quinta-feira, 3 de março de 2011

O Diaconado Permanente

Neste artigo explico o que é o diaconado, sobretudo o permanente.

O livro "Actos dos apóstolos" diz-nos que, perante as críticas de que alguns cristãos pobres não estavam a ser socorridos, os Apóstolos impõem as mãos sobre os primeiros sete diáconos: Filipe, Prócono, Nicanor, Tímon, Pármenas, Nicolau e Estevão para que estes os ajudem nessa e noutras missões. E o diaconado permaneceu florescente na Igreja do ocidente diversos séculos, mas depois por várias razões desapareceu, tendo sido recriado com o Concílio Vaticano II.

Este é actualmente o primeiro grau do sacramento da ordem. Os outros dois são o presbiterado e o episcopado, portanto, diáconos, presbíteros e bispos compõem a hierarquia da Igreja. As mãos são-lhes impostas para o ministério e não para o sacerdócio. Com a ordenação o diácono deixa a sua condição de leigo e passa a fazer parte do clero. Esse sacramento imprime carácter, o que o faz diácono por toda a eternidade.
Existem dois tipos de diáconos. O diácono transitório é aquele que recebe o sacramento da ordem no grau do diaconado para depois receber o segundo grau e tornar-se presbítero, ou padre conforme costumamos dizer. O diácono permanente normalmente não pode ascender ao grau superior, ficando permanentemente como diácono. Se for solteiro ou viúvo, poderá, eventualmente, com licença do bispo diocesano completar os estudos e candidatar-se ao presbiterado.

Diaconia quer dizer serviço, por isso mesmo o diácono é ordenado para o serviço. Na realidade o diácono é ministro ordinário dos Sacramentos do baptismo e matrimónio. É também ministro ordinário da comunhão eucarística. Pode ainda ministrar todos os sacramentais; dar as bênçãos próprias de ministro ordenado (objectos de devoção, casas, automóveis, etc.), inclusive a bênção com o Santíssimo Sacramento, mas não pode consagrar nem perdoar os pecados em nome de Cristo.

O diácono não é um padre de segunda. Ele tem uma missão própria e a ela se deve dedicar.
In O Amigo do Povo

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