quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Padre estava cansado...

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Neste tempinho de férias, participei nas Eucaristias dominicais com minha família lá no local onde estava a descansar.
Sabe-me muito bem viver a Eucaristia "do outro lado", uma vez ou outra durante o ano. Toda a assembleia é uma assembleia celebrante.
Na última Eucaristia em que participei, era vísivel o cansaço do sacerdote que presidiu à celebração. Até um dos meus sobrinhitos se apercebeu:
- Ó tio, o senhor padre estava cansado, não estava?
Pese todo o esforço palpável, faltou entusiasmo, fluidez, envolvência. Digamos, que a celebração "se arrastou". Mas como eu o compreendi! E falei sobre isso com a minha família. Quando o serviço, as preocupações, as solicitações são demais, fica pouco espaço para a interioridade e o entusiasmo.
Gostei da postura da esmagadora maioria da assembleia: participativa, serena, concentrada. E mais de metade era formada por casais novos e jovens, enchendo o basto templo.
Coral? Um organista, uma regente da assembleia e duas pessoas que iniciavam os cânticos. O coral era sim a numerosa assembleia que participava cantando. E isto vale para as duas Missas em que participei.
Estranhei a ausência de referências à Jornada Mundial da Juventude que por essa altura se desenrolava em Madrid. E era um acontecimento marcante na vida da Igreja que somos.
O amor de Deus por nós não faz férias e muitos veraneantes compreendem-no, ao não se permitirem fazer férias de Deus. Bonito.

Ecos das Jornadas Mundiais da Juventude, em Madrid

--- Imagens das Jornadas Mundiais da Juventude, em Madrid -  aqui

- Regresso e recomeços - aqui

- JMJ 2011: Uma Igreja que não se rende - aqui

- Jovens da Diocese de Lamego participam nas Jornadas Mundiais da Juventude - aqui

Bento XVI: Sem missa não há «verdadeiros cristãos»

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Leia aqui

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Há o futuro à sua espera!

A Paróquia agradece às pessoas que têm dado a sua contribuição para o Centro Paroquial.
Aquele edifício para todos precisa de TODOS: residentes, emigrantes, amigos.
Por favor, ajude-nos a ajudá-lo! Seja generoso. Coloque no seu coração e na sua generosidade esta obra.
O futuro pagar-lhe-á.


As pessoas podem contribuir para o Centro Paroquial:

1. Entregando a sua oferta a qualquer membro do Conselho Económico;


2. Entregando na Igreja ao Senhor Sacristão;

3. Enviando cheque ou vale de correio para:
Centro Paroquial Santa Helena da Cruz
3610-130 Tarouca;

4. Também pode depositar a sua oferta:
- através do NIB 0045 3140 40078731526 10 (Crédito Agrícola), caso more em Portugal;IBAN PT50 0045 3140 4007 8731 5261 0 (Crédito Agrícola), end. SWIFT/BIC:caso more no estrangeiro.

domingo, 14 de agosto de 2011

15 de Agosto: Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria

Bendita és tu, Maria!
Hoje, Jesus ressuscitado acolhe a sua mãe na glória do céu…
Hoje, Jesus vivo, glorificado à direita do Pai, põe sobre a cabeça da sua mãe a coroa de doze estrelas…

Leituras: aqui

Comentário:
O cântico de Maria descreve o programa que Deus tinha começado a realizar desde o começo, que ele prosseguiu em Maria e que cumpre agora na Igreja, para todos os tempos.
Pela Visitação que teve lugar na Judeia, Maria levava Jesus pelos caminhos da terra. Pela Dormição e pela Assunção, é Jesus que leva a sua mãe pelos caminhos celestes, para o templo eterno, para uma Visitação definitiva. Nesta festa, com Maria, proclamamos a obra grandiosa de Deus, que chama a humanidade a se juntar a ele pelo caminho da ressurreição.
Em Maria, Ele já realizou a sua obra na totalidade; com ela, nós proclamamos: “dispersou os soberbos, exaltou os humildes”. Os humildes são aqueles que crêem no cumprimento das palavras de Deus e se põem a caminho, aqueles que acolhem até ao mais íntimo do seu ser a Vida nova, Cristo, para o levar ao nosso mundo. Deus debruça-se sobre eles e cumpre neles maravilhas.
 
Rezar por Maria.
Frequentemente, ouvimos a expressão: “rezar à Virgem Maria”… Esta maneira de falar não é absolutamente exacta, porque a oração cristã dirige-se a Deus, ao Pai, ao Filho e ao Espírito: só Deus atende a oração. Os nossos irmãos protestantes que, contrariamente ao que se pretende, por vezes têm a mesma fé que os católicos e os ortodoxos na Virgem Maria Mãe de Deus, recordam-nos que Maria é e se diz ela própria a Serva do Senhor.
Rezar por Maria é pedir que ela reze por nós: “Rogai por nós pecadores agora e na hora da nossa morte!” A sua intervenção maternal em Caná resume bem a sua intercessão em nosso favor. Ela é nossa “advogada” e diz-nos: “Fazei tudo o que Ele vos disser!”
 
Rezar com Maria.
Ela está ao nosso lado para nos levar na oração, como uma mãe sustenta a palavra balbuciante do seu filho. Na glória de Deus, na qual nós a honramos hoje, ela prossegue a missão que Jesus lhe confiou sobre a Cruz: “Eis o teu Filho!” Rezar com Maria, mais que nos ajoelharmos diante dela, é ajoelhar-se ao seu lado para nos juntarmos à sua oração. Ela acompanha-nos e guia-nos na nossa caminhada junto de Deus.
 
Rezar como Maria.
Aprendemos junto de Maria os caminhos da oração. Na escola daquela que “guardava e meditava no seu coração” os acontecimentos do nascimento e da infância de Jesus, nós meditamos o Evangelho e, à luz do Espírito Santo, avançamos nos caminhos da verdade. A nossa oração torna-se acção de graças no eco ao Magnificat. Pomos os nossos passos nos passos de Maria para dizer com ela na confiança: “que tudo seja feito segundo a tua Palavra, Senhor!”

QUEM TE PODERÁ AFASTAR DE CRISTO?

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"Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada?
Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou!
Tenho a certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os poderes celestiais, nem o presente, nem o futuro, nem as forças cósmicas, nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor". (Rm 8,35.37-39)


IRMÃO! IRMÃ!
Quem te pode separar do amor de Cristo?
- NADA!!!
- nem a doença, nem a saúde
- nem a felicidade, nem a depressão
- nem a riqueza, nem a pobreza
- nem a noite, nem o dia
- nem a maldade, nem a bondade
- nem o fundamentalismo, nem o progressismo
- nem o santo, nem o pecador
- nem o padre, nem a freira
- nem o leigo, nem a leiga
- nem o ateu, nem o crente
- nem a crise, nem o progresso
- nem o rico, nem o pobre
NADA TE PODE SEPARAR DO AMOR DE CRISTO QUE TE AMA E SE ENTREGOU POR TI!

Cristão vem de Cristo, é o discípulo de Cristo, é o que segue a Cristo.
És cristão por causa de Cristo. Só.
Os homens falham, todos. Desiludem, confundem... Cristo nunca falha, porque o seu amor por ti é fiel até ao fim. Só ELE vale a pena!

A Fé cristã é uma adesão pessoal a Jesus Cristo.
Mas esta fé pessoal expressa-se, manifesta-se, vive-se, partilha-se na comunidade, pela comunidade, com a comunidade.
Fugindo da comunidade, não seremos uns apátridas da fé?

Não é pelo facto da tua família não ser perfeita que a abandonas, a desprezas, deixas de a amar.
A Igreja é a família dos amigos de Jesus. É a família de cada crente.
Tem defeitos? Pois tem. Mas é a tua família.

sábado, 13 de agosto de 2011

O DESASSOMBRO (profético) DE D. MANUEL MARTINS

Já tínhamos saudades (e, mais do que saudades, necessidade) do desassombro profético de D. Manuel Martins.

É um homem que não cuida do melindre das palavras, mas que está inteiramente focado num desígnio: transformar (e não apenas interpretar) a realidade.

Na entrevista que dá hoje ao Expresso, abre o coração e toca em muitas feridas.

Relativamente à crise dos anos 80, entende que o panoram actual é mais preocupante.

A diferença está na (ausência de) esperança. Naquele tempo, «vivia-se uma situação de sofrimento, mas cheia de esperança». Agora, está convencido de que «estamos numa situação má, amanhã vamos estar numa situação pior e, depois de amanhã, vamos estar numa situação muito pior».

Acresce que só começamos a dar conta da crise no tempo das suas consequências, quando devíamos ter dado conta dela na altura das suas causas. Foi quando começámos a implantar «a filosofia económica» em que estamos a viver.

Tudo isto provoca alterações não só nas instituições, mas também no interior das pessoas. Para D. Manuel Martins, os nossos costumes já não são tão brandos. «Temos boa gente, mas, quando for preciso, também deixamos de ser boa gente».

O Programa de Energência Social é insuficiente porque «não vai às causas». E, neste particular, a distribuição de remédios à beira do prazo de validade merece um juízo severo: «Isso é feio. Pode não fazer mal, mas é feio: "Iam ser deitados fora, mas, como ainda se podem aproveitar, vamos dá-los ao pobrezinhos". É como se o Estado fosse o director de um asilo. Mas admito que, em certas circusntâncias, o Estado, para providenciar a situações de gravidade extrema, tenha de funcionar com esse espírito. Só que é preciso ter modos. Se com o dar se pode estar a fazer uma acção necessária, com o modo de dar pode estar a ofender-se a pessoa».

Quanto à Igreja, D. Manuel reconhece o mérito da sua intervenção, mas nota a necessidade de mais testemuho. Não basta apoiar os pobres. É necessário que se identifique mais com os pobres. A Igreja deve ser, ela mesma, pobre, abandonando gestos que possam ser conectados com a ostentação.

E dá um exemplo.

«Devíamos ser capazes de vender esse ouro todo que anda ao pescoço dos santos nas procissões. Os cordões e os anéis que o povo quer ver pendurados nos santos, para que prestam? Porque não vendemos isso tudo, deixando só as coisas de valor histórico e artístico?. A Igreja é um grande sinal do amor de Deus no mundo e deve reflectir o rosto materno de Deus, mas eu estou em crer que a maior parte não vê isso na Igreja por falta desses sinais. Digo-o com muita pena».

Este é um atavismo endémico que temos dificuldade em purificar. A melhor homenagem a Deus não está em peças de ouro, mas no amor ao próximo.

Confesso que esta época deixa um pouco da amargura na alma. Este frenesim com as festas tem muito de diversão e alegria, mas tem muito pouco de cristão.

O dinheiro que se gasta nas festas poderia alimentar tanta fome. E nós deitamos foguetes. Razão tinha, pois, D. Manuel Vieira Pinto quando asseverava que o cristianismo português tinha/tem «muitas procissões e pouca profecia».

A proximidade da hierarquia com o poder recebe de D. Manuel Martins uma curiosa explicação: «Fomos criados como amigos do presidente da Junta, amigos do presidente da Câmara, andamos assim neste casamento e não queremos ofendê-los. Mas a Igreja tem de viver sempre em tensão com o poder. Caso contrário, não cumpre o seu dever, porque tem um ideal de vida que não se pode conformar com nenhum programa de governo».

Fonte: aqui

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tensões entre católicos liberais e conservadores

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 O que mais me incomoda entre "conservadores" e "liberais" é quando as pessoas se identificam como um ou outro adjectivo, e em nenhuma discussão se permitem a serem algo diferente daquilo que um dia decidiram ser. Tal como ser de esquerda ou direita, ou ser de um clube ou outro, ser de uma raça ou outra, de uma religião ou outras tantas. Quando a imparcialidade sobre um qualquer assunto em discussão é esmagada por uma identificação pessoal com um movimento e não permite a alguém estar aberto ao diálogo. Quando teses e antíteses se encontram em diálogo, quase sempre há uma síntese de ambas, um meio termo equilibrado, que é a melhor solução equilibrada para ambos os lados. No fundo não existem "conservadores" e "liberais", existe a Igreja una em diálogo, que se espera saudável, em caminhos de construção universal. Somos uma casa com muitos quartos, uma mesa com espaço para todos, temos um Pai com joelhos enormes para sentar todos os seus filhos, temos mesmo Jesus que nos aproxima nas diferenças, e um só Espírito que nos aconselha no momento de pensar, falar, calar e ouvir. Quanto mais discutimos com ignorância, mais nos polarizamos. Quanto mais nos dividimos com indiferença, mais nos afastamos. Quanto mais nos dedicamos a falar sobre o que nos separa dentro da Igreja, menos tempo passamos a acolher os que precisam de nós fora da Igreja.
Vladimiro Moura, aqui

XX DOMINGO DO TEMPO COMUM

A Cananeia
A primeira leitura descreve o ambiente de Jerusalém após o regresso da Babilónia. O povo de Deus enfrenta uma época nada fácil. Os retornados estão desiludidos, pois a tarefa da reconstrução apresenta-se demorada e difícil. O país está arruinado, as cidades destruídas e desabitadas, os campos incultos e abandonados. Os ricos bem depressa começam a oprimir os pobres e a esmagar os humildes. Quanto à religião há uma recusa de Deus e dos seus planos e o recurso a práticas totalmente pagãs.
A essa comunidade desiludida e decepcionada, o profeta anuncia que está para chegar um tempo novo. Deus vai oferecer a Sua salvação a todos os povos, há uma clara viragem na fé de Israel, uma certa abertura à universalidade. Grande revolução no universo religioso do Povo de Deus.
Nos nossos tempos, por um lado, o intercâmbio de ideias, de experiências, de notícias, o contacto fácil, rápido e directo com qualquer pessoa, em qualquer canto do mundo, contribuem para nos abrir horizontes, para nos ensinar o respeito pela diferença, para nos fazer descobrir a riqueza de cada povo e de cada cultura… Por outro lado, o egoísmo, a auto-suficiência, o medo dos conflitos sociais, o sentimento de que um determinado estilo de vida pode estar ameaçado, provocam o racismo e a xenofobia e levam-nos a fechar as portas àqueles que querem cruzar as nossas fronteiras à procura de melhores condições de vida… A Igreja é a comunidade do Povo de Deus. Todos os seus membros são filhos do mesmo Deus e irmãos em Jesus, embora pertençam a raças diferentes, a culturas diferentes e a extractos sociais diferentes. Nisto toda a mensagem bíblica nos ensina que Deus não faz acepção de pessoas. A salvação é para todos.
Na segunda leitura tirada de São Paulo podemos concluir o seguinte, a recusa de Israel fez com que o Evangelho fosse proposto aos gentios. Por isso, podemos dizer, há males que vêm por bem; Deus escreve direito por linhas tortas…
Os gentios, que antes estavam longe de Deus, agora tiveram acesso à sua graça; e os judeus, que agora se afastaram dos dons de Deus, hão-de também alcançar a graça. Parece enquadrar-se tudo no projecto salvífico de um Deus que permitiu que todos sejam rebeldes, a fim de sobre todos deixar cair a sua misericórdia. A misericórdia de Deus não abandona nenhum dos seus filhos. Este texto – implicitamente – convida a não nos arvorarmos em juízes dos nossos irmãos. Por um lado, porque o comportamento tolerante de Deus nos convida a uma tolerância semelhante; por outro, porque aquilo que nos parece estranho e reprovável pode fazer parte, em última análise, dos projectos de Deus.
No Evangelho, Jesus em ruptura com os fariseus e os doutores da Lei, “retirou-Se dali e foi para os lados de Tiro e de Sídon”. A recusa de Israel em acolher a proposta do Reino vai fazer com que a pregação de Jesus se dirija para fora das fronteiras de Israel.
Uma mulher fenícia (estrangeira, inimiga, oriunda de uma região com má fama e, ainda por cima, “mulher”) merecerá a graça da salvação?
Não admira, portanto, que os fariseus e doutores da Lei, defensores intransigentes da Lei e da pureza da fé, considerassem os habitantes dessa zona como “cães” (designação que, para os judeus, tinha um sentido altamente pejorativo).O apelo da mulher fenícia vai no sentido de que ela possa, também, ter acesso a essa salvação que Jesus veio propor.
No final de toda esta caminhada de afirmação da “bondade” e do “merecimento” desses pagãos que a teologia oficial de Israel desprezava, Jesus conclui: “Mulher, grande é a tua fé. Faça-se como desejas”.
O que é determinante, para integrar a comunidade do Reino, não é a raça, a cor da pele, o local de nascimento, a tradição familiar, a formação académica, a capacidade intelectual, a visibilidade social, o cumprimento de ritos, a recepção de sacramentos, a amizade com o pároco, os serviços prestados à “fábrica da igreja”, mas a fé (entendida como adesão a Jesus e à sua proposta de salvação).
O exemplo da mulher cananeia leva-nos a pensar, por contraste, nesses “fariseus e doutores da Lei” que rejeitam a oferta de salvação que Deus lhes faz, em Jesus. Estão cheios de certezas, de convicções firmes, de preconceitos; mas não têm o coração aberto aos desafios que Deus lhes faz… Conhecem bem a Palavra de Deus, têm ideias definidas acerca do que Deus quer ou não quer, são orgulhosos e auto-suficientes porque se consideram um povo santo, eleito de Deus, mas não têm esse coração humilde e simples para acolher a novidade de Deus…
Teoricamente, ninguém põe em causa que a Igreja nascida de Jesus seja uma comunidade aberta a todos os homens e mulheres, de todas as raças, culturas, classes sociais, quadrantes políticos…
Os homens e as mulheres, os casados e os divorciados, os pobres e os ricos, os instruídos e os analfabetos, os conhecidos e os desconhecidos, os bons e os maus, os novos e os velhos, todos são acolhidos na comunidade cristã sem discriminação e todos são convidados a pôr a render, para benefício dos irmãos, os talentos que Deus lhes deu?
Evangelho sugere uma reflexão sobre a forma como acolhemos o estrangeiro, o irmão diferente, o “outro” que, por razões políticas, económicas, sociais, laborais, culturais, turísticas, vem ao nosso encontro. Se Deus não discrimina ninguém, mas aceita acolher à sua mesa todos os homens e mulheres, sem distinção, porque não havemos de proceder da mesma forma?
Resumo dos comentários do Portal dos Dehonianos…
Fonte: aqui

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

140 os jovens da Diocese nas Jornadas Mundiais da Juventude, em Madrid

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No dia 10 de Agosto, o Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego, presidiu à cerimónia de envio dos jovens da Diocese que participarão nas Jornadas Mundiais da Juventude, em Madrid.

Na Sé de Lamego, foram vários os sacerdotes que, com o Sr. D. Jacinto concelebraram a Eucaristia do envio, que, para além dos jovens, contou ainda com a presença dos pais e amigos deles.

Na homilia, o Sr. Bispo animou os jovens a aproveitarem esta ocasião para crescerem na amizade com Jesus e no amor à Igreja, na partilha dos mesmos ideais. Em concreto, o Sr. D. Jacinto insistiu que, no momento histórico que vivemos, torna-se ainda mais necessário que os jovens construam uma "civilização do amor" que extinga a violência e o ódio.

Logo após a Eucaristia, cerca de 100 jovens da Diocese de Lamego partiu para Segóvia, para participar nas pré-Jornadas. No total, serão cerca de 140 os jovens da Diocese que, em Madrid, acolherão o Papa Bento XVI, participando nas Jornadas Mundiais da Juventude.
Veja aqui

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

São Lourenço – Diácono e mártir

São Lourenço sofreu o martírio durante a perseguição de Valeriano, em 258. Era o primeiro dos sete diáconos da Igreja romana. A sua função era muito importante o que fazia com que, depois do papa, fosse o primeiro responsável pelas coisas da Igreja. Como diácono, São Lourenço tinha o encargo de assistir o papa nas celebrações; administrava os bens da Igreja, dirigia a construção dos cemitérios, olhava pelos necessitados, pelos órfãos e viúvas. Foi executado quatro dias depois da morte de Sisto II e de seus companheiros. O seu culto remonta ao século IV. Preso, foi intimado a comparecer diante do prefeito de Cornelius Saecularis, a fim de prestar contas dos bens e das riquezas que a Igreja possuía.
Pediu, então, um prazo para fazê-lo, dizendo que tudo entregaria. Confessou que a Igreja era muito rica e que a sua riqueza ultrapassava a do imperador. Foram-lhe concedidos três dias. São Lourenço reuniu os cegos, os coxos, os aleijados, toda sorte de enfermos, crianças e velhos. Anotou-lhes os nomes … Indignado, o governador concedeu-o a um suplício especialmente cruel: Amarrado sobre uma grelha, foi assado vivo e lentamente. Em meio dos tormentos mais atrozes, ele conservou o seu “bom humor cristão”. Dizia ao carrasco: Vira-me, que deste lado já está bem assado … Agora está bom, está bem assado. Podes comer!…
Roma cristã venera o hispano Lourenço com a mesmo veneração e respeito com que honra os primeiros apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estêvão em Jerusalém, isso mesmo foi São Lourenço em Roma.
Fonte: aqui

Primeira lição de Madrid

--Jovens cristãos devem evitar euforiase perceber que a sua missão é cada vez mais complicada

A próxima visita de Bento XVI a Madrid vai ser antecedida por anunciadas (e previsíveis) manifestações de protesto, um gesto que se vai repetindo e gastando em contradições que, muitas vezes, retiram os fundamentos que legitimam as discordâncias, numa sociedade plural e democrática.
De facto, custa a entender que, em nome dessa democracia e da liberdade, se queira impedir a entrada do Papa em qualquer país ou se queira evitar a manifestação pública de milhares ou mesmo milhões de pessoas que, unidas numa mesma convicção – do foro individual, mas com necessárias consequências públicas -, se unem ao seu líder espiritual.
Os muito aclamados «indignados» de Madrid, que no início do Movimento 15 de Maio (15M) se declaravam abertos a qualquer ideologia e crença, acabaram por ceder a uma clara corrente anticatólica que, sustentada numa presunção de superioridade intelectual (para dizer o mínimo), cai num erro muitas vezes visto: a tolerância é só para os que pensam como eles. Os “ignorantes” que se professam religiosos são cidadãos de segunda.
A lição destes dias preparatórios para a Jornada Mundial da Juventude passa por perceber algo que mesmo a presença de mais de um milhão de jovens num evento deste género não pode esconder: eles, os da geração JMJ, são uma minoria.
Por isso mesmo, apesar de estes encontros de massa poderem provocar a ilusão de um “mundo católico”, os jovens cristãos devem evitar euforias e perceber que a sua missão é cada vez mais complicada: mais e mais pessoas são completamente alheias/hostis à religião, ignoram as orientações da Igreja e pedem-lhe apenas gestos grandiosos, deslumbrantes, mediatizados, longe da simplicidade diária e comprometida a que o Evangelho chama.
A festa de Madrid, que vai durar seis dias, não pode ser um mero fogo de artifício, vazio e efémero. Há muito trabalho a fazer…
Octávio Carmo, in ecclesia

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dia de Santa Edith Stein

9 de Agosto, dia de Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), religiosa, mártir, padroeira da Europa, +1942
Edith Stein nasceu em Breslau, atualmente Wroclaw, capital da Silésia, na Alemanha (cidade que, depois da Segunda Guerra Mundial, passou a pertencer à Polónia), no dia 12 de Outubro de 1891, quando se celebrava a grande festa judaica do Yom Kippur, o Dia da Reconciliação.
No dia 21 de Abril de 1935, domingo de Páscoa, faz seus votos religiosos e três anos depois, no mesmo dia, seus votos perpétuos. A sua vida será uma “Cruz” transformada em “Páscoa”.
Na Alemanha, os nazis começam a semear o ódio ao povo judeu. Ela pressagia o destino que a aguarda. Tentam salvá-la, fazendo-a fugir para a Holanda, para o Carmelo de Echt. Membros das SS não tardam a invadir o convento e prendem Irmã Benedita e sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo.
Três dias antes da sua morte, Edith dirá: “Aconteça o que acontecer, estou preparada. Jesus está aqui conosco”. (06-08-1942).
Após vários tormentos, no dia 9 de Agosto de 1942, na câmara de gás do “inferno de Auschwitz", morria a mártir da Cruz, Irmã Teresa Benedita. Foi beatificada no dia 1º. de Maio de 1987, em Colônia, e canonizada em 1999 pelo papa João Paulo II.
O mesmo Papa a declarou, com Santa Catarina de Sena e Santa Brígida da Suécia, padroeira da Europa.
Fonte: aqui

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O "MEU" e o "NOSSO"

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Na comunidade familiar bem estruturada, há lugar para o "meu" e para o "nosso" que tendem a conjugar-se harmoniosamente.
"Nosso" é o ar que respiramos, a casa onde habitamos, a mesa onde partilhamos o pão...
"Nosso" é o carinho e o amor que nos envolve, a comunidade que formamos.
"Meu" é o direito à intimidade e o respeito que me é devido à minha maneira de ser e de estar na vida.
"Meu" é o vestuário, a pasta de dentes, o pente...


Também na nossa comunidade paroquial há lugar para o "meu" e o "nosso" que é necessário que tendam para a conjugação harmoniosa.
"Nosso" é o crer em Jesus Cristo e na sua Mensagem.
"Nosso" é o espaço geográfico que nos abriga.
"Nosso" é o Cemitério, a Igreja Paroquial, o Centro Paroquial, Santa Helena...
"Nosso" é o chamamento à fraternidade, ao empenhamento no bem comum e à caridade...
"Meu" é o ritmo de caminhada na fé.
"Meu" é o direito de viver e sentir a mesma fé em Jesus Cristo.
"Meu" é o povo a que pertenço com a sua própria idiossincrasia.
"Meu" é o direito e o dever a participar na vida da comunidade no respeito pelos dons e carismas que Deus me deu.

domingo, 7 de agosto de 2011

Angariação de fundos para a construção do Centro Paroquial



Encontro de Grupos de Cantares organizado pela Associação do Castanheiro do do Ouro a  6 e 7 de Agosto de 2011 para angariação de fundos para a construção do Centro Paroquial de S. Pedro de Tarouca!
Os grupos eram execelentes e a organização esteve à altura.
Neste domingo, teve lugar na sede da Associação a Eucaristia belamente dinamizada pelo coral da mesma Associação. A assembleia esteve atenta e participativa. Foi um belo momento celebrativo.
No final, em nome da Paróquia, o Pároco agradeceu à Associação e aos participantes o dinheiro angariado para o Centro Paroquial.
Bem hajam!

Veja AQUI a reportagem fotográfica.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

CORNO DE ÁFRICA / MILHÕES COM FOME !

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Veja aqui

XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM

Onde está Deus?
Muitas vezes nos perguntamos: "Onde está Deus?" "Onde o podemos encontrar?"

As Leituras de hoje têm duas cenas muito bonitas, que mostram como Deus SE REVELA.

Na 1a Leitura, Deus se revela a Elias, na BRISA suave. (1Rs 19,9a.11-13).

Cansado e perseguido de morte por Jesabel, Elias foge para o deserto, a caminho do Monte Horeb, onde Moisés se encontrara com Deus...
- Lá, Elias  esperava-O no vento, no terremoto, no fogo, mas Ele não estava lá.
Deus vai ao seu encontro de uma forma completamente diferente: "no sopro suave de uma BRISA..." e ali  fala-lhe...

* Deus geralmente  manifesta-Se na humildade, na simplicidade, na interioridade.
Por isso, é preciso calar o ruído excessivo, moderar a atividade desenfreada, encontrar tempo para consultar o coração, para interrogar a Palavra de Deus, para perceber a sua presença e as suas indicações, nos sinais, quase sempre discretos, que ele deixa na história e na nossa vida.

Na 2ª Leitura, Paulo fala que Deus se revelou, oferecendo a todos  
uma proposta de Salvação, mas o seu povo infelizmente rejeitou-a . (Rm 9,1-5)

No Evangelho, Deus  revela-Se na TEMPESTADE. (Mt 14,22-33)

- Jesus envia os discípulos em missão na outra margem do lago
  e, cansado, retira-Se da multidão... vai ao monte para rezar...
- Enquanto isso, os apóstolos navegam "de noite" preocupados,
  na barca agitada pelos ventos contrários.
- Jesus interrompe o descanso... vai ao encontro, "caminhando sobre o MAR".
- Eles  confundem-n'O: "É um fantasma..."
- E Jesus  identifica-Se: "Coragem, SOU EU, não tenhaais MEDO".
- Pedro  desafia-O: "Se és Tu, manda-me caminhar sobre as águas".
- Jesus aceita: "Vem!"
- Pedro vai ao encontro de Jesus; mas, assustado pelo vento, começa a duvidar e afundar-se. Então grita por socorro: "Salva-me, Senhor!".
- Jesus antes estende a mão e depois  questiona-o:
  "Por que duvidaste, homem de pouca fé?"
- Jesus entra na Barca e a tempestade  acalma-se.
- Então todos se prostram em adoração diante de Jesus, dizendo:
  "Verdadeiramente Tu és o Filho de Deus".
* Deus  manifesta-Se no meio das dificuldades, nos ventos da tempestade.

Enquanto Jesus está em diálogo com o Pai, os discípulos estão sozinhos, em viagem pelo lago. Essa viagem, no entanto, não é fácil e serena… É de noite; o barco é açoitado pelas ondas e navega dificilmente, com vento contrário.
Os discípulos estão inquietos e preocupados, pois Jesus não está com eles…
Esse BARCO é a COMUNIDADE CRISTÃ:   
A "noite" representa as trevas, a escuridão, a confusão, a insegurança em que tantas vezes "navegam" através da história os discípulos de Jesus, sem saberem exatamente que caminhos percorrer nem para onde ir…
As "ondas" representam a hostilidade do mundo, que bate continuamente contra o barco em que viajam os discípulos…
Os "ventos contrários" representam as resistências ao projeto de Jesus.
Os discípulos de Jesus  sentem-se perdidos, sozinhos, abandonados, desanimados, desiludidos, incapazes de enfrentar as tempestades que as forças da morte e da opressão (o "mar") lançam contra eles…
É precisamente aí, que Jesus manifesta a sua presença.
Ele vai ao encontro dos discípulos "caminhando sobre o mar".

O episódio reflete a fragilidade da fé dos discípulos, quando tiveram
de enfrentar as forças adversas, sem a presença de Jesus na barca.
Os discípulos seguem  Jesus de forma decidida, mas  deixam-se abalar quando chegam as perseguições, os sofrimentos, as dificuldades…
Então, começam a afundar-se e a ser submergidos pelo "mar" da morte, da frustração, do desânimo, da desilusão…
No entanto, Jesus lá está para lhes estender a mão e para os sustentar.
Finalmente, a desconfiança dos discípulos transforma-se em fé firme:
"Tu és verdadeiramente o Filho de Deus".

Esse texto é uma CATEQUESE sobre a caminhada da Comunidade de Jesus, enviada à "outra margem", para convidar todos para o banquete do Reino e a oferecer-lhes o alimento com que Deus mata a fome de vida e de felicidade dos seus filhos.
- A caminhada não é um caminho fácil.
A comunidade (o "barco") dos discípulos deve abrir caminho
através de um mar de dificuldades, pela hostilidade dos adversários do Reino e pela recusa do mundo em acolher os projetos de Jesus.
- Os discípulos devem estar conscientes da presença de Jesus.
O "fantasma" do MEDO desvanece-se e as crises de fé são superadas, quando aceitamos a presença de Deus na nossa vida pessoal e comunitária.
Ele continua a garantir: "Coragem! Sou Eu. Não tenhais medo".

 
                                              Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa, aqui

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Declaração do Sr. Bispo de Lamego sobre a iniciativa da Comissão pro referendo Vida

AQUI

39ª Semana Nacional de Migrações

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Entre os dias 12 e 13 de Agosto será realizada
a Peregrinação anual do Migrante e do Refugiado a Fátima.

O Tema da Mensagem do Santo Padre para o 97º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, “Uma só Família Humana”, que é também o lema da Obra Católica Portuguesa de Migrações, foi acolhido como tema da 39ª Semana Nacional das Migrações. Diz o Papa que “todos, tanto os migrantes como as populações locais que os acolhem, fazem parte de uma só família e todos têm o mesmo direito de usufruir dos bens da terra, cujo destino é universal, como ensina a doutrina social da Igreja”.
É esta a tónica que queremos acentuar na nossa reflexão deste ano, promovendo uma tomada de consciência de que as sociedades actuais são, cada vez mais, multiétnicas e interculturais, constituídas numa só família de irmãos e irmãs, chamados ao diálogo que promove uma convivência frutífera e serena no respeito pelas legítimas diferenças e pela verdadeira justiça social.
O projecto eterno de Deus para a humanidade é, de facto, constituir “uma só família humana”, filhos do mesmo Pai revelado em Jesus Cristo, que se sentem como verdadeiros irmãos, independentemente da sua origem étnica, cor de pele, religião ou condição social, não havendo espaço para racismos, xenofobias ou exclusões, nem para a criação de guetos ou de tensões.
Ser família humana é reconhecer no outro, no diferente, um irmão no mesmo percurso de vida, o que só é possível quando se caminha com o outro e não contra o outro. Os milhões de pessoas que se lançam na aventura de procurar um lugar onde se possam estabelecer e trabalhar, na busca de condições de vida com o mínimo de dignidade e com algum horizonte de esperança, entre eles milhões de portugueses e milhares de imigrantes a residir em Portugal, assim como as populações autóctones, precisam de se dar as mãos, para construir uma nova civilização, no respeito mútuo pela diversidade e pela riqueza humana que cada pessoa transporta.
A Semana Nacional das Migrações, assim como a Peregrinação anual do Migrante e do Refugiado a Fátima, oferecem à Igreja uma oportunidade para reflectir sobre o tema relacionado com o crescente fenómeno da migração. Como diz o Papa Bento XVI, trata-se de uma oportunidade “para rezar a fim de que os corações se abram ao acolhimento cristão e trabalhem para que cresçam no mundo a justiça e a caridade, colunas para a construção de uma paz autêntica e duradoura. «Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 13, 34) é o convite que o Senhor nos dirige com vigor e nos renova constantemente: se o Pai nos chama para sermos filhos amados no seu Filho predilecto, chama-nos também para nos reconhecermos a todos como irmãos em Cristo”.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Do «Big Brother» ao seminário

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Henrique Torres, vencedor da segunda edição do reality show em Portugal, revela decisão de abraçar «desafio maior» numa congregação missionária.

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 O vencedor da segunda edição do reality show «Big Brother» em Portugal (2001), Henrique Torres, anunciou publicamente a sua entrada na congregação dos Combonianos, após uma caminhada no movimento de leigos associado a estes missionários.
“É com muita alegria que vos comunico, oficialmente: fui aceite no Postulantado Comboniano”, indica uma missiva assinada pelo próprio e divulgada pela página da congregação na internet.
Henrique Torres, de 32 anos de idade, fez uma caminhada de formação com os Leigos Missionários Combonianos (LMC) durante três anos, participando ativamente na vida do movimento.
“Sinto-me muito feliz por o Espírito Santo me ter iluminado e dado a força necessária para dizer sim ao apelo do Pai, para abraçar, sem medos, o seu projeto de salvação, mas confesso que estou receoso desta nova etapa da minha vida e também triste por ter de deixar o movimento LMC, que tão carinhosamente me acolheu e com o qual cresci muito a nível humano e espiritual”, refere.
O postulantado é uma parte do processo de formação de quem pretende ser admitido num instituto de vida consagrada, destinando-se a um melhor conhecimento mútuo, e antecede o noviciado, período de preparação que se conclui com a primeira profissão de votos religiosos (castidade, pobreza e obediência) na Igreja Católica.
“Foi uma longa e sinuosa caminhada, mas também muito rica e frutuosa. As decisões importantes na nossa vida nunca são fáceis de tomar e esta, acreditem, foi-me muito difícil, e muito devo aos LMC que foram importantes, diria até decisivos, nesta tomada de decisão”, escreve Henrique Torres.
Falando no seu desejo de “partir para a missão”, o novo postulante sublinha que sentiu a necessidade de “um desafio maior, mais radical”.
“Interrogando-me várias vezes se a minha vocação seria como leigo ou consagrado, creio ter tomado a decisão certa, não a mais fácil, mas aquela que sinto ser a mais correta”, acrescenta.
In ecclesia

terça-feira, 2 de agosto de 2011

As dicas e tricas de uma paróquia


Vem uma, e faz queixinhas da outra. Vem a outra e faz queixinhas de outra. Temos de medir todas as palavras, porque senão justificam-se que o padre disse aquilo. Mesmo quando não disse, sujeita-se a que se convençam que disse. Quando não gostam da pessoa A, não se coíbem de inventar que disse ou fez. Derrubam-se uns aos outros com as verdades que sonham. E cruzam dados. E cruzam ses e pois e claros e já desconfiava. Quanto menos têm que fazer, mais têm que imaginar e dizer. Se trabalham numa fábrica e não têm com que ocupar a boca, usam a língua o mais afiado que podem. Se vêm à rua e encontram a vizinha, dão largas à amizade com uns dedos de conversa a apontar para onde calhar. Se passam o tempo no café e não têm dinheiro para mais uma bica ou uma cerveja, têm de arranjar um trago de maldizer para que a garganta não seque. Os cafés são geralmente os antros de maior maldizer. Qualquer pessoa fica sujeita a estas dicas. Porque hoje são uns e amanhã outros. Todos passam pelo crivo das tricas. Mesmo os que têm a língua maior. No final da missa trocam cumprimentos. Parece que a missa cumpriu o seu papel de comunhão. Mas nesse mesmo abraço vai muitas vezes o Se te apanho. Ou então o Já viste aquele ou aquela. E assim vive uma comunidade. Seja paroquial ou não. Quanto mais pequena, mais sujeita fica às dicas e tricas. Em cada semana aparece novo assunto. Assim se alimentam as dicas e tricas. A paróquia, o paroquiano tal e o padre são sempre alvos para as setas afiadas das dicas e tricas. Temos de ser fortes. Digo aos mais atingidos. Temos de pensar em Deus e que a Ele temos de agradar. Temos de ter compaixão pelos que falam. Rezar por eles. Porém, às vezes, até essas palavras têm de ser medidas, porque o padre disse aquilo que eu agora quero dizer.
Um dia Jesus disse que um profeta não era bem-vindo na sua terra, e na ocasião, conta o Evangelho, deixou de fazer muitos dos milagres que queria, porque não era bem interpretado. Às vezes os nossos padres e muitos dos nossos leigos deixam de fazer muita coisa porque não querem alimentar as dicas e tricas de uma paróquia.

 
Fonte: aqui

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

JÁ NÃO LUGARES SAGRADOS?

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O ruído é cada vez mais invasivo. E o silêncio encontra-se cada vez mais apertado.

É mais fácil transportar o ruído das praças para as igrejas do que transportar o silêncio das igrejas para as praças.
 
Fonte: aqui

Um belo programa para esta semana

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«Não diga tudo o que sabe.
Não faça tudo o que pode.

Não acredite em tudo que ouve.
Não gaste tudo o que tem

Porque:
Quem diz tudo o que sabe,
Quem faz tudo o que pode,
Quem acredita em tudo o que ouve,
Quem gasta tudo o que tem

Muitas vezes diz o que não convém
Faz o que não deve
Julga o que não vê
E gasta o que não pode».
Provérbio árabe