segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Mudança de padres e reacções das populações

Resultado de imagem para padre muda de paróquia
Normalmente acontece por alturas do Verão que, aqui ou ali, há populações que se levantam, protestando contra a mudança do pároco operada pelo Bispo diocesano.
A imprensa dá ênfase a estes protestos, muita vezes de forma sensacionalista. Veja-se este caso.
As mudanças não são feitas de ânimo leve pelo Bispo. Este tem em conta as necessidades pastorais da Igreja diocesana, a situação particular desta ou daquela comunidade paroquial ou de um serviço diocesano, a pessoa do padre a mudar - suas qualidades ou dificuldades -, a escassez de clero, etc.
O padre deve obediência ao seu Bispo. Os leigos devem acolher a decisão paternal do Prelado que, muitas vezes, por caridade e prudência pastoral, não pode dizer muito…
Porque a Igreja é "o povo de Deus em comunhão", a obediência não é cega. Brota de um diálogo entre o sacerdote e o seu Bispo a quem compete a decisão final.
Se um superior mandasse ao subordinado plantar as couves com as raízes para o ar e as folhas enterradas, o subordinado não deveria obedecer. Afinal não seria obediência, mas burrice. A obediência é sempre racional.
Logicamente cabe ao sacerdote integrar a mudança com uma postura digna diante do povo. Sem vitimização e sem ceder a chantagens emocionais. Mesmo que custe - e o padre é uma pessoa com sentimentos, emoções, relações humanos, integração social - deve estar sempre numa dinâmica abraâmica - "Parte da tua terra Abraão e vai para a terra que eu te indicar". Embora esta postura de partida diga respeito a todo o batizado - bispo, padre, diácono, religioso, leigo.
Cristão vem de Cristo. Cristão é um seguidor de Cristo. Cristo é o início e o fim de toda a vida cristã. "Não adores nunca ninguém a não ser Deus".  Pelo comportamento de muitas comunidades, até parece que o seu deus não é Deus mas o padre.
Nunca desvies a tua adoração a Deus para adorares o padre. Nunca te afastes de Deus porque não gostas do o padre.
Quando divinizamos ou demonizamos uma pessoa, estamos a caminho do precipício da desilusão. Só Deus basta!

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

11 Agosto 2019 - 19º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Leituras: aqui



Começa Semana Nacional
de Migrações
Não São Apenas Migrantes
Somos todos migrantes e muito mais
O mundo atual está marcado pela mobilidade, mas isso não é novidade para o cristão, que sempre foi considerado um peregrino a caminho da terra prometida. Conscientes desta condição, há muitos comportamentos a corrigir na nossa relação. Por isso o Papa e a Igreja alertam-nos para alguns aspetos da realidade do ser humano e das sociedades do mundo contemporâneo. Infelizmente não é apenas por causa da sua condição de ser peregrino, que o ser humano se desloca do torrão e do país onde nasceu. Mas também devido a guerras, a perseguições, a cataclismos e à fome. Por isso precisamos de ver no migrante a sua dignidade de ser pessoa, com os mesmos direitos e deveres que os autóctones, e até inicialmente de ser acolhido e não devolvido ao país de origem, de ser protegido e não apenas socorrido, de ser promovido em vez de abandonado à sua sorte, de ser integrado na sociedade e não empurrado para guetos (…).  Os países que assim procedem são enriquecidos em todas as dimensões, como podemos constatar com os países desenvolvidos, embora haja sempre aspetos a ser melhorados.
Hoje em dia temos de lutar contra o individualismo, a indiferença, ou mesmo contra a consideração dos migrantes como causa dos males que afetam as sociedades. Os migrantes obrigam-nos a lutar contra os nossos medos, contra o fechar-se em si mesmo, em vez de se encontrar com a pessoa do outro, sobretudo do mais frágil, levando-nos à cultura do encontro, nós que fomos criados para comunicar e para a comunhão. Isso apenas se consegue exercitando a caridade, deixando-nos comover, pois neles vemos a nossa humanidade e o próprio Cristo. Como disse o Papa Francisco na sua visita ao Azerbeijão, abrir-se aos outros não empobrece, mas enriquece, pois ajuda-nos a ser mais humanos, a interpretar a vida como um dom.



quarta-feira, 7 de agosto de 2019

"NÃO VOU MAIS À IGREJA"

Resultado de imagem para "NÃO VOU MAIS À IGREJA"
Um jovem chega para o padre e diz:
- Padre, não irei mais para a igreja!
O padre então respondeu:
- Mas por quê?
O jovem respondeu:
- Ah! Eu vejo a irmã que fala mal de outra irmã; o irmão que não lê bem; o grupo de canto que vive desafinando; as pessoas que durante as missas ficam olhando o telemóvel, entre tantas e tantas outras coisas erradas que vejo fazerem na igreja.
Disse-lhe o padre:
- Ok! Mas antes quero que você me faça um favor: pegue um copo cheio de água e dê três voltas pela igreja sem derramar uma gota de água no chão. Depois disso, você pode sair da igreja.
E o jovem pensou: muito fácil!
E deu as três voltas conforme o padre lhe pedira. Quando terminou disse:
- Pronto padre.
E o padre respondeu:
- Quando você estava dando as voltas, você viu a irmã falar mal da outra?
O jovem:
- Não
Você viu as pessoas reclamarem uns dos outros?
O jovem:
- Não
Você viu alguém olhando o telemóvel?
O jovem:
- Não
Sabe por quê?
- Você estava focado no copo para não derrubar a água.
O mesmo é na nossa vida. Quando o nosso foco for Nosso Senhor Jesus Cristo, não teremos tempo de ver os erros das pessoas.
QUEM SAI DA IGREJA POR CAUSA DE PESSOAS, NUNCA ENTROU POR CAUSA DE JESUS.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Semana Nacional de Migrações


O mundo atual está marcado pela mobilidade, mas isso não é novidade para o cristão, que sempre foi considerado um peregrino a caminho da terra prometida. Conscientes desta condição, há muitos comportamentos a corrigir na nossa relação. Por isso o Papa e a Igreja alertam-nos para alguns aspetos da realidade do ser humano e das sociedades do mundo contemporâneo. Infelizmente não é apenas por causa da sua condição de ser peregrino, que o ser humano se desloca do torrão e do país onde nasceu. Mas também devido a guerras, a perseguições, a cataclismos e à fome. Por isso precisamos de ver no migrante a sua dignidade de ser pessoa, com os mesmos direitos e deveres que os autóctones, e até inicialmente de ser acolhido e não devolvido ao país de origem, de ser protegido e não apenas socorrido, de ser promovido em vez de abandonado à sua sorte, de ser integrado na sociedade e não empurrado para guetos, como escrevemos na nossa Nota Pastoral de 12 de abril de 2018, inspirando-nos na mensagem papal de 2018 e nos dois Pactos Globais das Nações Unidas sobre Refugiados e para as Migrações Seguras, Ordenadas e Regulares. Os países que assim procedem são enriquecidos em todas as dimensões, como podemos constatar com os países desenvolvidos, embora haja sempre aspetos a ser melhorados.
Hoje em dia temos de lutar contra o individualismo, a indiferença, ou mesmo contra a consideração dos migrantes como causa dos males que afetam as sociedades. Os migrantes obrigam-nos a lutar contra os nossos medos, contra o fechar-se em si mesmo, em vez de se encontrar com a pessoa do outro, sobretudo do mais frágil, levando-nos à cultura do encontro, nós que fomos criados para comunicar e para a comunhão. Isso apenas se consegue exercitando a caridade, deixando-nos comover, pois neles vemos a nossa humanidade e o próprio Cristo. Como disse o Papa Francisco na sua visita ao Azerbeijão, abrir-se aos outros não empobrece, mas enriquece, pois ajuda-nos a ser mais humanos, a interpretar a vida como um dom.
Vale a pena celebrar esta semana dedicada aos migrantes, em Portugal sempre à volta do dia 13 de agosto e o dia mundial dos migrantes e refugiados, agora transferido para o dia 29 de setembro, para termos a oportunidade de pensar nesta dimensão das sociedades atuais e sermos enriquecidos com as belas mensagens dos Papas. Peço também para não esquecermos a nossa oferta solidária, pois há muitos migrantes e refugiados a precisar de ajuda da Igreja.

† António Vitalino, carmelita, vogal da CEPSMH

domingo, 4 de agosto de 2019

Francisco saúda sacerdotes que dedicam a sua vida aos outros


4 agosto, dia do Santo Cura d’Ars, padroeiro dos párocos católicos
Veja aqui

sábado, 3 de agosto de 2019

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Vídeo do Papa - agosto de 2019


Em nossas famílias, aprendemos coisas que permanecerão conosco durante toda a nossa vida. É onde os nossos valores são formados e, acima de tudo, é o lugar onde descobrimos pela primeira vez o amor, através dos nossos pais e irmãos, como reflexo do amor de Deus. Amar e ser amados nos torna mais humanos e nos ajuda a reconhecer o amor de Deus que Jesus nos revelou. Vivamos este amor em nossas famílias, unindo-nos em oração.
“Que mundo queremos deixar para o futuro?
Deixemos um mundo com famílias.
Cuidemos das famílias, porque são verdadeiras escolas do amanhã, são escolas de liberdade, são centros de humanidade.
E reservemos um lugar especial nelas para a oração, pessoal e comunitária.
Rezemos para que as famílias, graças a uma vida de oração e de amor, se tornem cada vez mais “laboratórios de humanização”.

4 Agosto 2019 - 18º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Leituras: aqui