quinta-feira, 29 de abril de 2021

2 Maio 2021 - 05º Domingo da Páscoa - Ano B

 Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós

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Que belos são estes dias da Páscoa, que agora se desconfina, da Páscoa florida, neste maio do coração, neste mês de Maria. E o mês começou ontem com a figura de São José, Operário, a que sucede hoje o Dia da Mãe. Maria, a Mãe, e José, Operário, unidos a Jesus, centrados e concentrados n’Ele, ensinam-nos o trabalho do amor e o amor no trabalho, como segredo para dar um fruto que permaneça. Peçamos a São José e à Virgem Maria que nos ensinem a centrar em Cristo a nossa vida, a vivermos a nossa fé nos gestos do amor concreto de cada dia e a reservarmos mais espaço ao Senhor, a quem servimos e adoramos na nossa vida. Vivamo-lo, desde já.
Por todas as vezes em que não centrámos
a nossa vida em Cristo e não a vivemos em gestos de amor concreto aos irmãos, peçamos perdão.

Pai Nosso

Salta-nos ao ouvido a repetição no Evangelho de hoje, por sete vezes, do verbo “permanecer”: trata-se sempre de permanecer em Cristo. Tal significa enraizarmos e embebermos em Cristo a própria vida, vivermos unidos a Ele, como ramos na única e verdadeira videira. Para o discípulo de Jesus, o que é decisivo é esta permanência, esta união inseparável, fiel e constante, esta união sem intervalos, sem pausas, sem cansaços, sem desistências, sem intermitências. Para o discípulo, o foco de atenção, o ponto de encontro, a raiz de tudo é Cristo e a relação com Ele. Por isso, sem Ele, fora d’Ele, nada feito: “Sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5). Esta união a Cristo, iniciada no Batismo, alimenta-se da Eucaristia, poda-se e purifica-se na Reconciliação, respira-se na Oração, vive-se no amor concreto.
Olhemos então para Maria e José: no silêncio do agir quotidiano, José juntamente com Maria só têm um único centro comum de atenção: Jesus. Eles acompanham e protegem, com compromisso e ternura, o crescimento do Filho de Deus, meditando em tudo o que acontecia. São Lucas sublinha a atitude de Maria, que é também de São José: «Conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração» (Lc 2, 19.51). Neste mês de Maria, neste Ano de São José, intensifiquemos a nossa relação com o Senhor, na Eucaristia, no mandamento do amor, na oração de cada dia, no mês de Maria, cada vez que vamos rezar e repetir “Pai-nosso… Ave-maria, São José, sombra na Terra do Pai celeste, rogai por nós”!
Rezemos.

Final

Este mês começa com dois dias especiais, o Dia do Trabalhador e o Dia da Mãe, vale a pena lembrar o apelo do apóstolo João: “Não amemos com palavras e com a língua, mas com obras e em verdade”. As mães ensinam-nos que o verdadeiro amor é trabalho, o amor dá muito trabalho, o amor dá muito que fazer. De que modo as mães e os pais amam os seus filhos? Com o trabalho. Cuidando deles. Trabalhando por eles. É assim o amor. De que modo amou José os seus tesouros, a esposa e o filho? Com o trabalho do amor.
Por fim, uma imagem e uma sugestão para o Dia da Mãe: no último Natal, circulou uma imagem do presépio com esta mensagem: «Deixemos a mãe descansar». Na imagem, está Maria deitada, a descansar, e José com o bebé, a embalá-l’O, a adormecê-l’O. Quantos de vós, se revezam à noite – entre marido e mulher – enquanto o vosso filho ou a vossa filha chora? Neste Dia da Mãe, dai-lhe esta prenda, quer ela esteja em casa, quer ela esteja no Céu: «Deixemos a mãe descansar».

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