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Era bom que este tempo fosse habitado pela esperança. Mas tudo indica que ele será dominado pelo medo.
Era bom que este tempo fosse habitado pela esperança. Mas tudo indica que ele será dominado pelo medo.
A situação não está bem. Mas há o receio de que fique pior.
As sondagens, aliás, espelham isso. A maioria acha que a actual governação não tem sido boa. Mas a mesma maioria considera que a oposição não faria melhor. Daí o empate com sabor a impasse.
Pelo olhar das pessoas, este momento parece ter um tom mais crepuscular que auroral.
Há uma grande dificuldade em olhar de frente para a realidade. Há quem prefira não saber o que nela ocorre.
É por isso que se pensa que, com a verdade, quase nunca se ganha. O problema é que, sem a verdade, perde-se sempre. Mesmo que se tenha a ilusão de ganhar.
Em política, como no resto, uma verdade encobre, quase sempre, outra verdade. Só na totalidade se encontra a verdade.
O povo tem tido a boca fechada. Mas tem de manter os olhos abertos e os ouvidos atentos.
Não há saída?
Gregório Nisseno dizia que cada homem é um pequeno mundo. Nenhuma mudança acontece no mundo sem a intervenção das pessoas que nele vivem.
A mudança molda as pessoas. E as pessoas moldam a mudança.
Fiquemos, pois, com a recomendação de Gandhi: «Sê tu mesmo a mudança que queres para o mundo».
No fundo, foi o que propôs Roger Schutz: «Começa por ti».
A mudança tem de começar por dentro. Tanto mais que é a única que depende de nós.
Fonte: este blog
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