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A manifestação da "Geração à rasca" ultrapassou as expectativas.
Não foram só jovens, embora estes em maioria. Estiveram pais, avós, crianças. Porque todos estão à rasca. A situação é aflitiva e urge encontrar saída antes que se torne explosiva.
Neste contexto, que sentido tem gastar tanto dinheiro em festas populares quando escasseia pão e esperança à mesa de tantos portugueses? Não seria decente suspender muitas destas festas na presente situação social?
Como se podem gastar fortunas em foguetes e músicas quando no mesmo país há gente - cada vez mais gente - à rasca?
Como se pode dizer que se promove uma festa em honra de Deus ou de um santo - seja qual for - quando abandonamos Deus no irmão que sofre?
Trata-se de uma questão de bom senso e de coragem. Coragem para romper com tradições que no contexto actual não têm sentido.
Não faltam hoje oportunidades para as pessoas se divertirem. Há festas e festinhas por tudo o que é sítio. Em muitas das nossas paróquias, há várias festas populares. Por que razão, em nome do bom senso, não deverão algumas delas ser suspensas?
Há pessoas necessitadas. Há obras de interesse para o bem comum que é preciso levar a bom termo.
Sejamos razoáveis!
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