quinta-feira, 16 de março de 2023

Mais um dia de visita aos doentes

Pároco e elementos do GASTA continuaram hoje a visita quaresmal aos doentes de Esporões, com passagem pela Unidade de Cuidados Continuados e pelo CAO. Muita gente pediu o Sacramento da Reconciliação.
Uma palavra de muita estima e reconhecimento para com os elementos do GASPTA que estão  a marcar presença nestas visitas às periferias existenciais onde o sofrimento, a solidão e a esperança caminham tantas vezes de mão dada. A nossa gratidão pela organização, realização da visita e pela prendinha levada aos doentes, como sinal do carinho que a comunidade sente por quem sofre.

Depois destes  dias junto das periferias existenciais da dor, algumas notas:
1. A SOLIDÃO. Uma queixa comum. Mais do que a dor ou a limitação física as pessoas sentem a solidão. "Quase ninguém me visita"; "Passo dias e dias só"; "Não tenho com quem conversar"; "Que é feito de tantos que considerava amigos?"
2. A FAMÍLIA E OS AMIGOS. Onde há família que cuida e acarinha ou amigos que  cuidam e acarinham, sentia-se que os doentes tinham outra disposição, outra serenidade, outra postura perante a limitação. Onde a família não aparece ou se mostra dividida, a dor é intensa e o desabafo chega em forma de lágrimas.
3. A  FÉ. Onde há uma fé simples, genuína e enraizada, o doente tem outras razões de viver, sente Cristo como cireneu da sua cruz, reconhece que "ainda há quem sofra mais do que eu", compreende o valor salvífico do sofrimento, abre-se mais à esperança que brota de Cristo morto e ressuscitado.
4. SATURAÇÃO. "que ando cá eu a fazer? Já tenho muita idade e estou a sofrer tanto..."; "Porque é que isto me havia de acontecer?"; "Se Deus me levasse...". Estes e outros desabafos surgem da alma dorida de muitos.

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