terça-feira, 26 de outubro de 2021

SEMANA DE ORAÇÃO PELOS SEMINÁRIOS/2021

«Jesus chama para si aqueles que Ele quer, para estarem com Ele e para os enviar a proclamar» (Mc 3,13-14)



1. No início do seu Evangelho, Marcos põe perante nós a cena sublime do chamamento ou vocação e missão dos «doze»:

«E Ele sobe para a montanha e chama para si aqueles que Ele queria, e andaram para Ele. E Ele fez doze, para que estivessem com Ele, e para os enviar a pregar (Marcos 3,13-14).

2. A iniciativa é de Jesus. Ele chama para si aqueles que Ele quer. E eles vão para Ele em admirável sinergia, respondendo de forma determinada e sem qualquer hesitação à iniciativa de Jesus. O que o texto regista a seguir é sublime e exclusivo de Marcos: «Ele fez doze»: admirável ato criador! No relato da criação (Génesis 1,1-2,4a), ouve-se o verbo «fazer» por dez vezes. Portanto, este «fazer» de Jesus é um ato criador. Primeira finalidade desta nova criação: estar com Ele. Simplesmente estar com Ele, atentos a Ele, para aprender a viver com Ele, como Ele. Este primeiro tempo deve ser sempre o primeiro, o mais intenso, intenso e pleno, como se não houvesse nenhum outro. Só depois vem o envio para a pregação do Evangelho.

3. Esta missão evangelizadora de levar a todos o Evangelho que é Jesus é de novo expressa por Jesus, no final do mesmo Evangelho de Marcos, com o particípio da liberdade, «indo!»:

«E Ele disse-lhes: Indo por todo o mundo, anunciai o Evangelho a toda a criatura» (Marcos 16,15).

4. Este particípio histórico faz-nos tomar parte no caminho concreto de Jesus e de todos os vocacionados da Escritura, desde que Abraão ouviu o imperativo: «Vai!» (Génesis 12,1). E o narrador diz-nos que «Abraão foi» (Génesis 12,4).

5. Aquele que é assim chamado e enviado por Deus é uma nova criatura, vive dessa alegria nova e dá testemunho dessa maneira nova de viver. Não tem de demonstrar nada. Apenas mostrar e testemunhar. Seja onde for. Seja a quem for. Mostrar Jesus. A experiência da testemunha é sempre mais forte e mais radical do que as provas que eventualmente queira dar. É por isso que Filipe fala de Jesus a Natanael, mas face às objeções deste, não lhe dissipa as dúvidas (João 1,45-46); diz-lhe simplesmente: «Vem e vê!» (João 1,46). O testemunho não é eficaz senão quando incita o destinatário, não a inclinar-se, vencido, perante as provas, mas a fazer, por sua vez, a experiência.

6. Note-se, todavia, uma diferença fundamental: os chefes das nações ou das empresas preparam a sua sucessão quando pressentem o fim da carreira e que o termo da sua vida se aproxima e que é inevitável a sua retirada de cena; os mestres escolhem os

seus continuadores sobre a base de uma longa seleção entre os seus discípulos. Ao contrário, no que se refere a Jesus, é no princípio da sua missão que Ele chama os seus discípulos, e é durante a sua própria missão que os envia em missão. Esta cooperação e contemporaneidade implica com Jesus os seus discípulos. Mas implica-nos a nós do mesmo modo, impedindo a sua e a nossa catalogação como meros continuadores da missão evangelizadora de Jesus. Continuadores é o que os discípulos de Jesus são e o que nós somos aos olhos da história empírica. Mas nós somos outra coisa bem diferente na estrutura do relato do Evangelho. Ele connosco sempre. Nós com Ele sempre. Nunca nós sem Ele, ou depois d’Ele. Fica connosco, Senhor, neste tempo de graça. Fica connosco. Preside-nos e precede-nos sempre. E que nós estejamos lá sempre atrás de Ti, perto de Ti. Contigo.

7. Estamos outra vez na Semana dos Seminários, que este ano acontece entre os Domingos 31 de outubro e 07 de novembro. É uma semana que se quer de Oração pelos jovens que nos Seminários cultivam a sua vocação e por aqueles que os acompanham no amadurecimento da sua vocação humana, cristã, eclesial e sacerdotal A temática é aquela que abre esta Carta, e que deve despertai em lodo o povo cristão a nossa vinculação a Jesus Cristo e à sua missão evangelizadora. Os nossos seminaristas frequentam, de momento, o Seminário de Lamego (4) e o Seminário Interdiocesano de S. José (7), sediado em Braga, para possibilitar aos nossos seminaristas, na última fase da sua formação académica, poder frequentar a Faculdade de Teologia da Universidade Católica. Apenas para se ter uma ideia mais clara, aqui deixamos os seus nomes e proveniência:
Seminário de Lamego (Jesus, Maria e Anal): Hugo Mourão (Trevões) – 10º Ano; Carlos Almeida (Piães - Cinfaes); Leandro Camelo (Cinfães); Tiago Sequeira (Lamego) - 11° Ano.
Seminário Interdiocesano  (S.José): Celestino Ribeiro (Pereira - Castro Daire); Pilipe Jácome (Brasil) – Ano propedêutico; António Fenandes (Piães – Cinfães) - 2o ano de Teologia: João Vingadas Tarouca ; Tiago Samuel (Piães - Cinfaes) - 3° ano de Teologia; João Patrício (Vila Nova de Foz Côa); Tiago Tones (Lamego) - 4o ano de Teologia.

8.  Ergamos, pois, reconhecidos, o nosso coração e a nossa oração ao Bom Pastor, para que continue a chamar estes e outros jovens e para que eles se encaminhem para Ele, para que seja Ele a «fazê-los» ao seu jeito, e a enviá-los a levar o Evangelho a este mundo. Peço, então, uma vez mais que, sendo generosos na oração, o sejamos também na dádiva de nós próprios, concretizada no Ofertório do Domingo, dia 07 de- novembro, que será destinado, na sua inteireza, para as necessidades dos nossos Seminários.~

Que Deus nos abençoe e guarde em cada dia, que nos dê saúde e alegria, e faça frutificar o labor das nossas mãos e dos nossos Seminários.

Lamego, 18 de outubro de 2021, Festa de S. Lucas, Evamgelista

+ António, vosso bispo e irmão


segunda-feira, 25 de outubro de 2021

O QUE É UMA «IGREJA SINODAL»?


 1. Desta vez, não estamos apenas a preparar um Sínodo; a prioridade é redescobrir o rosto de uma «Igreja sinodal».

Nada de novo, diga-se. A «sinodalidade» — vocábulo imperceptível para muitos — pertence à natureza mais genuína da Igreja.

2. A vocação da Igreja é chegar a todos (cf. Mc 16, 15). É por isso que ela é «católica».
É preciso, entretanto, que todos «caminhem em conjunto». Daí que a Igreja, enquanto «católica», seja «sinodal».

3. Sucede que, como notou Gustave Thibon, «estar junto» não é só — nem principalmente — «estar com»; é sobretudo «estar em».
Neste caso, «estamos juntos» quando todos «estamos em» Jesus Cristo (cf. Mt 18, 20).

4. Isto significa que a «sinodalidade» não é uma espécie de «plug-in», um aditamento de última hora para reagregar ao «conjunto» os que estão cada vez mais «disjuntos».
Aliás, a «sinodalidade» já era muito vivenciada nos primórdios.

5. O Sínodo de 2023 postula a intervenção de todos. É neste sentido que a fase diocesana já está em curso.
As palavras-chave são «participação, comunhão e missão». Para que a «missão» seja assumida por todos e para que se aprofunde a «comunhão» entre todos, é indispensável a «participação» de todos.

6. Percebe-se igualmente que esta participação não possa limitar-se ao acontecimento chamado «Sínodo».
Ela tem de envolver a totalidade da vida da Igreja.

7. Nenhum corpo está completo se faltar um membro que seja. É vital, pois, «sair» para «encontrar», «escutar» e «discernir».
Este discernimento — como frisou o Papa Francisco — é essencialmente espiritual, «que se faz na adoração, na oração, em contacto com a Palavra de Deus».

8. O Jesus do Evangelho é o critério supremo e o Evangelho de Jesus desponta como a referência maior.
Tal como «a gota de água limpa em que brilha o amor de Deus» (Santa Teresa de Calcutá), a sinodalidade há-de ser, antes de mais, um percurso de conversão a Jesus Cristo.

9. Por conseguinte, é de esperar que cada um não exponha — egocentricamente — o que espera da Igreja. Mas que, em Cristo, se disponibilize para o que a Igreja espera dele.
Que cada cristão convide outro a participar na Eucaristia, na formação, na caridade. E que este outro convide outros, deixando bem vincado que a sua participação é insubstituível e desejada.

10. O primeiro a ser escutado tem de ser Jesus Cristo, realmente presente na Eucaristia e vitalmente activo nos irmãos. É imperioso que a sinodalidade avulte como alegria pela presença dos irmãos e pela possibilidade de caminhar a seu lado.
Nem todos quererão vir, mas nós não podemos deixar de ir. A catolicidade só será real com a presença — e a participação — total. 
João António Teixeira, aqui

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

PLANO PASTORAL DIOCESANO 2021/2022

 Veja aqui
- Encontra a Carta Pastoral do nosso Bispo
- O Plano Pastoral 

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Lamego: Bispo presidiu à abertura diocesana do Sínodo dos Bispos

Lamego: Bispo presidiu à abertura diocesana do Sínodo dos Bispos: D. António Couto Apresentação do Plano Pastoral 2021-2022 e celebração Lamego, 19 out 2021 (Ecclesia) – O bispo de Lamego presidiu à abertura do Sínodo dos Bispos a nível diocesano, na Sé, e à sessão de apresentação do Plano Pastoral 2021-2022, intitulado ‘Levantai-vos! Vamos’, no seminário, no domingo, dia 17 de outubro. Na nota enviada […]

Igreja: «A grande catequista é a própria comunidade», afirma a nova diretora do Departamento Nacional da Catequese (c/vídeo)

Igreja: «A grande catequista é a própria comunidade», afirma a nova diretora do Departamento Nacional da Catequese (c/vídeo): Irmã Arminda Faustino afirma que Semana Nacional da Educação Cristã, que iniciou este domingo, ajuda a «tomar mais consciência do contributo» de cada pessoa nas comunidades Lisboa, 18 out 2021 (Ecclesia) – A diretora do Departamento de Catequese do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) afirmou que este setor pastoral se destina às crianças, aos […]

Nota Pastoral para a Semana Nacional da Educação Cristã 2021


Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé

SEMANA NACIONAL DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

17 a 24 de outubro de 2021

A Igreja, no Concílio Vaticano II, é apresentada como “Povo de Deus” em que todos os membros são enriquecidos com dons ou carismas do Espírito Santo para participar ativa e responsavelmente na missão. Esta imagem renovada da Igreja implica necessariamente um estilo sinodal, como tem recomendado o Papa Francisco, desde o início do seu ministério petrino: “Importante é não caminhar sozinho, mas ter sempre em conta os irmãos e, de modo especial, a guia dos bispos” (EG 33). No cinquentenário da instituição do sínodo dos bispos (17 de outubro de 2015), insistiu nesta opção: “O mundo, em que vivemos e que somos chamados a amar e servir mesmo nas suas contradições, exige da Igreja o reforço das sinergias em todas as áreas da sua missão. O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milénio”. Aquilo que o Senhor nos pede, de certo modo, está já tudo contido na palavra sínodo: caminhar juntos.

Aliança educativa para uma humanidade mais fraterna

A necessidade de unir e conjugar esforços faz-se sentir de forma especial no campo educativo. Nesse sentido, o Papa Francisco lançou, em 12 de setembro de 2019, um convite para um encontro mundial em ordem a «Reconstruir o pacto educativo global», afirmando: “Nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”. Citou a propósito um provérbio africano: “para educar uma criança é necessária uma aldeia inteira”. Mas essa aldeia, acrescentou o Papa Francisco, temos de a construir como condição para a educação.

O encontro veio a realizar-se apenas a 15 de outubro de 2020 devido às dificuldades da pandemia. Mas este flagelo, notou o Papa na sua mensagem para este dia, tornou ainda mais urgente o referido pacto educativo global “que empenhe as famílias, as comunidades, as escolas e universidades, as instituições, as religiões, os governantes, a humanidade inteira na formação de pessoas maduras. Apelamos, em todas as partes do mundo, de maneira particular aos homens e mulheres da cultura, da ciência e do desporto, aos artistas, aos operadores dos meios de comunicação social, para que adiram – também eles – a este pacto e, com o seu testemunho e trabalho, façam-se promotores dos valores de desvelo, paz, justiça, bondade, beleza, acolhimento do outro e fraternidade”.

Educadores cristãos empenhados na Aliança Educativa e na pedagogia sinodal

Este desafio da aliança educativa e da pedagogia sinodal interessa grandemente aos educadores cristãos. Em vez de cuidar apenas do seu grupo, precisam de ser promotores da “aldeia global” integrando e conjugando a sua atividade com todas as forças envolvidas no processo educativo: família, escola, associações desportivas e culturais, catequese e atividades da paróquia, Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), escola católica e outras. Cada uma destas instituições precisa de conhecer, apoiar e unir os seus esforços a todas as outras. De facto, assistimos ao emergir de uma época diferente que não se coaduna com as perspetivas fechadas e exclusivistas de algumas forças políticas ou sociais. A pandemia fez vir ao de cima a interdependência e a urgência de colaboração de todas as componentes sociais. Precisamos de caminhar para um novo modelo cultural que realce a solidariedade, o valor da transcendência, a liberdade e dignidade de todas as pessoas e a fraternidade social; um modelo que eduque para a capacidade de viver em relação com os outros e de cuidar da casa comum. São recomendações insistentes do Papa Francisco que um educador cristão não pode deixar de valorizar em ordem a encontrar caminhos novos para uma educação integral.

Âmbitos da educação cristã que é necessário cuidar

1. A equipa de catequistas é chamada a tornar-se um fermento de vida comunitária e de sinodalidade. Nesse sentido, os catequistas, em comunhão com o pároco, organizem-se em equipa, com encontros periódicos, diálogo constante entre eles e forte interação com a vida pastoral da comunidade cristã (profética, litúrgica e social), pois é a comunidade a matriz da vida cristã.

Outra preocupação da pedagogia sinodal da catequese é promover um trabalho coordenado de pais e catequistas, através do diálogo, escuta da opinião de cada um, envolvimento e valorização do contributo de ambos, reconhecendo e criando condições para o protagonismo educativo da família. Nesse sentido, procure cada comunidade cristã oferecer às famílias percursos de fé que as ajudem a ter consciência da sua missão evangelizadora e as capacite para tal.

2. A Educação Moral e Religiosa Católica desenvolve-se, igualmente, no seio de uma comunidade educativa. Desde logo, considere-se a pessoa do aluno como centralidade dessa comunidade, no sentido de que os esforços dos diversos agentes educativos convergem para a sua formação. O desenvolvimento de uma ação educativa em espírito sinodal apela a que essa colaboração se aprofunde, através de um diálogo mais estreito e articulado entre todos: família, aluno, professores e outros educadores em presença na escola.

A disciplina de EMRC surge, neste processo, com um contributo muito relevante, na medida em que, através do docente de EMRC, ajuda a construir laços entre os diferentes implicados. Enquanto estilo educativo, a sinodalidade chama-o a realizar esta missão em estreita ligação, também, com os demais professores de EMRC, com o Secretariado Diocesano, com a comunidade eclesial à qual pertence e, igualmente, com aquela a que pertence a sua escola. Enviado pela Igreja, é chamado a participar e mesmo protagonizar iniciativas que impliquem a participação de todos, constituindo-se, com o seu testemunho e agir cristãos, também ele, apoio e parceiro para os demais.

 

3. Nas escolas católicas todos os educadores são chamados a fazer caminho juntos, interagindo, animando-se e apoiando-se no nobre serviço a uma educação integral e integrante, “na qual sobressaem os valores de inteligência, da vontade, da consciência e da fraternidade, valores que se fundam em Deus Criador e que foram admiravelmente restaurados e elevados por Cristo” (DC 105).

 

Porque o tempo que vivemos é sobretudo um tempo de esperança, de abertura ao futuro, na redescoberta da originalidade da missão e de novos caminhos para a realizar, não tenhamos medo de mergulhar no interior dos diferentes contextos em que vive a humanidade, de pensar e percorrer o caminho juntos! 

Festa de S. Mateus, apóstolo e evangelista.

Lisboa, 21 de setembro de 2021

Lema Pastoral da Diocese de Lamego 2021-2022

 


domingo, 17 de outubro de 2021

sábado, 16 de outubro de 2021

O processo de consulta lançado pelo Papa até outubro de 2023 vai ser tempo de aprendizagem para todos os católicos.

  
“Este período de dois anos de Sínodo é um tempo de formação, educar a Igreja para a sinodalidade, sob a iluminação do Espírito. Esse processo está a começar. Não é um sínodo como evento, como era feito antigamente, é um processo diferente”.

“Se a Igreja se educar na sinodalidade, vai ser muito mais fácil discutir outros temas, é preparar o chão para começar a discutir outros problemas, para haver dentro da Igreja essa capacidade de diálogo e mudança”.

O padre Valdir de Castro realça que a vida religiosa tem a sua experiência de sinodalidade.

“A própria vida comunitária é sinodal, assim como os capítulos. Mas também nas dioceses há experiências de reunião de comissões, conselhos das várias pastorais”.

(...) que esses momentos de sinodalidade devem ser vividos para lá dos “eventos”.

Muitos problemas surgem porque não fazemos caminho juntos, ou transformamos um encontro num documento, e o Papa Francisco está a insistir muito que, sim, os documentos podem ajudar, mas às vezes temos o documento e depois acaba.

O desafio é perceber como é que vivemos uma Igreja comprometida com a sinodalidade, que nunca acaba”.

O processo sinodal é um “processo de comunicação”.

“Se o Sínodo continuar com esse processo, ele vai ajudar-nos a ser uma Igreja em saída, uma congregação em saída, que não é autorreferencial, que não olha só para dentro”, indica.

(Padre Valdir José de Castro, superior-geral dos Paulistas)

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

17 Outubro 2021 - 29º Domingo do Tempo Comum - Ano B

 “Levantai-vos! Vamos!” Este é o lema que nos é proposto para este novo ano pastoral, na nossa Diocese de Lamego. Levantai-vos... é o primeiro imperativo, porque a tentação do discípulo é acomodar-se, é sentar-se, se possível, em alguma cadeira do poder, à esquerda ou à direita de quem manda. Ora, seguir Jesus não é encontrar um estado de vida; é percorrer com Ele o Caminho do amor. Vamos…  Todos e juntos  … porque o Senhor não nos salva sozinhos; juntos porque o Senhor nos quer “todos família, todos irmãos”. Por um caminho novo…aberto à Igreja, com o Sínodo sobre a sinodalidade. Na Sé de Lamego, tem lugar, na tarde deste domingo, a celebração de abertura do caminho sinodal, a nível de cada diocese.

Leituras: aqui

 

1. “Levantai-vos! Vamos!” Esta podia ser a resposta de Jesus a Tiago e a João, que se querem instalar e sentar um à direita e outro à esquerda de Jesus. Eles querem garantir um lugar de honra e majestade, tal é a sua ambição de poder e de domínio sobre os outros. Mas o caminho novo de Jesus é outro: é o caminho do dom e não do domínio; é o caminho do serviço ao outro e não do servir-se do outro; é o caminho em que cada um não procura um bom lugar para si, mas deseja tornar-se o melhor lugar para os outros. É, por isso, um caminho radicalmente diverso daquele por que correm os trepadores do poder; é um caminho não autorreferencial, de serviço e de vida dada e sacrificada pelos outros. Jesus sabe bem qual é a lógica dos grandes e dos chefes das nações: exercer o domínio e o poder sobre os outros. Nisto Jesus é perentório: não deve ser assim entre vós!

2. Não deve ser assim entre nós. Mas é-o tantas vezes, dentro desta Igreja que somos. É tão fácil e é tão comum reduzir a nossa vocação cristã a um estado de vida ou a um status social, em vez de fazer dela um caminho de seguimento de Jesus. É tão fácil e é tão comum confundir o serviço da autoridade e da unidade com o exercício do poder sobre os outros. É tão fácil e é tão comum, quer a leigos quer a clérigos, transformar qualquer ministério em lugar de honra e fazer da missão uma carreira. Uma das maiores perversões da Igreja, desde Tiago e João, que, aliás, contagiou também os outros dez, é precisamente esta do clericalismo, que anula a dignidade e a personalidade dos cristãos, diminui e subestima a graça batismal que o Espírito Santo pôs no coração do nosso povo e nega a voz e a participação ativa de todos os fiéis batizados na missão da Igreja. Com este clericalismo, a figura do ministro ordenado (diácono, padre ou bispo) é a de um príncipe, uma peça sagrada intocável, um membro da elite eclesiástica.

3. Expliquemo-nos melhor: há clericalismo quando um leigo diz «oSenhor Padre é que sabe» e se dispensa de dar o seu contributo próprio, como há clericalismo quando um Padre diz «eu é que sei; aqui quem manda sou eu», tornando-se o «patrão da barraca» e não o pastor de toda uma Igreja que está a caminho. Com este clericalismo, estamos a abrir caminho aos abusos de poder e a perverter a vontade de Cristo para a sua Igreja: «Não deve ser assim entre vós». Na Igreja, deve ouvir-se a voz de todos os fiéis; na Igreja deve brilhar a alegria do serviço humilde, a beleza da comunhão na diversidade de serviços e ministérios, a participação ativa de todos os fiéis na celebração e na edificação da comunidade, tendo sempre em vista a missão de anunciar e instaurar o reino de Cristo entre os irmãos e irmãs.

4.O Sínodo sobre a sinodalidade dá hoje os seus primeiros passos, a partir das Igrejas locais. Neste domingo, tem lugar, na Sé de Lamego, a celebração inaugural do Sínodo. O desafio é agora o de aprendermos a caminhar juntos e não o de nos instalarmos nos assentos do poder ou do costume. O desafio é o de escutarmos juntos a Palavra de Deus e de nos escutarmos reciprocamente, para discernir a voz do Espírito. A sinodalidade parte do princípio de que, na Igreja, o que diz respeito a todos deve ser tratado por todos. Parte do princípio de que todo o povo santo de Deus é habitado, animado e guiado pelo Espírito Santo e goza, por isso, de uma espécie de sexto sentido da fé, que o torna infalível. O Sínodo, que começa por esta ampla auscultação, exige-nos uma mudança de software, uma conversão mental, espiritual e pastoral. Estamos, de facto, perante o maior acontecimento da Igreja, depois do 2.º Concílio do Vaticano. É preciso que não passemos ao lado.

5.Irmãos e irmãs: «Não é preciso fazer outra Igreja; é preciso fazer uma Igreja diferente» (Yves Congar). Este é o desafio. Por uma Igreja diferente, aberta à novidade que Deus lhe quer sugerir, invoquemos, neste especial tempo de graça, com mais força e frequência, o fogo e a luz do Espírito Santo.

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Nota: Esta oração de invocação do Espírito Santo, rezada pelo Papa Francisco, na conclusão da sua reflexão para o início do processo sinodal, pode ser proposta imediatamente no final da Homilia (como conclusão da mesma) ou em outro momento (conclusão da Oração dos Fiéis, Oração a seguir à Comunhão, etc.). Em todo o caso, pode ser proferida pelo Presidente ou por outro fiel batizado.

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Vinde, Espírito Santo!
Vós que suscitais línguas novas
e colocais nos lábios palavras de vida,
livrai-nos de nos tornarmos uma Igreja de museu,
bela mas muda, com tanto passado e pouco futuro.

Vinde estar connosco,
para que, na experiência sinodal,
não nos deixemos dominar pelo desencanto,
não debilitemos a profecia,
não acabemos por reduzir tudo
a discussões estéreis.

Vinde, Espírito Santo de Amor,
e abri os nossos corações para a escuta.
Vinde, Espírito de santidade,
e renovai o santo povo fiel de Deus.
Vinde, Espírito Criador,
e renovai a face da Terra.
Ámen.

Fonte: aqui (Com adaptações)

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Fase diocesana do Sínodo da Igreja - Pessoa de Contacto e Equipa Sinodal.

 NOTA DA VIGARARIA GERAL

A Vigararia Geral da Diocese de Lamego informa que, sendo necessário indicar uma Pessoa de Contacto, a nível diocesano, assessorado por uma Equipa Sinodal, para acompanhar a fase diocesana do Sínodo da Igreja, a realizar entre 2021 e 2023, o Sr. D. António Couto, Bispo da Diocese, achou por bem nomear:   

     1. Padre Diamantino José Alvaíde Duarte, Coordenador Diocesano da Pastoral, como Pessoa de Contacto;
     2. Cónego José Manuel Pereira de Melo. Irmã Joaquina Santos Vazão, Nuno Fernando Delgado Nascimento e Liliana Raquel dos Santos Assis, como Equipa Sinodal.

Esta Pessoa de Contacto e esta Equipa Sinodal têm como missão promover, organizar e coordenar tudo o que diga respeito à preparação diocesana do Sínodo. 

O Sr. Bispo e a Diocese de Lamego agradecem, desde já, a sua disponibilidade e asseguram-lhes a confiança e o auxílio indispensáveis ao desempenho da sua missão.

Lamego, 08 de outubro de 2021
A Vigararia Geral

TODOS ESTÃO CONVIDADOS!

 Apresentação do Plano Pastoral da nossa Diocese e Abertura oficial do Sínodo da Igreja

Grupos, movimentos, cristãos ... todos estão convidados a participar.



quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Monsenhor Piero Coda: "O Sínodo não é cosmética eclesial, é o acontecimento mais importante depois do Concílio Vaticano II"

 De acordo com o Monsenhor Piero Coda, membro da Comissão Teológica do Sínodo, as palavras do Santo Padre insistem na sinodalidade e participação: “Não é uma escolha de democratização, mas uma questão de identidade profunda”, disse, em entrevista ao Vatican News.

Veja aqui

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

ORAÇÃO PARA UM ESPÍRITO SINODAL


Vinde, Espírito Santo!
Vós que suscitais línguas novas
e colocais nos lábios palavras de vida,
livrai-nos de nos tornarmos uma Igreja de museu,
bela mas muda, com tanto passado e pouco futuro.

Vinde estar connosco,
para que na experiência sinodal
não nos deixemos dominar pelo desencanto,
não debilitemos a profecia,
não acabemos por reduzir tudo a discussões estéreis.

Vinde, Espírito Santo de amor,
e abri os nossos corações para a escuta.

Vinde, Espírito de santidade,
e renovai o santo Povo fiel de Deus.
Vinde, Espírito Criador, e renovai a face da terra.
Ámen.
(Amaro Gonçalo, Facebook)

 


O pequeno Francisco

Vai entrar este ano para a escola e chama-se Francisco como o Papa. O pai até tem receio que o pequeno queira ser padre porque, de vez em quando, diz ou faz coisas que o fazem pensar nessa eventualidade. Tanto que já manifestou o receio à mãe do Francisco, sua esposa, embora esta responda que o mais importante é ele ser feliz.
Há umas semanas atrás este pai receoso teve um acidente de mota algo grave, apesar de não ter sido necessário internamento hospitalar. Ao final do dia, quando chegou a casa, foi recebido pelo Francisco banhado em lágrimas. Agarrado ao pai como quem se agarra ao mais sagrado do mundo, o Francisco pedia-lhe mil desculpas porque a culpa tinha sido dele, uma vez que naquele dia se esquecera de rezar a Jesus a pedir que protegesse o seu pai querido. Nunca se esquecia, mas naquele dia esquecera.
Claro que ele não teve qualquer tipo de culpa e foi necessário explicar-lho. Contudo, o que nos chamou particularmente a atenção a mim e à avó que mo contou, foi a confiança de amor que este pequeno Francisco deposita diariamente em Jesus e como diariamente fala com Ele. Assim se entende melhor o que Jesus dizia das crianças e do reino dos Céus.
Fonte: aqui

Papa diz que Igreja precisa de um «processo de cura»

O Papa disse em 10 de outubro no Vaticano que a Igreja Católica precisa de um “processo de cura”, falando na Missa que inaugura oficialmente o processo sinodal que decorre até 2023.

Perante centenas de pessoas reunidas na Basílica de São Pedro, Francisco sublinhou que o Sínodo deve conservar a sua dimensão espiritual, “para que não seja uma convenção eclesial, um congresso de estudos ou um congresso político, para que não seja um Parlamento, mas um evento de graça, um processo de cura conduzido pelo Espírito Santo”.

Simbolicamente, a procissão de entrada contou com a presença de um grupo de 25 pessoas “representando todo o povo de Deus e os diferentes continentes”, informa a Santa Sé.

O Papa defendeu que, tal como Jesus Cristo, a Igreja deve seguir pelas “estradas por vezes acidentadas da vida”, ao encontro dos outros, porque “Deus não habita em lugares asséticos, em lugares pacatos, distantes da realidade”.

Foto: Ricardo Perna/Família Cristã

“Ao abrir este percurso sinodal, comecemos todos (Papa, bispos, sacerdotes, religiosas e religiosos, irmãs e irmãos leigos) por nos interrogar: nós, comunidade cristã, encarnamos o estilo de Deus, que caminha na história e partilha as vicissitudes da humanidade?”, declarou.

Francisco precisou que o Sínodo implica “caminhar pela mesma estrada, em conjunto”.

“Permitimos que as pessoas se expressem, caminhem na fé – mesmo se têm percursos de vida difíceis -, contribuam para a vida da comunidade sem serem estorvadas, rejeitadas ou julgadas?”, questionou.

A reflexão apontou três verbos centrais para este processo de consulta às comunidades católicas: “encontrar, escutar, discernir”.

Nós, que iniciamos este caminho, somos chamados a tornar-nos peritos na arte do encontro; peritos, não na organização de eventos ou na proposta duma reflexão teórica sobre os problemas”.

O Papa convidou os católicos a “dar espaço à oração, à adoração, àquilo que o Espírito quer dizer à Igreja”, deixando-se “tocar pelas perguntas das irmãs e dos irmãos”.

“Jesus chama-nos a esvaziar-nos, a libertar-nos daquilo que é mundano e também dos nossos fechamentos e dos nossos modelos pastorais repetitivos, a interrogar-nos sobre aquilo que Deus nos quer dizer neste tempo e sobre a direção para onde Ele nos quer conduzir”, prosseguiu.

“Fazer Sínodo é colocar-se no mesmo caminho do Verbo feito homem: é seguir as suas pisadas, escutando a sua Palavra juntamente com as palavras dos outros”, apontou.

O Papa presidiu este sábado, também no Vaticano, à sessão de abertura da 16ª assembleia geral do Sínodo dos Bispos, com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.

O percurso sinodal inclui um processo alargado de consulta às comunidades católicas, decorrendo de forma descentralizada, pela primeira vez, com assembleias diocesanas e continentais.

Fonte: aqui

sábado, 9 de outubro de 2021

Momento de reflexão, 09 de outubro de 2021, Papa Francisco

Da Sala Nova do Sínodo, Momento de reflexão, com a participação do Papa Francisco, para o início do caminho sinodal.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

10 Outubro 2021 - 28º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Leituras: aqui

OUTUBRO,
MÊS DO ROSÁRIO,
MÊS MISSIONÁRIO

7 de Outubro - NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora do Santo Rosário ou Nossa Senhora do Santíssimo Rosário é o título mariano apresentado aquando da aparição da Santíssima Virgem Maria a São Domingos de Gusmão (8 de Agosto) em 1214, na qual a mãe de Jesus entregou o Rosário ao fiel frade dominicano. É também o título pelo qual a Virgem Maria se apresentou aos três pastorinhos nas suas aparições em Fátima.

A palavra ROSÁRIO quer dizer conjunto de rosas, uma coroa de rosas que se oferece a Nossa Senhora. Cada Ave Maria é uma rosa que oferecemos à Mãe do Céu, com carinho e esperança. Assim, quando rezamos o Santo Rosário completo oferecemos um ramo de cento e cinqüenta rosas à Virgem Maria.

São Domingos, após a aparição e ter recebido o Santo Rosário das mãos de Nossa Senhora, tornou-se, ele próprio, o grande propagador dessa devoção mariana no início do século XIII. A Igreja Católica conferiu-lhe o título de "Apóstolo do Santo Rosário". Naquela época havia muitos hereges que desviavam os fiéis da Igreja Católica. São Domingos, com a prática da oração do Rosário da Virgem Maria e a pedido expresso de Nossa Senhora, começou a combater as heresias, as quais cresciam vertiginosamente na França.
O Papa mandou vários missionários para combater os hereges, mas nada conseguiram. Somente São Domingos, com a criação de sua ordem religiosa e com a insistente oração do Rosário, é que conseguiu acabar com esses hereges. São Domingos dizia que em todas as orações do Rosário pedia a intercessão de Maria Santíssima para converter os hereges e, com o passar dos anos, conseguiu essa conquista.
Instituição da festa litúrgica
Em 1572, o Papa Pio V instituiu "Nossa Senhora da Vitória" como uma festa litúrgica para comemorar a vitória da Batalha de Lepanto. A Batalha de Lepanto foi uma das páginas mais famosas ligadas à Igreja. A frota turco-muçulmana estava pronta para o ataque decisivo no Golfo de Lepanto. Trezentos navios aguardavam a ordem para abater, definitivamente, a Europa Cristã. Às 12 horas, do dia 7 de outubro de 1571, teve início uma das batalhas navais mais determinantes da história cristã. Depois de três horas de ferozes combates, as forças aliadas da Liga Santa derrotaram as otomanas. Ao receber a notícia, Papa pio V mandou tocar todos os sinos da Cidade Eterna. E, como sinal de agradecimento à Virgem Maria, - nos dias que precederam o combate, pediu aos romanos para rezar o Terço – instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário, em 7 de outubro. A vitória foi atribuída à intercessão da Virgem Maria por ter sido feita uma procissão do rosário naquele dia na Praça de São Pedro, em Roma, para o sucesso da missão da Liga Santa. Em 1573, Papa Gregório XIII mudou o título da comemoração para "Festa do Santo Rosário" e esta festa foi estendida pelo Papa Clemente XII a toda a Igreja Católica. Após as reformas do Concílio Vaticano II a festa foi renomeada para Nossa Senhora do Rosário. A festa tem a classificação litúrgica de memória universal e é comemorada dia 7 de outubro, aniversário dessa determinante batalha.

Em 1953 a 7 de Outubro foi sagrada a basílica de Fátima, conhecida como Basílica de Nossa Senhora do Rosário. 
Fonte: aqui

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Sopé da Montanha está a chegar

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terça-feira, 5 de outubro de 2021

EXISTO, PORQUE ESTOU NA(S) REDE(S)

Detive-me a olhar a Palavra de Deus do próximo domingo: «Orei e foi-me dada a prudência; implorei e veio a mim o espírito de sabedoria. Preferi-a aos cetros e aos tronos e, em sua comparação, considerei a riqueza como nada. Não a equiparei à pedra mais preciosa, pois todo o ouro, à vista dela, não passa de um pouco de areia e, comparada com ela, a prata é considerada como lodo. Amei-a mais do que a saúde e a beleza e decidi tê-la como luz, porque o seu brilho jamais se extingue. Com ela me vieram todos os bens e, pelas suas mãos, riquezas inumeráveis.» (Sab 7, 7-11)

Sabedoria! E tanta falta faz! Também rezar e pedi-la. Porque multiplicam-se sinais e sintomas de insensatez, insolência, vaidade, sobranceria, mundanismo, vacuidade. Também entre aqueles que andam pela igreja e empertigam o umbigo à volta dos serviços prestados ao sagrado ou em nome do sagrado. E sim, a falsa humildade, pelos seus modos e meios, serve de sobremaneira aos hipócritas, dissimulados, mercenários ou ególatras.

«Quando rezardes, não sejais como os hipócritas: gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos pelos homens. Amen vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, reza ao teu Pai, que está no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará» (Mt 6, 5-6). Ditou Jesus.

Então, qual a necessidade de escarrapachar nas redes sociais – em fotos e/ou vídeos – o que se passa dentro das igrejas nas celebrações, momentos de oração e adoração ou mesmo divulgar arranjos florais e outras ações e iniciativas? Porquê postar nas redes eventos, sentimentos ou momentos pessoais e/ou comunitários? Não mingará a fé e sobrará vaidade? Será mesmo verdade que a carroça quanto mais vazia for mais barulho faz? A procura de elogios fáceis e sonoros, de likes e aprovações públicas não poderá sugerir desequilíbrios internos e/ou dúbias intenções?

Talvez tivesse razão Zygmunt Bauman ao falar de alguns sinais de uma sociedade líquida: «Os adolescentes equipados com confessionários eletrónicos portáteis são apenas aprendizes treinando e treinados na arte de viver numa sociedade confessional – uma sociedade notória por eliminar a fronteira que antes separava o privado e o público, por transformar o ato de expor publicamente o privado numa virtude e num dever público». O mais grave é haver muitos "adultos" dependentes destes comportamentos, convencidos de que estão a fazer bem e a ser catapultados para patamares superiores de poder, glória e estatuto perante os demais.


P. António Magalhães Sousa, aqui  

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

JMJ Lisboa 2023 realiza-se de 1 e 6 de agosto

A Jornada Mundial da Juventude de 2023, em Lisboa, vai realizar-se entre os dias 1 e 6 de agosto, anunciou esta segunda-feira o Patriarcado de Lisboa. 

aqui

domingo, 3 de outubro de 2021

"Não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos»

 Estando eles a falar ao povo, surgiram os sacerdotes, o comandante do templo e os saduceus, irritados por vê-los a ensinar o povo e a anunciar, na pessoa de Jesus, a ressurreição dos mortos. Deitaram-lhes as mãos e prenderam-nos até ao dia seguinte, pois já era tarde. No entanto, muitos dos que tinham ouvido a Palavra abraçaram a fé, e o número dos crentes elevou-se a cerca de cinco mil.

No dia seguinte, os chefes dos judeus, os anciãos e os escribas reuniram-se em Jerusalém com o Sumo Sacerdote Anás, e ainda Caifás, João, Alexandre e todos os membros das famílias dos sumos sacerdotes. Mandaram comparecer os Apóstolos diante deles e perguntaram-lhes: «Com que poder ou em nome de quem fizestes isso?» Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes:

«Chefes do povo e anciãos, já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e sobre o modo como ele foi curado, ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se apresenta curado diante de vós. Ele é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se transformou em pedra angular. E não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome, dado aos homens, que nos possa salvar.»


Ao verem o desassombro de Pedro e de João e percebendo que eram homens iletrados e plebeus, ficaram espantados. Reconheciam-nos por terem andado com Jesus, mas, ao mesmo tempo, vendo de pé, junto deles, o homem que fora curado, nada encontraram para replicar.

Mandaram-nos, então, sair do Sinédrio e começaram sozinhos a deliberar: «Que havemos de fazer a estes homens? Que um milagre notável foi realizado por eles é demasiado claro para todos os habitantes de Jerusalém e não podemos negá-lo. No entanto, para evitar que a notícia deste caso se espalhe ainda mais por entre o povo, proibamo-los, com ameaças, de falar, doravante, a quem quer que seja, nesse nome.»

Chamaram-nos, então, e impuseram-lhes a proibição formal de falar ou ensinar em nome de Jesus. Mas Pedro e João retorquiram: «Julgai vós mesmos se é justo, diante de Deus, obedecer a vós primeiro do que a Deus. Quanto a nós, não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos.»

Eles, então, com novas ameaças, mandaram-nos em liberdade, não encontrando maneira de os castigar, por causa do povo; pois todos glorificavam a Deus pelo que tinha acontecido. O homem curado miraculosamente tinha mais de quarenta anos.

(Actos dos Apóstolos, 4, 1-21)

Sábado, 9 de outubro, tem início para TODOS o novo ano catequético

 

sábado, 2 de outubro de 2021

Paróquia de São Pedro de Tarouca - INÍCIO DO ANO CATEQUÉTICA 2021/2022

Caros pais, caros caquizandos, cara comunidade paroquial: Neste vídeo têm toda a informação            de que precisam!

2 de outubro - FESTA DO ANJO DA GUARDA


Os Anjos são antes de tudo os mediadores das mensagens da verdade Divina, iluminam o espírito com a luz interior da palavra. São também guardiões das almas dos homens, sugerindo-lhes as directivas Divinas; invisíveis testemunhas dos seus pensamentos mais escondidos e das suas acções boas ou más, claras ou ocultas, assistem os homens para o bem e para a salvação.
São Grégorio Magno diz, que quase cada página da Revelação escrita, atesta a existência dos Anjos. No Novo Testamento aparecem no Evangelho da infância, na narração das tentações do deserto e da consolação de Cristo no Getsemani. São testemunhas da Ressurreição, assistem a Igreja que nasce, ajudam os Apóstolos e transmitem a vontade Divina. Os Anjos preparam o juízo final e executarão a sentença, separando os bons dos maus e formarão uma coroa ao Cristo triunfante.
Eles os Anjos,são mencionados mais de trezentas vezes no Antigo Testamento. Além de todas essas referências bíblicas, que por si só justificam o culto especial que os cristãos reservam aos anjos desde os primeiros tempos, é a natureza destes "espíritos puros" que estimula nossa admiração e nossa devoção.
Dizia Bozzuet : "Os Anjos oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até os nossos desejos, fazem valer diante de Deus os nossos pensamentos...
Sejamos felizes de ter amigos tão prestativos, intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos.
" Fundamentando a verdade de fé, a Igreja nos diz que cada cristão, desde o momento do baptismo, é confiado ao seu próprio Anjo, que tem a incumbência de guardá-lo, guiá-lo no caminho do bem, inspirando bons sentimentos, proporcionando a livre escolha que tem como meta Deus, Supremo Bem.
O Inicio da celebração da festa distinta para os Santos Anjos da Guarda, começou no século XVI, foi universalizada pelo Papa Paulo V, depois que em 1508 Leão X aprovou o novo Ofício composto pelo franciscano João Colombi.
(Joaquim Correia Duarte)

“Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso guardador,
pois que a ti me confiou a Piedade divina,
hoje e sempre
me governa, rege, guarda e ilumina.
Amen.”