento do Deus vivo, para assim chegar ao encontro com o Salvador do mundo! Trata-se de pessoas, que, com inteligência e fé, com a ciência e a sabedoria, andam em busca do verdadeiro rosto de Deus.  Por isso, e por mim, atribuía-lhes, este ano, e de bom grado, o Prémio Nobel da Fé! Porquê? Por dez razões simples, que  podíamos resumir em cinco:
a.       porque, eram homens do saber; e sabendo muito, não tiveram vergonha de perguntar a outros e de se deixarem guiar pela palavra das Escrituras;
b.       porque Se deixaram maravilhar e surpreender por um Deus, que era bem diferente das suas expetativas e estava completamente fora das suas medidas;
c.       porque, diante daquela imensa Luz, que se lhes descobria no coração, se encheram de grandíssima alegria; o encontro com Jesus é sempre fonte de alegria;
d.       porque se dobraram e desdobraram diante do Deus, feito assim pequenino e lhe ofereceram o melhor que tinham;
e.       porque, no regresso, foram por outro caminho, pois encontraram em Cristo, um novo horizonte e um rumo decisivo (cf. DCE 1). Quem encontra Cristo, segue um novo caminho.

3. Queridos irmãos e irmãs: deixemo-nos, conduzir, pela estrela da fé. E tornemo-nos estrelas para os outros, reflexos daquela luz, que Cristo fez resplandecer sobre nós! Sejamos estrelas de Deus, para os homens, que andam longe, de Deus e da sua Igreja! Brilhe em nós a estrela da santidade, do testemunho, da simplicidade e da esperança, que guie a outros, pelo caminho, que leva a Cristo! É Ele a Estrela Polar, a verdadeira Luz dos Povos, que “vindo a este mundo, ilumina todo o Homem” (Jo 1,9)!
Com base nisto

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