domingo, 31 de outubro de 2010

1 de Novembro - Solenidade de Todos os Santos

Os SANTOS tinham fraquezas e defeitos
contra os quais se bateram toda a vida.

Os membros de uma mesma família têm traços do rosto comuns…
As pessoas que partilham toda uma vida juntos acabam por se parecerem…
Esta festa anual de Todos os Santos reúne inúmeros rostos que trazem em si a imagem e a semelhança de Deus. Todos os Santos. Alguns conhecidos, mas a imensa maioria é anónima.

Um rosto de humanidade transfigurada
Enquanto vivos, os santos não se consideravam como tais, longe disso! Eles não esculpiam a sua efígie num fundo de auto-satisfação…
Contrariamente àquilo que geralmente aparece nas imagens ditas piedosas e nas biografias embelezadas, eles não foram perfeitos, nem à primeira, nem totalmente, nem sobretudo sem esforço. Eles tinham fraquezas e defeitos contra os quais se bateram toda a vida.
Alguns, como S. Agostinho, vieram de longe, transfigurados pelo amor de Deus que acolheram na sua existência. Quanto mais se aproximaram da luz de Deus, tanto mais viram e reconheceram as sombras da sua existência.
Peregrinos do quotidiano, a maior parte deles não realizaram feitos heróicos nem cumpriram prodígios. É certo que alguns têm à sua conta realizações espectaculares, no plano humanitário, no plano espiritual, ou ainda na história da Igreja. Mas muitos outros, a maioria, são os santos da simplicidade e do quotidiano! Canoniza-se muito pouco estas pessoas do quotidiano!

Um rosto com traços de Cristo
Encontramos em cada um dos santos e das santas um mesmo perfil. Poderíamos mesmo desenhar o seu retrato-robô comum. Por muito frequentar Cristo, deixaram-se modelar pelos seus traços.
Como Jesus, os santos tiveram que viver muitas vezes em sentido contrário às ideias recebidas e aos comportamentos do seu tempo. Viver as Bem-aventuranças não é evidente: ser pobre de coração num mundo que glorifica o poder e o ter; ser doce num mundo duro e violento; ter o coração puro face à corrupção; fazer a paz quando outros declaram a guerra…
Os santos foram pessoas “em marcha” (segundo uma tradução hebraizante de “bemaventurado”), isto é, pessoas activas, apaixonadas pelo Evangelho… Os santos foram homens e mulheres corajosos, capazes de reagir e de afirmar a todo o custo aquilo que os fazia viver. Eles mostram-nos o caminho da verdade e da liberdade.
Aqueles que frequentaram os santos – aqueles que os frequentam hoje – afirmam que, junto deles, sentimos que nos tornamos melhores. O seu exemplo ilumina. A sua alegria é o seu testemunho mais belo. A sua felicidade é contagiosa.

As Bem-aventuranças


«Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os humildes,
porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa,
vos insultarem, vos perseguirem
e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai,
porque é grande nos Céus a vossa recompensa».
(Mt 5,1-12)

OS CRITÉRIOS DO MUNDO E OS CRITÉRIOS DE DEUS

As Bem-aventuranças revelam a realidade misteriosa da vida em Deus, iniciada no Baptismo. Aos olhos do mundo, o que os servidores de Deus sofrem, são
efectivamente formas de morte: ser pobre, suportar as provas (os que choram) ou as privações (ter fome e sede) de justiça, ser perseguido, ser partidário da paz, da
reconciliação e da misericórdia, num mundo de violência e de lucro, tudo isso aparece como não rentável, votado ao fracasso, consequentemente, à morte.
Mas que pensa Cristo? Ele, ao contrário, proclama felizes todos os seus amigos que o mundo despreza e considera como mortos, consola-os, alimenta-os, chama-os filhos de Deus, introdu-los no Reino e na Terra Prometida.
A Solenidade de Todos os Santos abre-nos assim o espírito e o coração às
consequências da Ressurreição. O que se passou em Jesus realizou-se também nos
seus bem amados, os nossos antepassados na fé, e diz-nos igualmente respeito: sob as folhas mortas, sob a pedra do túmulo, a vida continua, misteriosa, para se revelar no Grande Dia, quando chegar o fim dos tempos. Para Jesus, foi o terceiro dia; para os seus amigos, isso será mais tarde.

sábado, 30 de outubro de 2010

“Fotografia” de Deus

Senhor, que amais a vida



Que fantástica "fotografia" de Deus nos apresenta este texto do Livro da Sabedoria!
O Deus que nos apresenta é uma figura benevolente e tolerante, cheia de bondade e misericórdia, que não quer a destruição do pecador, mas a sua conversão e que ama todos os homens que criou, mesmo aqueles que praticam acções erradas. Ora, todos nós conhecemos bem este quadro de Deus, pois ele aparece-nos a par e passo…
Muitas vezes, percebemos certos males que nos incomodam como “castigos” de Deus pelo nosso mau proceder. No entanto, este texto deixa claro que Deus não está interessado em castigar os pecadores… Quando muito, procura fazer-nos perceber – com a pedagogia de um pai cheio de amor – o sem sentido de certas opções e o mal que nos fazem certos caminhos que escolhemos.

"Diante de Vós, Senhor, o mundo inteiro
é como um grão de areia na balança,
como a gota de orvalho que de manhã cai sobre a terra.
De todos Vós compadeceis, porque sois omnipotente,
e não olhais para os seus pecados,
para que se arrependam.
Vós amais tudo o que existe
e não odiais nada do que fizestes;
porque, se odiásseis alguma coisa,
não a teríeis criado.
e como poderia subsistir,
se Vós não a quisésseis?
Como poderia durar,
se não a tivésseis chamado à existência?
Mas a todos perdoais,
porque tudo é vosso, Senhor, que amais a vida.
O vosso espírito incorruptível está em todas as coisas.
Por isso castigais brandamente aqueles que caem
e advertis os que pecam, recordando-lhes os seus pecados,
para que se afastem do mal
e acreditem em Vós, Senhor."

(Livro da Sabedoria)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

31º Domingo do Tempo Comum - Ano C


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade.
Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu,
que era chefe de publicanos.
Procurava ver quem era Jesus,
mas, devido à multidão, não podia vê-l’O,
porque era de pequena estatura.
Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro,
para ver Jesus,
que havia de passar por ali.
Quando Jesus chegou ao local,
olhou para cima e disse-lhe:
«Zaqueu, desce depressa,
que Eu hoje devo ficar em tua casa».
Ele desceu rapidamente
e recebeu Jesus com alegria.
Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo:
«Foi hospedar-Se em cada dum pecador».
Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo:
«Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens
e, se causei qualquer prejuízo a alguém,
restituirei quatro vezes mais».
Disse-lhe Jesus:
«Hoje entrou a salvação nesta casa,
porque Zaqueu também é filho de Abraão.
Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar
o que estava perdido».

Quem era Zaqueu?
Era um publicano (neste caso, um “chefe dos publicanos”). O nosso herói é, portanto, um homem que o judaísmo oficial considerava um pecador público, um explorador dos pobres, um colaboracionista ao serviço dos opressores romanos e, portanto, um excluído da comunidade da salvação.
Os “publicanos” estavam ligados à cobrança dos impostos, ao serviço das forças romanas de ocupação. Tinham fama de utilizar o seu cargo para enriquecer de modo imoral; e é preciso dizer que, na generalidade, essa fama era bem merecida. De acordo com a Mishna, estavam afectados permanentemente de impureza e não podiam sequer fazer penitência, pois eram incapazes de conhecer todos aqueles a quem tinham defraudado e a quem deviam uma reparação. Se um publicano, antes de aceitar o cargo, fazia parte de uma comunidade farisaica, era imediatamente expulso dela e não podia ser reabilitado, a não ser depois de abandonar esse cargo. Quem exercia tal ofício, estava privado de certos direitos cívicos, políticos e religiosos; por exemplo, não podia ser juiz nem prestar testemunho em tribunal, sendo equiparado ao escravo.

Que procurava Zaqueu?
Este homem procurava “ver” Jesus. O “ver” indica aqui, provavelmente, mais do que curiosidade: indica uma procura intensa, uma vontade firme de encontro com algo novo, uma ânsia de descobrir o “Reino”, um desejo de fazer parte dessa comunidade de salvação que Jesus anunciava. No entanto, o “mestre” devia parecer-lhe distante e inacessível, rodeado desses “puros” e “santos” que desprezavam os marginais como Zaqueu. O subir “a um sicómoro” indica a intensidade do desejo de encontro com Jesus, que é muito mais forte do que o medo do ridículo ou das vaias da multidão.
Como é que Jesus vai lidar com este excluído, que sente um desejo intenso de conhecer a salvação que Deus oferece e que espreita Jesus do meio dos ramos de um sicómoro? Jesus começa por provocar o encontro; depois, sugere a Zaqueu que está interessado em entrar em comunhão com Ele, em estabelecer com Ele laços de familiaridade (“quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa»”). Atente-se neste quadro “escandaloso”: Jesus, rodeado pelos “puros” que escutam atentamente a sua Palavra, deixa todos especados no meio da rua para estabelecer contacto com um marginal e para entrar na sua casa. É a exemplificação prática do “deixar as noventa e nove ovelhas para ir à procura da que estava perdida”… Aqui torna-se patente a fragilidade do coração de Deus que, diante de um pecador que busca a salvação, deixa tudo para ir ao seu encontro.

Como é que a multidão que rodeia Jesus reage a isto?

Manifestando, naturalmente, a sua desaprovação às atitudes incompreensíveis de Jesus (“ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «foi hospedar-se em casa de um pecador»”). É a atitude de quem se considera “justo” e despreza os outros, de quem está instalado nas suas certezas, de quem está convencido de que a lógica de Deus é uma lógica de castigo, de marginalização, de exclusão. No entanto, Jesus demonstra-lhes que a lógica de Deus é diferente da lógica dos homens e que a oferta de salvação que Deus faz não exclui nem marginaliza ninguém.

Como é que tudo termina?
Termina com um banquete (onde está Zaqueu, o chefe dos publicanos) que simboliza o “banquete do Reino”. Ao aceitar sentar-Se à mesa com Zaqueu, Jesus mostra que os pecadores têm lugar no “banquete do Reino”; diz-lhes, também, que Deus os ama, que aceita sentar-Se à mesa com eles – isto é, quer integrá-los na sua família e estabelecer com eles laços de comunhão e de amor. Jesus mostra, dessa forma, que Deus não exclui nem marginaliza nenhum dos seus filhos – mesmo os pecadores – mas a todos oferece a salvação.

E como é que Zaqueu reage a essa oferta de salvação que Deus lhe faz?
Acolhendo o dom de Deus e convertendo-se ao amor. A repartição dos bens pelos pobres e a restituição de tudo o que foi roubado em quádruplo, vai muito além daquilo que a lei judaica exigia (cf. Ex 22,3.6; Lev 5,21-24; Nm 5,6-7) e é sinal da transformação do coração de Zaqueu… Repare-se, no entanto, que Zaqueu só se resolveu a ser generoso após o encontro com Jesus e após ter feito a experiência do amor de Deus. O amor de Deus não se derramou sobre Zaqueu depois de ele ter mudado de vida; mas foi o amor de Deus – que Zaqueu experimentou quando ainda era pecador – que provocou a conversão e que converteu o egoísmo em generosidade. Prova-se, assim, que só a lógica do amor pode transformar o mundo e os corações dos homens.

Fonte: aqui

Um site a visitar





Chama-se ABC da Catequese - http://www.abcdacatequese.com/

Tem importância para:
- crianças
- jovens
- famílias
- catequese paroquial
- adultos.

Aqui pode encontrar:
- imagens
- cartazes
- vídeos
- powerpoints
- sugestões de leitura
- cânticos
- materiais de apoio
- fórum
- celebração dominical
- notícias
- catequeses várias
.....

NINGUÉM TE AMA COMO EU

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A Fé e a salvação dos mineiros

Todo o mundo se emocionou com a libertação dos mineiros do Chile. E não faltou oração. Houve missas e orações na superfície e dentro da mina, imagens de santos por todos os lados, além de mensagens de fé enviadas de todo o mundo.

Segundo o engenheiro que fez a perfuração do buraco para resgatar os 33 mineiros a "fé e a oração estiveram na base do sucesso" que resgatou, de cerca de 700 metros de profundidade, os 33 reféns que aí estiveram retidos durante mais de 2 meses.
Greg Hall é o dono da empresa Drillers Supply International, responsável pela perfuração que permitiu o resgate dos 33 mineiros. Este engenheiro americano, que se assume como um católico convicto afirmou que "a fé para superar os obstáculos e a oração diária foram as chaves do êxito da sua missão."

Hall, que a 12 de Fevereiro será ordenado diácono permanente, exprimiu a sua emoção perante o êxito da operação de resgate afirmando que "foi um árduo trabalho, mas que valeu a pena porque agora estes 33 mineiros já se podem reunir com as suas famílias. Foi uma sensação maravilhosa ter contribuído para o resgate destas vidas humanas."

A empresa de Hall trabalha no Chile desde há 20 anos e especializou-se na perfuração de rocha dura e o Ministério das Minas de Chile escolheu-a para perfurar o túnel de 622 metros, por onde saíram os mineiros, no passado dia 13 de Outubro.

Quando souberam que a sua empresa tinha sido escolhida para a tarefa do resgate, tanto o engenheiro como a sua esposa Angélica sentiram " o peso do mundo" sobre os seus ombros. Efectivamente, tudo o que sabiam sobre perfuração teve que ser alterado porque era a primeira vez que utilizavam os seus conhecimentos para resgatar vidas humanas. A perfuração tinha que ser muito precisa, muito cuidadosa, para que não provocasse nenhum desmoronamento no interior da mina. "Foi uma tarefa muito tensa"- confessou o engenheiro, esclarecendo que procurou manter-se, emocionalmente, afastado da situação dos mineiros "para não perder a concentração numa tarefa assaz complicada e delicada" a qual, para além da oração, envolveu muitas capacidades, muito planeamento e preparação para fazer as coisas o mais perfeitas possível.

"Os momentos em que tudo parecia falhar – confessa o engenheiro – eram momentos para a oração".

In O Amigo do Povo

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Novo Sínodo para 2012

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"O meu regozijo pelo anúncio feito pelo Papa Bento XVI anunciou na homilia do Dia Mundial das Missões, que foi também de encerramento de um Sínodo para a Igreja do Médio Oriente, uma Igreja minoritária em países islâmicos, onde não há liberdade religiosa: convocar um novo Sínodo para 2012 com o tema da nova evangelização.

Com certeza que não vão surgir grandes novidades de conteúdos para a missão da Igreja. Mas da reflexão preparatória do Sínodo e da revisão dos nossos métodos e linguagem poderá surgir alguma luz e simplificação para a acção da Igreja no mundo contemporâneo.

Igreja em Portugal?

Está com o plano repensar a pastoral da Igreja em Portugal, que está em curso e que nos próximos meses irá envolver todos os colaboradores da missão da Igreja nas dioceses com seus serviços, paróquias e movimentos, tendo por base duas perguntas, para ajudar ao discernimento, uma sobre a leitura de fé dos sinais de Deus na sociedade e outra sobre os sinais e indicadores do Espírito Santo na própria vida da Igreja:
1. Igreja em Portugal, “que vês na noite” da sociedade em que vives (cf. Is 21, 11)? Quais os sinais de Deus e os desafios para a tua missão? O que verdadeiramente precisam as pessoas de hoje, a nível espiritual e humano, e o que podes tu oferecer-lhes?
2. Igreja em Portugal, que indicações ou rumores do Espírito encontras hoje em ti (experiências, carismas, dinamismos existentes...) a apontar te o estilo de vida cristã e a “nova maneira de ser Igreja” adequada aos tempos de hoje? Que caminhos pastorais te assinalam os sinais e os dons do Espírito para viveres e testemunhares o Evangelho de Cristo?

A reflexão na base destas questões poderá trazer à Igreja em Portugal novos dinamismos de missão, acentuar as suas prioridades e até simplificar algumas estruturas pesadas da nossa organização, que sorvem muito do nosso tempo e energias. Na sua homilia no Porto, o Papa Bento XVI alertava para isso mesmo, quando exclamava: Quanto tempo perdido, quanto trabalho adiado, por inadvertência deste ponto! Tudo se define a partir de Cristo, quanto à origem e à eficácia da missão: a missão recebemo-la sempre de Cristo, que nos deu a conhecer o que ouviu a seu Pai, e somos nela investidos por meio do Espírito na Igreja. Como a própria Igreja, obra de Cristo e do seu Espírito, trata-se de renovar a face da terra a partir de Deus, sempre e só de Deus!

D. António Vitalino

VALE A PENA LER

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Reevangelizar ou simplesmente evangelizar?

AQUI!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sempre se esmurrou, sempre se há-de esmurrar!

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Conta-se que em determinada paróquia havia o hábito de as pessoas, ao fim de um funeral ou de uma procissão, ao chegarem à sacristia, apagarem as velas esmurrando-as contra a parede.
Quando chegou àquela terra um novo pároco e vendo a sacristia imunda, informou-se das causas daquele estado miserável das paredes.
Procurou o sacerdote com toda a paciência e persistência convencer os paroquianos da nocividade de tal prática.
Quando tempos depois se realizou um funeral, o pároco assistiu consternado à repetição do mesmo acto. Com a paciência disponível, procurou ali mesmo chamar à atenção dos prevaricadores. Eis que ouve a resposta que o deixou prostrado:
- Ó senhor abade, aqui sempre se esmurrou, sempre se há-de esmurrar!

Penso que aquilo que está em causa nesta situação é a fé supersticiosa em que vivemos e que nos faz confundir tudo, até sujidade com limpeza. Ou como alguém diz, muita religiosidade e pouco cristianismo.
Muitas vezes, nos podemos perguntar: Onde fica Cristo no meio desta confusão de tradições e costumes, superstições, procissões, velas, promessas?
Bento XVI não cessa de nos chamar ao essencial. E na fé cristã, o essencial só pode ser a adesão intima, profunda, inequívoca à pessoa de Cristo e o Seu Evangelho.

domingo, 24 de outubro de 2010

Reuniu o Conselho Pastoral Paroquial


Em 23 de Outubro, reunião do Conselho Pastoral paroquial.
As pessoas presentes saudaram o seminarista estagiário Amadeu, presente na reunião, a quem deram as boas-vindas, desejando-lhe um bom trabalho e salientando que pode contar com a comunidade, e que esta conta com ele.
Também a presença do Diácono Amorim mereceu dos presentes uma palavra de apoio e a manifestação do desejo sentido de que ultrapasse o momento menos bom de saúde porque passa actualmente.
Ambos agradeceram a manifestação de solidariedade, tendo o Diác. Amorim referido que “manter a actividade normal é uma forma de lutar.”

Análise do Plano Pastoral 2009/2010
Aspectos positivos
• O Plano Pastoral foi cumprido e até suplantado.
• A Via-Sacra foi espectacular. E agradeceu-se ao Grupo de jovens, a outros jovens vindos de fora e aos adultos que participaram. Salientou-se a presença de muita gente, adultos, jovens e crianças, tendo-se referido que estas actividades conquistam mais a gente nova do que a oração que eles sentem mais fastidiosa.
• Também foi dito que a Procissão de Nossa Senhora de Fátima contou com muita gente, mesmo de pessoas que só aparecem ocasionalmente.
• A catequese de Setembro sobre a vivência da morte à luz da vida, foi oportuna pelos esclarecimentos prestados e pelas pistas abertas.
• As festas da catequese correram bem. O grupo de catequistas trabalha com amor, dedicação e persistência e os catequizandos são fantásticos.
• A Missa com famílias foi uma acção muito positiva, que envolveu muitas famílias e que deixou nos participantes um apelo a mais…
• A novena e festa de Santa Helena, a nossa festa, tem melhorado de ano +para ano. Este ano, com um ar mais jovem, agradou a toda a gente. O Forum das Vocações, o concerto do P.e Marcos Alvim e a maneira como o P.e José Fernando soube estar, falar e orientar cativaram toda a gente. É de continuar…
• A festa-convívio do Senhor do Monte, capela que pertence à Junta de Freguesia, foi um sucesso, apesar da fraca divulgação. A procissão, a Missa, o convívio, os jogos tradicionais movimentaram muita gente que se sentiu bem e deixou em todos uma vontade de repetir.
• Referiu-se também que o Lausperene pelos povos correu bem, em muitos lados foi mesmo do melhor que se fez até ao presente.
• A Paróquia está de parabéns pelas actividades que vem realizando. As pessoas gostaram e particionaram… É que a novidade aumenta a vontade de participar.

Aspectos menos positivos
• A Profissão de Fé foi numa quinta-feira e correu bem. Mas logo no domingo seguinte, quantas crianças e pais participaram na Eucaristia? Se alguns o fizeram, muitos não compareceram… É que há quem revele demasiada preocupação com o vestuário, as exterioridades e, ao mesmo tempo, demasiada ausência de compromissos.
• A Igreja não é nenhuma praia nem nenhuma passarela. Quem entra num templo deve vestir de forma condigna pelo respeito ao lugar e para não escandalizar os outros. Mas também as pessoas devem concentrar-se muito mais naquilo que lá estão a fazer em vez de estar a reparar no modo com os outros se apresentam…
• Não podemos ser mais antiquados nas ideias do que a nossa bela Igreja que nos vem da Idade Média. Em vez de olhar de soslaio e criticar quem só aparece às vezes, precisamos de melhor muito o acolhimento a quem chega…
• Quanto às pessoas que não vão à Missa ou só o fazem raramente, o Pároco não deve estar sempre a bater na mesma tecla. É contraproducente. Há mesmo quem diga que só ouve quem cumpre. Será dever de cada participante, pela palavra e pelo testemunho, ajudar familiares, amigos e vizinhos a descobrir a beleza da Eucaristia.
• O Grupo Coral, que teve uma quebra com as férias de Verão, precisa agora de “arrebitar”. Precisamos todos de chamar mais gente para lá, uma vez que a animação coral se destina a ajudar toda a assembleia a celebrar e a viver melhor a Eucaristia.

Plano Pastoral 2010/2011
Após explicação, análise e debate, foi unanimemente aprovado o Plano Pastoral 2010/2011.
Este Plano Pastoral surge num contexto específico, em que sobressaem três vertentes que o condicionam e o moldam:
1. A nível nacional. Todas as dioceses estão numa caminhada ao estilo sinodal. Procura-se escutar o que a Igreja diz à Igreja, procurando auscultar quais são os sinais de Deus no mundo e quais as luzes que o Espírito Santo vai acendendo na própria Igreja. Neste sentido, o Conselho pastoral indicou os representantes desta Paróquia na próxima reunião arciprestal que terá lugar em 16 de Janeiro.
2. A nível diocesano. O nosso Bispo já fez 75 anos e espera-se dentre de alguns meses que possa chegar o seu sucessor.
3. A nível paroquial. O Centro Paroquial, em construção, é absorvente tanto para o Pároco como para a comunidade.


Observação: Pode ver o Plano Pastoral aprovado na 3ª página do Sopé da Montanha, logo que ele esteja online. Pedimos a melhor atenção e a sua divulgação.

sábado, 23 de outubro de 2010

24 de Outubro: DIA MUNDIAL DAS MISSÕES


Também é preciso tomar consciência de que é toda a Igreja que é missionária, e que, portanto, ser cristão implica necessariamente ser missionário. Que o cristão não necessita de outra vocação para ser missionário: basta a vocação que tem. Que «cristão» e «missionário» não identificam duas figuras distintas nem duas vocações distintas, mas são qualificações inseparáveis do discípulo de Jesus. Que ninguém pode pensar que se pode ser, em primeiro lugar, cristão, e depois, se se sentir chamado e se quiser, vir também a ser missionário. Para o cristão, ser missionário é a sua maneira de ser, a sua identidade, a sua graça, é uma necessidade, é de fundo e não um adereço facultativo. A sua referência permanente é Jesus Cristo, e o seu horizonte são todos os corações.

D. António Couto

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

30º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C

Deus não está à venda


São muitas as tentativas para comprar Deus. O que está por detrás de tais gestos pouco humildes, são a tentativa de manipular Deus. Isto é, não são raros os que pensam que é possível fabricar um Deus à maneira de cada um e que com palavras benévolas a seu favor e contra os outros, podem dar a volta à misericórdia de Deus. Provavelmente, pensamos que podemos desviar a atenção de Deus escondendo os nossos desmandos com palavras mansas. Esta lógica da manipulação não se coaduna com o agir de Deus Pai/Mãe de Jesus. Não é a fé a única razão da dedicação à Igreja para muita gente. Mas muitos haverão, que se envolvem em grupos, movimentos e actividades da igreja não com a intenção de servir a comunidade, mas para se promoverem e mostrarem que são mais importantes que todos os outros e ganharem dinheiro com isso. Apontar os erros dos outros é sempre mais fácil. Mas, o valor de uma pessoa está na sua capacidade de reconhecer os seus defeitos e depois tentar melhorar sempre em cada hora da vida.
Jesus quis mostrar que não é com a exaltação pessoal que agradamos a Deus, mas com o reconhecimento das nossas falhas e dos nossos pecados. Reconheço portanto, que muitos haverão na igreja que sabem verdadeiramente estar ao serviço da comunidade sem interesse nenhum. Não reclamam qualquer reconhecimento. No silêncio da oração e do encontro com Deus mostram quanto a sua fé se alimenta de humildade e de fé verdadeira no Reino de Deus. Se meditamos assim, somos levados a concluir que Deus detesta ser comprado com ofertas bajuladoras, ritos anacrónicos e sem sentido, orações ocas e sem conteúdo, celebrações faustosas que enchem os olhos sem qualquer consistência na vida prática.
É um engano pensar que são as nossas muitas coisas que rezamos e celebramos que nos justificam. O que nos salva, é sempre a bondade e a misericórdia de Deus. E Ele salva e justifica quem reconhece a sua inutilidade e miséria, descobrindo que o amor e a justificação são gestos da profunda gratuidade de Deus. Nada em Deus está à venda, tudo é oferta de amor que se derrama em todos os corações disponíveis para o acontecer dessa graça.
E termino como o padre Victor Gonçalves na sua crónica-comentário a esta mesma parábola do Evangelho: «É a verdade de sermos pobres e necessitados de Deus, do seu amor e do seu abraço, que importa dizer e sentir. Por isso, “pecador” é quem quer mudar, é quem diz como o Jorge Palma: 'Enquanto houver estrada para andar/ A gente vai continuar/ Enquanto houver estrada para andar/ Enquanto houver ventos e mar/ A gente não vai parar/Enquanto houver ventos e mar'».

SER CRISTÃO IMPLICA NECESSARIAMENTE SER MISSIONÁRIO


1. A Conferência Episcopal Portuguesa tornou pública no passado dia 17 de Junho deste ano de 2010 uma Carta Pastoral intitulada «Como Eu vos fiz, fazei vós também». Para um rosto missionário da Igreja em Portugal. A presente Carta Pastoral surge como resposta a uma proposta do Congresso Missionário Nacional, realizado nos dias 3 a 7 de Setembro de 2008, em que se solicitava à CEP uma Carta de orientação da Missão em Portugal, no sentido de avivar a vocação missionária de todos os cristãos.

2. A Carta agora publicada, e que recolhe as melhores e mais incisivas orientações do magistério Conciliar e Papal, das Congregações Romanas, de importantes acontecimentos eclesiais (Aparecida, CAM 3 / COMLA 8), assenta em cinco traves mestras fundamentais e significativas: 1) «O primado da missão do amor»; 2) «Evangelização: o primeiro e o melhor serviço»; 3) «Todos evangelizados, todos evangelizadores»; 4) «Igrejas locais, sujeito primeiro da missão»; 5) «Fiéis leigos: contributo indispensável no coração do mundo».

3. Compulsando a documentação referida e recolhendo a sensibilidade missionária de outras Conferências Episcopais que mais se têm debruçado nos últimos anos sobre esta temática, vê-se bem que a missão ad gentes aparece cada vez mais como o horizonte permanente e o paradigma por excelência de toda a dinâmica e empenhamento pastoral. Neste sentido, é cada vez mais claro que a missão ad gentes não é tanto uma maneira de demarcar espaços a que haja que levar o primeiro anúncio do Evangelho, mas é mais o modo feliz, ousado, pobre, despojado e dedicado de o cristão sair de si mesmo por amor para, por amor, levar Cristo ao coração de cada ser humano, seja quem for, seja onde for.

4. É aqui que incide, porventura abrindo feridas na nossa compreensão empoeirada, o título desta Carta Pastoral, situando-nos no inevitável seguimento modelar de Cristo: «Como Eu vos fiz, fazei vós também» (Jo 13,15). É o como que nos desafia; não é o onde. Portanto, aqui também, e desde aqui, se pode e deve fazer como fez Cristo. A missão ad gentes não é tanto o que fazer; é o modo, o como fazer. E aí não nos resta senão ser cristãos e missionários ao jeito de Cristo: pobres e humildes, felizes e livres, sem coisas atrás, para que o anúncio do Evangelho seja mesmo «primeiro» e credível. É também aqui que se compreende que as comunidades europeias, de antiga tradição cristã, estejam a tomar consciência deste modo novo e «primeiro» de serem missionárias ad gentes. E também se compreende que tenham chegado a este caminho depois de verificarem o relativo (ou completo) insucesso da chamada «nova evangelização». Uma comunidade rica e parada, empoeirada, com estruturas ricas e pesadas, dificilmente será credível, não é mesmo credível.

5. Também é preciso tomar consciência de que é toda a Igreja que é missionária, e que, portanto, ser cristão implica necessariamente ser missionário. Que o cristão não necessita de outra vocação para ser missionário: basta a vocação que tem. Que «cristão» e «missionário» não identificam duas figuras distintas nem duas vocações distintas, mas são qualificações inseparáveis do discípulo de Jesus. Que ninguém pode pensar que se pode ser, em primeiro lugar, cristão, e depois, se se sentir chamado e se quiser, vir também a ser missionário. Para o cristão, ser missionário é a sua maneira de ser, a sua identidade, a sua graça, é uma necessidade, é de fundo e não um adereço facultativo. A sua referência permanente é Jesus Cristo, e o seu horizonte são todos os corações.

6. É claro. Já não basta converter ou reconverter estruturas. É mesmo necessário e preliminar que comecemos por nos convertermos nós ao estilo de Cristo, ao como de Cristo. Igreja de Portugal, é tempo de renascer!

António Couto
http://mesadepalavras.wordpress.com/

Bispos e Misericórdias

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O Bispo de Beja em crónica de opinião assinada na Rádio Pax admitiu que " o prestígio das Misericórdias fez com que por vezes alguns se servissem delas para usufruírem desse prestígio, ao contrário do que nos prescreve o Evangelho (...). D. António Vitalino Dantas deixou no ar algumas interrogações: "quem corrige quando há desvios? Quem é responsável quando alguma instituição se afasta das suas finalidades?"
D. António Vitalino indica que deveriam ser os próprios membros da associação a fazê-lo através dos seus órgãos, de acordo com os seus Estatutos mas nem sempre é possível pois, na opinião do bispo de Beja, "os órgãos são, por vezes, constituídos por pessoas incorporadas por compadrio e não segundo o espírito associativo próprio; neste caso o compromisso evangélico das obras de misericórdia".
"Quando os membros não se entendem, se fecham as admissões de irmãos, se fazem assembleias sem participação de irmãos e se tomam decisões ruinosas, quem tem a tutela para intervir? Quem as defende da ambição do poder político, como tem acontecido ao longo dos séculos? Quem aprova as actualizações e alterações do compromisso e dos Estatutos?", volta a questionar D. António. De acordo com o Bispo de Beja o decreto da Conferência Episcopal vem responder a todas estas questões. O Bispo considera que é necessário incentivar "o espírito associativo e fraterno, e todos ganharemos com a transparência e o cumprimento do compromisso cristão das Misericórdias".

In O Amigo do Povo

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ETERNIDADE

Fé, Esperança e Caridade

SALMO 54

A caridade dá os pés à esperança para caminhar até à meta da fé
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Creio em ti como rei,
espero em ti como pastor,
amo-te como pai.

Creio em ti como fonte,
espero em ti como rio,
amo-te como água viva.

Creio em ti como Senhor,
espero em ti como Mestre,
amo-te como amigo.

Creio em ti como sol,
espero em ti como chuva,
amo-te como pão.

Creio em ti como Deus,
espero em ti como Salvador,
amor-te como irmão.

Creio em ti neste silêncio,
espero em ti nesta cruz,
amo-te nesta Igreja.

Creio em ti porque és,
espero em ti porque vens,
amo-te porque estás.

http://tbcparoquia.blogspot.com/

De capacete

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Passei hoje um tempo com o Engª Paulo, o Arqº Carlos (autor do projecto), o Domingos (Comissão da Igreja) e o construtor da obra "Centro paroquial Santa Helena da Cruz."
Como mandam as regras, para se entrar na obra é preciso colocar o capacete e foi o que todos fizemos. Foi uma experiência. Não me recordo de alguma vez ter usado semelhante protector. Mas a partir de agora lá está o meu, assinalado com o meu nome.
Foi um tempo de análise de situações que sempre se colocam no desenrolar dos trabalhos, resolução e estudo.
Confesso que aquela linguagem técnica me passou ao lado, por isso resolveu quem tem que o fazer. Levantei e respondei a algumas questões atinentes a funcionalidades da construção que, aqui sim, cabe-me saber o que pretende a Paróquia.
Enquanto os técnicos dialogavam sobre pilares, materiais, a planta, e outros, eu abri o livro do futuro e deixei-me embalar pelo sonho. Vi as crianças a brincar em segurança, vi salas de catequese com as condições necessárias, vi os espaços com as novas tecnologias a serem utilizados por crianças, jovens e grupos paroquiais, vi espaços renovados e giros à disposição da comunidade.
Interrompi o sonho por uns meses. E que vi? Buracos a preencher, paredes a erguer, telhado a colocar, espaços a dividir ... Uma obra a levantar. No fundo, qual pedinte esfomeado, aquele espaço vira-se para toda a comunidade paroquial como quem pede: "Ajudem-me a crescer! Matem-me a fome de crescimento! Sejam generosos comigo! E saberei depois afagar os vossos filhos e acolher-vos a todos!"

Dia Mundial das Missões

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Todos os anos, no quarto domingo de Outubro, se celebra o Dia Mundial das Missões. É uma jornada em que somos convidados a pensar no nosso dever de sermos apóstolos da fé cristã e de ajudarmos os que partiram para outros países para ajudar e levar a Palavra de Cristo a todos os povos. É assim também uma festa da catolicidade e da solidariedade em favor da missão universal da Igreja.
Segundo as palavras de Paulo VI, o Dia Mundial das Missões é:

"Genial intuição de Pio XI". "Um grande acontecimento na vida da Igreja". "Uma oportunidade de fazer sentir a vocação missionária à Igreja, aos nossos irmãos no episcopado, ao clero, aos religiosos e religiosas e a todos os católicos". "Uma poderosa e insubstituível ajuda às missões". "Um afervoramento da fé tanto nas Igrejas de antiga fundação, como nas jovens Igrejas". "O grande dia da catolicidade".

Em suma: o Dia Mundial das Missões é viver juntos, fraternalmente e sem fronteiras, a alegria de ser filhos de Deus com um real universalismo missionário em colaboração intensa e espiritual e generosa ajuda material.

Na mensagem publicada pelo actual Papa para ajudar a esta celebração podemos ler: "Queremos ver Jesus" (Jo 12, 21), é o pedido que, no Evangelho de João, alguns gregos que chegaram a Jerusalém para a peregrinação pascal, dirigem ao Apóstolo Filipe. Ele ressoa também no nosso coração neste mês de Outubro, que nos recorda como o compromisso do anúncio evangélico compete a toda a Igreja, "missionária por sua própria natureza" (Ad gentes, 2), convidando-nos a tornarmo-nos promotores da novidade de vida, feita de relacionamentos autênticos, em comunidades fundadas no Evangelho. Numa sociedade multiétnica que experimenta cada vez mais formas preocupantes de solidão e de indiferença, os cristãos devem aprender a oferecer sinais de esperança e a tornar-se irmãos universais, cultivando os grandes ideais que transformam a história e, sem falsas ilusões nem medos inúteis, comprometer-se para fazer com que o planeta seja a casa de todos os povos.

Como os peregrinos gregos de há dois mil anos, também os homens do nosso tempo, talvez nem sempre conscientemente, pedem aos crentes não só que "falem" de Jesus, mas que "façam ver" Jesus, façam resplandecer o Rosto do Redentor em cada ângulo da terra diante das gerações do novo milênio e sobretudo diante dos jovens de cada continente, destinatários privilegiados e agentes do anúncio evangélico. Eles devem sentir que os cristãos levam a Palavra de Cristo porque Ele é a Verdade, porque n’Ele encontraram o sentido, a verdade para a sua vida».

Vivamos, pois, o Dia das Missões renovando a nossa fidelidade aos compromisso de sermos anunciadores do Evangelho e colaboradores daqueles que partiram.

In O Amigo do Povo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Bento XVI nomeia 24 novos Cardeais

Bento XVI anunciou esta Quarta-feira a convocação de um consistório para a criação de 24 novos Cardeais, 20 dos quais com direito a voto num eventual conclave para eleição de um Papa.

Entre os escolhidos estão 15 europeus, dez dos quais são italianos. Quatro africanos, dois norte-americanos, dois sul-americanos e um asiático completam a lista.

O terceiro consistório do actual pontificado (o último aconteceu em Novembro de 2007) vai ter lugar a 20 de Novembro e acontece num momento em que o número de Cardeais eleitores tinha descido para 102 - até final do próximo ano, esse número cairia para os 92.

O anúncio foi feito no final da audiência pública desta semana, na praça de São Pedro, Vaticano, perante mais de 20 mil pessoas.

Metade dos novos 20 Cardeais eleitores vem da Cúria Romana e vários outros chegam de sedes diocesanas habitualmente cardinalícias, como Varsóvia, Washington ou Munique.

Neste último caso, o futuro Cardeal Marx vai também tornar-se o mais novo dos Cardeais, com 57 anos de idade.

“A lista dos novos purpurados reflecte a universalidade da Igreja.Com efeito, eles vêm de várias partes do mundo e realizam diferentes tarefas ao serviço da Santa Sé ou no contacto directo com o povo de Deus, como padres e pastores. Convido-vos a rezar pelos novos Cardeais", afirmou o Papa.

Paulo VI fixou como número máximo de Cardeais eleitores os 120 - uma prática que foi mantida por João Paulo II -, mas esse valor já foi superado por Bento XVI anteriormente, o que volta a acontecer agora: no dia 20 de Novembro, os Cardeais eleitores serão 121 (num total de 203).

Nessa altura, a distribuição geográfica dos eleitores será a seguinte: 62 Cardeais da Europa (51% do total); 21 da América Latina e 15 da América do Norte; 12 de África, 10 asiáticos e um da Oceânia.

Portugal está representado nesta lista por D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, e D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa.

O actual Papa criara já 38 Cardeais (36 ainda vivos, 30 com direito a voto), desde o início do seu pontificado. Qualquer Cardeal é, acima de tudo, um conselheiro específico que pode ser consultado em determinados assuntos quando o Papa o desejar, pessoal ou colegialmente.

Os consistórios podem ser ordinários ou extraordinários. No Consistório ordinário reúnem-se os Cardeais presentes em Roma, outros Bispos, sacerdotes e convidados especiais.

Ao consistório extraordinário são chamados todos os Cardeais e celebra-se quando o requerem algumas necessidades especiais da Igreja ou assuntos de maior gravidade.

Durante o período de "Sede vacante", após a morte do Papa, o Colégio Cardinalício desempenha uma importante função no governo geral da Igreja e também no governo do Estado da Cidade do Vaticano.

Os requisitos para ser criado Cardeal são, basicamente, os mesmos que estabeleceu o Concílio de Trento na sua sessão XXIV de 11 de Novembro de 1563: homens que receberam a ordenação sacerdotal e se distinguem pela sua doutrina, piedade e prudência no desempenho dos seus deveres.

Lista dos novos Cardeais

(Cúria Romana)

Angelo Amato (Itália) - Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos

Fortunato Baldelli (Itália) - Penitenciário-mor

Raymond Leo Burke (EUA) - Prefeito do Tribunal da Assinatura Apostólica

Velasio De Paolis (Itália) - Prefeito para os Assuntos Económicos e Comissário dos Legionários de Cristo

Francesco Monterisi (Itália) - Arcipreste da Basílica papal de São Paulo fora de muros, em Roma

Kurt Koch (Suíça) - Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos

Gianfranco Ravasi (Itália) - Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura

Paolo Sardi (Itália) - Pro-patrono da Ordem de Malta

Robert Sarah (Guiné-Conakry) - Presidente do Conselho Pontifício Cor Unum

Mauro Piacenza (Itália) - Prefeito da Congregação para o Clero.

(Dioceses)

Antonio Naguib - Patriarca de Alexandria dos Coptas (Egipto), relator geral do Sínodo para o Médio Oriente

Paolo Romeo - Arcebispo de Palermo (Itália)

Reinhrad Marx - Arcebispo de Munique (Alemanha)

Kazimierz Nycz - Arcebispo de Varsóvia (Polónia)

Donald William Wuerl - Arcebispo de Washington (EUA)

Laurent Monsengwo Pasinya - Arcebispo de Kinshasa (R. D. Congo)

Medardo Joseph Mazombwe - Arcebispo emérito de Lusaka (Zâmbia)

Albert Malcom Ranjith Patanbendige Don - Arcebispo de Colombo (Sri Lanka)

Raul Eduardo Vela Chiriboga - Arcebispo emérito de Quito (Equador)

Raymundo Damasceno Assis - Arcebispo de Aparecida (Brasil)

(Não-eleitores)

Elio Sgreccia (Itália) - Ex-presidente da Academia Pontifícia para a Vida

José Manuel Estepa Llaurens (Espanha) - Ex-arcebispo militar na Espanha e colaborador na redacção do Catecismo da Igreja Católica

Walter Brandmueller (Alemanha) - Ex-presidente da Comissão Pontifícia de Estudos Históricos

Domenico Bartolucci (Itália) - Ex-director musical da Capela Sixtina

In ecclesia

Veja aqui também o post "Colégio Cardinalício: notas históricas".

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ORAÇÃO PELAS MISSÕES


-Espírito Santo,
que desceste sobre os Apóstolos
e os fizestes anunciadores
do Evangelho:
derrama os teus dons
sobre cada um de nós
e torna-nos sensíveis aos apelos
e às necessidades dos nossos irmãos;
desperta nos nossos corações
o ideal missionário;
dá força e coragem a todos quantos
se entregaram ao serviço da MISSÃO.
Amen

Redescobrir a Missão

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D. António Couto, presidente da Comissão Episcopal para as Missões, aborda a actualidade missionária em Portugal, destacando a dinâmica que se quer imprimir a partir da carta pastoral «Para um rosto missionário da Igreja em Portugal».

Acompanhe aqui

Uma carta para o meu catequista

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Veja aqui!

Esta carta é importante para:
- pais
- catequistas
- professores
- avós
- padrinhos
- jovens
- comunidade

A todos interessa. Sem distinção.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Folha amarrotada

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-- Há circunstâncias na vida que nos fazem perder a serenidade e magoar alguém: talvez com uma palavra grosseira, talvez com uma atitude brusca, talvez com uma afirmação injusta ou falsa que fazem sofrer.
Certa professora tinha na sua turma um rapaz que se irritava com facilidade e ofendia os companheiros. O ambiente tornava-se pesado, sem bom entendimento entre eles..
Um dia, ela decidiu dar uma lição bem fácil de compreender a todos os alunos. Chamou o aluno mal educado, entregou-lhe uma folha de papel branco muito perfeita e lisa e mandou-o amassar aquela folha. O rapaz dobrou-a, amarrotou-a até fazer um bola de papel. Depois a professora ordenou-lhe que alisasse a folha.
O aluno desfez a bola de papel, e começou a desdobrar e alisar a folha o melhor que pôde. Mas, por mais que tentasse alisar, as rugas da dobragem permaneciam bem visíveis no papel.
A professora chamou a atenção de todos e explicou-lhes a lição que pretendia dar-lhes: Quando ofendemos alguém – os pais, os professores, os companheiros, qualquer pessoa – produzimos marcas dolorosas – às vezes profundas – no coração dessas pessoas. Depois, talvez arrependidos, peçamos desculpa, peçamos perdão pelas nossas ofensas. Mas as marcas no coração dessas pessoas ofendidas nunca mais desaparecerão totalmente, como as rugas na folha de papel amarrotado.
O bom entendimento, o respeito mútuo, criam um ambiente de bem-estar, de felicidade: em família, nas escolas, nas empresas, nas instituições, nas comunidades cristãs, em toda a parte.
Evitemos as palavras duras que ofendem. As atribuições tantas vezes falsas que prejudicam e fazem sofrer.
Falemos somente quando as nossas palavras forem tão suaves e inofensivas como o silêncio.
Mário Salgueirinho

domingo, 17 de outubro de 2010

Jovem Engenheiro parte para as Missões

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No passado dia 8 de Outubro, partiu para S. Tomé o jovem engenheiro químico Nuno Fonseca. É natural da paróquia de Santa Comba Dão onde fez os seus estudos secundários. Aluno brilhante, fez a licenciatura e doutoramento em Lisboa e estagiou na Total, em Toulouse (França) e na Petrobrás, no Rio de Janeiro.

A sua fé cristã e a sua sensibilidade pelo necessitados Ievou-o a inscrever-se nos 'Leigos para o Desenvolvimento', da responsabilidade dos Jesuítas. Fez longa e tensa preparação e foi um dos seleccionados para partir em Missão.
Vai com a finalidade de, em Santa Catarina - S. Tomé, erguer e dar alma a um Centro de apoio aos idosos.
Recordamos aqui outra jovem da nossa Diocese de Viseu que também esteve durante dois anos em S. Tomé, integrada no mesmo movimento - a Fátima Rodrigues.
Fazemos votos de que o Nuno se sinta bem nesta generosa aventura. Temos a certeza de que o mundo vai ficar um pouco melhor.

Fonte: Jornal da Beira, 14-10-2010

Onde nasceu Jesus?

sábado, 16 de outubro de 2010

SEMANA DAS MISSÕES

No domingo, 24 de Outubro de 2010, é o DIA MUNDIAL DAS MISSÕES.

A Igreja NÃO é missionária por capricho, por moda, por mania, por proselitismo.

A Igreja é missionária por essência. Quer dizer que a Igreja ou é missionária, ou não é a Igreja de Cristo. «Ide por todo o mundo, anunciai a Boa-Nova a toda a criatura…» (Mc 16,15).

Como posso então ser missionário (a)?

- Pela oração e pelo oferecimento da vida - trabalhos, alegrias e sofrimentos. Santa Teresinha do Menino Jesus é Padroeira das Missões e nunca saiu do convento. Ela ofereceu os seus sofrimentos e rezou perseverantemente pelas missões, pedindo a Deus que nunca faltassem os anunciadores do Evangelho e para que as pessoas abrissem o coração à Fé.
- Pelo despertar missionário. Pais, avós, padrinhos, catequistas, comunidade, são chamados a ser "despertadores". A nossa gente nova - e não só - anda adormecida pelo materialismo e superficialidade da vida actual e muitas vezes nem se apercebe da mensagem que Deus deixou no telemóvel do seu coração...
- Pela partilha de bens, mormente no próximo Dia Mundial das Missões. Como lembra o Papa, se as missões estão ao serviço do anúncio de Cristo, único Salvador do Mundo, e do Seu Reino eterno, elas também realizam um importantíssimo e notável serviço de promoção da dignidade humana, especialmente nos países do 3º e 4ª mundos. Em muitos dessas zonas, as missões são o principal meio de combater a fome, a miséria, promovendo a escolaridade, serviços de saúde, apoio a refugiados, ensinando a tirar da agricultura melhores proventos...

"...também os homens do nosso tempo, talvez nem sempre conscientemente, pedem aos crentes não só que "falem" de Jesus, mas que "façam ver" Jesus, façam resplandecer o Rosto do Redentor em cada ângulo da terra diante das gerações do novo milénio e sobretudo diante dos jovens de cada continente, destinatários privilegiados e agentes do anúncio evangélico. Eles devem sentir que os cristãos levam a Palavra de Cristo porque Ele é a Verdade, porque n'Ele encontraram o sentido, a verdade para a sua vida." - Bento XVI

Veja aqui a MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL 2010.

29º Domingo do Tempo Comum - Ano C

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COM UM NÓ CEGO NO CORAÇÃO OU SOB O PÁLIO DE DEUS?

1. Depois da semente pequenina, pequenina, que é a fé, e que pode virar do avesso a nossa vida, depois do samaritano leproso curado, agradecido a Jesus e salvo, eis-nos, neste Domingo XXIX do Tempo Comum, perante uma viúva desprotegida no campo social, económico e jurídico, mas persistente no seu clamor por justiça.

2. A Bíblia insiste que ninguém deve afligir ou menosprezar uma viúva ou um órfão, pois se o fizer, e se a viúva ou o órfão gritarem a Deus, o seu grito será escutado e os seus opressores duramente castigados (Êxodo 22,21-23). Juntamente com o estrangeiro e o pobre, a viúva e o órfão fazem parte do rol das chamadas personae miserabiles, pessoas sem protecção social, económica ou jurídica, mas que, para sua defesa, podem contar sempre com a mão protectora de Deus, que sobre elas coloca o seu manto protector ou pálio.

3. A impressão da pobre viúva do Evangelho de hoje (Lucas 18,1-8) é que o seu pedido esbarra contra uma porta fechada, que tem por detrás o coração fechado com nó cego de um juiz agnóstico, portanto, sem Deus, e insensível, incapaz de se condoer com as dores seja de quem for. O retrato que dele faz o narrador mostra-nos um juiz fechado a Deus e aos homens, que ostenta um coração empedernido, e não um «coração que vê», para usar a bela expressão do Papa Bento XVI.

4. Sem nunca abrir a porta ou o coração aos apelos da viúva, o juiz de coração fechado com nó cego acaba, todavia, por ceder aos gritos persistentes da viúva, não porque o seu coração se tenha amaciado ou o nó cego desatado, mas para se ver livre do incómodo causado pelos gritos persistentes da viúva.

5. Do menor para o maior, à boa maneira rabínica. Se assim faz o juiz de coração fechado com nó cego, quanto mais e mais depressa fará Deus aos seus eleitos que a Ele gritam dia e noite?

6. Note-se que o narrador nos dá a chave logo no início, para podermos abrir a parábola e entrar na sua correcta compreensão. Na verdade, introduz-nos assim na parábola: «Disse-lhes uma parábola sobre a necessidade de REZAR sempre, sem descanso» (Lucas 18,1). E no final insiste nos eleitos que gritam a Deus dia e noite (Lucas 18,7). Rezar com persistência. Não tanto para que Deus faça agora o que lhe pedimos, mas para que a nossa fé permaneça! «Quando vier o Filho do Homem, encontrará a fé sobre a terra?» (Lucas 18,8).

7. É, de resto, sabido que o Evangelho de Lucas é também conhecido como o Evangelho da oração. Aqui deixamos, para quem o desejar e achar útil, os principais acenos. 1) Este Evangelho apresenta cenários de oração a abrir (Lucas 1,10 e 13; 2,37) e a fechar (Lucas 24,53), formando aquilo que se chama uma inclusão literária ou envelope, como que a dizer que o inteiro Evengelho está repleto de oração. 2) Este Evangelho é de longe o que apresenta mais vezes Jesus a rezar sozinho, como modelo de oração: Lucas 3,21; 5,15-16; 6,12-16; 9,18-20; 9,28-36; 10,21; 11,1; 22,31-32; 22,39-46; 23,33-34; 23,44-46). 3) É este Evangelho que nos apresenta as mais belas e inesquecíveis figuras de oração: Maria, com o magnificat (Lucas 1,46-55); Zacarias, com o benedictus (Lucas 1,68-79); Simeão, com o nunc dimittis (Lucas 2,29-32); o coro celeste, com o gloria in excelsis (Lucas 2,14). 4) É ainda este Evangelho que salienta alguns traços fundamentais da oração: a persistência, no chamado «amigo importuno» (Lucas 11,5-13) e na figura de hoje, a «viúva importuna» (Lucas 18,1-8), e a humildade, como veremos no próximo Domingo, na parábola do fariseu e do publicano (Lc 18,10-14).

8. Não se pode descurar hoje a colagem ao belo modelo de oração da viúva, do texto do Êxodo 17,8-13, que nos mostra Moisés também a rezar sem descanso no cimo da colina. Salta à vista que a vitória sobre Amalec não resulta da espada de Josué, mas da oração de Moisés! É como quem diz que a oração dia e noite, sem descanso, é a chave da nossa vida em todas as suas circunstâncias.

9. É ainda de uma beleza inexcedível o alcance dos versículos 15 e 16 do mesmo Capítulo 17 do Livro do Êxodo que estamos a seguir. Yahveh-nissî, a bandeira ou o pálio de Yahveh nas minhas mãos. É outra vez o manto ou o pálio carinhoso de Deus que nos protege sempre. Usamo-lo nas procissões, mas também nas horas mais dramáticas, quando precisarmos de «cuidados paliativos»… Foi a este manto, a este «pálio», que a medicina foi buscar o «paliativo». Saiba-o ou não. Porque não o devia nunca esquecer. Com quanto carinho devemos saber envolver os sofredores, os pobres, as viúvas e os órfãos, os deserdados, e os moribundos…

António Couto
http://mesadepalavras.wordpress.com/

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

CHAMAVA-SE TERESA E ABALOU A IGREJA

Hoje é dia de Sta. Teresa, mulher de grande visão e enorme arrojo.

Passeou pelo século XVI como um meteoro que abalou a Igreja. Podemos dizer que se deve a ela uma das maiores reformas de todos os tempos.

Ela apelou para a prioridade de Deus. Foi a partir da centralidade da experiência de Deus que encetou todo um projecto de vida (pessoal e comunitária) que visa apenas ser-Lhe mais fiel.

É célebre um dos seus poemas magníficos: «Nada te turbe, nada te espante, tudo passa, Deus não muda, a paciência tudo alcança; quem a Deus tem nada falta: só Deus basta».

A humildade ocupou um lugar preponderante no seu crescimento e na sua afirmação. Diz que «uma vez estava a considerar por que razão era Deus tão amigo da humildade. E logo se me pôs diante isto: é porque Deus é a suma Verdade, e a humildade é andar na Verdade».

Dir-se-á que qualquer um sabe isto. Mas uma coisa é o que todos poderão saber. Outra coisa, bem diferente, é que nós podemos, ou não, ver. Em Sta. Teresa resplandeceu a humildade na verdade.

Será que em nós também reluz a verdade na humildade?

Fonte: aqui

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O sofrimento, o silêncio de Deus e a oração

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Porque é que Deus permite???
Porque é que Deus permite que tantos milhões de homens sobrevivam em condições tão degradantes? Porque é que os maus e injustos praticam arbitrariedades sem conta sobre os mais débeis e nenhum mal lhes acontece? Como é que Deus aceita que 2.800 milhões de pessoas (cerca de metade da humanidade) vivam com menos de três euros por dia? Como é que Deus não intervém quando certas doenças incuráveis ameaçam dizimar os pobres dos países do quarto mundo, perante a indiferença da comunidade internacional? Onde está Deus quando as ditaduras ou os imperialismos maltratam povos inteiros? Deus não intervém porque não quer saber dos homens e é insensível em relação àquilo que lhes acontece?
Deus não é indiferente aos gritos de sofrimento dos pobres e não desistiu de intervir no mundo, a fim de construir o novo céu e a nova terra de justiça, de paz e de felicidade para todos… Simplesmente, Deus tem projectos e planos que nós, na nossa ânsia e impaciência, não conseguimos perceber. Deus tem o seu ritmo – um ritmo que passa por não forçar as coisas, por respeitar a liberdade do homem…
A nós resta-nos respeitar a lógica de Deus, confiar n’Ele, entregarmo-nos nas suas mãos.

Para que Deus e os seus projectos façam sentido ou, pelo menos, para que a aparente falta de lógica dos planos de Deus não nos lancem no desespero e na revolta, é preciso manter com Ele uma relação de comunhão, de intimidade, de diálogo. Através da oração, percebemos quem Deus é, percebemos o seu amor e a sua misericórdia, descobrimos a sua bondade e a sua justiça… E, dessa forma, constatamos que Ele não é indiferente à sorte dos pobres e que tem um projecto de salvação para todos os homens. A oração é o caminho para encontrarmos o amor de Deus.

O diálogo que mantemos com Deus não pode ser um diálogo que interrompemos quando deixamos de perceber as coisas ou quando Deus parece ausente; mas é um diálogo que devemos manter, com perseverança e insistência. Quem ama de verdade, não corta a relação à primeira incompreensão ou à primeira ausência. Pelo contrário, a espera e a ausência provam o amor e intensificam a relação.

A oração não é uma fórmula mágica e automática para levar Deus a fazer-nos as “vontadinhas”…
Muitas vezes, Deus terá as suas razões para não dar muita importância àquilo que Lhe pedimos: às vezes pedimos a Deus coisas que nos compete a nós conseguir (por exemplo, passar nos exames); outras vezes, pedimos coisas que nos parecem boas, mas que a médio prazo podem roubar-nos a felicidade; outras vezes, ainda, pedimos coisas que são boas para nós, mas que implicam sofrimento e injustiça para os outros… É preciso termos consciência disto; e quando parece que Deus não nos ouve, perguntemos a nós próprios se os nossos pedidos farão sentido, à luz da lógica de Deus.

Fonte: aqui

Obras da Carne, Frutos do Espírito

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Ao abrirmos a Bíblia no Novo Testamento e procurarmos Carta de São Paulo aos Gálatas (Gl 5, 18-25) que Palavra é que encontramos?
Vale a pena reparar:
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As obras da carne:
fornicação,
libertinagem,
devassidão,
idolatria,
feitiçaria,
inimizades,
contendas,
ciúmes,
iras,
intrigas,
discórdias,
facções,
invejas,
bebedeiras,
orgias,
e coisas semelhantes a estas.

Porém, o fruto do Espírito é:
caridade,
alegria,
paz,
longanimidade,
benignidade,
bondade,
lealdade,
mansidão,
continência.

Se vivemos pelo Espírito, procedamos também segundo o Espírito, corretamente, aponta-nos o Apóstolo.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

93.º aniversário da última aparição de Maria na Cova da Iria

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Fátima alegra-se com resgate de mineiros no Chile




O Santuário de Fátima recordou hoje as 33 vítimas do desabamento de terra na mina de São José, no Chile, que começaram a ser resgatados esta manhã, após 69 dias a 700 metros debaixo da superfície.

“O nosso pensamento neste momento vai com alegria para o Chile, onde estão a ser resgatados os mineiros que estavam soterrados”, disse com sorriso largo o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, na missa da peregrinação de 13 de Outubro, acrescentando: “Demos graças a Deus e Nossa Senhora”.

A celebração, que reuniu milhares de fiéis, entre os quais um cardeal, 12 bispos e 343 padres e diáconos, foi presidida pelo cardeal D. Geraldo Majella Agnelo, a quem D. António Marto agradeceu a presença e pediu que levasse “um grande abraço para o povo brasileiro, um abraço tão grande como daqui ao Brasil”.

Na homilia, o presidente da peregrinação, D. Geraldo Majella Agnelo, afirmou que Maria “recorda-nos que a beleza do ser humano está toda no vínculo do amor” com Deus e que “a plenitude da nossa liberdade está na resposta positiva que lhe damos”.

“Nos diferentes momentos da luta quotidiana”, muitos “encontram a ternura e o amor de Deus no rosto de Maria”, referiu o arcebispo de São Salvador da Bahia, acrescentando que a visita da mãe de Cristo à Cova de Iria “tornou-se memória cheia de confiança na sua intercessão para aqueles que recorrem à sua protecção”.

Com Jacinta, Francisco e Lúcia, crianças a quem Maria apareceu entre Maio e Outubro de 1917, “aprendemos da Senhora de Fátima o rosário e orações” que ajudam os crentes a “rezar e conhecer” a vontade de Deus, num tempo “pleno de interrogações e tentações”.

O cardeal, que no próximo dia 19 completa 77 anos, salientou que a espiritualidade associada à figura de Maria é um dos elementos fundadores do cristianismo: “Ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária, imprimindo-lhe um selo mariano que a identifica profundamente”.

Um quarto da homilia foi dedicada a descrever as principais expressões da “veneração” a Maria, sobretudo no mundo cristão católico e ortodoxo, “antes de tudo” com “a oração litúrgica”, e também mediante “formas de piedade e devoção”.
In ecclesia

SOPÉ DA MONTANHA NA INTERNET


---Veja aqui

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Catecismo da Igreja Católica

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O que significa o Coração de Jesus?
Jesus conheceu-nos e amou-nos com um coração humano. O Seu coração trespassado para nossa salvação é o símbolo daquele infinito amor com o qual Ele ama o Pai e cada um dos homens.

Que significa a palavra «Encarnação»?
A Igreja chama «Encarnação» ao mistério da admirável união da natureza divina e da natureza humana na única Pessoa divina do Verbo. Para realizar a nossa salvação, o Filho de Deus fez-se «carne» (Jo 1,14) tornando-se verdadeiramente homem. A fé na Encarnação é o sinal distintivo da fé cristã.

Em que sentido Jesus é o «Filho Unigénito de Deus»?
No sentido único e perfeito. No momento do Baptismo e da Transfiguração, a voz do Pai designa Jesus como seu «Filho predilecto». Apresentando-se a Si mesmo como o Filho que «conhece o Pai» (Mt 11,27), Jesus afirma a Sua relação única e eterna com Deus Seu Pai. Ele é «o Filho Unigénito de Deus» (1 Jo 2, 23), a segunda Pessoa da Trindade. É o centro da pregação apostólica: os Apóstolos viram «a Sua glória, como de Unigénito do Pai» (Jo 1, 14).

Cristo tinha um verdadeiro corpo humano?
Cristo assumiu um verdadeiro corpo humano, através do qual Deus invisível se tornou visível. Por esta razão, Cristo pode ser representado e venerado nas santas imagens.

Fonte: Catecismo da Igreja Católica (aqui)

O Livro da Verdade 7: a Sagrada Escritura

Apocalipse
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Apocalipse quer dizer revelação.
O Apocalipse de São João é um livro escrito em linguagem figurada, porque se dirige aos cristãos em tempo de perseguição. Apresenta Jesus Ressuscitado como Senhor da história, e mostra como os cristãos O devem anunciar e testemunhar sem medo.
Este livro é alimento para a fé e fortalecimento para a esperança do povo oprimido. Para esse povo, a salvação não consiste simplesmente em melhorar a situação, mas em transformá-la radicalmente, fazendo nascer um novo mundo de justiça, fraternidade e partilha.

Fica assim concluída esta publicação sobre a Sagrada Escritura, a qual espero que de alguma forma tenha contribuído para que as pessoas ficassem a conhecer mais e melhor este livro tão antigo, tão verdadeiro e tão importante que a todos pode ajudar neste período tão difícil da nossa vida.

Fonte: CARITAS IN VERITATE

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Hoje, 11 de Outubro, é o dia litúrgico do Beato João XXIII, o Papa bom.

A sua memória ocorre neste dia porque é nele que se assinala o 48º aniversário do grande evento que ele inaugurou: o Concílio Vaticano II.
Relembrar João XXIII é sempre agradabilíssimo e reconfortante.
João XXIII, o Papa Bom e o Bom Papa.

O Papa da bondade sobre a qual afirma: "Não há nada mais excelente que a bondade. A inteligência humana pode procurar outros dons eminentes, mas nenhum deles se pode comparar à bondade."

Para ele, a Igreja tem um rosto materno: a sua tarefa é manter os “braços abertos para receber todos”. É uma “casa para os outros” que “quer ser de todos e, particularmente, a Igreja dos pobres, como a fonte da aldeia”, sem distinção de raça ou religião.

Frases Papa João XXIII

"O mundo julga pelas aparências e quase sempre se engana."

"A justiça defende-se com a razão, e não com as armas. Não se perde nada com a paz, e pode perder-se tudo com a guerra."

"Consulte não a seus medos mas a suas esperanças e sonhos. Pense não sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se não com o que você tentou e falhou, mas com aquilo que ainda é possível a você fazer."

domingo, 10 de outubro de 2010

Vale a pena conhecer esta jovem


Hoje faço um intervalo e deixo para trás as Instituições da Igreja que estão em campo a ajudar os mais desprotegidos. Isto por que no Sábado, dia 25 de Setembro, foi beatificada uma jovem igual a tantas outras. Andava na escola, vestia jeans, calçava ténis e era uma amante do desporto.
Esta rapariga nasceu na cidadezinha de Sasselo, no norte da Itália, há 38 anos e faleceu há 20. Filha única de pais que esperaram 11 anos pela gravidez tão desejada. Segundo a família, desde pequena demonstrou muita preocupação com os mais necessitados e no Jardim da Infância dizia que queria ser médica para cuidar dos doentes na África.

Os amigos contam que ela era uma criança alegre e bastante activa, mas com grande sensibilidade para as coisas divinas. Viveu a sua grande espiritualidade e pouco a pouco envolveu também os pais na proposta de colocar Deus em primeiro lugar de sua vida.
Não é comum que o rigoroso processo de canonização da Igreja reconheça tão rapidamente as virtudes de um cristão e o apresente como modelo de vida a ser seguido. No caso de Chiara Badano é ainda notável que as autoridades eclesiais se tenham convencido que uma moça de apenas 18 anos tenha alcançado um elevado grau de maturidade espiritual.

A simpatia por Chiara parece ter relação com o seu estilo de vida absolutamente comum, combinado com uma fé religiosa demonstrada de modo particular um ano antes da sua morte, quando soube que tinha um tumor maligno nos ossos.

Na adolescência dividiu-se entre os estudos e a prática do desporto. Mas um dia começou a sentir fortes dores no ombro esquerdo. Exames confirmaram que ela tinha um osteossarcoma, um tumor maligno muito grave. Os pais contam que ao receber o diagnóstico ela se fechou no quarto por 25 minutos em silêncio. Ao sair, disse sorrindo à mãe que tinha conversado com Jesus através de uma oração e que estava disposta a aceitar o difícil tratamento que viria: "Se é o que você quer, Jesus, é o que eu quero também".
O bispo de Turim visitou-a no hospital e confirmou que todos, inclusive médicos ateus, ficavam desconcertados com o clima de paz e alegria que a jovem irradiava. Os amigos que a visitavam para consolá-la voltavam para casa consolados. Pouco antes de falecer, ela revelou: "Vocês não podem imaginar como é agora o meu relacionamento com Jesus... Sinto que Deus me pede algo mais, algo maior. Talvez seja ficar neste leito por anos, não sei. Interessa-me unicamente a vontade de Deus, fazê-la bem no momento presente: aceitar os desafios de Deus. Se agora me perguntassem se quero andar (a doença chegou a paralisar as pernas com contracções muito dolorosas), eu diria não, porque assim estou mais perto de Jesus".

In O Amigo do Povo

sábado, 9 de outubro de 2010

CHEGUEI!

Sou o Amadeu e é com alegria que me encontro no meu estagio pastoral na paróquia de Tarouca.
Espero que este ano seja de crescimento a todos os aspectos quer para mim quer para a paróquia, conto com a vossa ajuda e eu darei a minha.

" facto de não me casar não me priva do amor"

Domingo XXVIII do Tempo Comum - Ano C


-UM CORAÇÃO SAMARITANO

1. De há muito que seguimos Jesus no seu caminho para Jerusalém. No seu caminho, que é o nosso itinerário ou currículo de formação. É por isso que devemos pôr toda a atenção em tudo o que se passa. No episódio do Evangelho proclamado no Domingo passado (XXVII do Tempo Comum), Lucas 17,5-10, fomos nós que pedimos a Jesus: «Aumenta a nossa fé!» (Lucas 17,5). E Ele foi ao campo buscar a metáfora da semente pequenina e do serviço humilde e dedicado do servo que serve em tudo e sempre o seu Senhor.

2. No seguimento imediato, o Evangelho proclamado neste Domingo XXVIII do Tempo Comum, Lucas 17,11-19, continua a glosar a temática da fé, e põe diante de nós dez leprosos que empregam todas as suas forças para, com voz grande, se fazerem ouvir por Jesus. Hoje são eles que dirigem a Jesus o seu pedido, e fazem-no nestes termos: «Jesus, Mestre, Faz-nos Graça!» (Lucas 17,13). Aquele «Faz-nos Graça!» soa, no texto grego, eléêson hêmãs, cujo eco ainda hoje ressoa no nosso «Kýrie, eléêson» («Senhor, Faz Graça»). «Faz Graça» é um dizer muito bíblico com que nós pedimos a Deus que, como uma mãe cheia de ternura, nos embale nos seus braços e olhe para nós com o seu olhar carregado de bondade maternal.

3. Note-se que os leprosos, devido à sua doença contagiosa, eram excluídos da sociedade, literalmente excomungados, e obrigados a andar longe dos povoados, não se podendo aproximar de ninguém. E, à vista de alguém, deviam gritar: «Impuro, impuro!», para que as pessoas se desviassem deles (Levítico 13,45-46).

4. Jesus escuta o seu pedido, e manda que se vão apresentar aos sacerdotes, para que estes, dentro das suas competências (Levítico 13,2-3), os pudessem declarar curados da lepra. Eles partem, sinal da plena confiança que depositam em Jesus, pois, quando se pôem a caminho, ainda continuam possuídos pela lepra. Na verdade, é depois de partirem, enquanto caminham, que se sentem curados! (Lucas 17,14).

5. O centro do episódio começa agora. Os holofotes do narrador põem em grande destaque um dos dez leprosos que, sentindo-se curado, interrompeu a sua viagem e voltou para trás, louvando a Deus com voz grande, e veio agradecer a Jesus, prostrando-se aos seus pés! O narrador informa-nos que era um samaritano (Lucas 17,15-16), portanto herético, estrangeiro, da região «daquele estúpido povo que habita em Siquém» (Ben-Sirá 50,26).

6. Jesus louva a fé deste excluído, e deixa entender que a fé não consiste simplesmente em cumprir ordens, mas também em proclamar a boa nova da salvação, em reconhecer a graça recebida diante daquele que a concedeu, com uma voz tão grande como o grito com que antes se lha pediu. Esta voz nova de louvor e de alegria precede mesmo o cumprimento dos ritos de purificação, precede qualquer rito, interrompe qualquer viagem, passa à frente de qualquer negócio. É já a segunda vez que Lucas nos mostra um samaritano a interromper a sua viagem. A primeira vez é quando um samaritano se debruça por amor sobre um homem meio morto (cf. Lucas 10,33-34). O viajante mesmo é Jesus. O seu discípulo, atento e sensível, segue o Mestre, e, ao seguir o Mestre, corta estradas velhas, abre estradas novas! Parte sempre de Jesus, chega sempre a Jesus.

7. Dá-nos, Senhor, um coração samaritano.
Fonte: aqui

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

“OU VIVEMOS TODOS JUNTOS COMO IRMÃOS OU MORREMOS TODOS JUNTOS COMO IDIOTAS! (Dr. Martin Luther King)

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CONCLUSÕES DA REUNIÃO:

•A religião muçulmana, é a que mais cresce em número nos Estados Unidos, especialmente nos grupos minoritários.

•No mês passado, assisti a uma classe de treinamento, para manter as minhas condições de segurança no departamento de prisões do estado.

•Durante a reunião, foram apresentados três dos intervenientes que dissertaram sobre o tema: Um sacerdote católico, um pastor protestante e um imã muçulmano, que nos deram diversas explicações. Na minha qualidade de capelão, interessava-me sobretudo o que o imã islamico diria.

•O imã, fez uma completa e detalhada apresentação da sua religião de base do islamismo, apresentando inclusivé alguns vídeos.

•Depois das apresentações, foi concedido um tempo para perguntas e respostas.

•Quando chegou à minha vez, perguntei ao imã:

•Por favor, corrija-me se me equivoco, mas segundo entendo, a maioria dos imãs e clérigos do islão, declararam a “JIHAD” (guerra santa), contra os infiéis de todo o mundo. De modo que matando um infiel, que é uma ordem para todos os muçulmanos, têm assegurado um lugar no céu. Se assim é... pode dar-me uma definição de infiel?

•Sem discutir minhas palavras, o imã disse: “São os não crentes”.

•Questionei: Permita assegurar-me que o entendi bem: A todos os seguidores de Alá, é-lhes ordenado que matem a todo aquele que não é da sua fé, para poderem ir para o céu? Está correcto?

•A expressão da sua cara mudou de uma autoridade para a de uma criança apanhada em flagrante a ir à caixa das bolachas. Com ar envergonhado respondeu: ASSIM É!

•Acrescentei: pois bem senhor imã, tenho um verdadeiro problema quando imagino se o Papa Bento XVI ordenasse as todos os católicos que matassem todos os muçulmanos e que o Dr. Stanley ordenesse a todos os protestante que fizessem o mesmo para também poderem ir para o céu...

•O imã ficou mudo.

•Continuei: Também estou com um problema que é ser seu amigo, quando o senhor e os seus colegas, dizem aos seus pupilos que me matem. O que preferiria o senhor: a Alá que lhe ordena matar-me para poder ir para o céu ou a Jesus que me ordena amá-lo a sí, para que eu vá para o céu e que o leve comigo.

•Podia-se ouvir caír uma agulha no chão de tanto silêncio, quando o imã inclinou a cabeça de vergonha.
Rick Mathes – Capelão de prisões (USA)