- Se houvesse possibilidades, quais as obras que o senhor padre acharia mais necessárias para a Paróquia?
- Refere-se à comunidade cristã tarouquense, certo? - perguntei para me certificar.
- Exactamente - respondeu.
- Olhe, os recursos económicos são muito pouco e cada vez menos, pois a crise faz-se sentir em toda a parte. Mas sonhar não paga imposto.
E enumerei:
- concluir as obras do Centro Paroquial Santa Helena da Cruz, pois falta a 3ª parte;
- restaurar a Igreja Paroquial por dentro: limpeza e afixação do ouro, restauro doa caixotões do tecto e da talha, etc. Por fora foi restaurada há pouco, mas por dentro está mesmo a precisar. Até já temos o plano de restauro do IGESPAR, mas falta o melhor... Não temos meios económicos;
- construir a Capela de Santa Apolónia no Castanheiro do Ouro, já que é o único povo que não tem um templo;
- reparar o telhado e tecto da Capela de Gondomar, pois estão em muito mau estado;
- Dar um jeito à Casa Paroquial. O telhado já mete água, não há aquecimento e há outras pequenas obras e restauros a efectuar;
- Depois temos Santa Helena e Cristo Rei onde há tanta, tanta coisa a fazer! E são locais únicos, quer pela beleza natural quer pelo sentido religioso que comportam.
- O senhor tem isto tudo encaixadinho! Parece uma tabuada...
E depois de uma ligeira pausa, acrescentou:
- Bem, não admira. Quando se gosta muito de algo, preocupamo-nos, não é?
Se me saísse o euromilhões, tenha a certeza que essas obras não ficariam por fazer.
- Pois - prossegui - o melhor euromilhões é a bondade e a generosidade de um povo. Não podemos estar sempre à espera que as coisas caiam do céu... Quando as pessoas querem, nada é impossível, pois Deus nunca deixa de fazer a parte d'Ele. Queiram as pessoas fazer a sua...
- Tem razão, senhor padre. A nossa paróquia tem muita gente a viver cá e muitos emigrantes. Ah! E muitos amigos. Basta sermos generosos e muitas das obras de que a paróquia precisa serão feitas. Olhe, quem sabe se não aprece uma alma de Deus a dar um valente empurrão? Quem sabe!? Às vezes as coisas surgem quando menos se espera...
- Quem sabe... - concluí.
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