domingo, 24 de fevereiro de 2019

«Chegou a hora» de erradicar os abusos sexuais, diz o Papa

Após quatro dias de trabalhos com representantes dos cinco continentes, o Papa destacou que o “flagelo” dos abusos sexuais está presente em todas as culturas e sociedades, comparando-o à prática dos “sacrifícios humanos do passado”.
Francisco realçou que, embora não se perceba a “verdadeira extensão do fenómeno”, até porque as vítimas “raramente desabafam e buscam ajuda”, milhões de crianças no mundo são vítimas de exploração e de abusos sexuais.
“A primeira verdade que resulta dos dados disponíveis é esta: quem comete os abusos, ou seja, as violências (físicas, sexuais ou emotivas) são sobretudo os pais, os parentes, os maridos de esposas-meninas, os treinadores e os educadores”, apontou.
O discurso citou dados da ONU e outras instituições internacionais sobre os abusos dentro das famílias, da escola, no desporto e, “infelizmente, também o ambiente eclesial”, além do aumento de casos online e do “turismo sexual”.
O Papa retomou uma das preocupações que tem demonstrado, neste campo, o do “abuso de poder”, que considera presente também nas outras formas de abusos de que são vítimas quase 85 milhões de crianças: “as crianças-soldado, os menores prostituídos, as crianças desnutridas, as crianças raptadas e frequentemente vítimas do monstruoso comércio de órgãos humanos, ou então transformadas em escravos, as crianças vítimas das guerras, as crianças refugiadas, as crianças abortadas”.
Devemos ser claros: a universalidade de tal flagelo, ao mesmo tempo que confirma a sua gravidade nas nossas sociedades, não diminui a sua monstruosidade dentro da Igreja”.
“O objetivo da Igreja será ouvir, tutelar, proteger e tratar os menores abusados, explorados e esquecidos, onde quer que estejam”, apontou.
 
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