Igreja são todos os batizados.
Igreja: no templo e no tempo, no sacrário e na rua
1. Que saída pode haver para quem não vê saída?
Não basta analisar. Não chega decidir. É fundamental sair. É urgente ouvir os que sofrem. Antes de fazer propostas para eles, é preciso escutar os anseios deles.
2. Perigoso, muito perigoso, é ficar sentado em si mesmo.
Já Sophia recomendava: «Não procures verdade no que sabes».
3. Há muita solidariedade retórica, muita solidariedade mediática. Tem de haver mais solidariedade efectiva, mais solidariedade presencial.
O lugar do nosso testemunho não há-de ser apenas o púlpito, a cátedra ou a reunião. O lugar prioritário do nosso testemunho tem de ser o terreno, o quotidiano.
4. Este é um tempo em que celebramos um Deus que sai, um Deus que vem.
Daí que o Papa Francisco proponha: «Fiel ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões». Se, entretanto, houver que privilegiar alguém, que sejam «os pobres e os doentes, aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos».
5. Quanto a isto, «não devem subsistir dúvidas nem explicações que debilitem esta mensagem claríssima».
Hoje e sempre, «os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho», e a evangelização dirigida gratuitamente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer».
6. Atenção. O Papa não está contra o dinheiro.
Ele até quer mais dinheiro. O Papa quer mais dinheiro para mais gente.
7. O que o Papa denuncia não é a existência de dinheiro, mas a tirania do dinheiro.
O que o Papa deseja é que o dinheiro circule (também e sobretudo) pelos pobres.
8. Só quando a Igreja sai de si é que entra verdadeiramente em si: na sua natureza, na sua identidade, no seu mistério.
A Igreja não existe por ela mesma. Ela vem de Deus para o homem. Por conseguinte, Deus é o centro e o homem o caminho.
9. Neste sentido, cabe-lhe estar de joelhos junto de Deus e de pé ao lado das pessoas.
A Igreja tem de ser advento de Deus e evento de humanidade.
10. Tudo isto requer mais que o comunicado, a entrevista ou a tomada de posição. Tudo isto reclama estar no templo e no tempo, no sacrário e na rua.
Muitas vezes, é preciso sujar as mãos para manter limpo o coração.
Fonte: aqui
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