terça-feira, 16 de outubro de 2018

Ano da Missão, Vida em Missão


  1. Estamos a entrar no Ano da Missão com o propósito de nunca sair de uma vida em missão. Este ano é, pois, um despertador para que a nossa vida se robusteça com mais vigor.
  2. Ao convocar esta iniciativa, a Conferência Episcopal Portuguesa não podia ser mais envolvente nem englobaste. «Todos, tudo e sempre em missão». Assim se intitulava a Nota Pastoral dos Bispos de Portugal.
  3. Torna-se, assim, claro que a missão não é só para alguns momentos, para algumas áreas e para algumas pessoas. Nunca é demais insistir. A missão é para todos, para tudo e para sempre.
  4. A missão nunca há-de ser condicionada, sectorial ou limitada. Ela tem de ser mobilizadora, totalizante e permanente. A missão é uma «invasão». Missionar é «invadir». Na «invasão» trazida pela missão, ninguém deve ser posto de lado e nada pode ficar de fora.
  5. A missão não é facultativa; é imperativa. Ela não é um aditamento do agir, mas a identificação maior do ser. Mais do que fazer missão, todo o cristão é missão. Daí que o Concílio Vaticano II tenha recordado que «a Igreja é, por natureza, missionária». Ou seja, sem missão não há cristão. Nem Igreja.
  6. A natureza missionária da Igreja encontra-se constituída a partir dos começos. Jesus escolhe discípulos (cf. Jo 1, 35-40) para os enviar em missão (cf. Mt 10, 5-6). Isto significa que não é possível ser missionário sem ser discípulo. E é inteiramente impossível ser discípulo sem ser missionário.
  7. O cristão é simultaneamente discípulo e missionário. Dir-se-ia mesmo que todo o cristão traz consigo o nome de «discípulo» e o sobrenome de «missionário».
  8. É por tudo isto que onde está o cristão, aí tem de estar a missão. Jesus quer que sejamos «missionários», não «demissionários». O contrário da missão é a demissão. Mas a demissão não está só na inacção. A demissão também pode estar na mera agitação. O fazer por fazer pouco faz. No fazer tem de ressoar o ser.
  9. Daí que a missão comece na oração. Foi assim com Jesus e foi assim com os Apóstolos da primeira hora. Assim há-de continuar a ser com os apóstolos desta nossa hora. Hoje, como ontem, a oração é geradora de missão; a oração é a grande «parteira» da missão.
  10. Só quem está com Cristo se sentirá enviado por Cristo. A missão é uma constante quando o missionário está unido ao Missionante!
João António Teixeira, aqui

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