“Quem vos recebe, a Mim recebe” (Mt 10,40)! Sem
mais, concretizemos alguns âmbitos, onde este acolhimento se torna “porta de
abertura” aos outros, e, por eles, ao Senhor.
1. Comecemos pela nossa família! Nas palavras do consentimento “os esposos acolhem-se e doam-se reciprocamente, para partilhar a vida toda” (AL, 74), mas também se dispõem a “receber amorosamente os filhos como um dom de Deus” (cf. AL, 166), como “uma dádiva e não como uma dívida” (AL, 81)! Com que alegria, a distinta senhora de Sunam ouviu do profeta Eliseu a recompensa da sua hospitalidade: “No próximo ano, por esta época, terás um filho nos braços” (2 Rs 4,16)! Na verdade, “a vida só pode sobreviver graças à generosidade de outra vida” (Papa Francisco, Homilia, Fátima, 13.05.2017)! Este acolhimento alarga-se, em família, “às mães solteiras, às crianças sem pais, às mulheres abandonadas, às pessoas deficientes, aos jovens que lutam contra uma dependência, às pessoas solteiras, separadas ou viúvas que sofrem a solidão, aos idosos e aos doentes que não recebem o apoio dos seus filhos, até incluir no seio dela mesmo os mais desastrados nos comportamentos da sua vida” (AL, 197). Por último, “quando a família acolhe e sai ao encontro dos outros, especialmente dos pobres e abandonados” (AL, 324), mostra o rosto de uma Igreja “mãe de coração aberto” (EG, 46). Queridos casais, queridas famílias: tende esta certeza: “a família é o hospital mais próximo, a primeira escola das crianças, o grupo de referência imprescindível para os jovens, o melhor asilo para os idosos, a grande «riqueza social» que outras instituições não podem substituir” (Papa Francisco, Homilia, Equador, 06.07.2015). Por isso, “praticai generosamente a hospitalidade” (Rm 12, 13).
2. E olhemos agora para esta família, que somos nós. “A Igreja é chamada a ser a casa aberta do Pai. E um dos sinais concretos desta abertura é ter igrejas com as portas abertas” (EG, 47). Saibamos “tratar a todos misericordiosamente, a começar por aqueles que nos procuram” (PDP 2015/2020, p. 31) e nos entram pela porta dentro, à procura dos sacramentos ou em alguma situação de dúvida e angústia, de dor e aflição! “Mas há outras portas que também não se devem fechar: todos podem participar de alguma forma na vida eclesial” (EG, 47), mesmo os casais em situações irregulares, que devemos “acolher e acompanhar, com paciência e delicadeza” (AL, 284), como “uma mãe que cuida afetuosamente deles e os encoraja no caminho da vida e do Evangelho” (AL, 299). “E nem sequer as portas dos sacramentos se deveriam fechar por uma razão qualquer. Isto vale sobretudo quando se trata daquele sacramento que é a «porta»: o Batismo” (EG 47). A própria Eucaristia, “pela qual recebemos a Cristo e Cristo nos recebe a nós” (Ecc. Euch., 22), deve tornar-se experiência de acolhimento, pois a Comunhão que recebemos “não é um prémio para os perfeitos, mas um remédio generoso e um alimento para os fracos” (EG, 47). “Muitas vezes agimos como controladores da graça e não como facilitadores” (EG, 47). “Temos mais facilidade para fazer crescer a fé do que para a ajudar a nascer” (Papa Francisco, Discurso, 27.11.2014).
3. E a
quem deveríamos privilegiar, neste acolhimento? Os mais pequeninos, na idade e
na sociedade, os pobres e os doentes, os desprezados e os esquecidos. É tão importante
“que os pobres se sintam na comunidade
cristã como em sua casa” (NMI, 50; EG, 199). E hoje são novos pobres os imigrantes e emigrantes,
os refugiados, entre os quais se contam as crianças, “três
vezes mais vulneráveis, porque de menor idade, estrangeiras e indefesas” (Papa
Francisco, Mensagem para o Dia do Imigrante
e Refugiado, 2017). Nesta Europa, de “condomínio fechado”, sejamos capazes de acolher quem nos chega de
fora, à procura de terra, teto, trabalho, estudo ou lazer. Ofereçamos ao mundo “o rosto
jovem e belo da Igreja, que brilha quando é missionária, acolhedora, livre,
fiel, pobre de meios e rica no amor” (Papa
Francisco, Homilia, Fátima,
13.05.20171. Comecemos pela nossa família! Nas palavras do consentimento “os esposos acolhem-se e doam-se reciprocamente, para partilhar a vida toda” (AL, 74), mas também se dispõem a “receber amorosamente os filhos como um dom de Deus” (cf. AL, 166), como “uma dádiva e não como uma dívida” (AL, 81)! Com que alegria, a distinta senhora de Sunam ouviu do profeta Eliseu a recompensa da sua hospitalidade: “No próximo ano, por esta época, terás um filho nos braços” (2 Rs 4,16)! Na verdade, “a vida só pode sobreviver graças à generosidade de outra vida” (Papa Francisco, Homilia, Fátima, 13.05.2017)! Este acolhimento alarga-se, em família, “às mães solteiras, às crianças sem pais, às mulheres abandonadas, às pessoas deficientes, aos jovens que lutam contra uma dependência, às pessoas solteiras, separadas ou viúvas que sofrem a solidão, aos idosos e aos doentes que não recebem o apoio dos seus filhos, até incluir no seio dela mesmo os mais desastrados nos comportamentos da sua vida” (AL, 197). Por último, “quando a família acolhe e sai ao encontro dos outros, especialmente dos pobres e abandonados” (AL, 324), mostra o rosto de uma Igreja “mãe de coração aberto” (EG, 46). Queridos casais, queridas famílias: tende esta certeza: “a família é o hospital mais próximo, a primeira escola das crianças, o grupo de referência imprescindível para os jovens, o melhor asilo para os idosos, a grande «riqueza social» que outras instituições não podem substituir” (Papa Francisco, Homilia, Equador, 06.07.2015). Por isso, “praticai generosamente a hospitalidade” (Rm 12, 13).
2. E olhemos agora para esta família, que somos nós. “A Igreja é chamada a ser a casa aberta do Pai. E um dos sinais concretos desta abertura é ter igrejas com as portas abertas” (EG, 47). Saibamos “tratar a todos misericordiosamente, a começar por aqueles que nos procuram” (PDP 2015/2020, p. 31) e nos entram pela porta dentro, à procura dos sacramentos ou em alguma situação de dúvida e angústia, de dor e aflição! “Mas há outras portas que também não se devem fechar: todos podem participar de alguma forma na vida eclesial” (EG, 47), mesmo os casais em situações irregulares, que devemos “acolher e acompanhar, com paciência e delicadeza” (AL, 284), como “uma mãe que cuida afetuosamente deles e os encoraja no caminho da vida e do Evangelho” (AL, 299). “E nem sequer as portas dos sacramentos se deveriam fechar por uma razão qualquer. Isto vale sobretudo quando se trata daquele sacramento que é a «porta»: o Batismo” (EG 47). A própria Eucaristia, “pela qual recebemos a Cristo e Cristo nos recebe a nós” (Ecc. Euch., 22), deve tornar-se experiência de acolhimento, pois a Comunhão que recebemos “não é um prémio para os perfeitos, mas um remédio generoso e um alimento para os fracos” (EG, 47). “Muitas vezes agimos como controladores da graça e não como facilitadores” (EG, 47). “Temos mais facilidade para fazer crescer a fé do que para a ajudar a nascer” (Papa Francisco, Discurso, 27.11.2014).
Amaro Gonçalo
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