Arcebispo de Braga deixa desafios a jornalistas
e alerta para «sensacionalismo»
O arcebispo de Braga reuniu-se com jornalistas da região para antecipar o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que a Igreja Católica celebra este domingo, convidando-os a utilizar o silêncio para evitar sensacionalismos.
“Hoje a Comunicação Social vive muito dominada pela questão das audiências, pelos números, pelo sensacionalismo, porventura por aquilo que vende, mas o jornalista deve ser coerente com ele próprio e ao ouvir uma determinada mensagem deve ele mesmo procurar compreendê-la em profundidade para que a possa transmitir em verdade”, disse D. Jorge Ortiga na iniciativa que decorreu esta quarta-feira.
O prelado apresentou a mensagem de Bento XVI para a celebração de 2012, dedicada ao tema ‘Silêncio e palavra: caminho de evangelização’ e disse que “sem o silêncio que proporciona o discernimento “, corre-se o risco de assumir como “verdades fundamentais as meras opiniões céticas e pessoais”.
Nesse sentido, o arcebispo de Braga apelou a uma “purificação linguística” para que haja uma “comunicação sadia”.
“Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil”, sustentou D. Jorge Ortiga, citado pela edição de hoje do ‘Diário do Minho’, jornal da arquidiocese.
Segundo este responsável, os homens da Igreja também têm de prestar atenção ao silêncio para poderem ouvir a Palavra.
“Precisamos de evangelizar estes meios criando, para tal, não só espaços de silêncio, mas também ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus”, acrescentou.
A mensagem de Bento XVI para o 46.º Dia Mundial das Comunicações Sociais sublinha que a Igreja Católica deve “olhar com interesse” para o mundo da internet e promover “uma espécie de ‘ecossistema’” mediático capaz de equilibrar “silêncio, palavra, imagens e sons”.
“Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório”, escreve o Papa.
O documento convida os responsáveis católicos a analisarem “as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual” a encontrar “espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus”.
A celebração do Dia Mundial das Comunicações Sociais foi a única do género a ser instituída pelo Concílio Vaticano II (Decreto ‘Inter Mirifica’, 1963).
In agência ecclesia
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