Normalmente acontece por alturas do Verão que, aqui ou ali, há populações que se levantam, protestando contra a mudança do pároco operada pelo Bispo diocesano.
A imprensa dá ênfase a estes protestos, muita vezes de forma sensacionalista. Veja-se este caso.
As mudanças não são feitas de ânimo leve pelo Bispo. Este tem em conta as necessidades pastorais da Igreja diocesana, a situação particular desta ou daquela comunidade paroquial ou de um serviço diocesano, a pessoa do padre a mudar - suas qualidades ou dificuldades -, a escassez de clero, etc.
O padre deve obediência ao seu Bispo. Os leigos devem acolher a decisão paternal do Prelado que, muitas vezes, por caridade e prudência pastoral, não pode dizer muito…
Porque a Igreja é "o povo de Deus em comunhão", a obediência não é cega. Brota de um diálogo entre o sacerdote e o seu Bispo a quem compete a decisão final.
Se um superior mandasse ao subordinado plantar as couves com as raízes para o ar e as folhas enterradas, o subordinado não deveria obedecer. Afinal não seria obediência, mas burrice. A obediência é sempre racional.
Logicamente cabe ao sacerdote integrar a mudança com uma postura digna diante do povo. Sem vitimização e sem ceder a chantagens emocionais. Mesmo que custe - e o padre é uma pessoa com sentimentos, emoções, relações humanos, integração social - deve estar sempre numa dinâmica abraâmica - "Parte da tua terra Abraão e vai para a terra que eu te indicar". Embora esta postura de partida diga respeito a todo o batizado - bispo, padre, diácono, religioso, leigo.
Cristão vem de Cristo. Cristão é um seguidor de Cristo. Cristo é o início e o fim de toda a vida cristã. "Não adores nunca ninguém a não ser Deus". Pelo comportamento de muitas comunidades, até parece que o seu deus não é Deus mas o padre.
Nunca desvies a tua adoração a Deus para adorares o padre. Nunca te afastes de Deus porque não gostas do o padre.
Quando divinizamos ou demonizamos uma pessoa, estamos a caminho do precipício da desilusão. Só Deus basta!
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