sexta-feira, 1 de maio de 2020

A Igreja Católica celebra a 1 de maio, desde 1955, a festa litúrgica de São José Operário, como forma de associar-se à comemoração mundial do Dia do Trabalhador.



Maio, sempre encantado e encantador!
Maio, Mês de Maria, Mês das Flores, Mês do coração.
Em Maio tem lugar o Dia das Mães, que é já neste domingo.
E porque hoje, 1 de maio, é o Dia do Trabalhador, celebramos S. José, o carpinteiro, esposo da Virgem Maria, patrono e modelo dos trabalhadores de todos os tempos.

1. Em virtude da pandemia que hoje atinge o mundo, há famílias a viver em agonia. Pessoas que perderam o emprego, outras que viram o seu rendimento a diminuir e muitos que sentem angústia pelo futuro em virtude da crise económica que certamente vem aí.
Que Maria Santíssima, esposa do trabalhador de Nazaré, Mãe de Misericórdia, volte os seus olhos misericordiosos para esta gente e interceda junto de Deus pelas suas necessidades.

2. Sempre ouvimos e sentimos que a falta de emprego é um dos maiores flagelos que podem atingir as pessoas, as famílias e as sociedades. Na Bíblia, Livro do Génesis, Deus criador disse ao homem: comerás o pão com o suor do teu rosto. E ainda: povoai e dominai a terra. Pelo trabalho, seja ele qual for, o homem colabora com Deus na obra da criação. Daí a importância do trabalho para a realização pessoal e comunitária.
Que Maria Santíssima, esposa do trabalhador carpinteiro, ajude cada desempregado a procurar trabalho sem desfalecer e ajude a sociedade a abrir portas de emprego a quem o procura.

3. O mundo do trabalho não está ausente de espinhos. Na mesma empresa, temos trabalhadores a ganhar pouquíssimo enquanto os chefes e administradores ganham imenso. Trabalhadores a serem injustiçados perante o seu rendimento, não subindo na escala de ordenados. Trabalhadores vistos não como pessoas, mas como máquinas de produção. Trabalhadores expostos, achincalhados publicamente. Pessoas que se veem ultrapassadas por outras menos qualificadas no acesso ao emprego, só porque não têm cunhas nem padrinhos. Trabalhadores que não veem reconhecidos os seus direitos laborais e se calam porque precisam do emprego…
Maria Santíssima trabalhadora doméstica e a esposa do trabalhador José, volvei misericordiosamente o vosso olhar para estes vossos filhos e filhas, tirai os espinhos da sua vida laboral, ajudai-os a lutar pela esperança de um mundo novo que há-de vir.

4. A cruz, Senhor! A cruz de tantos pais que se levantam cedíssimo para prepararem os filhos para a escola, passam longo e stressante tempo na condução para os deixarem na escola e depois, de cara alegre, vão trabalhar, dando o melhor. A cruz de tantos pais que, após um dia extenuante de trabalho, têm que ir buscar os filhos, cuidar deles em casa, ajudá-los nas suas tarefas escolares e tratar da vida da casa, sem tempo para o descanso e para a vivência familiar. A cruz de tantos jovens que lutam e se esforçam sem animadoras perspectivas de emprego. A cruz de tantos idosos que trabalharam toda a vida e se veem com reformas de miséria que mal dão para os remédios.
Maria, trabalhadora do lar de Nazaré e esposa do trabalhador carpinteiro, interceda junto de Deus que levanta os corações abatidos, abençoa as famílias, protege e ampara os desanimados.

5. Há tantos mortos-vivos, Senhor! Gente que não quer trabalhar e vive às custas da sociedade. Gente que desistiu de lutar e se arrasta pela vida. Gente que só pensa em prejudicar os outros. Gente que se entrega aos vícios, dependências e atividades ilícitas. Gente que assalta, rouba e prejudica. Gente violenta. Gente que escraviza. Sem trabalho digno, não se vive dignamente. Sem trabalho digno, não se é livre, é-se escravo.
Maria Santíssima, Senhora das Dores, Senhora de ao pé da cruz, com o teu amor delicado de Mãe, coloca no coração de cada cidadão  o amor e a liberdade de Jesus. Se Cristo nos libertou é para sermos realmente livres!

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