O Cristo da minha cruz anda a cuidar de quem cuida, vestiu a bata e anda nos hospitais do mundo inteiro a segurar a vida que tem andado suspensa nos beirais da História.
O Cristo da minha cruz anda a suster o ânimo dos que criam as vacinas, os medicamentos, um meio seguro de nos salvar a todos.
O Cristo da minha cruz vai dentro das ambulâncias que correm pelas ruas desertas, em lutas contra o tempo e contra a morte e percorre o mundo inteiro, evitando os desesperos de quem não sabe como vai ser a vida a seguir.
O Cristo da minha cruz anda a abraçar os braços vazios de abraços, dá a mão a quem morre sozinho, limpa as lágrimas dos que não podem dizer adeus a quem amam. E anda nas ruas vazias, a recolher o lixo, a desinfectar as praças, a limpar o medo e a acompanhar as solidões que espreitam as esquinas.
E eu sei (sabemos todos) que esta Semana Santa foi Maior do que tantas Semanas Santas das nossa vidas: Cristo lavou os pés a todos os que, exaustos, não desistem de lutar pela vida e beijou-os certamente, porque são esses os pés que, nos nossos dias, anunciam a esperança e fez com eles a Ceia da Quinta-Feira; esteve à beira dos que sofrem e morrem, ajudando-os a percorrer o caminho que une o chão ao Infinito e consolando os que, à beira das cruzes que se erguem no mundo inteiro, têm o coração em frangalhos.
O Cristo da minha cruz está vivo. É o rosto cansado dos que não veem os filhos há muitos dias, porque têm de os proteger. Está nas mãos dos que enfrentam o medo (todos têm medo) para ajudar quem precisa. Enxuga as lágrimas dos que estão sós. Está nos que têm de tomar decisões (difíceis, as decisões). Está nos que nos mantêm informados e nos dão esperança.
O Cristo da minha cruz semeia esperança no meio do povo. E não o deixa cair na tentação de desanimar, apesar de todos os cansaços, apesar de tudo.
A cruz do Ressuscitado não veio a minha casa este ano. O Cristo mudou-se para dentro de cada um de nós.
(Texto anónimo, modificado)
O Cristo da minha cruz anda a suster o ânimo dos que criam as vacinas, os medicamentos, um meio seguro de nos salvar a todos.
O Cristo da minha cruz vai dentro das ambulâncias que correm pelas ruas desertas, em lutas contra o tempo e contra a morte e percorre o mundo inteiro, evitando os desesperos de quem não sabe como vai ser a vida a seguir.
O Cristo da minha cruz anda a abraçar os braços vazios de abraços, dá a mão a quem morre sozinho, limpa as lágrimas dos que não podem dizer adeus a quem amam. E anda nas ruas vazias, a recolher o lixo, a desinfectar as praças, a limpar o medo e a acompanhar as solidões que espreitam as esquinas.
E eu sei (sabemos todos) que esta Semana Santa foi Maior do que tantas Semanas Santas das nossa vidas: Cristo lavou os pés a todos os que, exaustos, não desistem de lutar pela vida e beijou-os certamente, porque são esses os pés que, nos nossos dias, anunciam a esperança e fez com eles a Ceia da Quinta-Feira; esteve à beira dos que sofrem e morrem, ajudando-os a percorrer o caminho que une o chão ao Infinito e consolando os que, à beira das cruzes que se erguem no mundo inteiro, têm o coração em frangalhos.
O Cristo da minha cruz está vivo. É o rosto cansado dos que não veem os filhos há muitos dias, porque têm de os proteger. Está nas mãos dos que enfrentam o medo (todos têm medo) para ajudar quem precisa. Enxuga as lágrimas dos que estão sós. Está nos que têm de tomar decisões (difíceis, as decisões). Está nos que nos mantêm informados e nos dão esperança.
O Cristo da minha cruz semeia esperança no meio do povo. E não o deixa cair na tentação de desanimar, apesar de todos os cansaços, apesar de tudo.
A cruz do Ressuscitado não veio a minha casa este ano. O Cristo mudou-se para dentro de cada um de nós.
(Texto anónimo, modificado)
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