O Papa Francisco afirmou ontem no Vaticano que as palavras “podem matar” e que as pessoas que evitam falar mal dos outros tornam-se santas.
“Estou convencido que se cada um de nós fizer o propósito e evitar as murmurações torna-se santo! É um bom caminho”, disse o Papa durante a recitação da oração do ângelus perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, no Vaticano.
“Queremos tornarmo-nos santos? Sim ou não? – Sim! Queremos viver normalmente no meio de ‘falatórios’? – Não! Então estamos de acordo: nada de má-língua!”, referiu Francisco interpelando a multidão que o escutou na oração mariana do meio-dia.
O Papa comentou o texto do Evangelho das missas deste domingo, parte do Sermão da Montanha, onde Jesus declara que “não veio abolir a lei e os profetas, mas sim a levá-los ao seu pleno cumprimento”.
“Jesus não dá importância apenas à observância disciplinar, à conduta exterior; vai à raiz da lei, insiste sobretudo na intenção, no coração”, afirmou o Papa.
“Jesus não quer cancelar os mandamento que o Senhor deu por meio de Moisés, mas quer levá-los à sua plenitude. E acrescenta de imediato que este cumprimento da lei exige uma justiça superior, uma observância mais autêntica”, explicou Francisco.
O Papa referiu que Jesus explicou de forma prática o que significava o “pleno cumprimento” da lei, explicando que o mandamento “não matar” inclui tudo o que atenta contra a vida dos outros, como a “ira” ou a “calúnia”.
“Jesus recorda-nos que também as palavras podem matar! Portanto, não só há que não atentar à vida do próximo, mas é preciso também não derramar sobre ele o veneno da ira nem atingi-lo com a calúnia”, afirmou o Papa
“O amor ao próximo é uma atitude tão fundamental que Jesus chega a afirmar que a nossa relação com Deus não pode ser sincera se não quisermos fazer as pazes com o próximo”, referiu.
“É à luz deste ensinamento de Cristo que cada um dos preceitos revela o seu pleno significado como exigência de amor e todos convergem para o maior dos mandamentos: ama a Deus com todo o coração e ama o próximo como a ti mesmo”, concluiu o Papa Francisco.
In agência ecclesia
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