sexta-feira, 18 de março de 2022

20 Março 2022 - 3º Domingo da Quaresma – Ano C

Leituras: aqui

Admonição inicial:

A liturgia da Palavra deste domingo, volta a levar-nos ao cimo do monte. Há oito dias ao Tabor. Hoje ao Horeb, onde Moisés se deixa envolver e implicar pela sarça ardente que vê, pelo chão sagrado que pisa, pela voz de Deus que o chama.

Dom António Couto, na carta pastoral, alerta que a forma de Jesus nos implicar na sua missão é diferente daqueles que são os procedimentos dos homens.

Contrariamente aquilo que é a lógica humana “é no princípio da sua missão que Jesus chama os seus

discípulos, e é durante a sua própria missão que Jesus os envia em missão (Mt 10,1-16; Mc 3,14; 9,1-6). Esta contemporaneidade envolve e revolve e implica com Jesus os seus discípulos, e envolve-nos e revolve-nos e implica-nos a nós do mesmo modo, impedindo a sua e a nossa catalogação como simples e fáceis continuadores ou herdeiros da missão evangelizadora de Jesus.

Somos, afinal, muito mais que meros continuadores ou herdeiros da missão de Cristo. Estamos implicados nessa missão, como os discípulos, desde o princípio e para sempre.

(Colocar no monte calvário a palavra: IMPLICADOS)           

 COM JESUS NO CAMIMHO DA CRUZ.

Terceiro domingo: A CRUZ DA MISERICÓRDIA e da conversão -“IMPLICADOS”

1.-  «Moisés, Moisés!»

2. - «Aqui estou!».

1. - «Não te aproximes. Tira as sandálias dos pés, porque o lugar que pisas é terra sagrada».

 «Eu sou o Deus de teus pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob».

«Eu vi a situação miserável do meu povo no Egipto; escutei o seu clamor provocado pelos opressores. Conheço, pois, as suas angústias. Desci para o libertar das mãos dos egípcios e o levar deste país para uma terra boa e espaçosa, onde corre leite e mel».

3. - Deus é Deus próximo de nós que conhece as nossas dificuldades e angústia, sempre disposto a ajudar-nos e a levar-nos para situações de vida mais favoráveis.

2. - Deus interessa-se pela nossa vida e quer a nossa felicidade.

1.- Em Jesus Cristo manifestou-nos toda a sua bondade, toda a misericórdia para connosco.

2. - Jesus apresenta-nos um Deus paciente, tolerante para com a fraqueza humana, compreensivo para com a dureza da nossa mente e do nosso coração.

Todos: O Senhor é misericordioso e cheio de compaixão!

1. - Ele bem sabia que nem sempre nós íamos ser dignos do seu amor e da maneira como cuida de nós.

3. - Ao olharmos o Evangelho de hoje facilmente nos damos conta de alguns modos distorcidos de acolher e compreender a misericórdia de Deus.

1. - Os judeus que interpelavam Jesus olhavam as catástrofes e desgraças como acontecimentos diretamente relacionados com o pecado, os pecadores.

2.- Quantas vezes, tal como no tempo de Jesus, perante os desastres, as catástrofes, as mortes de pessoas inocentes, nós perguntamos: “Porque é que Deus permite isto?” –como que a deitarmos as culpas a Deus e a duvidar da sua bondade.

1.- Também se ouve dizer: “Isto aconteceu-lhes como castigo de Deus”, “era o que mereciam”.

2.- Jesus ensina aos seus discípulos e a nós, que na vida presente não há relação direta entre pecado e desgraça.

3. - É verdade que as calamidades e as desgraças, muitas delas naturais, são potenciadas pela nossa condição de pecadores. Mas não podem ser interpretadas como uma punição.

No entanto não deixam de ser para nós uma advertência e uma chamada de atenção para o modo como vivemos e para o modo como somos chamados a viver.

São sempre um convite à mudança de vida. Uma oportunidade para verificar o andamento do nosso viver.

1.- São sempre um apelo à conversão, um convite a olharmos a vida com mais verdade.

2.- Tudo pode ser uma oportunidade para nos deixarmos envolver pela misericórdia de Deus.

1. - Podemos dizer que uma das coisas que para nós é difícil, como discípulos de Jesus Cristo, é a conversão à paciência e misericórdia de Deus.

2. - Nós estamos implicados na missão de Jesus. Estar implicado com Jesus significa assumir o seu estilo de vida, o seu modo de pensar e de agir.

1. - O traço principal do estilo de Jesus é a misericórdia, paciência de Deus connosco.

3. - Nesta semana vamos ter em conta a nossa conversão à misericórdia de Deus.

1. - Se pensarmos um bocadinho damo-nos conta de que não é fácil.

Todos: Somos chamados a convertermo-nos à misericórdia de Deus.

3. - Somos chamados a:

1. - Reconhecer e aceitar a paciência de Deus para connosco.

2. - Olhar os acontecimentos da história e da nossa vida à luz da paciência e misericórdia de Deus;

- Permitir que o nosso coração se transforme segundo a paciência e misericórdia de Deus e assim transpareça na relação com os outros.

1. - É a grande conversão a que somos chamados. Não é fácil. Mas é o que Deus nos pede.

2. - É verdade. Sem a misericórdia de Deus não podemos entender a nossa vida.

1.- A misericórdia de Deus tudo supera. Deus cuida de nós constantemente e enche-nos de oportunidades para que os bons frutos possam aparecer em nós.

2.- Como vemos na parábola da figueira, Deus dá-nos muitas oportunidades. Cada dia é uma oportunidade. Deus tem muita paciência para connosco.

1.- Nada tem que temer de Deus quem vive com Deus e faz da causa de Deus a sua vida.

2. - Juntemos a nossa cruz à Cruz de Jesus a caminho do Calvário. É a cruz da misericórdia, a cruz da redenção.

Todos: Com Jesus, a Cruz da Misericórdia é, e há de ser, a Cruz da Ressurreição. 

3.- Hoje é domingo da Cáritas, dia de partilha com os que mais precisam. Somos chamados a intensificar a nossa renúncia quaresmal em favor de quem precisa. A renúncia que fazemos é sinal e expressão da misericórdia de Deus para connosco.

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