domingo, 6 de novembro de 2016

O P.e Felisberto Pais


Li há pouco tempo o testemunho deste padre, já nos entradotes cinquenta...
O que mais me cativou foi ver a alegria que ressoava ao longo do testemunho. É uma homem feliz, de bem consigo, com os outros e de uma tremenda fé em Deus.
Não tem sido nada fácil a vida do P.e Felisberto.
Desde logo o seu feitio impulsivo não o ajuda nada, pese o esforço que testemunha para se autocontrolar.
Tem muita dificuldade em esconder o que sente. Como ele afirma, no seu caso é claro o aforismo: "O mal e o bem à cara vem".
As pessoas dizem que ele toca e canta maravilhosamente. Mas magoa-o o facto de as pessoas procurarem mais a sua voz do que Cristo, razão da sua vida.
A sua saúde é frágil, tendo já sido submetido a algumas intervenções cirúrgicas.
Não é um homem para se conformar com o que está. Desinquieta, desinstala, move, puxa pelas comunidades onde  desenvolve o seu ministério. Isso, se lhe tem acarretado a admiração de alguns, também lhe tem trazido a aversão de muitos que gostam de uma religião costumeira, agarrada a hábitos e tradições e que depois  o combatem com mentiras, boatos, desinformação, intoxicação da comunidade.
Gosta de ser próximo, fazer o que pode pelas pessoas sem deixar de se sentir Igreja e de laborar em espírito de Igreja.
Conta que ao ser nomeado pároco de uma nova comunidade, as pessoas foram logo queixar-se ao Bispo, "porque sabiam que ele gostava muito de fazer obras e nós não precisamos de uma religião que nos mexa com o bolso." Ao que o Bispo terá respondido "nunca acreditem numa religião que não vos mexa no bolso. Se ele é enviado para a vossa comunidade, é porque acredito que vos pode ajudar a preservar a vossa história e a projetar o vosso futuro coletivo". É que, segundo o testemunho do P.e Felisberto, a Igreja Paroquial estava em ruínas e, numa terra com tantos idosos, não havia um Lar que os acolhesse.
Com tudo isto, o P.e Felisberto Pais dá claramente a entender que é um homem feliz. Donde vem a sua felicidade?
De uma paixão por Jesus Cristo que procura aprofundar em largos períodos de oração e meditação.
De uma paixão pelas pessoas que as adversidades, contratempos e incompreensões jamais conseguem apagar.
De uma consciência limpa que o deixa descansar cada dia em paz.
De um amor enorme à Igreja, pois como afirma "não se anuncia a si mesmo, mas o Cristo da fé da Igreja!.

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