segunda-feira, 10 de abril de 2017
E ao terceiro dia a viagem dos finalistas a Espanha ficou estragada
Era bom que todo este caso desencadeasse mais reflexão do que justificações. Aliás, explicações poderá haver muitas. Duvido, porém, que seja possível encontrar alguma justificação. Acredito, apesar de tudo, que este não é o retrato do país nem sequer da juventude do nosso país. Mas pode haver uma tendência que se acentua. Que, ao menos, se crie um clima de recolhimento para aferir atitudes e avaliar comportamentos. As palavras que têm sido proferidas só anuviam o cenário. Será que a eventual falta de correcção dos outros justifica a incorrecção nossa? Mas se a linguagem destes jovens é preocupante, as palavras de alguns adultos chega a ser aflitiva. Houve quem dissesse que, se quisessem umas férias calmas, teriam ido para Fátima. Como se a diversão consistisse em devastação e desacatos. Mesmo assim, um estudante assegurou que esta foi a melhor semana das suas vidas. Tudo o que aconteceu foi «normal». Condescendente, acabou por reconhecer que «houveram» desacatos! Enfim, o problema já não é só o que passa fora da escola. Será que 12 anos de escolaridade não bastam para manusear minimamente a língua pátria?
João António, in Facebook
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