segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Centro Paroquial Santa Helena da Cruz em andamento

Segundo informações técnicas, dentro de semanas o edifício já terá telhado. As obras decorrem normalmente como se pode comprovar pela foto hoje tirada.
O edifício contíguo à casa, dentro de uma semana, levará a placa.

Este é o maior desafio, a nível de obras, que a paróquia tarouquense enfrenta depois que os nossos antepassados, há 7 séculos, edificaram a Igreja Matriz.

É um desafio enorme para um interior pobre e a sofrer como os outros as consequências da grave crise nacional.
Mas não é nos momentos difíceis que se vê o que valem as pessoas???

Um obrigado sentido a todas as pessoas que nos têm feito chegar a sua contribuição.
A grande maioria ainda o não fez, mas certamente o fará. Quem não poder dar o que pretende de uma vez, pode fazê-lo por fases, sem qualquer problema.
Todos o sabemos, dar para uma obra desta não é o mesmo que dar para uma festa ou uma associação. Trata-se de uma obra de muitos milhares...

O Centro Paroquial é uma obra de todos e para todos. Residentes ou emigrantes.

Vamos a isto, minha gente!!!

domingo, 30 de janeiro de 2011

"Não sinto nada cá dentro"

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Recordo o milho. No Verão, quando o calor aperta e a água falta, as folhas torcem-se todas, amarelam, definham. Parece que vai secar...

Mas eis que o agricultor abre ao tanque e deixa que a água escorra pela terra, molhando-lhe a raiz. Um tempinho depois, ei-lo, arrebitado, verde, pujante como quem quer comer a vida.

Acontece o mesmo com as pessoas. Às vezes sentem-se áridas por dentro, enroladas, secas. E então no plano da fé, acontece muito. Muitos queixam-se que nem vontade de rezar sentem.

O milho, sem a bênção da água, seca mesmo. É quando está mais torcido que mais precisa da água. Com as pessoas passa-se algo parecido. Quando se sentem mais áridas por dentro, com menos vontade, então é que Deus é mesmo importante. Se a gente se abrir ao tanque da água da sua graça, do seu amor, da sua ternura, Ele fará correr, pujante, a seiva do seu amor no coração humano.

Ninguém está livre de passar, agora ou logo, por uma sensação de aridez. Ouve-se gente a dizer: "Isto não me diz nada". Ou ainda: "Não sinto nada cá dentro". E também: "Há momentos em que coloco em causa a minha fé".
Nós não vivemos na visão, caminhamos na fé. E há momentos em que a "luzinha da fé" parece abaulada pelas sombras, pelas trevas, pelos medos, pelas dúvidas, pelas inquietações. Por isso se ouve dizer que quem nunca duvidou, nunca acreditou. A dúvida aparece, assim, como oportunidade para aprofundar a fé, encontrando respostas novas que, muitas vezes, julgávamos inexistentes.
Tantas vezes que Deus não nos dá a resposta que nos queremos, porque nos oferece aquela de que nós precisamos.
Na luz, na semi-escuridão ou nas trevas do coração, uma coisa nós sabemos: Deus nunca nos abandona, está lá porque ama. Tanta vez que tropeçamos n'Ele e não O reconhecemos!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Dia Mundial da Lepra

A única verdade é amar

30 de Janeiro, é o Dia Mundial do Leproso. Este Dia Mundial foi criado pela ONU, em 1954, a pedido de Raul Follereau, que nasceu em Nevers, França, em 1903 e morreu em Paris, em 1977.

Com uma brilhante carreira médica, abandonou-a quando se deparou com os leprosos, em África. Não mais pôde dormir descansado no conforto da sua casa. Este médico francês foi pelo mundo contactar o maior número de leprosos, abraçá-los, levar-lhes alívio e auxílio. Dirigiu-se aos governos e cidadãos dos países desenvolvidos, a pedir-lhes ajuda para o seu tratamento e cura.

É ele que conta:

«Pedro tinha 15 anos e estava leproso. Separado da família e dos amigos, sabia a gravidade da sua doença e por isso pensava que não tinha mais furturo à sua frente. Mas um dia viu um homem a seu lado que lhe segredou:

– Estou aqui para te curar!

O menino levantou a cabeça. E um breve sorriso inundou-lhe o rosto:

– Mas esta doença não tem cura...

– Estás enganado, disse-lhe o visitante. Eu sou Raul Foullereau e vou curar-te.

E, semanas mais tarde, o menino escrevia ao seu benfeitor, agradecendo-lhe o tratamento que lhe estava a dar visíveis melhoras.

Foullereau deu 32 vezes a volta ao Mundo, ao serviço dos doentes de lepra. Visitou Portugal em 1957 e 1968. Abraçou os doentes do Hospital Rovisco Pais. Até ao fim da vida lutou com todas as capacidades para conseguir que estes doentes fossem tratados como seres humanos, como nossos irmãos. Ainda em sua vida surgem, em vários países, as associações dos leprosos, sob a sua protecção. Em Portugal, a Associação Amigos Raoul Foullereau (APARF) nasceu, há 15 anos, sob a sua inspiração.

A APARF é uma iniciativa dos Missionários Combonianos. Herdeira dos ideais de Foullereau, prossegue a sua mensagem de amor, lutando contra a lepra e todas as lepras como era o seu desejo, seguindo o seu testemunho de vida.

– A maior desgraça que vos pode acontecer é não serdes úteis a ninguém. Porque a única verdade é amar, escreveu o famoso médico.

In O Amigo do Povo


Dia Mundial da Lepra


Dia 30 de Janeiro é o Dia Mundial da Lepra.
Esta foi a doença mais temida de algumas décadas para trás. Entretanto encontrou-se a cura.
E, segundo os planos da Organização Mundial da Saúde (OMS), o contágio deveria estar completamente debelado em 2005.
Ao invés, há ainda 20 milhões de infectados e quase 400 mil novos casos a cada ano. À base de antibióticos, a cura é fácil e barata, mas ainda pesa o estigma social que marginaliza os infectados. E a inaptidão física que a doença provoca, perpetua a pobreza.
A Igreja tem ainda hoje um papel de grande relevo na ajuda a estes doentes.

Fonte: aqui

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

No dia de São Tomás de Aquino

Veja aqui

4º Domingo do Tempo Comum - Ano A

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Leituras: aqui

Tema do 4º Domingo do Tempo Comum

As leituras deste domingo propõem-nos uma reflexão sobre o “Reino” e a sua lógica. Mostram que o projecto de Deus – o projecto do “Reino” – roda em sentido contrário à lógica do mundo… Nos esquemas de Deus – ao contrário dos esquemas do mundo – são os pobres, os humildes, os que aceitaram despir-se do egoísmo, do orgulho, dos próprios interesses que são verdadeiramente felizes. O “Reino” é para eles.
Na primeira leitura, o profeta Sofonias denuncia o orgulho e a auto-suficiência dos ricos e dos poderosos e convida o Povo de Deus a converter-se à pobreza. Os “pobres” são aqueles que se entregam nas mãos de Deus com humildade e confiança, que acolhem com amor as suas propostas e que são justos e solidários com os irmãos.
Na segunda leitura, Paulo denuncia a atitude daqueles que colocam a sua esperança e a sua segurança em pessoas ou em esquemas humanos e que assumem atitudes de orgulho e de auto-suficiência; e convida os crentes a encontrar em Cristo crucificado a verdadeira sabedoria que conduz à salvação e à vida plena.
O Evangelho apresenta a magna carta do “Reino”. Proclama “bem-aventurados” os pobres, os mansos, os que choram, os que procuram cumprir fielmente a vontade de Deus, porque já vivem na lógica do “Reino”; e recomenda aos crentes a misericórdia, a sinceridade de coração, a luta pela paz, a perseverança diante das perseguições: essas são as atitudes que correspondem ao compromisso pelo “Reino”.

REFLEXÃO
1.O Deus que Se revela na palavra e na interpelação de Sofonias é o Deus que não pactua com os orgulhosos e prepotentes que dominam o mundo e que pretendem moldar a história com a sua lógica. A primeira indicação que a Palavra de Deus hoje nos fornece é esta: o nosso Deus não está onde se cultiva a violência e a lei da força, nem apoia a política dos dominadores do mundo – mesmo que eles pretendam defender os valores de Deus e da civilização cristã. Os valores de Deus não se defendem com uma lógica de imposição, de violência, de apelo à força. Atenção à história e aos acontecimentos: sempre que alguém se apresenta em nome de Deus a impor ao mundo uma determinada lógica, temos de desconfiar; Deus nunca esteve desse lado e esses nunca foram os métodos de Deus. Sofonias garante: para os prepotentes e orgulhosos, chegará o dia da ira de Deus; e, nesse dia, serão os humildes e os pobres que se sentarão à mesa com Deus.

2. Uma percentagem significativa dos homens do nosso tempo está convencida de que o segredo da realização plena do homem está em factores humanos (preparação intelectual, êxito profissional, reconhecimento social, bem-estar económico, poder político, etc.); mas Paulo avisa que apostar tudo nesses elementos é jogar no “cavalo errado”: o homem só encontra a realização plena, quando descobre Cristo crucificado e aprende com Ele o amor total e o dom da vida. Para mim, qual destas duas propostas faz mais sentido?

3. Jesus diz: “felizes os pobres em espírito”; o mundo diz: “felizes vós os que tendes dinheiro – muito dinheiro – e sabeis usá-lo para comprar influências, comodidade, poder, segurança, bem-estar, pois é o dinheiro que faz andar o mundo e nos torna mais poderosos, mais livres e mais felizes”. Quem é, realmente, feliz?

• Jesus diz: “felizes os mansos”; o mundo diz: “felizes vós os que respondeis na mesma moeda quando vos provocam, que respondeis à violência com uma violência ainda maior, pois só a linguagem da força é eficaz para lidar com a violência e a injustiça”. Quem tem razão?

• Jesus diz: “felizes os que choram”; o mundo diz: “felizes vós os que não tendes motivos para chorar, porque a vossa vida é sempre uma festa, porque vos moveis nas altas esferas da sociedade e tendes tudo para serdes felizes: casa com piscina, carro com telefone e ar condicionado, amigos poderosos, uma conta bancária interessante e um bom emprego arranjado pelo vosso amigo ministro”. Onde está a verdadeira felicidade?

• Jesus diz: “felizes os que têm ânsia de cumprir a vontade de Deus”; o mundo diz: “felizes vós os que não dependeis de preconceitos ultrapassados e não acreditais num deus que vos diz o que deveis e não deveis fazer, porque assim sois mais livres”. Onde está a verdadeira liberdade, que enche de felicidade o coração?

• Jesus diz: “felizes os que tratam os outros com misericórdia”; o mundo diz: “felizes vós quando desempenhais o vosso papel sem vos deixardes comover pela miséria e pelo sofrimento dos outros, pois quem se comove e tem misericórdia acabará por nunca ser eficaz neste mundo tão competitivo”. Qual é o verdadeiro fundamento de uma sociedade mais justa e mais fraterna?

• Jesus diz: “felizes os sinceros de coração”; o mundo diz: “felizes vós quando sabeis mentir e fingir para levar a água ao vosso moinho, pois a verdade e a sinceridade destroem muitas carreiras e esperanças de sucesso”. Onde está a verdade?

• Jesus diz: “felizes os que procuram construir a paz entre os homens”; o mundo diz: “felizes vós os que não tendes medo da guerra, da competição, que sois duros e insensíveis, que não tendes medo de lutar contra os outros e sois capazes de os vencer, pois só assim podereis ser homens e mulheres de sucesso”. O que é que torna o mundo melhor: a paz ou a guerra?

• Jesus diz: “felizes os que são perseguidos por cumprirem a vontade de Deus”; o mundo diz: “felizes vós os que já entendestes como é mais seguro e mais fácil fazer o jogo dos poderosos e estar sempre de acordo com eles, pois só assim podeis subir na vida e ter êxito na vossa carreira”. O que é que nos eleva à vida plena?
Fonte: aqui

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Madalena

Quedaram, frio o sangue, as mulheres chorosas,
Sem cor, sem voz, de espanto e medo. E, de repente,
Caíram-lhes das mãos as ânforas piedosas
De bálsamo odoroso e de óleo recedente.

Enfeitiçou-se o chão de um perfume dormente,
E o arredor trescalou de essências capitosas,
Como se a terra toda abrisse o seio, e o ambiente
Se enchesse da jasmins, de nardos e de rosas.

E Madalena, muda, ao pé da sepultura,
Tonta da exalação dos cheiros, em delírio,
Viu que uma forma, no ar, divinamente bela,

Vivo eflúvio, vapor fragrante, alva figura,
Aroma corporal, pairava...
---------------------------como um lírio,
Num sorriso, Jesus fulgia diante dela.

ARTHUR AZEVEDO

Hymno de Amor

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Andava um dia
Em pequenino
Nos arredores
De Nazareth,
Em companhia
De San José,
O bom-Jesus,
O Deus-Menino.
Eis senão quando
Vê num silvado
Andar piando
Arripiado
E esvoaçando
Um rouxinol,
Que uma serpente
De olhar de luz
Resplandecente
Como a do sol,
E penetrante
Como diamante,
Tinha attrahido,
Tinha encantado.
--
Jesus, doído
Do desgraçado
Do passarinho,
Sae do caminho,
Corre apressado,
Quebra o encanto,
Foge a serpente,
E de repente
O pobrezinho,
Salvo e contente,
Rompe n'um canto
Tão requebrado,
Ou antes pranto
--
Tão soluçado,
Tão repassado
De gratidão,
De uma alegria,
Uma expansão,
Uma cadencia,
Que commovia
O coração!
--
Jesus caminha
No seu passeio,
E a avesinha
Continuando
No seu gorgeio
Em quanto o via;
De vez em quando
Lá lhe passava
À dianteira
E mal poisava,
Não afrouxava
Nem repetia,
Que redobrava
De melodia!
--
Assim foi indo
E foi seguindo
De tal maneira,
Que noite e dia
N'uma palmeira,
Que havia perto
D'onde morava
Nosso Senhor
Em pequenino,
(Era já certo)
Ella lá estava
A pobre ave
Cantando o hymno
Terno e suave
Do seu amor
Ao Salvador!

JOÃO de DEUS

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O tráfico de seres humanos

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O tráfico de seres humanos envolve entre 600 mil a 800 mil vítimas por ano e gera uma receita de nove mil milhões de dólares
(sete mil milhões de euros), estima uma organização norte-americana.

A Coligação para Abolir a Escravatura e o Tráfico (CAST, na sigla em inglês) estima que existam 27 milhões de pessoas no mundo escravizadas.

Para as cidades norte-americanas, são atraídos anualmente 50 mil homens, mulheres e crianças para serem explorados em regime de escravidão.

A estimativa de 600 mil a 800 mil vítimas anuais respeita apenas ao tráfico internacional, não contemplando os casos de tráfico de pessoas nos seus próprios países, sublinha a organização.

O tráfico de pessoas "é um tipo de crime que é muito difícil de combater, porque não é público, é um crime privado e há uma falta de educação sobre a identificação do problema", afirma Alicia Ekland, do grupo de advogados da CAST.

As receitas desta actividade criminosa colocam-na em terceiro lugar, a seguir aos tráficos de armas e drogas, segundo as estatísticas divulgadas no portal da CAST.
In O Amigo do Povo

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Caro amigo visitante, não quer ajudar também?

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Não é 'Kota', mas o sofrimento tem sido seu companheiro.
Não ouve praticamente nada, vive sozinho numa casita sem condições condignas.
Não tem trabalho. A falta de audição é empecilho.

Perante esta situação, algumas pessoas não ficaram de braços cruzados ou em lamentações inúteis. Deitaram as mãos ao arado.
Já conseguiram que ele fizesse os exames auditivos que acusaram a perda de 90% da audição em ambos os ouvidos.
Este cidadão precisa agora de um aparelho auditivo que, dada a sua situação, vai para centenas de contos só para um dos ouvidos. E ele quase não tem para comer...
Mas quem está disposto a ajudar não está disposto a desistir. Várias instituições estão a ser contactadas, a mão à solidariedade das pessoas está ser estendida, apesar da situação de crise...

Caro amigo visitante, não quer ajudar também? Este cidadão precisa de corações e braços amigos que o arranquem da valeta da vida. É gente! Tem direito a um lugar à mesa da criação.
Muitas areias formam grandes praias.
Esta situação não se compadece com discursos indignados contra o Estado. Precisa é de gestos fraternos e solidários.
Vamos ajudar?

Observação: Para ajudar é fácil. Basta contactar o sr João Machado (Valverde).

25 de Janeiro: CONVERSÃO DE SÃO PAULO


Aguerrido perseguidor dos discípulos de Jesus, Paulo dirigia-se para Damasco, quando, inesperadamente, o Senhor Ressussitado lhe aparece e Se lhe revela. Vencido pela graça, entrega-se, incondi- cionalmente a Cristo, que o escolhe para Seu apóstolo e o encarrega de anunciar o Evangelho, em pé de igualdade com os Doze.

Este encontro marcou profundamente a vida, o pensamento e a acção deste Apóstolo. Paulo descobriu, nesse momento, o poder extraordinário da graça, poder capaz de transformar um perseguidor em Apóstolo. Descobriu, igualmente, que Jesus Ressuscitado Se identifica com os cristãos («Porque Me persegues?»).
Mas este acontecimento foi também de importância decisiva para o desenvolvimento da Igreja. O convertido de Damasco, na verdade, será o Apóstolo que mais virá a contribuir para a expansão missionária da Igreja entre os povos pagãos.

Saulo, respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor, foi ter com o sumo sacerdote e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer algemados para Jerusalém quantos seguissem a nova doutrina, tanto homens como mulheres. Na viagem, quando estava já próximo de Damasco, viu-se de repente envolvido numa luz intensa vinda do Céu. Caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, porque Me persegues?". Ele perguntou: "Quem és Tu, Senhor?". O Senhor respondeu: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te, entra na cidade e aí te dirão o que deves fazer". Os companheiros de viagem de Saulo tinham parado emudecidos; ouviam a voz, mas não viam ninguém. Saulo levantou-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, nada via (Act Act 9, 1-22).

Fonte: aqui

“Repensar juntos a pastoral da Igreja em Portugal” - II

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Carências quanto à vida cristã e à missão da Igreja

- Falta de sentido de comunidade. Estamos ainda numa religiosidade individualista que se vê nas palavras – eu cá quero salvar a minha alminha … eu e o Amiguinho, o Amiguinho e eu…
- Uma religiosidade tipo “comércio”… promessas, velinhas, caminhadas sacrificiais…
- Uma religião sem compromisso. Fiz as minhas devoções, já cumpri…
- Uma fé sem razões de acreditar, por tradição, sem fundamento bíblico e teológicos elementares - Subordinação da consciência à corrente dominante
- Falta de consciência de Igreja. Idade infantil em que se encontram muitos e muitos dos nossos leigos: sem compromisso com a sua laicidade e com a vida da Igreja… Ainda há os que pensam que desempenhar alguma função na Igreja é “ajudar o senhor abade”…
- Falta de consciência histórica e de perspectivas de futuro

Mais valias no tocante à vida cristã e à missão da Igreja

- Participação propiciada pela reforma litúrgica do Vaticano II
- Reconhecimento do papel da mulher na vida da Igreja
- Existência de órgãos de colegialidade e participação
- Alguma autonomia aos leigos
- Existência de maior espírito de abertura nas comunidades
- Certa sensibilidade à caridade e à solidariedade

Nova maneira de ser Igreja, mais fidelidade ao Evangelho

- Na Igreja em Portugal e no mundo, preocupam o fervilhar de movimentos fundamentalistas católicos que se difundem como cogumelos na internet
- É conhecida a força de Taizè no mundo jovem
- Alguns grupos de jovens que vivem e transmitem a alegria de ser cristão
- Voluntariado dentro da Igreja e desta para o mundo
- Incipiente, mas iniciante consciência por parte dos leigos do seu ser Igreja
- Preocupação com os que sofrem

Caminhos pastorais a percorrer

- A igreja em Portugal precisa de tomar rapidamente conta disto: 75% da sua população vive no litoral. Temos assim uma Igreja a 2 ritmos: a que vive no interior e a que vive no litoral, com problemas e idiossincrasias diferentes que é preciso encarar rumo a uma evangelização dirigida a pessoas concretas.
Assim como se reúnem os Bispos da Zona Centro, porque não criar as reuniões dos Bispos do Interior? Não teria mais pertinência?
Espera-se, por fim, que as achegas dos grupos, paróquias e movimentos não se destinem à gaveta, mas tenha tratamento adequado e acertivo.
Que a Igreja saiba pôr-se à escuta daquilo que o Espírito Santo diz às Igrejas!

“Repensar juntos a pastoral da Igreja em Portugal” - I

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Apenas um pequenino e limitado contributo para espicaçar a reflexão de todos.

Inquietações e preocupações sentidas na sociedade:

– Perda de valores
- O sebastianismo, as pessoas esperam sempre alguém que resolva os problemas que a todos compete resolver
- O descrédito da classe política, gerando desconfianças e comprometendo a participação democrática
- A corrupção, grande ou pequena, que destrói confianças e mina as relações entre as pessoas
- O fatalismo e o complexo de inferioridade face ao estrangeiro
- O pessimismo e derrotismo nacional
- Falta de profundidade e de pensamento - vivemos na cultura das telenovelas, das internet e da TV
- Preocupação com o futuro face a desestruturação da família e à perda de valores pessoais, familiares e sociais

Sinais de Deus na sociedade

- Preocupação pelas questões ambientais
- Ondas de solidariedade, independentemente de raças ou credos
- Afirmação da individualidade… A pessoa não se dilui na massa
- Abertura democrática à participação das pessoas
- Espírito de comunhão e de proximidade propiciadas pelos modernos meios de comunicação social
- Papel controlador da sociedade sobre o poder, devido à consciência crítica, à vivência da cidadania e à comunicação social

Desafios que a sociedade coloca à Igreja

- Vivemos numa sociedade em que o projecto das pessoas se centra nas coisas e não a nível de realização e de razões profundas de viver
- Estamos numa sociedade pluralista, aberta, relativista… Como falar de Deus a gente assim?
- Uma sociedade que admira a coerência e o testemunho (casos de João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá), mas que é absolutamente arrasadora face à incoerência de vida dos cristãos (caso da pedofilia)
- A sociedade mostra-se ávida do testemunho e da coerência por parte da Igreja

Necessidades espirituais e humanas das pessoas do nosso tempo

- O mundo precisa de referências. Veja-se a insistência dos candidatos à Presidência da República em se afirmarem como garantes da estabilidade e referências coerentes de princípios
- Nota-se uma fome de espiritualidade. Quando as pessoas não a encontram na Igreja, voltam-se para as seitas e os movimentos esotéricos.
- Precisam da presença da Igreja, de atenção, de gestos que lhes falem

Contributo dos cristão para a sociedade

- A linguagem é uma barreira. Funciona como um muro que obstaculiza a Mensagem do Evangelho. Vejam-se as muitas mensagens do Papa, dos Bispos e dos Padres. Linguagem árida, fechada, indecifrável para a maioria dos cristãos que assim não lhes ligam.
- A Igreja precisa de oferecer, em linguagem inteligível, um sentido para a vida

(Continua)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PODER-SE-Á FALAR DE UM «VOTO CATÓLICO»?

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1. Os resultados estão lidos. As leituras apresentam-se feitas. E as ilações parecem tiradas. Não faltará dizer mais nada acerca das eleições?

Creio que valerá a pena alinhar uma breve reflexão acerca de um tópico que, uma vez mais, pairou em diversas instâncias. Trata-se daquilo a que (impropriamente) se chama voto católico.

Esta é, desde logo, uma expressão equívoca. Sugere uma frente unitária, homogénea quando é sabido que encontramos católicos em todos os quadrantes incluindo abstencionistas, votantes em branco e nulo.

Temos de partir do princípio de que tais opções são ditadas pela consciência. Algum estigma poderá ser lançado?

2. Ouvimos apelos à isenção dos responsáveis eclesiásticos. Em que consistirá tal isenção? Acima de tudo, na não intervenção pública em favor de um partido ou candidato.

Para lá disso, ninguém negará a um padre ou um bispo os mesmos direitos e deveres de um cidadão.

Como cidadão, fará as suas escolhas. Apenas se espera que não as publicite.

Penso que, mais que um preceito, estamos em presença de uma pura questão de bom senso.

As sociedades atingiram, felizmente, um patamar de autonomia e maturidade que dispensam pressões tutelares.

O problema ocorre quando, invocando uma isenção formal, se fazem apelos ao denominado voto católico.

Para já, é difícil (para não dizer impossível) tipificar cabalmente um voto católico. Tão complexo é o acto de votar e tão vasta é a condição de católico!

3. Não falta, porém, quem tente influenciar. Se, para lá das linhas, olharmos para a entrelinhas de alguns textos, dá para perceber que, subrepticiamente, a campanha é feita.

Neste caso, mais valia que as posições fossem tomadas às claras e não de modo enviesado.

Não se falando directamente em partidos nem em candidatos, apresentam-se uma série de considerandos cujo teor e objectivo qualquer pessoa entende.

Desta vez, não faltou até quem se abalançasse na defesa do voto em branco ou da abstenção. O pretexto é que não haveria nenhum candidato que defendesse os princípios católicos!

É claro que o ser católico nunca se suspende. Nem tampouco na mesa de voto.

Mas o discernimento pertence a cada um. Alguém poderá erigir-se em dono das opiniões ou em proprietário das consciências?

Acresce que tendo católico a ver com universal, não é curial que se parcialize essa identidade.

Habitualmente, existe uma sensibilidade para com os temas da moral. É certo que há doutrina clara quanto a ela. Mas porque é que não se verifica igual atenção à doutrina social?

Não falta quem lembre a doutrina da Igreja no que toca ao aborto ou ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas quem alerta para a doutrina da mesma Igreja no que respeita à justiça e à opção preferencial pelos pobres? Porque é que uma é tão lembrada e a outra tão esquecida?

4. É importante que os católicos conheçam o pensamento da Igreja sobre cada tema.

Mas é igualmente fundamental que se respeite a consciência de cada um no seu discernimento e na sua decisão.

Aliás, é doutrina conhecida que ninguém pode reclamar para si o exclusivo da mensagem de Cristo.

Podemos não estar de acordo com determinada visão. Podemos até achar que ela não está em consonância com o Evangelho.

Mas temos de aceitar que, por muito que nos custe, outros poderão pensar de modo diferente.

A liberdade não é unívoca e há que respeitar as decisões de cada um. Não é a liberdade a grande oferta de Jesus Cristo?

E, depois, há que ter presente que as opções não são isentas de dramas.

Uma decisão tem mais de oblíquo do que de linear. Não pode haver complexos de superioridade nem presunções de tutela.

A consciência de cada um é (mesmo) um património sagrado.

In http://theosfera.blogs.sapo.pt/

Adolescentes: Provadores? Contestatários? Alérgicos à religião? Carentes de afecto e de atenção?

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Veja este post os comentários que se lhe seguem...

sábado, 22 de janeiro de 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

3º Domingo do Tempo Comum - Ano A

Veja as leituras aqui

Anúncio do Reino

Nesses primeiros domingos do Tempo comum, a Liturgia nos apresenta o início da vida pública de Jesus, com o ANÚNCIO DO REINO e o CHAMAMENTO dos primeiros discípulos

Na 1ª Leitura, Isaías fala de uma LUZ, que irá brilhar na Galiléia e que irá iluminar toda a terra. Essa luz eliminará as trevas da opressão e inaugurará o dia novo da alegria e da paz sem fim.
Compara à alegria no final das colheitas e caças abundantes. (Is 98, 23b-9,3)

* Jesus é a Luz que ilumina o mundo com uma aurora de esperança e dá sentido pleno a esta profecia messiânica de Isaías.

Na 2ª Leitura, Paulo exorta os coríntios a superar as rivalidades e divisões.
O Batismo não significou uma adesão a Paulo, a Apolo ou a Pedro...
CRISTO é a única fonte de Salvação para todos. (1Cor 1,10-13.17)

* Com frequência, nas nossas comunidades, pessoas procuram conduzir o olhar e o coração dos fiéis para a sua "brilhante" personalidade ao invés de levar as pessoas a descobrir o Cristo.
Esses "grupinhos" costumam ser prejudiciais ao Grupo, à Comunidade...

O Evangelho apresenta a realização da profecia de Isaías: "O Povo que vivia nas trevas viu uma grande luz". (Mt 4,12-23)

* Jesus é a luz, que começa a brilhar na Galiléia e propõe a todos os homens a Boa Nova da chegada do Reino.
Os discípulos serão os primeiros destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o "Reino" a toda a terra.

+ Jesus COMEÇOU sua atividade numa região pobre e oprimida, no interior do país, longe do centro económico, político e religioso do seu país.
Uma região desprezada pelos judeus como "Galiléia dos pagãos".
Jesus deixa Nazaré e dirige-se para Cafarnaum, na margem do Lago, que se tornará o centro de sua atividade apostólica.
Começa com o mesmo anúncio de João Batista: "Convertei-vos, porque o Reino de Deus está próximo".
As suas Palavras anunciam essa nova realidade e os seus gestos são sinais evidentes de que Deus começou a sua obra.

+ Seus primeiros COLABORADORES, são pescadores do lago de Genesaré, gente simples, rude, sem estudo... mas leal, homens trabalhadores, que sabiam o que é lutar pela vida.
- E quando ouviram o apelo de Cristo, deixaram tudo e seguiram-n'O: "Vinde e sgui-Me e farei de vocês pescadores de homens.
Eles deixaram imediatamente as redes e seguiram-n'O".

O QUE É O REINO DE DEUS?
Não é fácil explicar os mistérios de Deus...
Jesus compara o Reino ao tesouro e à pérola preciosa, diante dos quais tudo o mais perde seu valor.
Compara o Reino com a semente, o grão de mostarda, o fermento.
Jesus quer dizer que já está presente, mas ainda longe sua realização definitiva.
É um Reino aberto a todos os homens.

O Reino de Deus é
- É um apelo do Senhor para os homens formarem comunhão com o Pai e entre si.
- É uma presença de Deus nos homens e no mundo.
- É um convite para ser mais, mais autêntico, mais sincero, mais de Deus...

O Reino tem exigências:

+ Conversão:
- É ajustar a nossa vida aos planos de Deus, é fazer com que Deus ocupe o primeiro lugar em nossa vida.
- É despojar-se do homem velho para se revestir do homem novo, criado segundo Deus, na justiça e na santidade.
- É assumir a mentalidade do Evangelho e ver o mundo, as coisas e nós mesmos com os olhos de Deus. É uma atitude contínua... permanente...
+ Fé:
É entregar-se nas mãos de Deus ... e fazer a sua vontade.
Mais do que uma resposta intelectual é uma Resposta de vida...
+ Humildade:
O Reino só é possível aos humildes.
Deus detesta os orgulhosos e ama aqueles que sabem precisar de Deus, e se põem sem interesses a serviço dos irmãos.

+ PESCADORES DE HOMENS

CRISTO inaugurou o seu Reino e continua convidando ainda hoje... Os convidados somos eu, você, todos nós...
Todos nós somos chamados a deixar tudo para seguir Jesus, anunciar a Boa nova e fazer gestos de salvação.

- O que nos diz o apelo de Cristo: "Farei de vós pescadores de homens"?
- O que significa concretamente para nós: "deixar tudo... para segui-lo"?

CRISTO conta connosco... para que nesse mundo de trevas e violência, possa brilhar uma luz,
para que esse REINO possa chegar ao coração de todos os homens.

Ele aguarda a resposta, o nosso SIM generoso ao seu CHAMAMENTO.
Pe. Antônio G. Dalla Costa , aqui

Gato escondido com o rabo de fora...

In Jornal da Beira
(Carregue com o rato no texto para poder ler bem)

Observação:
Depois de muitos protestos, a Comissão Europeia vai fazer uma errata à agenda escolar que distribuiu por 3,2 milhões de estudantes em toda a Europa. A agenda, que custou a Bruxelas mais de 5 milhões de euros, assinala todas as festas religiosas judaicas e islâmicas, mas não as festas cristãs, como o Natal e Páscoa.
Afinal , os que trazem sempre na boca a palavra democracia mais uma vez deixaram o rabo de fora para que saibamos bem quais são as ideias de quem nos governa.
Fonte: aqui

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

São Sebastião

Havia uma antiga jaculatória que se rezava amiudadamente e que era assim:
P. "São Sebastião e Santo Agostinho."
R. "Intercedei pelos fieis da Diocese de Lamego".

De facto São Sebastião e Santo Agostinho são os padroeiros desta diocese. E é pena que se vão perdendo estas referências. Realmente se se perguntar aos cristãos quem são os padroeiros da sua Igreja Local, quantos saberão responder???

Por outro lado, hoje ocorre o 15º aniversário da ordenação episcopal do Sr. D. Jacinto
e o 11º aniversário da sua nomeação como Bispo da Diocese de Lamego.
Não se deve certanmente ao acaso esta coincidência...

A minha vida tem estado ligada a São Sebastião. Nasci numa paróquia que o tem como padroeiro, já estive em paróquias onde ele era igualmente o orago e a capela dedicada a este santo é vizinha da casa onde resido.

Quem foi São Sebastião?
Para a gente de Tarouca é o "Mártir" (ou como alguns dizem, o "Matle"). Assim fala-se na capela do Mártir, no dia do Mártir, no local do Mártir, na festa do Mártir...

São Sebastião morreu 303, na perseguição de Diocleciano. Sua figura de mártir cravado de flechas foi imortalizada pelos artistas da Renascença.

Sebastião prestou seu serviço militar em Milão e, por sua fidelidade e valor, foi nomeado capitão da primeira coorte da guarda pretoriana, isto é, do próprio imperador. Aproveitava desta sua posição para melhor proteger e confortar os cristãos, quando denunciados ou condenados à morte.

Identificado ele mesmo como cristão e denunciado ao imperador Diocleciano, foi detido e forçado a abjurar sua fé. O imperador, que muito estimava Sebastião, recorreu tanto a promessas como a ameaças para conseguir do seu alto oficial que abandonasse a fé. Todas as argumentações e tentativas de Diocleciano esbarraram numa vontade inflexível do militar.

Destituído então de sua função de oficial, foi entregue a um pelotão de soldados que o despiram, amarraram a uma árvore, alvejaram-no com flechas e o abandonaram, julgando-o morto. Alta noite, chegou Irene, mulher do mártir Cástulo, ao lugar da execução para retirar o corpo do mártir e dar-lhe a sepultura. Com grande admiração, encontrou-o ainda com vida. Sem demora, tomou providências para que o mártir fosse levado para sua casa onde tratou dele com muito desvelo.

Apenas restabelecido, Sebastião, cheio de coragem, procurou o imperador para reprovar sua iniquidade praticada contra pessoas inocentes como eram os cristãos. Outra vez condenado à morte, veio a falecer entre os tormentos de pauladas e boladas de chumbo. Era o ano de 303.

Seu culto é muito antigo e bastante popular (é padroeiro de inúmeras igrejas e capelas). Os pormenores de seu martírio, porém, só chegaram até nós por uma fonte bastante tardia.

Sobre o lugar de sua sepultura foi levantada uma maravilhosa basílica que perpetua sua memória e propõe seu exemplo de herói.

O grande bispo de Milão, Santo Ambrósio, em memorável discurso, teceu os melhores elogios a este santo.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Igreja Católica cria estrutura para acolher anglicanos

Trata-se de um «Ordinariato Pessoal», elaborado pela Santa Sé, e que funcionará nos territórios de Inglaterra e País de Gales

Cidade do Vaticano, 15 Jan (Ecclesia) – O Vaticano anunciou hoje a criação de um “Ordinariato Pessoal” nos territórios de Inglaterra e País de Gales, estrutura que visa acolher pastores e fiéis da Igreja Anglicana que desejem entrar em comunhão com a Igreja Católica.

A estrutura, desenvolvida pela Congregação para a Doutrina da Fé, foi criada “em conformidade com as disposições da Constituição Apostólica ‘Anglicanorum coetibus’, do Papa Bento XVI, de 4 de Novembro de 2009, e após cuidadosa consulta com a Conferência Episcopal de Inglaterra e País de Gales”, pode ler-se num comunicado oficial da Santa Sé.

O Vaticano adianta que o Ordinariato visa “por um lado, assegurar a salvaguarda das venerandas tradições litúrgicas, espirituais e pastorais anglicanas, no interior da Igreja Católica; por outro lado, integrar completamente estes novos grupos e os respectivos pastores na Igreja Católica”.

Em decreto oficial ficou ainda estabelecido que o novo organismo terá como primeiro responsável Keith Newton, antigo bispo anglicano, que chegou a ser auxiliar de George Carey, antigo arcebispo da Cantuária e primaz da Igreja Anglicana.

Keith Newton e outros dois ex-bispos da Igreja Anglicana, Andrew Burnham e John Broadhurst, foram esta manhã ordenados como padres católicos, na catedral de Westminster em Londres, pelo arcebispo católico D. Vincent Nichols.

Os três sacerdotes terão a seu cargo a preparação catequética dos primeiros grupos de anglicanos da Inglaterra e País de Gales, que serão acolhidos na Igreja Católica numa cerimónia prevista para a próxima Páscoa.

Vão ter ainda a responsabilidade de acompanhar todos os ministros que se estão a preparar para a ordenação católica, que terá lugar durante o tempo de Pentecostes.

O novo “Ordinariato Pessoal” tem o nome de “Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham”, numa homenagem simbólica ao mais importante santuário mariano inglês, partilhado por católicos e anglicanos.

O Vaticano revelou ainda que a estrutura terá como patrono o Beato John Henry Newman, um padre anglicano do século XIX que se converteu à Igreja Católica, tendo chegado a Cardeal.

Recorde-se que Newman foi beatificado por Bento XVI durante a sua visita ao Reino Unido, em Setembro do ano passado.
In ecclesia

ÀS VEZES, O MELHOR É (mesmo) O SILÊNCIO

Um dia, um santo disse a um dos seus religiosos:
— «Vai ao cemitério e insulta os mortos».
O religioso obedeceu. Ao voltar, o santo perguntou-lhe:
— «Que responderam?»
— «Nada».
— «Pois bem, volta e faz-lhes grandes elogios».
O religioso obedeceu novamente.
— «Que disseram desta vez?»
— «Nada também».
Replica o santo:
— «Quanto te insultarem ou quanto te louvarem, faz como os mortos».
Fonte: aqui

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos


Bento XVI apresenta quatro pilares para a unidade dos cristãos
Bento XVI apresentou hoje quatro “pilares” que considera necessários para a construção da unidade dos cristãos, lamentando que as divisões entre Igrejas não permitam celebrar em conjunto a Eucaristia.

“Durante esta semana é particularmente viva a amargura pela impossibilidade de partilhar a própria mesa eucarística, sinal que estamos ainda longe da realização daquela unidade pela qual Cristo orou”, constatou.

A audiência pública desta semana aconteceu no segundo dos oito dias da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.

Ao recordar que “a história do movimento ecuménico é assinalada por dificuldades e incertezas", Bento XVI salientou que ela é “também uma história de fraternidade, de cooperação e de partilha humana e espiritual.

No seu discurso, o Papa desenvolveu os quatro elementos do tema da Semana pela Unidade dos Cristãos, ‘Eram assíduos na escuta do ensinamento dos apóstolos e na união fraterna, na fracção do pão e na oração’, frase que evoca a experiência da comunidade de Jerusalém tal como é narrada no livro bíblico dos Actos dos Apóstolos (séc. I).

Para Bento XVI, as características que definem o primeiro grupo de cristãos como espaço “de unidade e de amor” continuam a representar “os pilares da vida de toda a comunidade cristã e constituem também o único fundamento sólido sobre o qual avançar na construção da unidade visível da Igreja”.

Referindo-se à primeira particularidade dos cristãos de Jerusalém, o Papa salientou que “ainda hoje a comunidade dos crentes reconhece na referência ao ensinamento dos apóstolos a norma da própria fé”.

No que respeita à união fraterna, segundo tópico do tema da Semana de Oração, Bento XVI sublinhou que, à semelhança do que aconteceu “ao tempo da primeira comunidade cristã”, ela continua a ser hoje “a expressão mais tangível, sobretudo para o mundo externo, da unidade entre os discípulos” de Cristo.

A intervenção de Bento XVI centrou-se também “fracção do pão”, termo que evoca o relato bíblico em que dois viajantes que faziam o trajecto entre Jerusalém e Emaús com Cristo apenas o reconheceram quando, na refeição tomada ao anoitecer, ele partiu o pão.

“A comunhão com o sacrifício de Cristo é o cume da nossa união com Deus e representa por isso também a plenitude da unidade” dos cristãos, disse o Papa, que lamentou não poder ser possível concretizá-la em conjunto.

No entender de Bento XVI, esta “experiência dolorosa”, que confere uma “dimensão penitencial” à oração de todos os cristãos, “deve tornar-se motivo de um empenho ainda mais generoso da parte de todos”, para que, “removidos os obstáculos à plena comunhão”, chegue o dia em que seja possível “partir juntos o pão eucarístico e beber do mesmo cálice”.

A oração, por seu lado, “é desde sempre a atitude constante dos discípulos de Cristo” que possibilita a abertura “à fraternidade”, “ao perdão e à reconciliação”.

O Papa realçou que os cristãos têm “uma responsabilidade comum” para o mundo, ao oferecer um “forte testemunho” que os torne “portadores de uma mensagem que oriente e ilumine os caminhos” da humanidade, “muitas vezes privados de pontos de referência claros e válidos”.

Bento XVI deixou uma saudação em português, exortando os peregrinos lusófonos ali presentes “a perseverar na oração, pedindo a Deus o dom da unidade, a fim de que se cumpra no mundo inteiro o seu desígnio de salvação”.
In ecclesia

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Semana de Unidade dos Cristãos

Começa hoje a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (18 a 25 de Janeiro de 2011).
Tema: “Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações. Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação” (Actos 2, 42.47).
O Papa João XXIII, constatava, convictamente, que “é muito mais forte aquilo que nos une do que aquilo que nos divide”. Era deste olhar sereno e generoso que irradiava esse profundo desejo. Ou melhor ainda, seria a voz de Deus que se fazia ouvir no coração da história como expressão última de uma vontade incontornável.
Não basta desejar a união. Não chega inquietar-se com a separação e considerar que quem comunga de outros símbolos e sinais para alimento da sua fé no “Deus escondido”, irmãos desavindos ou rebeldes. João Paulo II, na notável Encíclica “Ut Unun Sint”, sobre o Ecumenismo, considera que “do amor nasce o desejo de unidade” – e continua o Papa – “O amor é a corrente mais profunda que dá vida e infunde vigor ao processo que leva à unidade” (nº 21).
A unidade é o mesmo que caridade. Porque a fonte desta causa radica numa pessoa, Jesus Cristo, que constantemente faz apelo ao nosso coração para essa disponibilidade essencial que conduz à paz e à fraternidade entre todos na maior das diversidades. Unidade neste caso conjuga-se com diversidade e com a maior das multiformes idiossincrasias.
Fonte: aqui

Ecumenismo: Portugal une-se a semana mundial de oração em busca da unidade

Ver aqui

ACIMA DE TUDO, A CONSCIÊNCIA


1. É a consciência o mais sagrado património que cada um de nós transporta.

É a ela que recorremos para discernir, escolher e actuar. Nada nos move tanto como seguir a sua voz. E nada nos fere tanto como sermos coagidos a violar os seus ditames.

A consciência é vista, desde o princípio, como uma espécie de vestígio seminal do divino em cada homem.

É neste contexto que o Concílio Vaticano II lhe chama o «santuário secreto».

Aliás, já muitos séculos antes, Pierre Bayle descrevia a consciência como «a voz e a lei de Deus». Pelo que «violar a consciência é, essencialmente, violar a lei de Deus».

2. Não espanta, assim, que Joseph Ratzinger tenha sustentado, em 1968, que, «acima do Papa, está a própria consciência, à qual há que obedecer antes de mais, ainda que seja contra o que diz a autoridade eclesiástica».

João Paulo II viria a sufragar esta posição, em 1991, na mensagem para o Dia Mundial da Paz: «Nenhuma autoridade humana tem o direito de intervir na consciência seja de quem for».

Neste sentido, «negar a uma pessoa plena liberdade de consciência ou tentar impor-lhe uma maneira particular de compreender a verdade vai contra o seu direito mais íntimo».

Foi, porém, sinuoso o caminho da Igreja até chegar a este reconhecimento.

Ainda no século XIX, Gregório XVI considerava a liberdade de consciência um «erro pestilento, sentença absurda e errónea ou, melhor dito, uma loucura»!

Subsiste, no entanto, uma certa tendência da autoridade para se sobrepor à consciência, para condicionar e controlar a consciência.

É claro que a consciência de cada um não pode despontar como um absoluto. É que tanto invoca a consciência quem pratica o melhor gesto como quem comete o mais ominoso crime.

3. As posições tendem a oscilar entre um subjectivismo extremo e uma presumida objectividade radical.

No primeiro caso, voltamos a encontrar Pierre Bayle. Para ele, «um homem que comete um assassínio, seguindo os instintos da consciência, faz uma acção melhor do que se a não fizesse, e os juízes não têm direito de o punir, porque só faz o seu dever».

É perante este quadro que alguns pretendem submeter a consciência a uma verdade objectiva.

A dificuldade está no apuramento desta verdade objectiva. Nas ciências naturais, como a matemática, a física ou a química, não é difícil localizá-la.

Já no que toca aos valores e aos comportamentos humanos, a avaliação é completamente diferente.

Quer queiramos quer não, há sempre uma componente de subjectividade.

Parafraseando Alçada Baptista, diria que se o homem fosse objecto, seria objectivo; como é sujeito, será sempre subjectivo.

Isso não significa que a consciência de cada um seja um absoluto sem escrutínio.

Há determinados actos que nenhuma consciência pode legitimar. Trata-se, como adverte Vladimir Jankélévitch, daqueles actos «que negam a essência do homem enquanto homem».

É o caso da violência, da mentira, da calúnia e de todo e qualquer prejuízo provocado ao próximo.

4. Nenhuma consciência poderá atentar contra a famosa (e imprescritível) regra de ouro: «Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti».

Esta regra de ouro pode ser incluída no conhecido axioma kantiano: «Age de tal modo que os teus princípios possam tornar-se lei para todos».

O respeito que invoco para a minha consciência é inseparável do respeito que me há-de merecer a consciência do meu semelhante.

A prioridade da pessoa é o que deve prevalecer. A autoridade está ao serviço da pessoa. Não pode abafar a pessoa.

A autoridade existe para que a consciência de cada um seja respeitada. Para que, no fundo, seja garantido que a autoridade maior é a consciência

http://theosfera.blogs.sapo.pt/

domingo, 16 de janeiro de 2011

"Missa de apoio a Renato Seabra"???

"Realizou-se ao final da tarde desta quinta-feira uma missão de apoio ao jovem suspeito do homicídio do cronista social." - aqui

Muita polémica à volta do assunto, já que o caso gerou e gera paixões exacerbadas e facciosas.
- Missa de apoio?
- Rezar por quem está vivo?
- Rezar por alguém que terá confessado ser o autor de uma crime tão execrável?
- A Missa também serve como manifestação de apoio?

Comecemos por recordar as sete obras de misericórdia espirituais:
1. Dar bons conselhos 2. Ensinar os ignorantes 3. Corrigir os que erram 4. Consolar os tristes 5. Perdoar as injúrias 6. Suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo 7. Rezar a Deus por vivos e defuntos.

A oração não é racista. Rezamos a Deus pelos vivos e pelos defuntos. Deus ama-nos quer caminhemos neste mundo quer partamos para o Além. Somos seus filhos muito amados. Sempre! Rezar uns pelos outros é uma maneira nobre de exercer a caridade. A oração é o fundamento, porque, diz o Senhor, "sem Mim nada conseguireis fazer."

A Missa não é de modo algum uma manifestação como aquelas que estamos habituados a ver nas ruas. É a celebração da nossa fé, o acolhimento do Deus que nos salva, é a renovação do único Sacrifício de Cristo, é Sacramento Santíssimo da presença real de Cristo, é a mesa da partilha e a realização da comunhão entre os irmãos.

A Missa não é para declarar alguém inocente ou culpado. Já Jesus nos advertia: "Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados." Depois, uma coisa é o pecado, outra é o pecador. Condene-se o pecado mas ajudemos a salvar o pecador. Quem teve uma queda na vida, o que menos precisa é que o sovemos ainda mais. "Deus não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva." São precisos corações, braços e sensibilidade para ajudar a curar quem caiu prostrada nas valetas da vida...
A Igreja respeita a independência dos tribunais. A eles compete fazer justiça humana.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Acabamos de recibir esta información que adjuntamos.

Rezad por la Iglesia de la India. Extremistas budistas, en la India han prendido fuego a 20 iglesias en la noche pasada. Esta tarde han planificado por destruir 200 iglesias en la provincia de Olisabang.
Tienen intención de matar a 200 misioneros entre las próximas 24 horas.
En este momento todos los cristianos se están escondiendo en las "aldeas". Rezad por ellos. Pedir a Dios que tenga piedad de nuestros hermanos y hermanas de la India.
Rezar por ellos a nuestro omnipotente y victorioso Señor.

P. Samuel M. Chetcuti OFM Conv.
P. Provincial de los Frailes Franciscanos Conventuales
República Street, Valletta VLT 1110, Malt Tef. (356) 21241167
Fax (356) 21223556
Mob (336) 99865668

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

2º Domingo do Tempo Comum - Ano A

Leituras: AQUI


Cordeiro de Deus!

Deus tem um Plano de vida plena para os homens e, ao longo da História, escolhe e envia pessoas, para a realização desse Plano.
Após o Batismo, em que o céu confirmou a missão de Jesus, João Batista aponta que o CORDEIRO DE DEUS já está presente no meio do Povo.

Na 1ª Leitura, ISAÍAS aponta a Vocação de Israel. (Is 49,3,5-6)

Um misterioso "Servo de Deus" é escolhido por Deus, desde o seio materno, com a missão de dar testemunho da Salvação de Deus a todas as nações: "Vou fazer de ti a LUZ DAS NAÇÕES para que a minha Salvação chegue até aos confins da terra ..."
Esse "Servo" é identificado com Israel.
Desde então povo aguardava... a realização da grande esperança...

* A VOCAÇÃO é sempre um Mistério...
- Sua origem é Deus, que escolhe, chama e envia...
- O "vocacionado" é sempre uma Testemunha e um Sinal vivo de Deus, dos seus valores e dos seus projetos diante dos homens...
- A Vocação é alimentada por Deus e, muitas vezes, Deus se serve de nossa fragilidade para atuar no mundo.

Na 2ª leitura, PAULO lembra sua vocação a Apóstolo e a vocação de todos à Santidade, comprometidos com os valores do Reino. (1Cor 1,1-3)

No Evangelho, JOÃO BATISTA aponta Jesus aos discípulos, como o "Cordeiro de Deus". (Jo 1,29-34)

O Evangelho retoma o episódio do Batismo, no qual aparecem duas afirmações sobre QUEM É JESUS:

1. Jesus é "O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".

* "Cordeiro": Essa expressão lembra duas imagens:
- O misterioso personagem de que nos fala Isaías (servo sofredor), que irá ao matadouro como um cordeiro silencioso... Ele assume os pecados do seu povo e realiza a expiação.
- O Cordeiro Pascal imolado no Egito:
O seu sangue, com que ungiram os portais das casas, foi sinal de libertação, de proteção divina e de certeza de salvação...

* "Pecado" (no singular), para João, é a atitude de rejeição a Jesus:
- Hoje fala-se muito de libertação da guerra, da opressão, da fome, do analfabetismo, da doença, da poluição, do desemprego...
- Não se fala da libertação do pecado, que é a fonte dos demais pecados.

* "Mundo" designa a humanidade que resiste à Salvação.


2. Jesus é o "Filho de Deus", que possui a plenitude do Espírito Santo e que batiza no Espírito.

+ "Eu vi e dei o testemunho..."
O caminho espiritual, percorrido por João Batista, para chegar à descoberta de Jesus como Cordeiro de Deus, é o mesmo que todos os cristãos devem percorrer.

Ele começa dizendo por 2 vezes que "não conhecia Jesus".
- Este é o ponto de partida do caminho espiritual de todos nós: no começo, não conhecemos o Mestre.
Em seguida, algum amigo fala-nos dele. Reconhecemos que é uma pessoa extraordinária.

Mais adiante, Deus ilumina o Batista com alguns sinais especiais.
Ele abre os olhos por completo e reconhece em Jesus o Filho de Deus: "Eu vi e dei o testemunho de que este é o Filho de Deus".
- Quando descobrimos Jesus como Luz e Salvador do mundo, sentimos a necessidade de comunicar aos outros a nossa alegria.
O Batista fala daquilo que viu, os cristãos também deveriam falar somente daquilo que viram e experimentaram.

Deus continua precisando de outros Batistas:
Há muito tempo, os homens estão à procura de Cristo. E se ainda não o encontraram, talvez seja
porque está faltando para eles um João Batista que lhes indique.
E o Batista do tempo de hoje devo ser eu, devemos ser todos nós.

- Todos nós devemos ser testemunhas do Evangelho, preparar o encontro dos homens com Cristo. Em todos nós se esconde um precursor, um João Batista. É preciso acordá-lo.

- Todos nós devemos indicar ao irmão o Cristo que se aproxima. Indicar o Cristo, e depois desaparecer... discretamente.

Como João Batista: não sou eu o protagonista desta história.
Ele virá depois de mim. Eu sou apenas uma voz, sou apenas o dedo dele... Depois é preciso que eu desapareça, para que Ele possa aparecer.
Preparar o encontro do homem com Cristo e depois morrer...
Então, a nossa passagem neste mundo não terá sido em vão.

Esta é a missão de todo cristão: preparar o caminho do Senhor e o encontro do homem com Deus, levantar o dedo e proclamar bem alto: "Eis aquele que o teu coração está procurando,
eis aquele que veio para te amar e te salvar!"

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa , aqui

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Para si, o que é ser cristão?

- Ir a Fátima uma ou duas vezes por ano, acender umas velinha, comprir umas promessas ??
- Ir a Fátima, "assistir" à Missa, acender umas velinhas e cumprir umas promessas??
- Ir a Fátima, confessar-se, "assistir" à Missa, acender umas velinhas e cumprir umas promessas??
- Ir a Fátima a pé?
- Rezar três Avé Marias ao deitar?
- Lembrar-se de Deus quando as dificuldades apertam?
- Ser bom, generoso, pacífico, embora desligado de qualquer prática de oração?
- "Assistir" à Missa ao domingo, sem qualquer compromisso comunitário, solidário e fraterno?
- Ter uma relação estilo ping-pong com Deus? Deus e eu, eu e Deus...Os outros não me interessam...
- Ter o nome no livro dos baptismos, "comunhões" e crismas?
- Fazer um mínimo de "coisas" para se sentir enquadrado socialmente, mas sem qualquer compromisso?
- Sentir Deus como um juiz que castiga e manda para o Inferno?
- Sentir Deus como "uma bota de elástico" que aceita tudo o que nos convém?
- Aceitar na mensagem de Cristo o que nos interessa e rejeitar o que nos incomoda?
- Manter pela vida fora uma fé infantil sem qualquer vontade de a profundar, de buscar razões de acreditar?
- Dar mais atenção às tradições locais do que à Bíblia e à grande Tradição da Igreja?
- Revoltar-se contra Deus porque não percebemos os seus projectos ou Ele não atendeu os nossos pedidos?
- Fazer da pedinchice a nossa oração?
- Fazer do Céu uma fuga para a falta de compromisso para com a transformação do mundo?
- Aceitar a fé apenas como uma tradição? Estilo, sou cristãos, porque os meus pais também o eram...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Entrai pela porta estreita


"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram." - Mateus 7,13-14

A fama, o dinheiro e o poder exercem uma atracção hipnótica em muitas pessoas . Claro que a gente nova, pela sua natural imaturidade e pelo idealismo são os mais susceptíveis de ser enganados pela " porta larga, e o caminho espaçoso que conduzem à perdição". E há meios de comunicação social que não não cessam de inventar miragens de "portas largas e espaçosos caminhos" que desembocam amiudadamente na perdição....
Por detrás da miragem do êxito fácil, da fama e do dinheiro farto, erguem-se muitas vezes interesses mesquinhos e egoístas, lobbis poderosos, abismos abucanhantes, interesses pouco claros, apetites vorazes e depravados que exploram a ânsia natural e artificialmente aquecida de subir na vida de maneira rápida e fácil. Depois, sob a máscara da fama, encontramos pessoas destruídas, arruinadas e revoltadas. Tantas vezes cadáveres ambulantes!
Nos bastidores do palco da fama, há muitas vezes lobos vorazes à espera da oportunidade...
Por que razão não se diz a verdade, particularmente aos jovens? Pais, professores, governos, religiões, sociedade? A corda da vida sobe-se a pulso. É preciso entrar pela "porta estreita" porque só ela conduz ao banquete da liberdade interior e da realização pessoal. Não será isto que os jovens gostam de ouvir, mas é isto que precisam de ouvir. E só é amigo quem for capaz de lho testemunhar.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Primeiro aniversário da tragédia que se abateu sobre o Hait

Comunicado de Imprensa

Porque ocorre, amanhã, o primeiro aniversário da tragédia que se abateu sobre o Haiti, em consequência, do violentíssimo sismo que foi considerado pela ONU como a pior calamidade natural desde a existência desta organização, a Cáritas Portuguesa quer recordar os milhares de haitianos que sucumbiram neste desastre, confiando-os à misericórdia de Deus, e reiterar a sua solidariedade aos que a ele sobreviveram mas que continuam a lutar pela recuperação da normalidade das suas vidas que está a ser condicionada pelas debilidades que já, antes, faziam do Haiti o país mais pobres do hemisfério ocidental. Muitos têm sido, efectivamente, os constrangimentos à recuperação do país, aos quais se veio a juntar, agora, a enorme epidemia de cólera que já dizimou milhares de pessoas.

A Cáritas Portuguesa, com a ajuda sempre pronta e generosa da população portuguesa, angariou, na ocasião, 1.375.845,77€. Desta verba, 25% foi já aplicado, na fase de emergência, com a aquisição de 472 tendas, para 1400 pessoas, com a instalação de 10 depósitos de água e com ajuda alimentar a mais de 200 famílias.

Oportunamente, deslocar-se-á a Port-au-Prince, capital do país, uma delegação da Cáritas Portuguesa para avaliar os impactos da ajuda já concedida e programar, em conjunto, com a Cáritas local a aplicação dos restantes donativos em projectos que visam a construção de habitações, de uma unidade de saúde, de criação de postos de trabalho e de outras acções que vierem a ser identificadas.

Apesar de serem enormes os desafios que os haitianos têm que enfrentar nos próximos anos, a Cáritas de Portugal, em consonância com muitas Cáritas de outros países, está convencida de que esta poderá ser uma oportunidade para que nasça um Haiti renovado, capaz de dar condições dignas de vida ao seu povo. Da nossa parte, no respeito pelo principio da universalidade que deve orientar a verdadeira solidariedade, faremos o que estiver ao nosso para que a essa renovação não tarde.

Lisboa, 11 de Janeiro de 2011

O Presidente da Cáritas Portuguesa
Eugénio José da Cruz Fonseca