sábado, 7 de novembro de 2020

A oração não nos retira da vida, mas enche-a de verdadeiro sentido, porque é comunhão com o autor da vida.

 


Disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola:
«O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens,
que, tomando as suas lâmpadas, foram a
o encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas,
não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes,
com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava,
começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado:
'Aí vem o esposo; ide ao seu encontro'.
Então, as virgens levantaram-se todas
e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes:
'Dai-nos do vosso azeite,
que as nossas lâmpadas estão a apagar-se'.
Mas as prudentes responderam:
'Talvez não chegue para nós e para vós.
Ide antes comprá-lo aos vendedores'.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo.
As que estavam preparadas
entraram com ele para o banquete nupcial;
e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram:
'Senhor, senhor, abre-nos a porta'.
Mas ele respondeu:
'Em verdade vos digo: Não vos conheço'.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora.
(Mt 25,1-13)

A oração é uma confissão de amor (SL 62). Concretiza um ciciar das aspirações mais profundas, de uma sede que só o Senhor pode saciar, do dom absoluto que ultrapassa o valor da própria vida. Será louvor, cântico de bênção, voz de júbilo, noite de adoração, sombra meiga de asas protetoras. Leva até ao esposo que vem ao seu encontro e o acolhe após a espera ansiosa (Mt 24,42-44). A oração não nos retira da vida, mas enche-a de verdadeiro sentido, porque é comunhão com o autor da vida. Não dispensa a utilização dos recursos com que o homem foi dotado. Das dez virgens convocadas, apenas cinco foram prudentes, levando o azeite para juntar às suas lâmpadas. As outras cinco, insensatas, não souberam precaver-se com o azeite necessário para a caminhada. Deus não se substitui ao homem, dotando-o com os talentos necessários para a sua realização, deve empenhar-se na sua concretização, sabendo que o auxílio divino não lhe faltará.

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