quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente 2025 - No Ano Jubilar ressoa o convite à esperança cristã

 «A esperança não engana» (Rm 5,5) e fortalece-nos nas tribulações

“«A esperança não engana» (Rm 5,5) e fortalece-nos nas tribulações é o título da Mensagem do Papa Francisco para o XXXIII Dia Mundial do Doente, publicada dia 27 de janeiro no Boletim da Santa Sé.

O Dia Mundial do Doente é celebrado anualmente em 11 de fevereiro, data da memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes. A cada três anos, o dia é celebrado solenemente em um santuário mariano. Por ocasião do Jubileu de 2025, o Papa Francisco estabeleceu que a celebração, que deveria ser realizada este ano, ocorra em 11 de fevereiro de 2026 no santuário mariano de Nossa Senhora de Chapi, em Arequipa, no Peru.

Por esse motivo, em 2025 a Igreja celebrará o Dia Mundial do Doente em nível diocesano em 11 de fevereiro; o Jubileu dos Doentes e o do Mundo da Saúde em 5 e 6 de abril; e o Jubileu das Pessoas com Deficiência em 28 e 29 de abril.

No Ano Jubilar de 2025, em que a Igreja nos convida a sermos “peregrinos de esperança”, para celebrar o dia dedicado aos doentes, o Santo Padre escolheu uma passagem da Carta de São Paulo aos Romanos, na qual o apóstolo infunde coragem à comunidade cristã de Roma.

A esperança, mensagem central do Jubileu, consubstancia assim o convite e os votos do Papa dirigidos a todos os que sofrem e a todos os que cuidam dos enfermos. Uma esperança que - observa Francisco – nos torna firmes nas dificuldades e alimenta a virtude a que chamamos fortaleza e que – tal como a esperança – é um dom de Deus.

O dom é precisamente um dos aspetos através do qual se manifesta a presença de Deus na nossa vida. “Efetivamente, em nenhuma outra ocasião como no sofrimento, – lê-se na Mensagem – nos damos conta que toda a esperança vem do Senhor e que, assim sendo, é antes de mais um dom a acolher e a cultivar, permanecendo «fiéis à fidelidade de Deus» (A esperança é uma luz na noite, 2024).” E um dom é também a possibilidade de caminhar ao lado do Ressuscitado, que este sofrimento torna pleno de sentido, e através do qual também nós, como os discípulos de Emaús (cfr Lc 24,13-53) “podemos partilhar com Ele as nossas perturbações, preocupações e desilusões, podemos escutar a sua Palavra que nos ilumina e faz arder o coração, e reconhecê-Lo presente ao partir o Pão”.

Torna-se assim evidente que a doença é sobretudo uma ocasião de encontro com Cristo. “Com efeito, no mmento da doença – escreve o Papa Francisco – se por um lado sentimos toda a nossa fragilidade – física, psíquica e espiritual – de criaturas, por outro lado experimentamos a proximidade e a compaixão de Deus, que em Jesus participou do nosso sofrimento” e descobrimos assim que podemos ancorar-nos a uma rocha inabalável e experimentamos a consolação que vem de Deus.

Mas trata-se igualmente de um encontro com o outro, com quem está doente, com quem cuida e se preocupa. Deste modo, os lugares onde se sofre – hospitais, lares de idosos, famílias – tornam-se também “espaços de partilha, nos quais nos enriquecemos uns aos outros. Quantas vezes – observa o Santo Padre – se aprende a esperar à cabeceira de um doente! Quantas vezes se aprende a crer ao lado de quem sofre! Quantas vezes descobrimos o amor inclinando-nos sobre quem tem necessidades! Ou seja, apercebemo-nos de que todos juntos somos “anjos” de esperança, mensageiros de Deus, uns para os outros: doentes, médicos, enfermeiros, familiares, amigos, sacerdotes, religiosos e religiosas”.

Este caminhar juntos – conclui o Papa Francisco – “é um sinal para todos, «um hino à dignidade humana, um canto de esperança»”. Um testemunho luminoso que consubstancia a exortação deste Jubileu: «Spes non confundit», «a esperança não engana».

Mensagem do Papa Francisco

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