Quarta-feira, 6 de Abril - Jo 5, 17-30
O ódio crescente contra Jesus e a decisão de O matar tinha uma razão bem clara: Sua pretensão de fazer-se igual a Deus. Isto deduzia-se da liberdade com que trabalhava em dia de sábado. Segundo a teologia da época, só Deus trabalha em dia de sábado para garantir a subsistência da criação e da vida sobre a face da Terra. Os sinais realizados por Jesus, em dia de sábado, tinham características semelhantes, pois estavam estreitamente relacionados com a recuperação da vida.
Nos seus ensinamentos, Jesus jamais Se chamou “Deus”. De fato, sempre falou do Pai, a cuja vontade estava submetido, do qual viera e para o qual voltaria, que O enviou com a missão de restaurar a existência humana corrompida pelo pecado. Sua palavra era perpassada pela consciência de ser Filho. Nunca pretendeu usurpar o lugar do Pai; antes, soube colocar-Se no seu devido lugar até o último momento, quando exclamou: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!”.
Jesus, porém, tinha consciência de ser o caminho de encontro com o Pai. Quem acolhesse as suas palavras, estaria acolhendo as palavras do Pai. Crer n'Ele comportava crer no Pai. Honrá-l'O corresponderia a honrar o Pai. Pelo contrário, rejeitá-l'O significava rejeitar o Pai.
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