sábado, 10 de maio de 2014

Semana da Vida 2014: "Gerar vida! Construir o futuro!".


De 11 a 18 de Maio vai celebrar-se de novo a Semana da Vida com o tema "Gerar vida! Construir o futuro!".
Durante esta semana acontecerão nas diversas dioceses e comunidades inúmeras iniciativas para realçar o valor de cada vida humana, desde a concepção até à morte natural.
O Evangelho da vida está no centro da mensagem de Jesus. Cada vida humana tem um valor sagrado porque cada ser humano é imagem e semelhança de Deus. Não é algo, é alguém. Desde o início e até ao fim. Só a pessoa humana é chamada à plenitude da vida que consiste justamente na participação da própria vida de Deus.
Portanto, desde o início até ao fim, a vida humana é diferente das outras realidades. João Paulo II afirma na sua Encíclica "Evangelho da Vida": "só Deus é o Senhor da vida, desde o princípio até ao fim: ninguém, em circunstância alguma, pode reivindicar o direito de destruir directamente um ser humano inocente".

Toda a Igreja tem como missão anunciar este Evangelho da vida ao mundo inteiro. Anúncio que se tornou urgente, sobretudo face aos contínuos ataques dirigidos à vida das pessoas e dos povos, especialmente dos mais frágeis e indefesos.
Já o Concílio Vaticano II na Gaudium et Spes alertava: "Tudo quanto se opõe à vida, como seja toda a espécie de homicídio, genocídio, aborto, eutanásia e suicídio voluntário; tudo o que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, os tormentos corporais e mentais e as tentativas para violentar as próprias consciências; tudo quanto ofende a dignidade da pessoa humana, como as condições de vida infra-humanas, as prisões arbitrárias, as deportações, a escravidão, a prostituição, o comércio de mulheres e jovens; e também as condições degradantes de trabalho, em que os operários são tratados como meros instrumentos de lucro e não como pessoas livres e responsáveis. Todas essas coisas e outras semelhantes são infamantes e ofendem gravemente a honra devida ao Criador".
A Semana da Vida nasceu em 1991 por iniciativa de João Paulo II. Ao encerrar o Sínodo sobre a Europa, o Papa pediu que, em todos os países do mundo, a Igreja promovesse em cada ano a celebração de um Dia ou de uma Semana da Vida. Na sua encíclica "Evangelho da Vida", publicada em 1995, reforçou este pedido ao propor uma celebração com o objectivo de «suscitar nas consciências, nas famílias, na Igreja e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições, concentrando a atenção de modo especial na gravidade do aborto e da eutanásia, sem contudo menosprezar os outros momentos e aspectos da vid» (EV 85). A Conferência Episcopal Portuguesa, em plena sintonia com o Papa, determinou que anualmente se celebrasse uma Semana da Vida, actualmente promovida pela Comissão Episcopal do Laicado e da Família.
A razão de ser desta insistência está na constatação de que se desenha, na sociedade actual, uma cultura que desvaloriza a vida.
Reparemos na ligeireza com que alguns defendem e promovem o aborto, a eutanásia, a manipulação e destruição de embriões humanos recém-concebidos, lembremos a destruição das condições de habitabilidade no nosso planeta, recordemos o modo irresponsável como tantos conduzem nas nossas estradas, consideremos a generalização do recurso às drogas, constatemos o recurso à guerra como se fosse "solução" única para os conflitos, não esqueçamos a insensibilidade perante a fome e as doenças que devastam zonas imensas do nosso planeta. São muitas as situações que nos fazem reconhecer que estamos confrontados com uma "cultura da morte".
E, no entanto, todos somos chamados a «cuidar da vida toda e da vida de todos», isto é «cuidar do outro enquanto pessoa confiada por Deus à nossa responsabilidade» (EV 87).
Promovemos a vida em todos os seus momentos: os «mais simbólicos da existência como são o nascer e o morrer» (EV 18), mas também a vida de todos os dias, «através da ajuda prestada ao faminto, ao sedento, ao estrangeiro, ao nu, ao doente, ao encarcerado...» (EV 87).
Fonte: aqui

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