segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Há quem abandone os pais. Há quem abandone o Pai


É uma realidade hodierna. Pais que se sentem abandonados pelos filhos ou por alguns destes.
"Não me visitam, não telefonam, não aparecem, não querem saber. Nem no dia de anos se lembram de mim!" - ouve-se a cada passo este desabafo de pais.
E quantos, para não exporem os filhos, o sentem, mas não o dizem!
É certo que a vida moderna é agitada e que muitos dos filhos tiveram que deixar a terra para se governarem. É certo que alguns pais nem sempre tratam os filhos da mesma maneira, fazendo sentir uma saliente tendência por um ou por outro, o que magoa e afasta os menos preferidos. É certo que os pais nem sempre procedem com justiça e equidade, o que cria resistências nos que se sentem injustiçados.
Mas, sejamos razoáveis e frios na análise, haverá justificação para os filhos abandonarem os pais? Pai, mãe, até podem dar ocasião a alguma insatisfação, alguma mágoa, algum escândalo... Mas nunca deixam de ser pai e mãe! E este é o MOTIVO para nunca serem abandonados.
"Filho és, pai serás; conforme fizeres, assim acharás", diz o povo.


Mas há um outro abandono gritante nos tempos que correm. O abandono de Deus. O Pai do Céu é hoje Alguém como múltiplas queixas de seus filhos a quem tudo deu e dá.
"Não Me visitam, não Me louvam, não Me agradecem, não rezam, não Me escuta,, não aparecem, não querem saber de Mim. Nem no domingo se lembram de mim!" - poderia dizer em verdade Deus.
Hoje o que parece estar na moda é confessar-se ateu, agnóstico, não praticante. E disto fazer proclamação nos palcos públicos. Basta ver tantos entrevistados nas televisões... É o que está a dar, o que é politica e socialmente correto...
Pelo contrário, os crentes parecem demonstrar medo, respeito humano, vergonha de referir a sua condição de crentes.  No dizer do Evangelho, a luz é posta "debaixo do alqueire"!
Claro que nas horas de aflição, mais clara e distintamente, ou mais sub-repticiamente, a maioria lembra-se de Deus.  Estilo, Deus-bombeiro, que só se chama quando precisamos. De resto, que fique lá no "seu quartel" e que não chateie. Isto será fé ou oportunismo?
Muita gente põe Deus de lado, não deixa Deus intervir no dia-a-dia. Quando as coisas correm mal, é um 'aqui d´el-rei" que Deus não quer saber, não liga, não se importa... Uma revolta!
ELE criou-nos livres e respeita a liberdade com que nos criou. Se nós não O deixamos intervir na nossa vida, de que temos que nos queixar d'Ele? Só colhemos o que semeamos.
Deixa Deus entrar! Ele não tira nada e dá tudo.
Vai ter com Deus. Dá tempo ao Deus do tempo.
Vive Deus em família. Para Ele tu és único. Mas és também membro de uma comunidade.
Uma fé egocêntrica, estilo, eu e Deus, Deus e eu, não é uma fé cristã.
Deus salva-me em comunidade, na comunidade, pela comunidade.

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