sexta-feira, 30 de outubro de 2020

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

1 Novembro 2020 - Solenidade de Todos os Santos - Ano A

"Sede Santos!..."
Celebramos a festa de TODOS OS SANTOS.
O Objetivo dessa festa é homenagear Todos os Santos (conhecidos ou não...) e apresentar o Ideal da Santidade, como possível hoje e como desejado por Deus:
"Esta é a vontade de Deus a vossa Santificação" (1 Tess 4,3)

As Leituras revelam o projeto de Deus: tornar o homem participante de sua santidade.
A 1ª Leitura abre-nos uma visão sobre o nosso futuro: A vitória do Cordeiro transformou o caminho de morte em caminho de vida para todos aqueles que o seguem. São numerosos e doravante participam do seu triunfo, numa festa eterna. (Ap 7, 2-4.9-14)
A 2ª Leitura recorda que a vida divina já está presente em nós desde agora. (1Jo 5,1-3)
No Evangelho, Cristo aponta-nos o "caminho" da Santidade, com as Bem-aventuranças (Mt 5,1-12a) :
- Os que têm um coração de pobre: despidos da vaidade e ambição...
- Os que choram: são sensíveis à dor dos irmãos...
- Os mansos...
- Os que têm fome e sede de justiça...
- Os misericordiosos...
- Os construtores da paz...
- Os que têm um coração puro...
- Os que são perseguidos por causa da justiça e dos valores do Reino.

+ Celebramos hoje o maravilhoso mundo da Santidade.
- Mundo imenso, onde os santos são inumeráveis, como nos diz a 1ª Leitura. (144 mil: 12 x 12 x 1000 = uma multidão)
- Mundo maravilhoso, onde muitos destes santos são nossos parentes, nossos amigos, gente grande e crianças que conhecemos.
- Mundo feliz realizando-se no mundo de trabalho e de sofrimento, de sonhos e realizações.
- Mundo de portas abertas, que cresce sem parar, porque cada dia que passa vê chegar novos eleitos.

O Mundo dos Santos não é estranho para nós.
É um mundo feito de gente como nós, que, nas limitações humanas, lutaram e venceram, viveram o Evangelho de Jesus, e serviram os irmãos nesta terra e continuam a servir por sua intercessão no céu.
Por isso somos convidados participar deste mundo desde agora.

+ Quem são os santos ? 
- No princípio, a Bíblia reservou esse nome só a Deus: "Só Deus é santo".
- Jesus Cristo irradia a Santidade de Deus e transmite a Santidade à Igreja, por meio dos Sacramentos...
- Na Igreja primitiva: Santos são os que participam da Santidade de Deus...
Por isso, santos eram todos os cristãos...
- Hoje, a Igreja diz-nos que todos os homens têm uma vocação à santidade:
"Os cristãos de qualquer condição e estado são chamados pelo Senhor, cada um por seu caminho, à perfeição da santidade pela qual é perfeito o próprio Pai. Todos os cristãos são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade.” (Concílio Vat. II)
Portanto, SANTOS não são apenas pessoas privilegiadas já mortas, que viveram no passado longe do mundo...
- Santos não são apenas os que foram declarados santos pela Igreja e são honrados hoje em nossos altares...
- Santos são também muitos "desconhecidos", que viveram o ideal da santidade e muitas pessoas de hoje que andam no "caminho" de Deus...
- Santos... podemos e devemos ser também nós...

+ Esta celebração. Porquê?
Para erigir um monumento ao "santo desconhecido"?...
- Não, é uma oportunidade para celebrar a "Comunhão dos santos". Essa comunhão espiritual de bens entre todos os fiéis que constituem a Igreja na sua etapa peregrina, purificante e triunfante.
- Hoje a Igreja peregrina se alegra unida à Igreja triunfante no céu, como afirma o Prefácio da missa: "Festejamos hoje a cidade do céu, onde nossos irmãos, os santos, vos cercam e cantam eternamente o vosso louvor ".
- Hoje celebramos a santidade de Deus, que resplandece nos membros de seu povo, nos filhos da Igreja.

+ Culto e devoção aos Santos?
- Como o povo da antiga aliança estava em comunhão com os patriarcas e profetas, unidos na herança comum das promessas messiânicas, assim o novo povo de Deus, que é a Igreja, vive em união com Jesus Cristo, a virgem Maria, os apóstolos, os mártires e os santos.
- Esse culto e devoção não tem nada de mágico ou supersticioso, pois é culto e louvor a Deus, porque a sua glória resplandece nos santos.
Assim eles se constituem para nós modelos e intercessores.

+ A festa de hoje é um apelo à Santidade, como um dom que o Pai nos concede, com a proposta desafiadora de Jesus: "Sede santos, como o Pai é santo!"
Acolhamos o apelo de Deus à Santidade:
A santidade ainda hoje é possível e desejada por Deus...
E todos nós somos chamados a ela...
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

JESUS CHAMA PARA SI AQUELES QUE ELE QUER

 Estamos outra vez na Semana dos Seminários, que este ano acontece entre os Domingos 01 e 08 de novembro



1. No início do seu Evangelho, Marcos põe perante nós a cena sublime do chamamento ou vocação e missão dos «doze»:
«E Ele sobe para a montanha e chama para si aqueles que Ele queria, e andaram para Ele. E Ele fez doze, para que estivessem com Ele, e para os enviar a pregar (Marcos 3,13-14).

2. A iniciativa é de Jesus. Ele chama para si aqueles que Ele quer. E eles vão para Ele em admirável sinergia, respondendo de forma determinada e sem qualquer hesitação à iniciativa de Jesus. O que o texto regista a seguir é sublime e exclusivo de Marcos: «Ele fez doze»: admirável ato criador! No relato da criação (Génesis 1,1-2,4a), ouve-se o verbo «fazer» por dez vezes. Portanto, este «fazer» de Jesus é um ato criador. Primeira finalidade desta nova criação: estar com Ele. Simplesmente estar com Ele, atentos a Ele, para aprender a viver com Ele, como Ele. Este primeiro tempo deve ser sempre o primeiro, o mais intenso, intenso e pleno, como se não houvesse nenhum outro. Só depois vem o envio para a pregação do Evangelho.

3. Esta missão evangelizadora de levar a todos o Evangelho que é Jesus é de novo expressa por Jesus, no final do mesmo Evangelho de Marcos, com o particípio da liberdade, «indo!»:

«E Ele disse-lhes: Indo por todo o mundo, anunciai o Evangelho a toda a criatura» (Marcos 16,15).

4. Este particípio histórico faz-nos tomar parte no caminho concreto de Jesus e de todos os vocacionados da Escritura, desde que Abraão ouviu o imperativo: «Vai!» (Génesis 12,1). E o narrador diz-nos que «Abraão foi» (Génesis 12,4).

5. Aquele que é assim chamado e enviado por Deus é uma nova criatura, vive dessa alegria nova e dá testemunho dessa maneira nova de viver. Não tem de demonstrar nada. Apenas mostrar e testemunhar. Seja onde for. Seja a quem for. Mostrar Jesus. A experiência da testemunha é sempre mais forte e mais radical do que as provas que eventualmente queira dar. É por isso que Filipe fala de Jesus a Natanael, mas face às objeções deste, não lhe dissipa as dúvidas (João 1,45-46); diz-lhe simplesmente: «Vem e vê!» (João 1,46). O testemunho não é eficaz senão quando incita o destinatário, não a inclinar-se, vencido, perante as provas, mas a fazer, por sua vez, a experiência.

6. Note-se, todavia, uma diferença fundamental: os chefes das nações ou das empresas preparam a sua sucessão quando pressentem o fim da carreira e que o termo da sua vida se aproxima e que é inevitável a sua retirada de cena; os mestres escolhem os seus continuadores sobre a base de uma longa seleção entre os seus discípulos. Ao contrário, no que se refere a Jesus, é no princípio da sua missão que Ele chama os seus discípulos, e é durante a sua própria missão que os envia em missão. Esta cooperação e contemporaneidade implica com Jesus os seus discípulos. Mas implica-nos a nós do mesmo modo, impedindo a sua e a nossa catalogação como meros continuadores da missão evangelizadora de Jesus. Continuadores é o que os discípulos de Jesus são e o que nós somos aos olhos da história empírica. Mas nós somos outra coisa bem diferente na estrutura do relato do Evangelho. Ele connosco sempre. Nós com Ele sempre. Nunca nós sem Ele, ou depois d’Ele. Fica connosco, Senhor, neste tempo de graça. Fica connosco. Preside-nos e precede-nos sempre. E que nós estejamos lá sempre atrás de Ti, perto de Ti. Contigo.

7. Estamos outra vez na Semana dos Seminários, que este ano acontece entre os Domingos 01 e 08 de novembro. É uma semana que se quer de Oração pelos jovens que nos Seminários cultivam a sua vocação e por aqueles que os acompanham no amadurecimento da sua vocação humana, cristã, eclesial e sacerdotal. A temática é aquela que abre esta Carta, e que deve despertar em todo o povo cristão a nossa vinculação a Jesus Cristo e à sua missão evangelizadora.

8. Os nossos seminaristas frequentam, de momento, o Seminário de Lamego (3) e o Seminário Interdiocesano de S. José (5), sediado em Braga, para possibilitar aos nossos seminaristas, na última fase da sua formação académica, poder frequentar a Faculdade de Teologia da Universidade Católica. Mas, graças a Deus, contamos ainda com mais três seminaristas, já em estágio pastoral, que se abeiram do Diaconado e do Sacerdócio: são eles o João Pereira, o Eduardo Leal e o Tiago João. Ao todo, contamos, portanto, 11 seminaristas.

9. Ergamos, pois, reconhecidos, o nosso coração e a nossa oração ao Bom Pastor, para que continue a chamar estes e outros jovens e para que eles se encaminhem para Ele, para que seja Ele a «fazê-los» ao seu jeito, e a enviá-los a levar o Evangelho a este mundo. Peço, então, uma vez mais que, sendo generosos na oração, o sejamos também na dádiva de nós próprios, concretizada no Ofertório do Domingo, dia 08, que será destinado, na sua inteireza, para as necessidades dos nossos Seminários.

Que Deus nos abençoe e guarde em cada dia, que nos dê saúde e alegria, e faça frutificar o labor das nossas mãos e dos nossos Seminários.

Lamego, 28 de outubro de 2020, Festa dos Apóstolos S. Simão e S. Judas

+ António, vosso bispo e irmão

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

25 Outubro 2020 - 30º Domingo do Tempo Comum - Ano A

Leiturashttps://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=2987



quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Papa questiona «ateísmo prático» de quem reza a Deus, mas ignora quem sofre.

Francisco encerra ciclo de catequeses sobre a oração, destacando «tensão» espiritual que mantém unidos «o templo e o mundo»Cidade do Vaticano, 21 out 2020 (Ecclesia) – O Papa Francisco criticou hoje no Vaticano o que chamou de “ateísmo prático” dos que rezam a Deus, mas ignoram quem sofre, ao seu lado, ou têm “ódio” no seu coração.

“Deus não suporta o ‘ateísmo’ daqueles que negam a imagem divina impressa em cada ser humano. Esse ateísmo de todos os dias: ‘Eu acredito em Deus, mas em relação aos outros, distância’, permitindo-se odiar os outros. Isto é ateísmo prático”, referiu, na audiência pública semanal que decorreu no Auditório Paulo VI, com medidas de segurança e normas de higiene, por causa da pandemia de Covid-19.

“Deixar de reconhecer a imagem divina impressa em cada ser humano é um sacrilégio, uma abominação, é a pior ofensa que se pode levar ao templo e ao altar”, acrescentou.

A intervenção encerrou o ciclo de catequeses sobre a oração, partindo do livro dos Salmos, no qual se alerta para a “impiedade”, ou seja, “viver, e talvez até rezar como se Deus não existisse, como se os pobres não existissem”

“É a pessoa sem qualquer referência ao transcendente, sem qualquer impedimento à sua arrogância, que não teme o julgamento sobre o que pensa e o que faz”, precisou. 

Por esta razão, o Saltério apresenta a oração como a realidade fundamental da vida. A referência ao absoluto e ao transcendente é o que nos torna plenamente humanos, é o limite que nos salva de nós mesmos, impedindo que nos aventuremos nesta vida de modo predatório e voraz. A oração é a salvação do ser humano”.

Francisco questionou os que vão à Missa apenas para serem vistos, para fazer “boa figura social”, ou quem reza como “os papagaios”.

“A oração é o centro da vida. Se houver oração, o irmão, a irmã, também se torna importante. Inclusive os inimigos”, observou.

O Papa sustentou que a oração não é “um calmante para aliviar as ansiedades da vida”, mas um ato que “responsabiliza” o crente.

“A oração dos cristãos tem este respiro, esta tensão espiritual que mantém unidos o templo e o mundo”, indicou o pontífice.

s portas das igrejas não são barreiras, mas membranas permeáveis, disponíveis para acolher o clamor de todos”.

No início da audiência, o Papa sublinhou a necessidade de manter as distâncias, sem os habituais cumprimentos que marcam o início deste encontro semanal.

“Espero que compreendam porque é que faço isto”, declarou.

De improviso, Francisco comentou ainda a impressão que lhe suscitou o choro de uma criança e a “ternura” da sua mãe, que o amamentava.

“Quando acontece isto numa igreja, ouvir o choro de uma criança, sentir que ali está a ternura de uma mãe, é o símbolo da ternura de Deus connosco. Nunca se deve mandar calar uma criança que chora na igreja, nunca”, pediu.

O Papa deixou uma saudação aos peregrinos e ouvintes de língua portuguesa que acompanharam a audiência, com transmissão online: “A oração abre a porta da nossa vida a Deus e Deus ensina-nos a sair de nós mesmos, para ir ao encontro de quem está na provação, oferecendo-lhes consolação, esperança e apoio”.

In Agência Ecclesia, 21-10-2020 

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

ESTAMOS NA SEMANA NACIONAL DA EDUCAÇÃO CRISTÃ: " Fortalecer e apoiar a família, Igreja doméstica"

NOTA PASTORAL
Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé
SEMANA NACIONAL DA EDUCAÇÃO CRISTÃ
18 a 25 de outubro de 2020 












No início de um novo ano pastoral e escolar, a Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé dirige a todos os obreiros da educação cristã uma mensagem de apreço e incentivo pela dedicação e coragem com que abraçam este desafio em tempos de incerteza e de dificuldades variadas. Invoquemos a graça do Senhor Jesus e a luz do Espírito Santo para encontrarmos caminhos novos para a situação presente.

1. Agarrar-se ao essencial
Este tempo de pandemia veio trazer-nos a experiência do distanciamento de forma surpreendente e inusitada; uma paragem no ritmo acelerado dos afazeres e no suceder de (pre)ocupações. Uma experiência que reduziu ou empobreceu muitas dimensões da vida humana de grande significado e riqueza, como o convívio social, as assembleias religiosas, a alegria das festas, o buliço das crianças. Provocou uma “nova normalidade” com repercussões na transmissão da fé e na sua vivência. Ajudou-nos a prestar atenção ao interior de nós mesmos, a cultivar a espiritualidade, a apreciar as realidades simples e quotidianas como a beleza do universo, a amizade, a comunicação com os outros, com a natureza criada e com a vida. Desafiou-nos a descobrir e a ter tempo para o essencial. Em muitos casos impulsionou para um olhar e um cuidado generoso e criativo no serviço aos mais frágeis e desprotegidos. Por outro lado, houve uma valorização das redes sociais como espaço fecundo de contacto interpessoal, possibilitando reduzir o distanciamento, transmitir o afeto, apoiar a educação, mitigar a solidão. Fizemo-nos próximos, reinventámos e ampliámos possibilidades de propostas de formação cristã, de oração e de celebração. Permanece a imagem do Papa Francisco, só, na imensa praça de São Pedro, testemunho e convite a caminharmos com coragem e esperança em Deus.

2. A família, um bem essencial
Foi um tempo que veio, mais uma vez, evidenciar a importância fundamental da família na transmissão da vida e dos valores humanos e cristãos, assim como da sua função insubstituível na construção de laços, na educação dos afetos, no acolhimento mútuo. Ela foi o refúgio e o apoio das pessoas ameaçadas por este flagelo.
Dioceses, paróquias e escolas procuraram sensibilizar e apoiar as famílias a viver a liturgia e a oração quotidianas e a intensificar a sua participação na educação formal dos filhos. Deste modo, a Igreja prestou maior atenção e colaboração à família, “Igreja Doméstica”. Não apenas para a ensinar, mas também para aprender com ela a exercer a missão eclesial de “hospital de campanha”, acolhendo a Cristo e aos irmãos na nossa vida de todos os dias.

3. A família cristã no “novo normal”
A nova normalidade, criada pela pandemia, pede-nos para olhar e preparar um futuro diferente e redescobrir nesse horizonte o lugar fundamental da família.
Na verdade, o individualismo e a descrença da cultura moderna penetraram também nas famílias e ameaçam a sua unidade, harmonia, estabilidade. Esta situação desafia-nos a cultivar mais profundamente a espiritualidade pessoal, em família e em pequenos grupos, na linha da promessa de Jesus: “onde estão dois ou três reunidos em meu nome aí estou Eu no meio deles” (Mt 18, 20).
Fortalecer a família como lugar eclesial da presença de Deus onde se vive, celebra e transmite a fé é um caminho a percorrer hoje. Assim pensa também o sacerdote e teólogo jesuíta, Miguel Yañez: “Creio que a crise da pandemia nos dá a oportunidade de voltar a pensar no protagonismo dos leigos, na função primordial da família na vivência e na transmissão da fé, portanto da sua função sacerdotal, que não se reduz ao litúrgico mas abarca toda a ação solidária que estão a realizar e sobretudo a contemplar na família o modelo da Igreja na sua capacidade de compreensão, de diálogo, de mútuo apoio e de integração”.
Entre nós, a Catequese, a Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) e a Escola Católica têm prestado atenção e cuidado à família, na sua missão evangelizadora, com propostas válidas para apoiar a sua missão educativa. Perante as circunstâncias presentes, e abertos à luz do Espírito, torna-se imperioso aprofundá-las e abrir caminhos para o futuro.

4. Caminhos a percorrer
Tendo presente o percurso já realizado, indicamos algumas propostas para fortalecer a família como Igreja Doméstica. As comunidades cristãs e realidades educativas acompanhadas pelos Secretariados Diocesanos procurarão concretizar e partilhar.
1. Escutar as famílias, as suas sugestões, descobrir as suas dificuldades e êxitos alcançados, deverá ser uma pedagogia constante nas reuniões e encontros. Para se tornar prática e enriquecedora, essa escuta precisa de ser programada e apoiada em questões concretas. O momento de escuta prepara e desperta interesse para o momento de proposta.
2. Outra preocupação de fundo no apoio à família é a sinodalidade. Pede-se que os educadores cristãos cultivem uma relação cordial, de proximidade e de abertura uns com os outros, com a comunidade, com a família e com as Instituições educativas e chamem mesmo novos colaboradores. Na dinâmica sinodal a proximidade vivida no pequeno grupo e nos movimentos constitui uma preciosa oportunidade no aprofundamento da fé, no apoio e no estímulo mútuos, em vista ao encontro pessoal e comunitário com o Deus da Vida.
3. Outra proposta a ter sempre presente é a necessidade de consciencializar as famílias de que estamos a viver uma mudança de época e, portanto, precisamos de descobrir em conjunto caminhos novos para preparar o futuro. Não é com um regresso ao passado, como alguns sonham, mas com um discernimento lúcido dos sinais dos tempos e com a colaboração esclarecida de todos que podemos promover a formação humana e cristã nas diferentes realidades educativas. Para descobrir caminhos novos são importantes testemunhos concretos vividos e apresentados por famílias.
4. A dimensão espiritual ou mística precisa de estar sempre presente nos momentos de encontro familiar e nas reuniões de formação dos pais. A preparação dos pais para as festas da catequese deverá privilegiar esta dimensão, através de um retiro, ou de exercícios espirituais adequados (por exemplo lectio divina para preparar a festa da entrega da Palavra). Não podemos cansar-nos de recomendar também a oração em família e oferecer elementos adequados colhidos na Sagrada Escritura ou na piedade popular.
5. Proporcionar às comunidades e às famílias subsídios digitais de qualidade, práticos e acessíveis para a educação cristã. Dialogar com as famílias a possibilidade de alternar a catequese presencial na paróquia com a formação em família sem esquecer a necessidade da sistematização da formação que identifica a catequese.
As experiências vividas nestes últimos tempos despertaram inúmeras famílias para a dimensão espiritual da vida e motivou para um maior envolvimento na educação religiosa dos filhos, realçando a dimensão vivencial e não tanto a doutrinal. É um princípio que pode e deve ser desenvolvido por um acompanhamento mais próximo das famílias por parte das comunidades. É um desafio de ser Igreja e o desejo de construir um mundo fraterno e belo.

sábado, 17 de outubro de 2020

Casa Paroquial de Tarouca vai entrar em obras

 

Que a Casa Paroquial de Tarouca é um edifício de bela traça, está à vista.
Só que precisa de obras de restauro e remodelação. Com urgência.
Toda a estrutura do telhado e o próprio telhado.
A Casa não tem aquecimento nem vidros duplos.
As portas e janelas, de madeira, estão uma miséria e deixam entrar o frio por todos os lados.
Quem visita esta casa em tempos de inverno encolhe-se todo, tal o frio - frigorífico mesmo.
Há 30 anos a Paróquia não tinha estruturas  materiais de apoio à acção pastoral. Por isso nas obras então realizadas na casa paroquial,  foram reservadas salas para a catequese e as reuniões. 
No presente, felizmente, já tem espaços para a vida paroquial = Centro Paroquial.
Urge, por isso, remodelar os espaços e dotar a Casa Paroquial de dignidade habitacional.
Já há um projeto de restauro e remodelação do edifício aprovado pelo Conselho Económico.
Para se efetuarem as obras, o pároco já mudou de casa.
Há muito tempo que o Conselho Económico insistia na realização das obras indispensáveis. Só que o pároco insistia igualmente que primeiro estava o Centro Paroquial e o restauro da Igreja Paroquial.
Mas tudo tem o seu limite. A idade traz as suas maleitas. Urgia tomar uma decisão. A falta de condições de habitabilidade prejudica gravemente a saúde.
Como o pároco pretendia ficar em Tarouca após "se reformar", adquiriu aqui casa casa, deixando livre o edifício da paróquia para então se efetuarem as obras. Assim deixaremos uma digna habitação para o Pároco que vier a seguir.
Claro que as obras terão que ir com calma. Fá-las-emos, querendo Deus, por fases. Nos princípios do próximo ano, telhado. Depois a reestruturação interna. Para terminar nos acabamentos. Pensamos em 3 anos, pois esta maldita pandemia mexe com tudo, e muito mesmo com a parte económica das paróquias. 
Mas Deus é grande e as pessoas vão "deitar a mão ao arado" e ajudar a tocar as obras  para a frente.
Queremos que o novo pároco, quando vier, se preocupe apenas com a paróquia e os paroquianos, pois a paróquia já se havia preocupado com ele, preparando-lhe um morada digna. Sem luxos nem e    excessos. Dignidade apenas..

18 Outubro 2020 - 29º Domingo do Tempo Comum - Ano A

 


Leituras: https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=2980


domingo, 11 de outubro de 2020

"Eis-me aqui, envia-me" é o tema para o Dia Mundial das Missões 2020

O Papa divulgou a sua mensagem para a data que se assinala a 18 de Outubro.

"Eis-me aqui, envia-me" (Is 6, 8), é o tema escolhido pelo Papa para assinalar o próximo Dia Mundial das Missões, que se assinala a18 outubro 2020.

Na mensagem, o Papa não esquece “as tribulações e desafios causados pela pandemia do covid-19” e propõe à Igreja uma atenção especial a estas circunstâncias que interpelam toda a humanidade.

Francisco constata como “«à semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda” e como nos “demos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos.”

A mensagem reconhece como, apesar de “verdadeiramente assustados, desorientados e temerosos”, se verifica como “o sofrimento e a morte nos fazem experimentar a nossa fragilidade humana; mas, ao mesmo tempo, todos participamos de um forte desejo de vida e de libertação do mal”. Neste contexto, a missão é um convite “a sair de si mesmo por amor de Deus e do próximo” e uma "oportunidade de partilha, serviço, intercessão”.

Para Francisco, “a compreensão daquilo que Deus nos está a dizer nestes tempos de pandemia torna-se um desafio também para a missão da Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida”. O Papa recorda que, apesar de “obrigados à distância física e a permanecer em casa, somos convidados a redescobrir que precisamos das relações sociais e também da relação comunitária com Deus. Longe de aumentar a desconfiança e a indiferença, esta condição deveria tornar-nos mais atentos à nossa maneira de nos relacionarmos com os outros”. E, neste contexto, ”a oração, na qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a criação”.

https://rr.sapo.pt/home

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

11 Outubro 2020 - 28º Domingo do Tempo Comum - Ano A

Leituras: https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=2979


1. No próximo domingo, 18 de outubro, é o 3º domingo do mês. Missa em Santa Helena às 17h
2. No próximo domingo, 18 de outubro, Dia Mundial das Missões, o peditório é para as Missões.



quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Sopé da Montanha está de volta

 

Sopé da Montanha está de volta!
Particular realce a tudo o que se refere ao novo ano catequético...

A Hora de Inverno entra em 25 de outubro de 2020

 

Já várias pessoas nos fizeram esta pergunta.
Em 25 de outubro entra a Hora de Inverno. Às duas horas da madrugada, atrase o relógio uma hora. Tem mais uma hora de cama...

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Esclarecimento sobre as Celebrações dos dias um e dois de novembro

1.     Nesses dias as Celebrações deverão ocorrer nos locais habituais dos domingos, cumprindo-se as normas estabelecidas e de todos conhecidas.

2.     Não haverá procissões organizadas aos cemitérios, nem aí se deverão fazer quaisquer celebrações comunitárias.

3.     No dia dez de novembro, como consta do Plano Pastoral, haverá na igreja Catedral, às 18h30, uma Eucaristia de sufrágio pelos defuntos da Diocese, particularmente por aqueles que foram sepultados sem as cerimónias habituais.

 

Vigararia Geral

domingo, 4 de outubro de 2020

Outubro...

 


«Fratelli Tutti» - a nova encíclica do Papa Francisco, hoje publicada


A encíclica é o grau máximo das cartas que um Papa escreve e a expressão ‘Fratelli Tutti ‘ (todos irmãos) remete para os escritos de São Francisco de Assis, o religioso que inspirou o pontífice argentino na escolha do seu nome.
As duas anteriores encíclicas do atual pontificado foram a ‘Lumen Fidei’ (A luz da Fé), de 2013, que recolhe reflexões de Bento XVI, Papa emérito; e a ‘Laudato Si’, de 2015, sobre a ecologia integral.

ALGUNS TÓPICOS DA NOVA ENCÍCLICA:
1. Papa propõe fundo mundial contra a fome, financiado por atuais despesas militares
2. Papa denuncia falhanço de «globalismo» sem rumo, que aumenta desigualdades e injustiças
3. Francisco reforça posição católica sobre «função social da propriedade»
4. Papa destaca papel das religiões em favor da fraternidade humana
5. Papa destaca impacto da pandemia sobre os mais velhos, falando em vidas «cruelmente descartadas»
6. Papa propõe novo paradigma global, em alternativa ao individualismo
7. Nova encíclica critica ressurgimento de populismos, racismo e discursos de ódio
8. Papa rejeita «dogma de fé neoliberal» no mercado
Veja aqui: https://agencia.ecclesia.pt/portal/

 


sexta-feira, 2 de outubro de 2020

4 Outubro 2020 - 27º Domingo do Tempo Comum - Ano A

 

Leituras:  https://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=2978

OUTUBRO = MÊS MISSIONÁRIO
«Eis-me aqui, envia-me» (Is 6, 8)