segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A cadelita que trancou a porta da carrinha

Fátima, 20 horas do dia 15 de Agosto. Parque de estacionamento.
Havíamos estacionado os carros num dos parques de estacionamento do Santuário de Nª Senhora de Fátima, dirigindo-nos em seguida para a Capelinha das Aparições para participar na Eucaristia.
Finda a Missa, fomo-nos dirigindo, em momentos diferentes, para o parque, até porque estava frio.
Um dos nossos, que foi o primeiro a chegar, encontrou uma família muito aflita. É que tinha abandonado a carrinha, com a chave dentro, deixando lá a cadelita que, de tanto saltar junto ao vidro, acabaria por trancar a porta por dentro. O frio, a aflição do animalzito, a necessidade de arrancar, tudo punha em pânico aquela gente.
As pessoas haviam tentado tudo. Até as borrachas do vidro do veículo retiraram. Mas, nada!
Ao verificar a cena, aquele nosso companheiro não ficou indiferente, tentou ajudar. Pediu que lhe arranjassem um arame. Com este, lá conseguiu abrir a porta perante as arremetidas furiosas da cadelita que, frente ao desconhecido, pensaria que seria ladrão.
Aquela família, aliviada, agradeceu empenhadamente. Mas o nosso companheiro foi acrescentando: "Olhem, eu fiz isto, mas não sou ladrão. Aliás nunca o tinha feito." As pessoas riram então a bom rir, até para descarregar os nervos...
"O que fizerdes a um dos meus irmãos é a Mim que o fazeis", diz Jesus. Por isso imagino o sorriso de orelha a orelha de Nossa Senhora perante o gesto solidário, ativo e interventivo, daquele companheiro nosso. Maria fica sempre feliz quando somos solidários, fraternos, ajudantes.
Então fazer sorrir Nossa Senhora de felicidade depende de nós.

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